Futebol 2×0 Alzheimer: a revista #Líbero marcou outro golaço.

21 de setembro é o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Oportunidade para falar de outra iniciativa da revista espanhola Líbero contra o alzheimer. No ano passado, a revista Líbero e a agência Lola criaram a campanha  Fútbol vs Alzheimer. Una pasión contra una enfermedad.  Editaram oito revistas “retrôs” – das décadas de 40, 50, 60 e 70, recuperando alguns dos melhores momentos da história do futebol, de Puskás a Cruyff. As publicações -com reportagens, material gráfico e exercícios pra memória- foram distribuídas em centros de tratamento de alzheimer de Barcelona e usadas como parte da terapia [leia mais no post anterior].

Em abril de 2016, saiu o segundo gol dessa partida. Uma rádio online, a Football Memories FM, com áudios de partidas de décadas passadas (60, 70, 80). O vídeo ajuda a entender.

Veja dentro do post uma lista de jogos presentes no acervo da Football Memories FM, da Líbero.

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Rio 2016: o rádio esportivo brasileiro, no pódio.

20160814_135222-ANIMATIONDécimo terceiro dia de Olimpíada. Falta pouco para terminar. Vamos sentir falta do festival de grandes atletas de tantas modalidades, tudo ao mesmo tempo agora. É uma maratona de enlouquecer o torcedor que está no Rio e o “da poltrona”! “Trocentos” canais de televisão transmitindo de futebol masculino e feminino a badminton. Mas eu queria falar do rádio, grande amigo do torcedor em trânsito, seja dentro de sua cidade, seja na estrada. Foi bom demais ouvir emissoras AM e FM transmitindo na íntegra partidas de basquete ou vôlei das seleções brasileiras! Um belo esforço de várias redes, cadeias verde-amarelas e sistemas de rádio! Até AM de Porto Alegre -que há muito tempo eu não ouvia no dial- consegui sintonizar na via Dutra! O rádio salvou a sede de informação de quem viajava para ou de volta da cidade olímpica.   Continuar lendo “Rio 2016: o rádio esportivo brasileiro, no pódio.”

Trilha sonora do título carioca de 1980

Em dezembro, fez 35 anos que Fluminense conquistou o campeonato carioca de 1980. Na campanha de 80, a torcida tricolor estreou nas arquibancadas do velho Maraca um de seus cantos mais conhecidos: “A benção, João de Deus” – homenagem ao papa João Paulo II, que você sabe, ao lado de Ghiggia e Frank Sinatra, silenciou o Maracanã.

Eram tempos que os clássicos levavam facilmente pelo menos 100 mil pessoas ao estádio. O gol do título – uma cobrança de falta de Edinho contra o vascaíno Mazaropi – abre um LP de vinil lançado pela CID em 80: “É Campeão – Os gols que deram o título ao tricolor” – achado num sebo de Copacabana, 35 anos depois do lançamento. O disco tem oito gols da campanha do Flu, narrados pelo garotinho José Carlos Araújo (então na rádio Nacional), e muitos sambas e marchinhas, em pout-pourris com o conjunto Explosão do Samba. Logo depois do golão de Edinho, vem o hino mais popular do Fluminense, obra de Lamartine Babo. E uma versão de “O Campeão (Meu Time)”, clássico samba de arquibancada de Neguinho da Beija-Flor, que é… rubro-negro. Entre um gol de Cláudio Adão e outro do meio-campo Gilberto, camisa 8 (ambos contratados pelo Flu naquele ano), tem marchinhas clássicas, como “Piada de Salão” e “Chiquita Bacana” e composições de João Roberto Kelly, um tricolor de coração.

Virando pro lado B…DSC07542-1 Continuar lendo “Trilha sonora do título carioca de 1980”

País do futebol?

Não vou falar aqui sobre o estapafúrdio regulamento do Campeonato Paulista, que permite que um time precise de um arquirrival para se classificar. Ok, também pode acontecer com o Brasileirão. Mas nos pontos corridos, um time com pontuação menor que outro não pode se dar melhor.

Não vou me estender muito sobre os públicos ridículos dos estaduais, mas … o Flamengo voltou a jogar para menos de mil pessoas? Fala sério! A última pesquisa da Pluri Consultoria mostrou que o futebol brasileiro teve média de apenas 4.721 espectadores em 2013. Eis os números, em ordem crescente de importância.

  • Estaduais: 2.526 torcedores/jogo.
  • Nacionais (Brasileirão séries A, B, C e D, mais Copa do Brasil: 7.936 espectadores/jogo. Isoladamente, a Série A do Brasileirão teve média de 14.951.
  • Regional (Copa do Nordeste): 8.886 torcedores/jogo.
  • Internacionais: 25.315 “hinchas/partido”, considerando  apenas os jogos em casa dos brasileiros na Libertadores, Sul-americana e Recopa em 2013.

