Filme: “Meu Mundial – Para Vencer Não Basta Jogar”.

Filme: “Meu Mundial – Para Vencer Não Basta Jogar”.


Estreou em cinemas do Brasil em setembro/2019 o filme: “Meu Mundial – Para Vencer Não Basta Jogar” (Mi Mundial – El Camino És La Recompensa). Dadas as poucas sessões (uma no Belas Artes e duas no Frei Caneca), não deve ficar uma segunda semana em cartaz. Uma pena, porque é uma interessante coprodução Uruguai-Argentina-Brasil. Uma típica matinê, para toda a família, com um recado claro sobre a Educação.

Conta a história de Fernando Torres, o Tito, jovem uruguaio com nome de jogador, que se destaca nos times de Nogales, no Uruguai. Muito bom de bola  – e um problema na escola -, atrai a atenção de um ganancioso empresário brasileiro, que promete contrato no Brasil. A família simples da jovem promessa – “o novo Neymar”, nas palavras do empresário – vai morar num belo apartamento de Montevidéu, de frente para a orla do rio da Prata, que banha a belíssima capital uruguaia. Mas… sempre tem um mas. E chega de spoiler. Família, amizade, o primeiro amor em cartaz.

O filme de Carlos Andrés Morelli é muito bem feito, cenas de futebol filmadas plasticamente, e tem atuações muito boas, especialmente a do menino Tito, interpretado por Facundo Campelo, e do pai, Ruben (Néstor Guzzini, premiado em Gramado).

“Meu Mundial” é baseado no livro “Mi Mundial”, de Daniel Baldi, ex-jogador, hoje escritor, levando as suas experiências nos gramados para a literatura, escrevendo especialmente para jovens.

Daniel Baldi chegou a jogar com Diego Lugano, ex-capitão da Celeste. Lugano (mencionado uma vez no filme) escreveu o prefácio do livro de Baldi e esteve na pré-estreia da película em São Paulo, no começo de setembro de 2019.  O ídolo são-paulino publicou no Twitter:

 

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Galeria de ídolos aurinegros, na frente do estádio Campeón del Siglo.

Galeria de ídolos aurinegros, na frente do estádio Campeón del Siglo.

O respeito à memória de um clube é algo a ser admirado. Outro exemplo que vem do exterior.

Do lado de fora da cancha do Peñarol, inaugurada em 2016, há um espaço com totens informativos sobre ídolos aurinegros. Alguns heróis da conquista da Copa do Mundo de 1950: o goleiro Máspoli, o capitão Obdulio Varela, Schiaffino, que marcou o gol de empate contra o Brasil, e Ghigghia – como alguns outros, existem pegadas do atacante, que definiu o Mundial de 1950, no Maracanã.

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#FlashbackFriday: mascotinhos criados por Lais Sobral para seleções, em 2014.

#FlashbackFriday: mascotinhos criados por Lais Sobral para seleções, em 2014.

Antes do Mundial de 2014, disputado no Brasil, o blog Fut Pop Clube encomendou à artista plástica mineira Lais Sobral ilustrações sobre os 32 países classificados para a Copa disputada no Brasil. Nesta #FlashbackFriday, vamos lembrar 20 mascotinhos inventados pela Lais Sobral para seleções que também participam da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Começando pelo bloco das quatro seleções já garantidas nas oitavas de final, até este nono dia de bola rolando. Rússia, Uruguai, França e Croácia.

Abaixo, uma galeria de mascotinhos bolados pela artista plástica em 2014 para 14 das 23 seleções que estão lutando por vaga nas oitavas em 2018! Começando pela arara azul que a Lais desenhou para homenagear o Brasil. A Colômbia é representada por um tigre – apelido do centroavante Falcao García.

Para terminar a série, mascotinho virtual da Costa Rica, que não tem mais chances de classificação, assim como Egito, Arábia Saudita, Marrocos e Peru.

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Coleção da Umbro liga sete clubes brasileiros a sete seleções do Mundial 2018

Umbro Nations: coleção especial de 7 clubes brasileiros, com referências a 7 países participantes do Mundial.

De olho na febre do Mundial 2018, a Umbro brasileira lançou nesta sexta-feira 13 sete novos uniformes de clubes nacionais com quem tem contrato, cada um em homenagem a uma seleção que vai disputar a Copa. Confira dentro do post.

