Distintivo antigo do Grêmio (estilo usado até os anos 60)
Saudamos o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, maiúsculo campeão da Copa do Brasil 2016, o primeiro título na Arena do Grêmio. E quinto título de Copa do Brasil gremista. O último tinha sido há 15 anos. Foi também o primeiro campeão da Copa, em 1989 (na Série A do Brasileirão, o Grêmio tem 2 títulos: 1981 e 1996. Na Série B, o de 2005).
O título de 2016 foi praticamente garantido com o 3×1 no Mineirão. No meio da decisão, houve o acidente com o avião que levava a Chapecoense. Na Arena do Grêmio, em clima de muita emoção, jogo tenso, disputado, 1×1, gol do equatoriano Bolaños a 3 minutos do fim do tempo regulamentar e golaço lá do círculo central do também equatoriano Juan Cazares.
Na campanha campeã, o Grêmio passou por vários times copeiros: Palmeiras (3 copas), Cruzeiro (4 copas) e o o Galo (1 copa). Confira a trajetória e a lista com todos os vencedores da Copa do Brasil:
Maracanã,25 de junho de 1995. O Clássico das Multidões do futebol carioca decide o campeonato estadual. O placar eletrônico mostra 2×2, resultado que dá o título ao Flamengo. Pra ganhar o título no ano do centenário de fundação do clube, o Mengão trouxe Romário (do Barça) para fazer um ataque de sonhos com Sávio e o técnico Vanderlei Luxemburgo, bicampeão brasileiro pelo Palmeiras. Faltam quatro voltinhas pro ponteiro: 41’15” do 2º tempo. O tricolor Aílton desce pela ponta-direita, faz um fuzuê na área rubro-negra e chuta … ou cruza? De bandana na cabeça, camisa tricolor com menos listras que o normal e um espaço gigante para o patrocinador, Renato Gaúcho põe a barriga na frente e empurra a bola pro gol. 3 a 2. O Fluminense – treinado pelo “papai” Joel Santana – é campeão do Rio depois de dez anos!
Tempos em que o Maracanã poderia receber umas 120 mil pessoas, como naquela tardinha, que teve 109 mil pagantes (por aí dá para ter uma ideia de quantos entraram “de carona”, fato comum no estádio naquela época).
Renato Gaúcho e o título fluminense de 1995 também são lembrados na série de cervejas que a dupla dinâmica do Rock Flu lançou. Diz o rótulo: “feita para quem aprecia gol de barriga”. Risos!
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Na súmula, o juiz indicou gol do Aílton. Até o garotinho José Carlos Araújo (hoje na Super Rádio Tupi) narrou o gol na rádio Globo como sendo do Aílton., como está no CD“30 Gols Históricos do Tricolor”.
É hilária a história que o torcedor tricolor conta no trecho do gol de barriga no filme “Fla x Flu – 40 Minutos Antes do Nada”. Como quase todas desse documentário, que vale conhecer.
Domingo de Fla-Flu no Maracanã. O Clássico das Multidões já recebeu uma grande homenagem nos cinemas. É o “Fla x Flu – 40 Minutos Antes no Nada“. O filme de Renato Terra (codiretor de “Uma Noite em 67”) ganhou o prêmio de melhor documentário segundo o júri popular no Festival do Rio 2013. No mesmo ano, tive a oportunidade de ver a pré-estreia paulistana, que lotou o auditório Armando Nogueira, do Museu do Futebol, em pleno Pacaembu! É um tal de provocação… “Recordar é viver, Assis acabou com você” x hat–trick do Zico… Quase todas brincadeiras sadias, verbais, engraçadas, tiração de sarro como deveriam ser as rivalidades no futebol. Como sou “neutro”, devo dizer que me diverti muito, nos 85 minutos do filme. Que figuraças os entrevistados… de um lado, Sacha Rodrigues (neto rubro-negro do profeta tricolor Nelson Rodrigues), Márvio dos Anjos, Márcio da Fla-Angra, Francisco (a cara do João) Bosco, Arthur Muhlenberg, e por falar em Arthur, Zico, Júnior e Leandro. Do outro lado, Toni Platão, Pedro Bial, notórios tricolores, Heitor D´Alincourt, Márcio Trindade, o folclórico Desiré e… Assis… Assis rouba o filme! Os caras já são engraçados… e a dupla de entrevistadores, formada pelo próprio diretor, Renato Terra (FFC), e Luiz Antônio Ryff (CRF) – soube provocar, para tirar o máximo dos personagens. O objetivo do diretor não era fazer um filme cronológico, do primeiro Fla-Flu, em 1912, ao Fla-Flu do centenário. Onze clássicos considerados históricos são de alguma maneira lembrados. Renato Terra afirma que quis fazer um filme sobre a paixão, a paixão dos torcedores. E conseguiu. Depois da sessão em São Paulo, houve um bate-papo no auditório do Museu do Futebol, E uma senhora comentou que não gosta de futebol, mas se amarrou no filme. Boa sorte para a carreira desse clássico nos cinemas. Que leve multidões. Veja o trailer no post anterior. Continuar lendo ““Fla x Flu – 40 Minutos Antes do Nada”.”→
O tricolor Paulo-Roberto Andel está lançado o livro “1995 – O Campeonato do Centenário” (editora Multifoco), sobre o Estadual de 95, conquistado pelo Fluminense de Joel Santana com um gol de barriga de Renato Gaúcho no Fla-Flu decisivo. O centenário aí do título é do Flamengo, que tinha Romário e Sávio no ataque e Luxemburgo como treinador. Continuar lendo “O gol de barriga”→
Flâmula do Grêmio, que venceu o Hamburgo por 2 a 1, no sábado, 8/12/2012, na inauguração do seu novo estádio. André Lima marcou o primeiro gol da moderna e azulada Arena do Grêmio. Westermann empatou para o HSV. Marcelo Moreno deu ao Grêmio sua primeira vitória na casa nova.
