“Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.

“Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.

8 de novembro de 2018

A história do São Paulo virou filme: “Onde a Moeda Cai em Pé”. Estreia nesta quinta, 8 de novembro, na rede Cinemark. No roteiro, os grandes títulos (no futebol e em outros esportes), a construção do Morumbi, os anos de ‘vacas magras’, os ídolos, os torcedores famosos. Direção de Alexandre Boechat, André Plihal e Pedro Jorge. Produção: Canal Azul (que já fez uma série de documentários sobre feitos de outros grandes clubes paulistas), Tocha Filmes e ESPN.


O título é uma referência a uma expressão dos anos 40. O São Paulo só seria campeão paulista se a moeda caísse em pé. Não acreditaram no Leônidas, né?

De acordo com o site oficial do clube, “Onde a Moeda Cai em Pé” vai passar em 20 cinemas de 19 cidades, sempre às sete da noite. Torcedor, é bom ficar esperto e correr pra bilheteria logo se quiser ver o doc na tela do cinema. Confira as salas que exibem o filme na semana da estreia: Continuar lendo ““Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.”

Minuto de silêncio para Waldir Peres

23 de julho de 2017

O goleiro que se notabilizou pelas conquistas na decisão por pênaltis, não defendeu nenhuma cobrança no seu maior título. Mesmo assim, Waldir Peres foi o herói do São Paulo na decisão do Brasileirão de 1977, já em março de 1978, ao usar toda sua experiência e catimba para enervar ainda mais os jogadores do Galo, dono da casa e favorito ao título. Três atleticanos desperdiçaram suas cobranças. Antes de Diego Alves, ótima contratação do Flamengo 2017, de São Victor, de São Marcos, antes de Dida e Taffarel, Waldir Peres ficou famoso por históricas defesas de pênaltis. Na final do Paulistão de 1975, contra a Portuguesa, não sem muita manha, defendeu os chutes de Dicá e de Tatá (Wilsinho mandou para fora). E numa excursão da seleção brasileira à Europa, em 1981, pegou duas vezes o pênalti chutado pelo alemão Breitner (o juiz mandou voltar porque o brasileiro avançou; Waldir defendeu de novo). Boas atuações como a desse amistoso carimbaram o passaporte de Waldir Peres Arruda para a Espanha’82, como titular daquela espetacular seleção de Telê. O moço nascido em Garça, interior de S.Paulo, em 1951, calvície avançando ainda na faixa dos 20, também foi às Copas de 1974 e 1978, como reserva. A única derrota, por 3 a 2 para a Itália, a chamada tragédia do Sarrià (antigo estádio do Espanyol de Barcelona), quando o Brasil poderia empatar,  foi a última das 39 partidas de Waldir com a camisa da Seleção.

Continuar lendo “Minuto de silêncio para Waldir Peres”

Rogério Ceni no banco

Ao som de “Hell’s Bells”, clássico do AC/DC (a música com que o São Paulo entrava em campo no Morumbi puxado pelo camisa 01), o tricolor paulista anunciou hoje seu novo técnico.


Até as máquinas rotativas dos jornais já sabiam. Rogério Ceni vai ser o técnico do São Paulo em 2017. Não fez nem um ano que o goleiro-artilheiro pendurou luvas e chuteiras, numa bela festa no Morumbi (11 de dezembro de 2015).fb_img_1449869451880-1

Quando o jovem Ceni chegou ao clube, em setembro de 1990, o mestre Telê Santana era o treinador do São Paulo. Ao longo de seus 25 anos no tricolor, Rogério trabalhou com treinadores como (entre outros) Muricy, Paulo Autuori, Levir Culpi, Juan Carlos Osorio, Bauza – na seleção, esteve com Felipão e Luxemburgo.  Algo deve ter aprendido, somando a sua experiência como goleiro tricampeão brasileiro, campeão da Libertadores e Mundial de Clubes. Suas entrevistas antes e depois dos jogos continham análises realistas de sua equipe e do adversário. Em 2016, pouco se ouviu falar dele, quase nenhum pitaco sobre a campanha do semifinalista na Libertadores, nem a péssima trajetória no Brasileirão. Ceni estava em outra, se preparando para assumir o cargo almejado mesmo antes da aposentadoria como atleta. Fez curso, visitas importantes.

O argentino Jorge Sampaoli, que levou o Chile ao título de Copa América, o alemão Jürgen Klopp (hoje no Liverpool), e o ex-chefe, o colombiano Osório (técnico do México), são citados como referências. Leio aqui e ali sobre o estilo de jogo desejado, ofensivo, com muita posse de bola, marcação desde o atacante. Resta saber os recursos humanos que Ceni terá. Hoje o elenco do São Paulo é fraco.

