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Em cartaz: “Sapato 36”

Securinha. Real da Mustardinha, Liga. União. E o temido Alkaida, isso mesmo, Alkaida, campeão da Copa Santo Amaro em 2019 e … ops! Corta, corta. São os nomes de alguns dos times que participam dos campeonatos de futebol de várzea no Campo do Onze, em Santo Amaro, bairro com cerca de 30 mil moradores perto do centro do Recife. Todos são mostrados no filme “Sapato 36”, de Petrônio Lorena, que neste mês de agosto de 2022 está em cartaz em 13 cidades brasileiras. Recife, claro, São Paulo, Rio e mais sete capitais inclusive. Cinema brasileiro, independente, documental. E é bacana. Eu me diverti nos pouco mais de 70 minutos do doc sobre… sobre…. apaixonados por futebol. Seja dos que organizam os torneios, dos que assistem, dos que jogam… há um personagem que atua em 13 times diferentes, às vezes em troca de 50 reais aqui, 50 acolá.

E tem as camisas, coloridas, o campo de terra, o alambrado, cachorro pra cá, pra lá, dizem que até cavalo em campo.

A luta diária das guerreiras do futebol feminino também está no longa do pernambucano Petrônio Lorena.

O ponto alto do filme é a participação de duas personalidades saídas dos campos de Santo Amaro, onde nem sempre se usa as chuteiras do tamanho certo, daí o nome do filme.

O figuraça Mauro Shampoo, 10 anos e apenas 1 gol pelo Íbis, “o pior time do mundo”, “título só o de eleitor”.

E o ex-zagueiro Ricardo Rocha, tetracampeão mundial em 1994 nos Estados Unidos. Da Associação Atlética Santo Amaro (clube que disputou campeonato pernambucano nos anos 70, chegando ao vice da Taça de Bronze, equivalente à Série C do Brasileirão em 1981; perdeu para o Olaria), Ricardo Rocha foi negociado com o Santa Cruz em troca de bolas, chuteiras, jogos de camisas. Saiu lateral-direito do Santinha, virou “xerife” de Guarani, Sporting, São Paulo, Real Madrid, Santos, Vasco, Fluminense, Newell´s, Flamengo.

“Sapato 36” ainda tem um jogo de botão entre uma seleção de melhores jogadores da história e um escrete do Íbis de todos os tempos. Hilário!

Veja o trailer abaixo.

Teaser: “Eu Sou do Norte”, atração do #Cinefoot11.

DestacadoTeaser: “Eu Sou do Norte”, atração do #Cinefoot11.

O futebol feminino sempre teve espaço no festival Cinefoot. E nesta 11ª edição do festival podemos ver online, na plataforma oficial do Cinefoot 11, o curta “Eu Sou do Norte”, produção Acervo da Bola/A Vitrine do Futebol Feminino, dirigida por Cristiano Fukuyama, Edson de Lima e Luiz Nascimento (mesmo trio de “Eu, Jogadora” e “Nunes FC”, ambos ficaram em 2º lugar na categoria curta-metragem do Cinefoot 2017 e 2019, respectivamente). Fukuyama e Nascimento faturaram a Taça Cinefoot de longa em 2016 com “Ivair, o Príncipe do Futebol”; em 2020, a dupla lançou “Lusitanos”, sobre o centenário da Lusa).

“Eu Sou do Norte” é um doc de 16 minutos (selecionado para a mostra competitiva de curtas do festival) feito no ano da pandemia. E que mostra exatamente como atletas lidaram com mais essa bola quadrada. Estreia no Cinefoot online neste sábado, 21 de novembro, às sete da noite – e fica disponível na plataforma até segunda, 23/11, segunda-feira, também 19h.

Dentro do post, confira o teaser e a sinopse do curta.

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Na rede: “Irmãos no Futebol – A História dos Dois Corinthians”.

Na rede: “Irmãos no Futebol – A História dos Dois Corinthians”.

Uma dica de um excelente documentário que acabou de estrear no streaming, para todos interessados em história do futebol inglês e brasileiro, especialmente para o lado alvinegro da arquibancada: “Irmãos no Futebol – A História dos dois Corinthians”. Título inglês: “Brothers in Football”.
Qual é o time inglês mais popular no Brasil? United? Liverpool? City? Arsenal? Agora, esta é fácil: qual é o time AMADOR inglês mais popular no Brasil?

