“Samba Futebol Clube”: em cartaz em São Paulo até 1º de dezembro.

“Samba Futebol Clube”: em cartaz em São Paulo até 1º de dezembro.

16/11/2019

FOTO: Leo Aversa / divulgação
FOTO: Leo Aversa / divulgação
Alan Rocha, um dos destaques do musical FOTO: Leo Aversa / divulgação

Premiado no Rio (onde estreou para a Copa de 2014), o musical “Samba Futebol Clube’ estreou em S. Paulo bem num fim de semana de dérbi. Palmeiras x Corinthians! A sessão que o blog teve oportunidade de ver começou logo depois do 1×1 construído no finalzinho do clássico, no Pacaembu. Não muito longe do estádio, o Teatro Unimed (alameda Santos) recebe o espetáculo até primeiro de dezembro.

Sim, houve adaptações para público / torcida paulista. Começa com “Um a Zero” (choro de Pixinguinha e Benedito Lacerda com letra de Nelson Angelo), passa por “Um a Um”, forró consagrado por Jackson do Pandeiro e vai até “Jogadeira”, manifesto do futebol feminino. A seleção musical foi muito bem convocada. Claro que algum torcedor pode lembrar de um ou outro craque da MPB não chamado. Mas o roteiro tem o filé da música popular boleira: “E o Juiz Apitou” (Wilson Batista Antonio Almeida), “Na Cadência do Samba” (Luís Bandeira), “Fio Maravilha” e “Ponta de Lança Africano (Umbarauma), golaços do mestre Jorge Ben Jor, o hit “Povo Feliz (Voa Canarinho) (Memeco/ Nonô)”, clássicos dos Novos Baianos, a linda “Aqui é o País do Futebol” (Milton Nascimento/Fernando Brant) e “É uma Partida de Futebol” (Samuel Rosa/Nando Reis) entraram na lista de 42 canções. Bem como as belas marchas de Lamartine Babo para os grandes do Rio.

Tem “Pra Frente Brasil”, bem icônica (pra usar uma palavra da moda) da Copa de 1970, mas a coreogeafia dá o recado claro do musical sobre aqueles anos de chumbo. Tem letras politizadas de Gonzaguinha. Tributos ao Rei Pelé e à Rainha Marta

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Camisas de times do interior

Camisas de times do interior

É neste sábado, das 10h às 17h, no vão central do Pacaembu! O vigésimo-primeiro Encontro de Colecionadores de Camisas  tem como tema os mantos sagrados de clubes do interior.
Vai ter varal e estandes exibindo umas 3.000 camisas,  segundo o Museu do Futebol, que promove o encontro em parceria com os sites Minhas Camisas e Colecionadores FC. Trocas são liberadas.

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As camisas do flyer: São Caetano, São Bento, União São João, São José, Grêmio Novorizontino, Ituano e Internacional de Limeira – todos clubes paulistas.

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#Tijucamérica

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O blog Fut Pop Clube saúda o título da segundona do futebol do Rio, conquistado pelo Mecão (o acesso à elite do futebol carioca já estava garantido) com a dica de uma leitura divertidíssima: “Tijucamérica”, do jornalista José Trajano, que como qualquer pessoa que já tenha assistido à ESPN no Brasil tá careca de saber, é americano fanático.
Sabe aquelas listas de melhores da história de um time? Pois a “chanchada fantasmagórica” de José Trajano pega o
“dream team” do America e bota o time de zumbis pra disputar de novo o campeonato carioca. Mas os mortos-vivos é que levam susto com o “New Maraca”.
Tudo com muita informação sobre o “Saaangue”, a Tijuca e figuras dos anos dourados do rádio e do Rio. Lamartine Babo incluído.
Esta semana, Trajano autografa seu novo livro no Rio em três eventos. O lançamento é da Paralela.

  • Terça-feira, 28 de julho, às 19, na Livraria da Travessa em Ipanema: http://on.fb.me/1HYAZZw
  • Quinta-feira, 30 de julho, às 19h, na Livraria Saraiva do Shopping Tijuca: http://on.fb.me/1JqfPIh
  • Sábado, 1º de agosto, às 11h, no Bar do Chico (Rua Afonso Pena, 128).

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Filmão: “Campo de Jogo”.