Clique aqui para ver o Balanço de Público e Renda do Futebol Brasileiro em 2013, relatório consolidado da Pluri.

País do futebol? Com médias assim, não dá para competir com grandes ligas, nem ligas em crescimento, como a chinesa. O futebol brasileiro não consegue segurar jogadores como o raçudo Aloísio, “boi bandido”.
E olha só que curioso. A Lusa Tour, agência de viagens da Portuguesa de Desportos, vende um pacote turístico para ver “O Clássico” português, Porto x Benfica, na última rodada do campeonato da terrinha. Deve ser em 11 de maio (data e horário a confirmar). no estádio do Dragão, com possível festa dos #encarnados de Lisboa. E olha, é tentador.

Difícil imaginar que uma agência de viagens ligada ao Futebol Clube do Porto ou ao seu rival Sport Lisboa e Benfica venda pacotes para o #adepto ver uma partida entre as #equipas do Vasco e da Portuguesa, ou mesmo um Fla-Flu, um Dérbi paulistano, um Majestoso, um Choque-Rei…

http://www.lusatour.com.br/
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Eu acredito, tu acreditas, eles acreditam. Nós acreditamos…

  • Nos últimos meses, os torcedores do Galo conjugaram o verbo acreditar à beça, não? A gente já mencionou aqui o livro que os jornalistas Leonardo Bertozzi, Mário Marra e Mauro Beting escrevem, sobre a primeira Libertadores atleticana. Chama-se “Nós Acreditamos” e sai no mês que vem, pela BB Editora.
  • A editora Panda Books e a rádio  I t a t i a i a,  de Belo Horizonte, preparam um audiolivro. “Eu Acredito! Atlético Campeão da Libertadores 2013“. São 3h de áudio, com a narração de todos os 29 gols da campanha campeã, as defesas milagrosas que  levaram à beatificação e canonização de Victor para os atleticanos, e a íntegra da emocionante final contra o Olimpia, no Mineirão.  Narração de Mário Henrique Caixa. Capa abaixo. Fica pronto em 12 de agosto e já está em pré-venda no site da Panda.
www.PandaBooks.com.br
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“O Pai do Gol” no CINEfoot

Abril de 2013

http://www.flickr.com/photos/cinefoot
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www.OleProducoes.com.br
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O filme de Luiz Ferraz sobre o locutor José Silvério, “O Pai do Gol”, que foi exibido no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, também vai passar no CINEfoot em Sampa e no Rio. O curta acompanha Silvério na transmissão de um São Paulo x Flamengo no Morumbi. Sem mostrar cenas do jogo – a câmera na cabine se volta para o locutor- você fica imaginando os lances (tentando se lembrar, se viu a partida), exatamente como no rádio. E conhece um pouco mais sobre o método de trabalho do locutor que narra …

EspAAAlma, Felipe

Pra fOOOra

… e completa

que golAÇO!

Tem 17 minutos e foi captado em HD.
Confira as sessões do CINEfoot no Rio e em São Paulo.

Curta documentário sobre o locutor José Silvério, “O Pai do Gol”.

Última chance para ver “O Pai do Gol” no festival É Tudo Verdade.

www.OleProducoes.com.br
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Fiquei sabendo na variada coluna do João Carlos Assumpção, o Janca (um dos diretores do filme “Sobre Futebol e Barreiras”), no #Lance! de hoje:  o cineasta Luiz Ferraz fez um curta-metragem sobre o locutor José Silvério, “O Pai do Gol”.  O curta-doc foi captado em HD e tem 17 minutos de duração. Acompanha Silvério na transmissão de um São Paulo x Flamengo no Morumbi. Sem mostrar cenas do jogo – a câmera na cabine se volta para o locutor- você fica imaginando os lances (tentando se lembrar, se viu a partida), exatamente como no rádio. E conhece um pouco mais sobre o método de trabalho do locutor que narra “espAAAlma, Felipe“, “Pra fOOOra” e completa “e que golAÇO“!

“O Pai do Gol” já passou em festivais de cinema como o do Rio, em 2012. Confira o trailer:


Continuar lendo “Curta documentário sobre o locutor José Silvério, “O Pai do Gol”.”

Sala de Troféus do Fluminense

Sala de Troféus do Fluminense

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A Sala de Troféus do Fluminense, inaugurada em junho de 2012, tem que ser mesmo motivo de orgulho do tricolor de coração. É um belo memorial à rica história do clube, de suas camisas, de seu simpático estádio, seus ídolos e suas conquistas – como os quatro títulos nacionais de ponta. O blog Fut Pop Clube teve a honra de conhecer a Sala de Troféus na véspera da consagração desse quarto título, o do Brasileirão 2012. Êta blog pé quente, hein? O Sérgio Duarte, torcedor tricolor, um dos produtores e apresentadores do programa Rock Flu, foi o cicerone deste Rolê do Fut Pop Clube. Ao Serginho, muito obrigado. Continuar lendo “Sala de Troféus do Fluminense”

Replay (O Meu Time é a Alegria da Cidade)

Preparou… correu… e chutou…

“É gol, que felicidade! É gol, o meu time é alegria da cidade!”