Certamente, o Corinthian-Casuals  Football Club, que inspirou o nome do Sport Club Corinthians Paulista, fundado depois da excursão brasileira de 1910 do Corinthian FC.
O doc de Chris Watney, conta essa relação, da origem do time inglês, criado em 1882 por “Pa” Jackson, secretário assistente honorário da FA, Football Association, a federação inglesa, pra fazer frente aos escoceses, ao “bando de loucos” que hoje peregrina até o estádio de Tolworth, no sul de Londres.
As excursões que popularizaram o futebol, influenciando o nome do clube paulista e até o uniforme do Real Madrid, as baixas na Primeira Guerra, as dificuldades, a fusão com o Casuals FC, em 1939, daí o nome atual, Corinthian-Casuals FC.
E mais. Watney conta no filme que, em 1892, Charles Miller, da seleção de Hampshire, reforçou o Corinthian numa partida. Como forma de compensar, o Corinthian deu bolas de futebol pra Charles Miller, que trouxe a #gorduchinha para o Brasil.

Para a atual geração de jogadores e torcedores corintianos dos dois lados do Atlântico, o auge da história é o amistoso entre as duas equipes, disputado poucos meses depois da inauguração da Arena Corinthians, em 2015. Tite era o técnico do Timão.
O doc “Irmãos no Futebol –  A História dos dois Corinthians” está disponível em plataformas que alugam ou vendem filmes, como You Tube, Looke e Now. 📽⚽️📺

O Jamie fez poucos amigos no Brasil? Hahaha!
Distintivo atual do Corinthian-Casuals FC

 

Filme: “Meu Mundial – Para Vencer Não Basta Jogar”.

Filme: “Meu Mundial – Para Vencer Não Basta Jogar”.


Estreou em cinemas do Brasil em setembro/2019 o filme: “Meu Mundial – Para Vencer Não Basta Jogar” (Mi Mundial – El Camino És La Recompensa). Dadas as poucas sessões (uma no Belas Artes e duas no Frei Caneca), não deve ficar uma segunda semana em cartaz. Uma pena, porque é uma interessante coprodução Uruguai-Argentina-Brasil. Uma típica matinê, para toda a família, com um recado claro sobre a Educação.

Conta a história de Fernando Torres, o Tito, jovem uruguaio com nome de jogador, que se destaca nos times de Nogales, no Uruguai. Muito bom de bola  – e um problema na escola -, atrai a atenção de um ganancioso empresário brasileiro, que promete contrato no Brasil. A família simples da jovem promessa – “o novo Neymar”, nas palavras do empresário – vai morar num belo apartamento de Montevidéu, de frente para a orla do rio da Prata, que banha a belíssima capital uruguaia. Mas… sempre tem um mas. E chega de spoiler. Família, amizade, o primeiro amor em cartaz.

O filme de Carlos Andrés Morelli é muito bem feito, cenas de futebol filmadas plasticamente, e tem atuações muito boas, especialmente a do menino Tito, interpretado por Facundo Campelo, e do pai, Ruben (Néstor Guzzini, premiado em Gramado).

“Meu Mundial” é baseado no livro “Mi Mundial”, de Daniel Baldi, ex-jogador, hoje escritor, levando as suas experiências nos gramados para a literatura, escrevendo especialmente para jovens.

Daniel Baldi chegou a jogar com Diego Lugano, ex-capitão da Celeste. Lugano (mencionado uma vez no filme) escreveu o prefácio do livro de Baldi e esteve na pré-estreia da película em São Paulo, no começo de setembro de 2019.  O ídolo são-paulino publicou no Twitter:

 

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“Bobby Robson – More Than a Manager”


Ele era o técnico da Inglaterra que parou nas quartas-de-final da Copa de 1986, no México, diante do gol de mão e do gol da vida de Maradona. Também comandou o English Team até as semifinais na Itália, em 1990. Até chegar lá, ganhou alguns dos principais títulos da vida do Ipswich Town (Copas da Inglaterra em 1978 e da Uefa em 1981). Sir Bobby Robson treinou um conturbado Barça depois da era Cruyff técnico. Levou Ronaldo Fenômeno do PSV para o Camp Nou. Tinha como auxiliar o português José Mourinho (que faz caras hilárias enquanto ajuda o ‘boss’ a se expressar nas entrevistas).