Flâmula do Grêmio, que venceu o Hamburgo por 2 a 1, em 11/12/1983, no estádio Nacional de Tóquio. Renato Gaúcho marcou os dois gols tricolores. Grêmio campeão mundial.
Publicado em dezembro de 2010 Um CD que não contém solos de guitarra ou refrões. Mas um monte de gol, golaço, aço, aço, aço, golão, golão, golão. Que lindo! Goool legalll! Marcados por ídolos como Rivellino, Conca, Romerito, Romário, Edinho, Doval, Renato Gaúcho, Fred, Washington Coração Valente, Assis, Mickey, Thiago Neves… Narrados por Waldir Amaral, Jorge Curi, Edson Mauro, Evaldo José, José Carlos Araújo – e referendados por Mário Vianna, comentarista de arbitragem. Com este post sobre o CD 30 Gols Históricos do Tricolor, fecho a série sobre a coleção lançada em bancas pela rádio Globo do Rio no 1º trimestre de 2010, com narrações de gols dos 4 maiores do futebol carioca. Portanto, antes da vitoriosa campanha do Fluminense no Brasileirão.
Mas o CD do tricolor tem as narrações de outras três conquistas nacionais. Se o argentino Conca foi o grande craque de 2010, no Brasileirão de 1984 o ídolo era o paraguaio Romerito (ex-Cosmos) – autor do gol do título (narração: Edson Mauro), no primeiro jogo da final contra o Vasco, Maracanã tomado por mais de 63 mil pagantes. Na segunda e última partida, 0x0, diante de 130 mil no Maraca. Romerito e o técnico Parreira chegaram durante o certame. Para o treinador, no entanto, o jogo mais perfeito taticamente do Flu 84 foi a vitória sobre o forte Corinthians de Sócrates, Zenon, Wladimir e Casagrande: 2×0 na partida de ida da semifinal, no Morumbi. “A exibição do Fluminense foi um primor” (Parreira ao Estadão, 5/12/2010 ). Os gols são narrados por Jorge Curi (o de Assis) e Edson Mauro (o de Tato). Continuar lendo “Gols Históricos do Fluminense”→
Flâmulas, mascotinhos, cachecóis, figurinhas, fotos e botões por quase todas as peças do cenário, inclusive geladeira! Assim é o estúdio do divertido Loucos por Futebol, que a ESPN Brasil passa sábado sim, sábado não. Marcelo Duarte, Paulo Vinícius Coelho e Celso Unzelte – os três “loucos”, ou seria melhor dizer três enciclopédias?– recebem a cada edição uma personalidade diferente, um quarto louco por futebol. No programa desta semana, José Roberto Torero, escritor, jornalista, roteirista de Pelé Eterno e do curta Uma História de Futebol, titular do Blog do Torero e torcedor do Santos. E o programa foi cinematográfico. Fala da ligação entre o documentário sobre Wilson Simonal e futebol. Mostra cenas do 1983, o Ano Azul (clique para ver o trailer no site do Grêmio), sobre a conquista do Mundial de Clubes de 83, contra o Hamburgo, com depoimentos de Renato Gaúcho, Hugo De León, Mário Sérgio, Espinoza, etc. Até a pé os gremistas irão para ver este filme, que estreou esta semana em cinemas de Porto Alegre. Continuar lendo “Loucos pelo programa “Loucos por Futebol””→
Jornalista, radialista, gremista, apaixonado por música, por futebol – e colecionador de canções sobre o “esporte bretão”. Beto Xavier acaba de lançar seu primeiro livro, Futebol no País da Música (pela Panda Books). Resultado de garimpo esportivo-musical durante 15 anos! Gentilmente, ele respondeu por e-mail a 10 perguntas do Fut Pop Clube.