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Bola de Ouro 2016: e os indicados são…

O prêmio Bola de Ouro, em 2016, volta a ser apenas da revista “France Football“, que divulgou hoje os 30 indicados. Só para variar (só que não), todos os indicados atuam em clubes europeus. Neymar é o único brasileiro da lista. Argentina e França têm quatro na lista cada: Messi, Agüero, Dybala e Higuaín representam a albiceleste e Griezman, Pogba, Payet e o goleiro Lloris representam a Équipe de France. Da Alemanha, campeã do mundo, há 3 indicados: Kroos, T. Müller e o goleiro Neuer.  Mesmo número de espanhóis (Iniesta, Ramos e Koke) e portugueses, campeões da Euro: o goleiro Rui Patrício, o zagueiro Pepe e o CR7.

Dificilmente o Ballor d’Or não ficará novamente com Cristiano Ronaldo, que além de campeão da Euro, ganhou mais uma Champions pelo Real Madrid – os blancos têm mais cinco jogadores na lista (o decisivo Sergio Ramos, Pepe, Modric, Kroos e Bale.

Messi, Suárez, Neymar e Iniesta representam o Barça no prêmio.

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Geneton, um craque da arte de entrevistar.

O Brasil já não é um país muito preocupado com memória e esta semana perdeu um obstinado pelos grandes fatos da história. Morreu o jornalista e escritor pernambucano Geneton Moraes Neto. Partiu cedo demais. Deixou mulher, três filhos, quatro netos … e onze livros. Entre eles, Dossiê 50. O subtítulo explica: “um repórter em busca dos onze jogadores que entraram em campo para serem campeões do mundo em 1950, mas se tornaram personagens do maior drama da história do futebol brasileiro”.

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Foi frango de Barbosa? O lateral Bigode deveria ter cometido falta em Ghiggia? Nilton Santos deveria ter jogado? Houve falha de cobertura de Juvenal? Obdulio Varela deu um tapa em Bigode? A troca de concentração atrapalhou o sossego do elenco? E o clima de ‘já-ganhou’? Geneton deu voz aos 11 titulares da seleção de 1950 – Barbosa, Augusto, Juvenal, Bigode, Bauer, Danilo, Zizinho, Friaça, Jair Rosa Pinto, Ademir Menezes e Chico – e também ao treinador Flávio Costa. Para a caprichada reedição de 2013, lançada pela Maquinária Editora, entrevistou também o uruguaio Alcides Ghiggia, autor do gol do título. O livro virou filme, exibido na GloboNews e no festival CINEfoot.
E como se não bastasse todo o esforço de reportagem de ouvir todos os personagens, o texto ainda é espetacular.

Geneton batalhou pela “anistia” aos onze condenados do Maracanazo (especialmente Barbosa e Juvenal). Isso, antes do 7×1 no Mineirão, que libertou de vez a seleção de 50 (e deveria ter reabilitado também a camisa branca – como a da réplica da foto acima- amaldiçoada depois da conquista uruguaia no Rio).
Geneton morreu dois dias depois de outra grande decisão no Maracanã, guardadas as proporções entre uma final de Copa do Mundo e uma final olímpica. Continuar lendo “Geneton, um craque da arte de entrevistar.”

O Peñarol abriu seu estádio. E Diego Forlán marcou o gol inaugural.

O Peñarol abriu seu estádio. E Diego Forlán marcou o gol inaugural.

28 de março de 2016

Camiseta do Peñarol preparada a noite de gala. IMAGEM: facebook.com/OficialCAP/
Camiseta do Peñarol preparada a noite de gala. IMAGEM: facebook.com/OficialCAP/

O River Plate atravessou o rio da Prata para participar da inauguração do estádio Campeón del Siglo, o alçapão novinho em folha do Peñarol. E que festa linda em ouro e negro fez a hinchada manya. Bola rolando, o portero millonario Barovero se machucou e o dono da casa nova foi aproveitando. Tal qual um filme de Hollywood, coube exatamente a um ídolo carbonero, o camisa 10 Diego Forlán, filho de outro ídolo do Peñarol, Pablo Forlán, inaugurou o placar, aproveitando jogada de Murillo e com uma certa colaboração do goleiro reserva do time de Buenos Aires, Julio Chiarini. Depois, Forlán retribuiu e Murillo marcou o segundo. O River descontou, mas acabou levando uma goleada. Placar final do histórico jogo de inaguração: Penãrol 4×1 River.

Talvez seja tarde demais pra influenciar na campanha da Libertadores 2016. A situação aurinegra é complicada, como a de outros grandes sul-americanos. Mas certamente pode ter uma influência nas próximas copas.