“Bobby Robson – More Than a Manager” é um filmaço, que passou no Cinefoot SP em 2018 e logo depois chegou ao streaming. Espetacular montagem do rico material de arquivo, sem deixar de contar sobre a vida pessoal do treinador, que morreu em julho de 31 de julho de 2009, de câncer.

Pra quem curte futebol internacional, em especial o inglês e o espanhol. vale muito a pena conhecer este documentário. Confira o trailer. Continuar lendo ““Bobby Robson – More Than a Manager””

Bola na Tela: “Take the Ball, Pass the Ball”.

Bola na Tela: “Take the Ball, Pass the Ball”.

Post publicado em 9 de novembro de 2018

Take the ball, pass the ball.

O mantra repetido pelo hoje técnico do Manchester City dá o nome ao documentário coproduzido pela catalã Zoomsport e pela Universal Pictures com colaboração da Mediapro. Take the Ball, Pass the Ball (ou Toca y Pasa el Balón, no título em castelhano) trata dos quatro anos de Pep Guardiola no Barça. Passa em cinemas da Catalunha e da Inglaterra nesta sexta-feira. Ainda em novembro, vai ter sessões únicas em outras cidades da Europa (confira aqui).

Xavi, Iniesta, Piqué, Daniel Alves, Henry, Puyol, Busquets, Mascherano, Abidal, Eto’o e, claro, Messi dão seus depoimentos sobre a era Guardiola.

Duncan McMath, Graham Hunter, Marc Guillén e Víctor M. Gros assinam o documentário, baseado no livro “Barça – A Construção e a Trajetória do Melhor FC Barcelona de Todos os Tempos”, de Graham Hunter, publicado no Brasil pela Grande Área.

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“Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.

“Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.

8 de novembro de 2018

A história do São Paulo virou filme: “Onde a Moeda Cai em Pé”. Estreia nesta quinta, 8 de novembro, na rede Cinemark. No roteiro, os grandes títulos (no futebol e em outros esportes), a construção do Morumbi, os anos de ‘vacas magras’, os ídolos, os torcedores famosos. Direção de Alexandre Boechat, André Plihal e Pedro Jorge. Produção: Canal Azul (que já fez uma série de documentários sobre feitos de outros grandes clubes paulistas), Tocha Filmes e ESPN.


O título é uma referência a uma expressão dos anos 40. O São Paulo só seria campeão paulista se a moeda caísse em pé. Não acreditaram no Leônidas, né?

De acordo com o site oficial do clube, “Onde a Moeda Cai em Pé” vai passar em 20 cinemas de 19 cidades, sempre às sete da noite. Torcedor, é bom ficar esperto e correr pra bilheteria logo se quiser ver o doc na tela do cinema. Confira as salas que exibem o filme na semana da estreia: Continuar lendo ““Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.”

“Papéis ao Vento”. Veja o filme. Leia o livro.

“Papéis ao Vento”. Veja o filme. Leia o livro.

Cartaz argentino de Papéis ao Vento, que passou nos cinemas em novembro de 2015. https://www.facebook.com/PapelesViento

Mario Pittilanga. Um jogador (fictício) que serviu a seleção Sub-17 da Argentina num Mundial. O jovem vai parar na terceira divisão do futebol argentino, emprestado ao Club Atlético Mitre, time que realmente existe, um aurinegro de uniforme como o do Peñarol, em Santiago del Estero, a mais de mil quilômetros a noroeste de Buenos Aires. O passe de Pittilanga está no nome da mãe de Mono e Fernando, torcedores fanáticos pelo Independiente de Avellaneda, o Rey de Copas. Mono pagou 310 mil dólares pelo passe da promessa de craque, e isso é tudo que ele deixa de herança para a filha, Guadalupe, depois de uma batalha contra um câncer no pâncreas. O mano Fernando se reúne com dois amigos de Mono – Maurício e Russo – e fazem de tudo pra tentar vender Pittilanga antes que o pibe ganhe passe libre do Platense e saia de graça. E isso inclui mudar a posição do jogador. De camisa 9 em 6. O centroavante vira zagueiro. Assim é “Papéis ao Vento”, produção argentina que passou como um ponta rápido por cinemas brasileiros no final de 2015 e está disponível nas plataformas. O filme, de Juan Taratuto, é baseado na novela “Papeles en el viento”, de Eduardo Sacheri, também roteirista da película. Sacheri, um torcedor fanático do Rojo, escreveu dois golaços dos cinema argentino, “O Segredo dos Seus Olhos” e “Metegol – Um Time Show de Bola”.

