Leônidas: 100 anos de histórias.

A programação dos encontro do Memofut sobre o Diamante Negro neste sábado.
Flyer do encontro do Memofut sobre o Diamante Negro, que rolou sábado, 14/09.

Os 100 anos do Diamante Negro renderam uma manhã repleta de informações – e de emoção – no encontro mensal do Memofut, grupo que discute a memória e a literatura do futebol, do qual este blogueiro tem orgulho de participar. Por ironia do destino, o Memofut costuma se reunir no auditório do Museu do Futebol, que fica dentro do estádio do Pacaembu – onde Leônidas brilhou com as camisas de seleções estaduais (carioca e paulista) e do São Paulo FC, cinco vezes campeão paulista com o “crack”: 1943, 45. 46, 48 e 49. Sua estreia com a camisa tricolor, num majestoso 3×3 contra o Corinthians, em 1942 é recorde de público do estádio até hoje: mais de 70 mil presentes.

Os palestrantes (oops): o são-paulino Michael Serra, o flamenguista Antonio Carlos Meninéa, o consultor Max Gehringer e o jornalista André Ribeiro, autor da biografia de Leônidas
Os palestrantes (oops): o são-paulino Michael Serra, o flamenguista Antonio Carlos Meninéa, o consultor Max Gehringer e o jornalista André Ribeiro, autor da biografia de Leônidas

O sabadão começou com a exposição do jornalista André Ribeiro, autor da biografia de Leônidas, Diamante Negro, que também exibiu o trecho final do documentário da TV Cultura sobre o artilheiro. Não bastasse o forte conteúdo do finalzinho da vida de Leônidas, a viúva do jogador, Albertina Pereira dos Santos, estava no auditório e recebeu uma homenagem do Memofut.  Foram momentos muito emocionantes. Continuar lendo “Leônidas: 100 anos de histórias.”

San Siro | Estádio Giuseppe Meazza

O Fut Pop Clube aproveita a semana do Derby della Madonnina, o Derby de Milão, para publicar mais um rolê do blog, pelo estádio San Siro – ou Giuseppe Meazza, bicampeão do mundo pela Azzurra nas Copas de 1934 e 38, que jogou pelos dois clubes milaneses.

San Siro (nome do bairro) ou Giuseppe Meazza (nome da fera), conforme o gosto dos torcedores, rossoneri ou nerazzurri, o certo é o que o Stadio é um spettacolo!
Tem espaço para uma grande loja, claro, e para o primeiro museu construído dentro de um estádio italiano. O passeio completo, San Siro Museum & Tour, custa 12,50 euros para adultos, 10 para a turma sub-17 e over-65. E é de graça para crianças abaixo de seis anos.

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O estádio – que realmente impressiona pela arquitetura – pertence ao município de Milão e seu uso é dividido enter Milan e Internazionale. Numa rodada jogam os rossoneri, na outra os nerazzurri.

Até o ótimo Museu San Siro é dividido entre os dois rivais. De um lado, troféus, camisa, flâmulas, enfim, tudo sobre o Milan. Vira pra lá e confira toda a memorabilia da Inter. Por isso, optei por criar mais dois posts. Um mostra imagens da parte do time de Berlusconi.  O outro, do clube de Moratti. Dentro deste post, mais informações e imagens do estádio. Nos posts abaixo, só dá Milan... ou Inter…

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As Copas de 1930, 34 e 38

Cartaz da Copa de 1930

Só para lembrar que neste sábado começa Brasil nas Copas, série de 8 palestras no Museu do Futebol, em parceria com o MemoFut.  No primeiro sábado, Max Gehringer – que adora pesquisar futebol e Copas – fala dos Mundiais disputados antes da Segunda Guerra: 1930 (deu Uruguai, em casa); 1934 (deu Itália, em casa) e 1938 (deu Itália de novo, na França). A palestra vai das 10 às 12h e é de graça. O Museu, você sabe, fica no estádio do Pacaembu. Confira a programação completa da série Brasil nas Copas aqui.

O Brasil nas Copas

Max Gehringer vai dar uma palestra no Museu do Futebol, 27 de fevereiro, às 10h. A palestra não é sobre mercado de trabalho ou problemas de condomínio. Max Gehringer vai falar sobre as Copas de 1930, 1934 e 1938.

Cartaz da Copa de 1930
Cartaz da Copa de 1934
Cartaz da Copa de 1938

Comentarista da Rádio CBN e consultor do Fantástico, Max  também pesquisa futebol e em 2006 escreveu uma série de 9 fascículos sobre a história da Taça Jules Rimet, publicada pela revista Placar. “As Copas do Pré-Guerra” são os primeiros temas de uma série de oito palestras organizadas pelo Museu do Futebol e pelo grupo MemoFut, “O Brasil nas Copas”, sempre aos sábados pela manhã.

Capinha do livro do Geneton

O segundo tema, em 6 de março, será o “Complexo de vira-lata”. Geneton Moraes Neto e Robert Muylaert vão abordar a Seleção nas Copas de 1950 e 1954. Entre outros livros, Geneton escreveu “Dossiê 50 – Os Onze jogadores Revelam os Segredos da Maior Tragédia do Futebol Brasileiro” (ao que me parece, esgotado na editora, a Objetiva), sobre o Maracanazzo na final da Copa de 1950.
Seu Domingos D´Angelo, do MemoFut, lembra que Roberto Muylaert escreveu “Barbosa, Um Gol Faz Cinquenta Anos ” (RMC Editora, 2000) e, ao lado de Armando Nogueira e Jô Soares, lançou"A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar"A Copa que Ninguém Viu e A Que Não Queremos Lembrar” (Companhia das Letras, 1994)

Então, O Brasil nas  Copas começa no sábado, 27/02, às 10h, no Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu. Palestras abertas ao público e de graça.

75 anos da primeira Copa da Azzurra

Há 75 anos, a seleção italiana levantou sua primeira Copa do Mundo. O Mundial de 34 foi disputado na própria Itália, sob o fascismo de Mussolini.

Poster da Copa do Mundo de 1934
Poster da Copa do Mundo de 1934

A finalíssima, virada da Squadra Azzurra sobre a Tchecoslováquia por 2 a 1, gol decisivo de Schiavio na prorrogação, num 10 de junho como hoje, figura em 34º lugar no livro Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo, do jornalista Paulo Vinícius Coelho. Segundo PVC, o técnico italiano, Vittorio Pozzo, sabia que vencer a Copa era questão de sobrevivência. Pouco antes do Mundial, o treinador contornou o pedido do ditador, que queria os jogadores num desfile militar. “Que Deus o proteja se Seleção fracassar”, ameaçou Mussolini, de acordo com o relato de PVC.

Livro do PVC
O livro do PVC

O livro do comentarista trata a semifinal com o Wunderteam (time-maravilha) da Áustria como decisão antecipada e posiciona em 23º lugar na lista dos jogões  dos Mundiais as duas partidas entre Itália e Espanha pelas quartas-de-final (como houve empate no primeiro jogo, foram necessários mais 90 minutos, no dia seguinte! E a Fúria não contou aí com o mítico goleiro Zamora, atingido por um azzurri na véspera).

A campanha italiana começou com goleada. 7 a 1 sobre os Estados Unidos. Deste “match”, participou o oriundi Amphilócchio Guarisi, que antes de se naturalizar italiano e defender a Lazio, jogou como Filó, na Lusa, Paulistano, Corinthians e Seleção Brasileira. A Azzurra contou com outros oriundiContinuar lendo “75 anos da primeira Copa da Azzurra”