Camisa desta sexta-feira: retrô que comemorou os 90 anos do Rayo Vallecano, em 2014.
O clube de Vallecas (bairro operário de Madrid) foi fundado em maio de 1924 como Agrupación Deportiva El Rayo. Note o escudo com as iniciais ADR. Hoje o distintivo tem RVM – as iniciais de Rayo Vallecano de Madrid.
E nesta semana de aniversário, agora, em 2018, o Rayito festejou a volta a La Liga.
Quem também subiu foi o Huesca.
Falta uma vaga, a ser definida em play-offs, entre os clubes do terceiro ao sexto lugar na Liga 123.
Caíram para segundona espanhola os tradicionais Dépor e Málaga e o Las Palmas.
Madri. Paris. Londres. Berlim. Lisboa. Cinco dos principais destinos turísticos na Europa. E mais: Munique, Hamburgo, Roterdã, Turim e Glasgow. Em 50 dias, o jornalista Leandro Vignoli,gaúcho de Canoas, acompanhou os jogos de treze clubes especiais, em 10 cidades, de 8 países europeus. O foco não eram os grandes como Real Madrid, PSG, Arsenal, Chelsea, Bayern ou Juve. Mas sim aqueles que lutam para sobreviver, “À Sombra de Gigantes – Uma Viagem ao Coração das Mais Famosas Pequenas Torcidas do Futebol Europeu” – título e subtítulo do livro recém-lançado por Vignoli.
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É interessante, bem escrito e tem muita informação. Os ídolos, a história dos clubes, os estádios, os bairros, o perfil dos torcedores, os rivais. Cada capítulo, um time: St. Pauli, Union Berlin, Munique 1860, Fulham, Millwall, Leyton Orient, Queen’s Park (Escócia), Sparta Rotterdam, Rayo Vallecano, Espanyol, Belenenses, Torino e Red Star, de Paris. Ou seja, a viagem de Leandro Vignoli (com muitas horas de ônibus, hospedagem em hostel e dale fast food, pra economizar) é a trip dos sonhos de quem usa a hashtag “Ódio Eterno ao Futebol Moderno” e qualquer louco por futebol alternativo. Com uma pergunta em mente. Por quê? Por que torcer para times que nunca ganham títulos, ou não ganham há muito tempo?
Assim estão sendo chamadas na Espanha as oitavas de final da Copa do Rei, como mostra o título do diário Marca – “La Copa de los derbis” -, depois que o sorteio reservou três confrontos entre times da mesma cidade:
A Copa do Rei, equivalente espanhola à Copa do Brasil, só que com uma tradição centenária, chegou ao You Tube. A partir de hoje, é possível ver os jogos de La Copa, como Villanovense x Barcelona, mediante pagamento, neste canal do You Tube aqui. Inclusive pro Brasil, com narração em inglês. O jogo avulso custa o equivalente a 2 dólares e 56.
As partidas do Barça nesta fase da Copa del Rey foram adiantadas porcausa do Mundial de Clubes. Os outros clubes estreiam em 2 de dezembro, e o canal da Copa do Rei no You Tube anuncia as transmissões de:
Cádiz x Real Madrid
Reus x Atlético de Madrid
Mirandés x Málaga
Barakaldo x Valencia
Levante x Espanyol
Real Betis x Sporting de Gijón
Rayo Vallecano x Getafe
Linense x Athletic Club
No slide-show abaixo, os distintivos dos times da segunda e da terceira divisão que enfrentam os times da primeira divisão espanhola.
Está de volta a liga das estrelas! A bola já rola no campeonato espanhol. Houve algumas perdas, como as recentes vendas de Pedro (do Barça pro Chelsea) e a do zagueiro argentino Otamendi (do Valencia pro Manchester City). O Sevilla negociou seu melhor atacante pro Milan. Xavi foi pro Qatar. Casillas foi pro Porto. Por outro lado, o Real Madrid trouxe Kovacic da Inter e Danilo e Casemiro dos Dragões. Também do Porto – como vende bem! – o Atlético de Madrid trouxe Jackson Martínez. Perdeu Arda Turan pro Barça, mas a estreia vai ser apenas em 2016. Os trios MSN e BBC continuam firmes.
Convido vocês a refazer virtualmente os giros do Fut Pop Clube por dez dos vinte estádios da primeira divisão!
Quase todos os times da primeira divisão do futebol espanhol já divulgaram suas novas camisetas para a temporada 2015-16. Confira, em ordem alfabética.
A primeira camisa do Athletic Clubdesta temporada vem com listras beeeem mais largas. Confira mais aqui.
Camiseta principal do Athletic 2015-16 (Nike)
A segunda camisa dos leones de Bilbao é preta e cinza.
