Os 100 anos do Diamante Negro renderam uma manhã repleta de informações – e de emoção – no encontro mensal do Memofut, grupo que discute a memória e a literatura do futebol, do qual este blogueiro tem orgulho de participar. Por ironia do destino, o Memofut costuma se reunir no auditório do Museu do Futebol, que fica dentro do estádio do Pacaembu – onde Leônidas brilhou com as camisas de seleções estaduais (carioca e paulista) e do São Paulo FC, cinco vezes campeão paulista com o “crack”: 1943, 45. 46, 48 e 49. Sua estreia com a camisa tricolor, num majestoso 3×3 contra o Corinthians, em 1942 é recorde de público do estádio até hoje: mais de 70 mil presentes.

O sabadão começou com a exposição do jornalista André Ribeiro, autor da biografia de Leônidas, Diamante Negro, que também exibiu o trecho final do documentário da TV Cultura sobre o artilheiro. Não bastasse o forte conteúdo do finalzinho da vida de Leônidas, a viúva do jogador, Albertina Pereira dos Santos, estava no auditório e recebeu uma homenagem do Memofut.  Foram momentos muito emocionantes.

O consultor Max Gehringer, fissurado por fatos e estatísticas das Copas do Mundo e do futebol, desmistificou números de jogos e gols dos primeiros anos de carreira de Leônidas, até sua passagem pelo Botafogo.
A partir da chegada de Leônidas ao Flamengo, a bola do Memofut passou para Antonio Carlos Meninéa, autor do livro “1981 – O Ano Mais Feliz de Nossa Vida Rubro-Negra”.

A contratação de Leônidas pelo tricolor paulista, depois da briga com o Flamengo, foi o tema da exposição de Michael Serra, historiador do arquivo histórico do São Paulo. Michael mostrou curiosidades como número de gols de bicicleta de Leônidas pelo São Paulo: foram quatro. Michael organizou o precioso Guia Histórico Leônidas da Silva, publicação do Departamento de Comunicação do clube, produzida pela Publishouse (capa ao lado). Tenho uma versão impressa, em formatinho, com 16 páginas. A versão em PDF, que contém agora uma lista com jogos e gols do homem de borracha pelo São Paulo pode ser baixada aqui.

Como sempre, o encontro do Memofut foi sensacional. Para terminar, mais algumas fotos do fantástico estádio cujo nome oficial é o de Paulo Machado de Carvalho, homem de comunicação (fundador da TV Record) e o cartola tricolor que trouxe Leônidas de vez para o Pacaembu, para o São Paulo e para São Paulo, cidade que adotou até a morte, em 2004, que praticamente coincidiu com o 450º aniversário da metrópole.

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• Você sabia que, depois de pendurar as chuteiras, Leônidas foi técnico do São Paulo por 3 períodos, interina ou efetivamente?
• E que depois da curta carreira de treinador, o Diamante Negro teve uma longa carreira como comentarista da rádio Panamericana, hoje Jovem Pan?
• Mais Leônidas, muito mais, aqui.