Poucas vezes vi futebol profissional tão bem tratado pelas câmeras do cinema como a final de campeonato anual de favelas, entre o Esporte Clube Juventude e o Geração Futebol Clube, neste “Campo de Jogo”, documentário de Eryk Rocha (filho de Glauber Rocha, diretor de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, “Terra em Transe” etc etct etc).

O Juventude, que tem um escudo semelhante ao xará de Caxias do Sul, é do bairro Sampaio, e recebe no seu campo – não muito distante do Maracanã – o Geração, da comunidade da Matriz. Decisão do campeonato anual de favelas, que reúne 14 times. E mais não posso falar, pra não ser #spoiler.

O tratamento a times amadores como Juventude e Geração, seus jogadores, seus técnicos e seus torcedores é semelhante ao que as lentes do Canal 100 davam ao futebol campeão do mundo, num palco sagrado como o Maracanã, e personagens como os jogadores da seleção (e claro, os “geraldinos”)

Os heróis e vilões aqui são todos anônimos, pelo menos para o grande público. Certamente são ídolos nas comunidades que defemdem. “Campo de Jogo” tem 71 minutos sem narração, sem voz em off, sem entrevistas. Só um balé de imagens (preste atenção na cena do juiz cercado), outro show de captação de som ambiente (com direito a vários #VTNC, #FDP e #PQP de qualquer estádio de futebol) e ótima trilha sonora. O resultado é um filme que daqui a muitos anos certamente será lembrado como um marco. Como um clássico.

É claro que quem torce o nariz para futebol não vai encarar. Uma pena. Dentro do post, o cartaz do filme. Filmão. Continuar lendo “Filmão: “Campo de Jogo”.”

Amor à camisa – versão internacional.

Amor à camisa – versão internacional.

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Há duas semanas, quando estava preparando o post para o Dia do Rock, sobre os times de botão de bandas roqueiras feitos pela Botões Clássicos, conheci a Atrox Casual Club. Uma ótima sacada do Renato Martins: a primeira loja de São Paulo especializada em produtos de clubes estrangeiros – e só de times de fora. Um mercado que vai muito além de Barça e Real Madrid. Camisas oficiais, jaquetas, bonés, toucas, cachecóis e canecas, principalmente da Europa e América do Sul.

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Udinese

No sábado da visita, rolava na Galeria Ouro Velho, na rua Augusta, a Copa Atrox de Futebol de Botão, organizada pelo Luciano, que faz os Botões Clássicos, e patrocinada pela loja Atrox. As fotos são todas deste dia. Tinha uma arara inteira quase que só com camisas do West Ham United.

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Uma arara inteira quase que só do West Ham

Renato Martins teve loja de discos na galeria do rock, girou o Brasil e o mundo como empresário dos Ratos de Porão e até hoje traz shows de bandas de metal e hardcore pro Brasil. Lá fora ele torce pro West Ham. Mas os torcedores do Millwall, rival dos hammers, são bem-vindos à Atrox. Só mesmo em São Paulo…

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Para o chá da tarde

Confira mais fotos dentro do post.
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Música de chuteiras

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Ninguém aguenta mais ouvir a melô que começa com “Eu sou brasileiro…” nos estádios. A falta de bons refrões no gogó da torcida brasileira virou quase assunto de estado. Patrocinadores resolveram sugerir algumas letras, como se fossem encartes dos queridos discos de vinil. Talvez as torcidas organizadas dos principais clubes do país poderiam selar a paz e ensaiar algumas musiquinhas para embalar a Seleção. Utopia, eu sei. Na goleada contra Camarões, pelo menos rolou “o campeão voltou”. Calma lá. Confesso que temo o show da torcida do Chile no jogo de sábado no Mineirão… E se o Brasil vai passando e pega a Colômbia ou Uruguai nas quartas e mais pra frente, chega a uma final contra a Argentina? A torcida vai ter que jogar junto. Ok, tem rolado o clássico do Neguinho da Beija-Flor, “Domingo (Eu Vou Maracanã)”. Poderia rolar “Fio Maravilha”, “Umbarauma” (entre tantas do mestre Jorge Ben Jor), “Voa Canarinho”, um trecho do hino (…”pátria amada Brasil!), tantos sambas… beto xavierQuem sabe, uma passadinha na exposição Música de Chuteiras, que fica até o final da Copa no Sesc Pompeia, zona oeste de São Paulo, possa inspirar o 12º jogador canarinho. É de graça. Vou tratar dessa mostra ainda neste post, mas antes queria comentar uma curiosidade. São tantas músicas brasileiras sobre futebol, pelo menos desde os tempos de Friedenreich – tantas, que há 2 livros sobre a relação música/futebol, o do Assis Angelo e o do Beto Xavier, que aliás, é um dos consultores da mostra do Sesc – mas para esta Copa, não apareceu quase nada. Tem um bom jingle do banco que patrocina a Seleção… recebi também um samba funk do João Damásio, cantor e compositor de Campos (RJ).