É cedo? Talvez. Mas futebol brasileiro está mesmo precisando de ideias novas, de novos nomes. Toda vez que um grande clube fica sem técnico, os nomes ventilados são quase sempre os mesmos. Abel, Luxa, Autuori, Levir, Marcelo Oliveira, Carpegiani, Oswaldo, Dunga, até Joel.  Continuar lendo “Rogério Ceni no banco”

“Miller & Fried – As Origens do País do Futebol”

wp-1468888470167.jpg Para quem se interessa pelo futebol brasileiro, em especial o paulista, o filme “Miller & Fried – As Origens do País do Futebol”, de Luiz Ferraz, chega a ser emocionante. O 7 a 1 na Copa de 2014 está muito fresco na memória. Ver um precioso arquivo da goleada de 7 a 2 do Paulistano comandado pelo artilheiro Friedenreich sobre a seleção francesa, durante uma bem sucedida excursão à Europa, em 1925, é de encher os olhos! Fried também estava na seleção que conquistou o primeiro grande título, o Sul-Americano de 1919, num lotadíssimo estádio das Laranjeiras (é a imagem de capa do teaser abaixo).

O gol desse título, na segunda prorrogação, teve participação de um corintiano, de um palmeirense e do craque do Paulistano (que depois jogaria no chamado São Paulo da Floresta, precursor do atual tricolor paulista). O material iconográfico da decisão já valeria o ingresso do cinema.

Se Fried foi o primeiro grande ídolo da seleção, Charles Miller também foi artilheiro. O garoto da elite paulista que trouxe bola e as regras da Inglaterra para Sampa do final do século XIX cansou de ganhar títulos estaduais com o SPAC (São Paulo Athletic).

Os depoimentos do neto de Charles Miller, Carlos Miller Neto e dos biógrafos de Miller (John Mills) e de Friedenreich (Luiz Carlos Duarte e as intervenções dos tresloucados PVC, Celso Unzelte e Marcelo Duarte garantem o interesse do futbolero pelo filme de Luiz Ferraz, que tem cerca de uma hora de duração, uma boa trilha sonora e bem filmadas cenas de futebol de várzea.

Continuar lendo ““Miller & Fried – As Origens do País do Futebol””

Lançamento: “Hélio Maffia – à Sua Maneira”.

Dica do pessoal do Memofut. O jornalista e engenheiro Gustavo Longhi de Carvalho está lançando o livro “Hélio Maffia – À Sua Maneira: Memórias e a Trajetória Profissional de um dos Maiores Preparadores Físicos do Brasil” (editora In House, 288 páginas, R$ 50). Nesta terça, 26 de julho, a partir das sete da noite na Federação Paulista de Futebol. Dia 29, vai ter noite de autógrafos em Jundiaí.
CONVITE HÉLIO MAFFIA SP
Dentro do post, texto da quarta capa do livro:
Continuar lendo “Lançamento: “Hélio Maffia – à Sua Maneira”.”

Os olímpicos

Eis a boa lista de 18 jogadores convocados por Rogério Micale para tentar a cobiçada medalha de ouro na Olimpíada. Boa sorte a todos!

  • Goleiros
  • Laterais
  • Zagueiros
  • Meio-campistas
  • Atacantes

Continuar lendo “Os olímpicos”

O grand finale de um goleiro rock and roll

O grand finale de um goleiro rock and roll

Eu vi Rogério Ceni jogar.

Eu vi (pela TV) Rogério Ceni marcar seu primeiro gol, numa cobrança de falta, no interior de São Paulo.

Eu vi Rogério Ceni marcar um gol de falta numa decisão de campeonato paulista.

Vi o goleiro-artilheiro marcar dois gols de falta na mesma partida de Libertadores e perder o terceiro, que teoricamente seria mais fácil, de pênalti.

Vi o capitão do São Paulo erguer uma Copa Libertadores, edição em que marcou cinco gols. No fim do mesmo ano, levantou também o Mundial de Clubes, depois de marcar um gol numa semifinal e fazer uma partida memorável contra o Liverpool.

Vi pela TV Rogério pegar um pênalti e marcar dois gols numa mesma partida, no Mineirão,  em outra atuação nota 10, dias depois de uma das atuações mais criticadas debaixo das traves.

Vi o capitão tricolor erguer por três anos seguidos a taça de campeão brasileiro.

Vi o capitão deixar o jovem Lucas, que se despedia do futebol brasileiro rumo a Paris, levantar a Copa Sul-Americana, depois de uma violentíssima decisão, dentro e fora dos gramados.

Vi Rogério ficar decepcionado com derrotas e eliminações. Como um torcedor.