1) FUT POP CLUBE – Beto, no seu livro, você fala em casamento entre futebol e música brasileira. Quando eles começaram a namorar e quando casaram pra valer?
BETO XAVIER – Futebol e música começaram a namorar muito cedo. Como falo no meu livro, o pai do futebol brasileiro, CHARLES MILLER, era casado com uma grande pianista, igualmente pioneira na sua arte.Mas há vários casamentos, não só um. Mas acho que a primeira grande festa de casamento foi quando o BRASIL ganhou o primeiro título mundial. Aí a festa entre música e futebol foi de arrombar. Quem não se lembra de “A taça do mundo é nossa”? (ouça aqui a versão de Ivo Meirelles e Funk´n Lata)
2) FUT POP CLUBE – Na sua opinião, que gol merece uma música?
BETO XAVIER– Difícil, hein? Mas acho que o primeiro gol do Pelé contra a Itália na final da COPA DE 70 merecia uma música. Aquela cabeçada foi magistral. Aquele do Marcelinho Carioca contra o Santos também foi divino. Pessoalmente, o segundo gol do RENATO PORTALUPPI contra o HAMBURGO, na final do Mundial Interclubes de 83 também merecia. Um rock!
4) FUT POP CLUBE – Além de Jorge Benjor, que músico brasileiro pode lançar ao menos uma coletânea só de boas músicas sobre futebol?
BETO XAVIER – Sem nenhuma dúvida, MORAES MOREIRA. Lembrando que o CARLINHOS VERGUEIRO lançou 1999 um disco só com temas futebolísticos chamado “CONTRA-ATAQUE”.
Carlinhos Vergueiro
5) FUT POP CLUBE – Em 1982, o Júnior, então lateral da Seleção, vendeu 700 mil cópias do compacto “Povo Feliz (Voa Canarinho”) / “Pagode da Seleção”. Algum outro jogador-cantor se deu tão bem assim,?
BETO XAVIER – Também não há dúvida. JÚNIOR foi o que melhor soube aproveitar, digamos, o talento musical. Lançou um compacto que vendeu 700 mil cópias e dois LPs com sambas, alguns muito bons.
O PELÉ também gravou bastante, mas não vendeu tanto quanto o LÉO.
6) FUT POP CLUBE Na sua opinião, que outro jogador mostrou muito talento como compositor, cantor ou músico e merecia mais sucesso comercial?
BETO XAVIER: Acho que o ESCURINHO, atacante colorado dos anos 70, merecia ser mais conhecido pelo lado musical. Canta, compõe e toca. Alguns sambas dele são muito bons..
7) FUT POP CLUBE – E na música popular brasileira, quais são os melhores boleiros? Quem bate a melhor bola?
BETO XAVIER – Tem vários, mas destaco alguns: CHICO BUARQUE, MORAES MOREIRA, FAGNER, CARLINHOS VERGUEIRO, DJAVAN, GUINGA, PEPEU GOMES.
FUT POP CLUBE – No livro, você compara os Novos Baianos com o carrossel holandês, a Laranja Mecânica da Copa de 74. Por quê?
BETO XAVIER – O conceito é parecido. OS NOVOS BAIANOS eram uma verdadeira comunidade. Todos moravam juntos, todos tocavam, cantavam e compunham. A HOLANDA era mais ou menos isso. Me lembro que os jogadores holandeses foram os primeiros a levarem as mulheres para uma competição tão importante como uma Copa do Mundo. Além disso, tanto os NB como o “Carrossel Holandês” deram ares de renovação em suas áreas. Há uma foto emblemática num daqueles fascículos da coleção “HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA”. Todos os NOVOS BAIANOS reunidos numa varanda vendo um jogo pela TV. A partida é HOLANDA 2×0 URUGUAI pela COPA de 74.
9) FUT POP CLUBE – Sabe de algum outro país de fanáticos pela bola com uma tradição semelhante de músicas sobre futebol?
BETO XAVIER – Não com a música popular. Mas os ingleses sempre foram muito musicais em relação ao futebol.
10) Pelé x Maradona… quem recebeu mais homenagens musicais? Só o Manu Chao fez duas sobre Diego:”Santa Maradona” no tempo da banda Mano Nega e “La Vida Tombola” no último disco, “Radiolina”…
BETO XAVIER – Por incrível que pareça o MARADONA é mais cantado na ARGENTINA do que o PELÉ no BRASIL, que também é muito citado em músicas aqui em nosso país. Continuar lendo “10 perguntas para Beto Xavier”→