A expo Música de Chuteiras tem curadoria de Marecelo Duarte (“O Guia dos Curiosos”, “Loucos por Futebol”), projeto cenográfico de Álvaro Razuk, consultoria do jornalista Beto Xavier (autor do livro e do blog “Futebol no Mais da Música”) e do colecionador Francisco Antônio Neto, dono de um acervo impressionante. O próprio curador Marcelo Duarte ajuda com sua coleção (que começou com o pai), ponto de partida da mostra.

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Jogo de Guerra | War Game. Futebol no Anima Mundi (2013).

Depois da 21ª edição carioca, chegou a São Paulo mais um Anima Mundi. Um dos festivais de cinema preferidos do blogueiro aqui, ao lado do CINEfoot e do In~Edit Brasil.  E o atento leitor Wesley Machado deu uma dica espetacular. Ele chamou minha atenção  para uma reportagem do Sportv News sobre um dos filmes selecionados para o festival de animação.

http://www.imdb.com/
http://www.imdb.com/

268904_508100555923079_32882713_nJogo de Guerra (War Game) é um desenho inglês de 29 minutos, feito em 2001, pela produtora Illuminated Films, a mesma do sensacional T.R.A.N.S.I.T., já exibido no Anima Mundi. A animação, dirigida por Dave Unwin e produzida por Ian Harvey, reconta um episódio da I Grande Guerra Mundial, quando soldados alemães e ingleses fizeram uma trégua do Natal de 1914 e jogaram futebol. Esse episódio também aparece no longa-metragem Feliz Natal” (Joyeux Noël), de Christian Carion, que com sorte pode ser encontrado em locadoras.

Bem, quem mora em Sampa tem 2 chances para ver Jogo de Guerra (War Game)  no Anima Mundi: nesta quinta, ao meio-dia, e domingo, 20h, na sessão Illuminated Films/Adulto, na sala 1 do Espaço Itaú de Cinema da rua Augusta (Metrô: Paulista/Consolação). É possível ver o trailer e alguns esboços do desenho no site da produtora (clique aqui). Continuar lendo “Jogo de Guerra | War Game. Futebol no Anima Mundi (2013).”

Futebol é mais que um jogo: slogan do CINEfoot 2013, em cartaz até terça-feira em São Paulo.


Destaco aqui os filmes desta terça-feira no Espaço Itaú de Cinema | Augusta (Rua Augusta, 1.475 e 1.470 – Metrô: Consolação) – última rodada do CINEfoot em Sã Paulo este ano. Entrada grátis, sujeita à lotação da sala. Chegue bem antes.

  • 19h30
  1. Sessão extra do documentário “Os Rebeldes do Futebol”, produção francesa de 2012, dirigida por Gilles Perez e Gilles Rof. Eric Cantona é uma espécie de âncora desse filme engajado, que tem Sócrates, Drogba, Caszely, Pasic e Mekloufi entre os personagens. Não saia da sala antes de terminarem os créditos!8951279967_dbf603fce0
  • 21h30
  1. HOMENAGEM: ANA AZEVEDO E JORGE FURTADO
  2. HOMENAGEM: TOSTÃO
  3. HOMENAGEM: CORINTHIANS X SANTOS – 100 ANOS
  4. BARBOSA, sensacional curta de Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo sobre o lance decisivo do Mundial de 1950, no Maracanã (produção gaúcha de 1998) 

    Antonio Fagundes em cena do genial curta "Barbosa" : http://www.flickr.com/photos/cinefoot
    Antonio Fagundes em cena do genial curta “Barbosa” http://www.flickr.com/photos/cinefoot
  5. TOSTÃO, A FERA DE OURO, doc de Paulo Laender e Ricardo Gomes Leite (MG/RJ, 1970). A trilha sonora é do cruzeirense Milton Nascimento!

    http://www.flickr.com/photos/cinefoot
    http://www.flickr.com/photos/cinefoot

O festival CINEfoot começa um giro pelas seis cidades da Copa das Confederações. Acompanhe aqui neste link. É o CINEfoot Tour.
Texto completo dentro do post.