Também vi que o #M1T0 precisava pendurar as luvas e as chuteiras, infelizmente.

Também li e ouvi declarações de Ceni com as quais não necessariamente concordo. Não era de ficar em cima do muro. Há que se respeitar a opinião diferente. Algum torcedor do Santos vai deixar de idolatrar os feitos de Pelé por causa de suas opiniões e omissões?

O último dos 131 gols de Rogério Ceni como profissional foi longe do Morumbi. Foi no Castelão, de pênalti, contra o Ceará, na única competição que não conquistou, a Copa do Brasil, que ironicamente seria decidida por um gol de goleiro. Fernando Prass vai continuar batendo pênalti, vai tentar uma falta pelo Palmeiras? Tomara! O sucessor de Rogério no São Paulo, Denis, vai fazer seus golzinhos? Quem sabe? Ambos treinam bastante.

No Morumbi, em 11 de dezembro de 2015, eu vi Rogério Ceni subir e descer pela última vez o túnel do vestiário do time da casa como jogador profissional, numa noite de rock (Rogério deu uma canja no show dos são-paulinos da banda Ira!) emoção e homenagens – por coincidência na mesma semana da morte do ex-presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. Que legal ver de novo em campo Raí (que infelizmente não teve uma partida de despedida), Cafu, Cerezo, Juninho Paulista, Müller, Amoroso, Josué, Mineiro, Aloísio Chulapa (rei de “assistências” pra Rogério), Lugano, Zetti batendo (e muito bem) um pênalti.

Adaptando a frase de Di Stéfano que virou título de biografia do artilheiro, agradeço a você, Rogério.

Gracias, viejo.  Continuar lendo “O grand finale de um goleiro rock and roll”

No meio do maior #barraco da história tricolor, começa a pré-venda da terceira camisa do São Paulo.

Finalmente, parceiros da Fifa que são gigantes em suas áreas, como a Coca-Cola e a Visa, acordaram e fizeram pressão por reformas na gestão do futebol mundial. Do jeito que está, não dá para ficar. E isso deveria valer pra um clube que virou um barril de pólvora como o São Paulo. Empresas que investem seu dinheiro no tricolor não devem gostar nem um pouco de ver o nome do clube em notícias que estão quase saindo das páginas esportivas para as policiais. Quase todo dia, surge uma notícia negativa pro clube do Morumbi.

Num momento em que os holofotes deveriam estar nos últimos jogos do capitão Rogério Ceni com a camisa 01 do São Paulo, o foco são as brigas internas (não mais restritas ao velho jogo da situação vs oposição), a dança das cadeiras na diretoria, o toma-lá-dá-cá de cargos, negócios questionados e a troca de técnico na reta final do Brasileirão e às vésperas de um complicadíssimo clássico San-São na semifinal da Copa do Brasil.

A saída de Juan Carlos Osorio pro México representa o fim de um dos poucos pontos elogiados pela crônica esportiva na atual gestão tricolor. Um técnico de ideias novas (no futebol do Brasil), muitas delas polêmicas (como o rodízio de jogadores), que teve a coragem de assumir que barrou a volta do ídolo Lugano. Osorio não tinha o apoio de Carlos Miguel Aidar, que antes também não apoiava Muricy. Aliás, será mesmo que Carlos Miguel Aidar realmente gosta de futebol ou só gosta do poder?

Nem parece, mas faltam de 9 a no máximo 13 jogos oficiais para a despedida do goleiro-artilheiro, o maior ídolo da história recente do São Paulo. Não se ouve falar de nenhuma ação para lotar o Morumbi nessa despedida anunciada. Por enquanto, a única homenagem parte do lançamento pela Under Armour de uma rara camisa 3, bordô para os jogadores de linha e grafite para o arqueiro tricolor. A estreia é no jogo do dia 18, contra o Vasco, no Morumbi, 16h. Este terceiro uniforme será usado em mais algumas partidas este ano e no começo de 2016. Confira.
IMG_20151007_231950 Continuar lendo “No meio do maior #barraco da história tricolor, começa a pré-venda da terceira camisa do São Paulo.”

25 anos de casa

11143251_10153569653224420_5002718638301754064_n
O São Paulo publicou um anúncio de página inteira, com uma versão um pouco maior da arte acima, no jornal Lance! em homenagem aos 25 anos de Rogério Ceni no clube do Morumbi. O site e as redes sociais do tricolor paulista publicaram um Top 25 dos jogos mais importantes de Ceni, num trabalho de Michael Serra, do arquivo histórico do São Paulo FC, que também preparou um e-book.

Na imprensa internacional, destaque para esta publicação no site do diário esportivo madrilenho “Marca. Continuar lendo “25 anos de casa”