Publicado em dezembro de 2010
Um CD que não contém solos de guitarra ou refrões. Mas um monte de gol, golaço, aço, aço, aço, golão, golão, golão. Que lindo! Goool legalll! Marcados por ídolos como Rivellino, Conca, Romerito, Romário, Edinho, Doval, Renato Gaúcho, Fred, Washington Coração Valente, Assis, Mickey, Thiago Neves… Narrados por Waldir Amaral, Jorge Curi, Edson Mauro, Evaldo José, José Carlos Araújo – e referendados por Mário Vianna, comentarista de arbitragem. Com este post sobre o CD 30 Gols Históricos do Tricolor, fecho a série sobre a coleção lançada em bancas pela rádio Globo do Rio no 1º trimestre de 2010, com narrações de gols dos 4 maiores do futebol carioca. Portanto, antes da vitoriosa campanha do Fluminense no Brasileirão.
Mas o CD do tricolor tem as narrações de outras três conquistas nacionais. Se o argentino Conca foi o grande craque de 2010, no Brasileirão de 1984 o ídolo era o paraguaio Romerito (ex-Cosmos) – autor do gol do título (narração: Edson Mauro), no primeiro jogo da final contra o Vasco, Maracanã tomado por mais de 63 mil pagantes. Na segunda e última partida, 0x0, diante de 130 mil no Maraca. Romerito e o técnico Parreira chegaram durante o certame. Para o treinador, no entanto, o jogo mais perfeito taticamente do Flu 84 foi a vitória sobre o forte Corinthians de Sócrates, Zenon, Wladimir e Casagrande: 2×0 na partida de ida da semifinal, no Morumbi. “A exibição do Fluminense foi um primor” (Parreira ao Estadão, 5/12/2010 ). Os gols são narrados por Jorge Curi (o de Assis) e Edson Mauro (o de Tato).

O CD começa com o gol de Mickey, o “artilheiro paz e amor”, na voz de Waldir Amaral, no 1×1 contra o Atlético Mineiro, que valeu ao tricolor a Taça de Prata, o Robertão de 1970 (leia mais). Que o Flu quer ver reconhecido como título brasileiro. 112 mil no Maraca!
O garotinho José Carlos Araújo narra os gols da Copa do Brasil de 2007: Adriano Magrão na primeira partida da final contra o Figueirense (1×1) e Roger Guerreiro (o defensor) no 1×0 em Floripa.
Os campeonatos estaduais das últimas décadas não são esquecidos (eles eram muito mais importantes do que são hoje):

• Final da Taça Guanabara de 1975, contra o América, então um osso duro de roer: Waldir narra a patada atômica de Rivellino, no segundo tempo da prorrogação.
• Estadual de 1975: Curi vibra com o gol de placa de Rivellino, 1×0 contra o Vasco, depois do drible “elástico”, marca do ex-garoto do Parque.
• Waldir narra outro de Riva, 4×1 sobre o Vasco, no triangular que decidiu o mesmo Estadual de 1975. O Flu era uma Máquina.
• Um conterrâneo de Conca,  o artilheiro e galã argentino Doval , marca de orelha o gol que valeu o bicampeonato à Máquina tricolor, modelo 1976. Curri narra como o “gol 1220”: a rádio Globo estreava na nova frequência, que usa até hoje. 127 mil no Maraca!
• 1980: Curi narra o gol de falta de Edinho contra o Vasco. 109 mil pagantes na decisão.
• 1983: Curi narra o gol de Assis. Flu campeão, 1×0 no Fla.
• 1984. Mais de 153 mil na final. O garotinho José Carlos Araújo narra gol de Assis contra o arqueiro Fillol. “Cabeceou, entrou! Golão, golão, golão!”
• 1985. O tri estadual veio numa virada sobre o Bangu. Paulinho bateu a falta e o garotinho  narrou.
• 1995. Bandana na cabeça, Renato Gaúcho fez o famoso gol de barriga, num sensacional Fla-Flu decisivo do Estadual de 95. Tricolor 3×2, no finalzinho. Garotinho narra.

O CDzinho da rádio Globo ainda tem os áudios dos primeiros gols de Romário e Pet pelo Flu, 2002 e 2005, respectivamente; da bela campanha na Libertadores 08 e outros mais. Para o tricolor, vale fuçar nas bancas do Rio este documento histórico.

PS. – atualizando em 13 de maio de 2012: bem que a rádio Globo poderia reeditar o CD, acrescentando gols como o de Rafael Moura, na vitória por 1×0 sobre o Botafogo, que sacramentou o título estadual de 2012, e foi narrado assim por Luiz Penido (ouça aqui), na jornada esportiva que marcou a despedida do garotinho José Carlos Araújo da emissora dos 1220 khz.

Leia também:

• Gols históricos, narrações para sempre: os CDs com gols históricos de Botafogo, Flamengo e Vasco.
• Sala de Troféus do Fluminense
• Dica de livro: “1995 – O Campeonato do Centenário”