Flâmula do Independiente, El Rojo, El Rey de Copas.

Filme e livro, especialmente, são um tributo à amizade e claro, ao Independiente. As cenas no estádio Libertadores de América em dia de dérbi contra o Racing são de tirar o fôlego. Caso goste do filme e se interesse pela literatura futbolera argentina, vale a pena procurar o livro do Sacheri. Fica ainda mais clara a paixão – de Mono, dos outros personagens e do autor – pelo Rojo, pelas glórias da equipe comandada por Bochini nos 70 e 80. Aqui deixo o link para o e-book, em castelhano.

Trailer dentro do post. Continuar lendo ““Papéis ao Vento”. Veja o filme. Leia o livro.”

Grande noite de Cinefoot em Sampa

Grande noite de Cinefoot em Sampa


No dia em que o planeta bola lamentou os 6 anos da morte de Sócrates, o festival Cinefoot exibiu um documentário sobre um título único do clube que revelou o Doutor: o Botafogo de Ribeirão Preto. A Pantera da Mogiana (treinada por Jorge Vieira) conquistou com um empate contra o São Paulo de Rubens Minelli, em pleno Morumbi, a Taça Cidade de São Paulo, equivalente ao primeiro turno do interminável Paulistão de 1977 (que acabaria sendo vencido pelo futuro time do Dr. Sócrates, o Corinthians, quebrando jejum de 23 anos). Quarenta anos depois,  a campanha histórica ganhou um belo tributo, o filme 77 Eternos Campeões”, de Igor Ramos (que tem livros sobre o Bota de Ribeirão, seu rival Comercial e o clássico Come-Fogo. Continuar lendo “Grande noite de Cinefoot em Sampa”

Doc sobre a erupção do futebol na Islândia abre o #Cinefoot de 2017 em Sampa .

Doc sobre a erupção do futebol na Islândia abre o #Cinefoot de 2017 em Sampa .

O oitavo Cinefoot chega a São Paulo com a estreia do documentário “Dentro de um Vulcão – A Ascensão do Futebol Islandês”, de Saevaer Gudmunsson. É nesta sexta-feira, às 20h30, Museu do Futebol, onde o festival fica até domingo. Na segunda e na terça, a bola rola na rua Augusta, na tela do Espaço Itaú de Cinema. São 23 filmes – sete concorrem à Taça Cinefoot de melhor longa e oito disputam a taça de melhor curta. Atenção para “Boca de Fogo”, que levantou a Taça Cinefoot de curta-metragem no Rio.

Inside a Volcano – The Rise of Icelandic Football
Dir. Saevar Gudmundsson (Doc, 86 min, cor, Full HD, Islândia e Inglaterra, 2016 ) LIVRE

O filme “Dentro de um Vulcão” conta a história da geração dourada da bola na Islândia – país com menor população do mundo (330 mil habitantes) a se classificar para a Copa do Mundo (a de 2018, na Rússia). O diretor do doc teve acesso total à seleção na histórica campanha da Eurocopa e revela a intimidade do grupo de jovens que cresceu ouvindo que o seu esporte preferido jamais alcançaria dias de glória na Islândia. Sessão especial, única, nesta sexta-feira, 1º de dezembro, às 20h30, no auditório do Museu do Futebol – estádio do Pacaembu. Entrada franca, sujeita à lotação da sala.
Veja o trailer dentro do post: Continuar lendo “Doc sobre a erupção do futebol na Islândia abre o #Cinefoot de 2017 em Sampa .”