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  • Capacidade: 40 mil carboneros
  • Custo: 40 milhões de dólares, 146 milhões de reais (valor de março de 2016), pechincha para os padrões das “arenas” brasileiras da Copa de 2014.

O pôr do sol é grátis! Continuar lendo “O Peñarol abriu seu estádio. E Diego Forlán marcou o gol inaugural.”

Para Eduardo Galeano, não havia estádio vazio.

Para Eduardo Galeano, não havia estádio vazio.

O escritor Eduardo Galeano, que morreu em abril de 2015, tinha quase 10 anos quando a seleção de seu país ganhou a Copa do Mundo de 1950 (era de 3 de setembro de 1940). “Hincha” do “bolsillo”, o Nacional, tricolor de Montevidéu, e amante do futebol, mesmo que a camiseta do jogador não tivesse um bolso e fosse aurinegra, Galeano convida o leitor do clássico “Futebol ao Sol e à Sombra(L&PM) a entrar num estádio vazio.

… Pare no meio do campo e escute. Não há nada menos vazio que um estádio vazio. Não há nada menos mudo que as arquibancadas sem ninguém. O estádio Centenario, de Montevidéu, suspira de nostalgia pelas glórias do futebol uruguaio. O Maracanã continua chorando a derrota brasileira no Mundial de 50. Na Bombonera de Buenos Aires, trepidam tambores de há meio século. Das profundezas do estádio Azteca, ressoam os ecos dos cânticos cerimoniais do antigo jogo mexicano de pelota. Fala em catalão o cimento do Camp Nou, e em euskera conversam as arquibancadas do San Mamés, em Bilbao…

Não tem como entrar mais num estádio em dias sem futebol,  ou naquelas tours que alguns clubes fazem, sem lembrar de Eduardo Galeano, craque do sonhos (“jogava muito bem, era uma maravilha, mas só de noite, enquanto dormia”). O texto acima é um dos muitos gols do seu livro Futebol ao Sol e À Sombra.

Dentro do post, o texto do site da editora sobre o livro. Continuar lendo “Para Eduardo Galeano, não havia estádio vazio.”

Nacional, campeão uruguaio! Campeão, mesmo?

É campeão! É campeão? facebook.com/nacional

O Nacional ganhou o torneio Apertura do futebol uruguaio. Na semana passada, o Peñarol, faturou o Clausura. Então, os dois rivais se classificaram para disputar o título de campeão uruguaio. O clássico deste domingo no centenário era considerado “semifinal” para o Peñarol, porque os carboneros precisavam verncer hoje para forçar mais dois jogos, já que os bolsilludos, tinham também a melhor campanha (além do título do Apertura). Mas para o pessoal dos bolsos no lado esquerdo da camisa teve gosto de final. Dramática!

O tricolor uruguaio saiu na frente. Sebastián Fernandez, Iván Alonso. O time aurinegro – com um a menos – conseguiu empatar no finalzinho do segundo tempo. Duas vezes Luis Aguiar. Prorrogação. O veterano Recoba entrou em campo. Bateu falta com perigo. Deu assistência para o terceiro gol do Nacional. Perdeu o pênalti que seria o quarto gol. Mas o juiz botou na súmula que a partida foi interrompida faltando sete minutos pra acabar a prorrogação.

O Nacional levantou taça e botou medalhas no peito. O Peñarol quer jogar os sete minutos finais. O Tapetão decide: Nacional campeão ou o clássico continua?

É campeão! É campeão? facebook.com/Nacional
É campeão! É campeão?
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Valeu, Diego Forlán!

Museo del Fútbol, estádio Centenário
Museo del Fútbol, estádio Centenário

A Associação Uruguaia de Futebol divulgou uma nota em que agradece “eternamente” a Diego Forlán, que se aposentou da seleção Celeste “como um dos melhores jogadores da história do futebol uruguaio”. O filho do lateral Pablo Forlán foi o primeiro uruguaio a jogar mais de 100 partidas pela seleção principal. Na real, foram 112 jogos, em 12 anos, com 36 gols. Conquistou a Copa América em 2011 (participou também em 2004 e 2007) e, acima de tudo, brilhou na ótima campanha da Celeste Olímpica no Mundial de 2010. Diego foi considerado o melhor jogador e um dos artilheiros da Copa na África do Sul. Também atuou em 2002 e 2014.

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