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O 4º festival CINEfoot começa com o lema “Futebol é mais que um jogo”.

Facebook.com/CINEfoot
Facebook.com/CINEfoot

A bola vai rolar nas telas do CINEfoot, festival de cinema de futebol, já na quarta edição. A sessão de abertura no Rio, nesta quinta-feira, 23 de maio, 20h30, no Espaço Itaú de Cinema, da Praia de Botafogo, faz uma homenagem a Sócrates. Exibe o filme “Os Rebeldes do Futebol”, ancorado por Eric Cantona, que tem o doutor como um dos cinco personagens (veja post anterior). E ainda tem o elogiado curta de Anna Azevedo sobre o extinto setor mais popular e folclórico do Maracanã: “Geral”. “The Heart of the Stadium”, o título em inglês, ajuda quem nunca ouviu falar em geral, que está sendo banida dos estádios, digo, arenas.
O festival CINEfoot segue no Rio até terça-feira, 28 de maio, no Espaço Itaú, no CCJF (Centro Cultural Justiça Federal), Ponto Cine (em Guadalupe) e no projeto Cinemão, em Manguinhos e na Cidade de Deus (confira aqui a programação carioca, dia a dia, sala por sala, sessão por sessão). Em 6 de junho, começa a seleção paulista do CINEfoot, no Museu do Futebol e no Espaço Itaú de Cinema da rua Augusta. Em Sampa, ai até dia 11 (confira aqui a programação de São Paulo). Durante a Copa das Confederações, rola um CINEfoot extraordinário em Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza.

O “Mundial” de 1942 tem até cartaz oficial, no filme italiano

Tem longa-metragens como o hilário “documentário” [preste atenção nas aspas] A Copa Perdida/Il Mundial Dimenticato, curtas bacanas, trailers de novos filmes, concurso de vídeos sobre clubes objetos de paixão há 100 anos, até cópia restaurada de um clássico do cinema de futebol nacional: “Tostão, a Fera de Ouro” (que teve como trilha sonora o clássico samba “Aqui É o País do Futebol”, de Milton Nascimento e Fernando Brant). Tostão é outro dos homenageados nas noites de futebol no cinema, como os 60 anos de Zico, os centenários do clássico Botafogo x Flamengo, do título carioca de 1913 do América e de clubes como o Bonsucesso, os 80 anos do profissionalismo no futebol, os radialistas esportivos, o capitão Carlos Alberto Torres, o produtor Luiz Carlos Barreto…
Quanto custa a entrada? Nada! É de graça. Você só paga o refri, a pipoca e a camisa do seu time. Bola pro mato que é filme de campeonato. A Taça CINEfoot está em jogo para 13 filmes da Mostra Competitiva de Longa-Metragem (5 brasileiros e 8 internacionais). Participam da Mostra Competitiva de Curta-Metragem 20 filmes: 12 brasileiros e 8 internacionais. Confira os “convocados” dentro do post.
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“El Otro Fútbol”. Atração do festival CINEfoot no Rio.

De La Quiaca a Ushuaia. De Corrientes a San Juan. 140 equipes.Todos os torneios oficiais da Asociación del Fútbol Argentino. Três anos de trabalho. Uma vida de paixão. ‘O Outro Futebol’

Nem só de Boca, River e dos outros grandes vive o futebol argentino. O futebol dos bairros, das cidades mais distantes, dos times que lutam pelo acesso à primeira divisão do país vizinho é o tema de filme dirigido por Federico Peretti em 2012. “El Outro Fútbol” foi convocado para a mostra competitiva / longa metragem do festival CINEfoot no Rio (23-28 de maio, Espaço Itaú de Cinema na Praia de Botafogo e CCJF). Puxa, que pena que não vai passar em São Paulo, porque pelo trailer abaixo tenho certeza que o documentário é no mínimo muito interessante. A ver!


Os três anos de trabalho e os 50 mil quilômetros percorridos pela equipe deste doc que já foi definido como road movie renderam também um livro,também com o nome “El Otro Fútbol”. O diretor Federico Peretti acaba de lançar um filme sobre a torcida do River (“Esos Colores que Llevás”, 2013 – veja post anterior).
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