Os laços com os torcedores são bem tratados pelos clubes espanhóis. Pelo menos nos anúncios para atrair os sócios e manter os atuais. Torcedor abonado – com direito a ver todos os jogos – significa estádio cheio. E também dinheiro em caixa.
O campeão da segundona espanhola, o Betis, tem uma das cinco ou seis maiores torcidas da Espanha, segundo pesquisa do instituto CIS. O comercial para angariar mais sócios abonados na volta à La Liga é uma homenagem à “mejor afición” (melhor torcida).
Súmate Á Nosa Paixón. É o que pede, em galego, o Deportivo La Coruña. Com algumas das imagens dramáticas da luta pela permanência na primeira divisão.
¡Saca la lengua! Língua azul, claro, mostra o comercial do Espanyol de Barcelona.
Olha o spot da UD Las Palmas, que volta a disputar La Liga. No embalo da festa pelo acesso.
Um dos mais bacanas é o da Real Sociedad. Espera até o fim do vídeo pra ver a quantidade de sócios!
No Sevilla, bicampeão da Liga Europa, o anúncio aproveita para mostrar as reformas do estádio e das redes sociais do clube de Nervión.
O Sporting de Gijón é outro que subiu e já botou no ar sua campanha.
A campanha do Valenciaagradece a união dos valencianistas.
Será que algum clube brasileiro teria coragem de fazer o que o Rayo Vallecano de Madrid faz?
O primeiro uniforme do bravo time do bairro de Vallecaspara 2015-16 é o tradicional. Faixa vermelha (“franja roja“) diagonal. A marca do patrocinador Qbao estraga um tanto. Uniforme feito pela Kelme, que já vestiu o vizinho multimilionário Real Madrid no tempo que jogava lá o Zé Roberto (hoje no Palmeiras),
Primeira “equipación” do Raio para 15-16
Agora, o segundo uniforme é uma revolução em termos de clubes de futebol.
A ousadíssima segunda camiseta do Rayo para a temporada 15-16.
O Rayo Vallecano, que já é conhecido como uma time bem mais à esquerda do que os outros, um dos mais antifacistas, como o hamburguês St. Pauli, adotou o arco-íris na faixa que costuma ser vermelha quando os uniformes alternativos são pretos, adotou um arco-íris. Cada cor tem um significado. O Rayo quer dizer que está ao lado dos heróis anônimos.
Ao lado dos que lutam contra o câncer.
Ao lado dos que lutam contra a Aids
Ao lado dos que lutam para integrar as pessoas com deficiências físicas.
Ao lado dos que nunca perdem a esperança.
Ao lado dos que lutam para proteger o meio-ambiente.
Ao lado dos que lutam contra os abusos sexuais de crianças.
Ao lado dos que lutam contra a violência doméstica
O post sobre o Rayo Vallecano de Madrid no blogEfeito Fúria, da jornalista brasileira Tatiana Mantovani, destaca o orçamento do clube de Vallecas para a temporada: apenas 7 milhões de euros, contra as centenas de milhões do Barça e dos vizinhosReal, campeão europeu pela décima vez, e Atlético de Madrid, campeão e supercampeão espanhol.
Em 2014, o Rayo comemorou 90 anos (veja os uniformes comemorativos)- foi fundado em 29 de maio de 1924. É um time de bairro, alternativo, simpático, que (à maneira do Juventus da Mooca no Paulistão de até alguns anos atrás), de vez em quando apronta uma travessura e arranca pontos preciosos dos três grandes, como aconteceu com o Atlético multicampeão de Diego Simeone no começo da temporada 14-15.
>IN>: Léo Baptistão, atacante brasileiro que já goleou pelo Rayo, volta a Vallecas emprestado pelo Atlético de Madrid, é um dos principais reforços de um ‘time de operários’. Emiliano Insúa (lateral-esquerdo, também emprestado pelo Atleti).
<OUT<: o argentino Joaquín Larrivey (Celta) foi uma das perdas.
Técnico: o ‘figuraça’ Paco Jémez, no Rayo desde 2012.
Estádio: Campo de Fútbol de Vallecas. Estação do Metrô de Madri: Portazgo (linha 1). Capacidade: 14.708. Para a temporada 14-15, já são mais de 10 mil rayistas ‘abonados’. Torcedores de carteirinha, com direito a entrar em todos os jogos.
Há 90 anos, surgiu em Madri a Agrupación Deportiva El Rayo. Hoje, Rayo Vallecano de Madrid.
Estas são as camisas comemorativas do aniversário, com o escudo retrô. ADR, de Agrupación Deportiva El Rayo.