Quem ouvia as transmissões esportivas da rádio Jovem Pan, de São Paulo, onde Osmar Santos trabalhou, nos anos 70, pode se lembrar dessa vinheta, que rolava depois dos gols (mesmo depois que o “pai da matéria” trocou os 620 kHz da Pan pelos 1100 da rádio Globo-Nacional). É o delicioso refrão do samba  “Replay (O Meu Time é a Alegria da Cidade)”, que Jon Lemos e Roberto Correa escreveram pensando no Paulo César Caju, então no Flamengo – craque e time citados na letra original, presente na gravação do Trio Esperança. “Replay (O Meu Time é a Alegria da Cidade)” está em coletâneas do conjunto brasileiro, como o CD “Grandes Sucessos” (EMI).


O curioso é descobrir, pelos leitores portugueses do Fut Pop Clube, que “Replay …” também era usada em transmissões esportivas da “terrinha”, depois dos “golos” relatados por Gomes Amaro (locutor luso que viveu no Brasil), de boas lembranças em especial para os torcedores do Dragão, o Futebol Clube do Porto.
Em 2003, esse golaço da seleção brasileira de música sobre futebol foi regravado pelo Trio Mocotó, no CD “Beleza Beleza Beleza” (gravadora YB). Na versão do Trio Mocotó, o samba-rock ganha uma narração de um gol fictício por Beto Hora, que cita de Ademir da Guia e Jairzinho a Ronaldo “Medida Certa” a Luís Fabiano.
Esse CD do Trio Mocotó tem ainda “Chiclete com Banana” (Almira Castilho e Gordurinha) que a Pan também usava como vinheta, trocando “é o samba-rock, meu irmão” por “a Pan é só do futebol”. E entre outras, “Eu Também Quero Mocotó”, de Jorge Ben Jor, ponta-de-lança do samba-rock que o Trio acompanhou em discos como Jorge Ben e Força Bruta.

Gorduchinha 2014: Oooosmar Santos!


“É fogo no boné do guarda/Ripa na chulipa/ Pimba na Gorduchinha/Tiruli, tirulilá/Eee queee goooool!”.

Que bonito é /as bandeiras tremulando /a torcida delirando/ vendo a rede balançar! A campanha para que a bola da Copa do Mundo de 2014 receba o carinhoso nome de Gorduchinha é “uma jogada do do do peru” do ataque formado por amigos e fãs do locutor Osmar Santos (veja as páginas da campanha Gorduchinha 2014 no Twitter e no Face). Aproveito o aniversário de Osmar Santos, o “pai da matéria”, 63 anos neste 28 de julho, para dar meu total apoio à essa campanha. Que tal eleições Diretas Já para escolher o nome da bola da Copa, hein? Alias, Diretas Já para presidente do São Paulo também!
Adoro rádio. Gosto muito de inúmeros locutores. Mas na minha opinião, Osmar Santos foi, é e sempre será o maior locutor esportivo de todos os tempos. O cara revolucionou o rádio esportivo brasileiro, nos anos 70, com transmissões cheias de humor, vinhetas e música. A escalação do trio de arbitragem, por exemplo, vinha depois de uma vinheta com um trecho de “Camisa Molhada”, clássico do tricolor Carlinhos Vergueiro e do corintiano Toquinho sobre o futebol de várzea. E os apelidos que Osmar dava? Edmundo, o “animal”. Serginho Chulapa, o “tamanduá-bandeira do futebol brasileiro”. Jorge Mendonça era o “Jojô Beleza” (há uma narração de gol do palmeirense numa das salas do Museu do Futebol’.
Sua narração “discoteque”, “livre, leve e solta” exerce influência até hoje – os que eu mais gosto de ouvir são locutores que seguem claramente a escola Osmar Santos. Vejo que o site Gorduchinha 2014 disponibiliza algumas narrações clássicas do pai da matéria para baixar no celular (confira aqui).
Na voz de Osmar, os 90 minutos eram como um gol. E o gol, então, era uma festa. Que me lembra a vinheta usada durante muitos anos pela rádio em que explodiu, a jovem rádio Jovem Pan de São Paulo.

“É gol, que felicidade! É gol, o meu time é alegria da cidade”” – “Replay”, sucesso do Trio Esperança, depois regravada pelo Trio Mocotó.


“Osmar Santos – O Milagre da Vida” é a biografia muito bem escrita por Paulo Matiussi, tema de post anterior.

By the way, o Troféu Osmar Santos (dado pelo jornal “Lance” ao melhor do 1º turno) desse ano parece que tem um favorito: o Atlético Mineiro. Bela campanha do Galo.

Um locutor que me lembrou a originalidade de Osmar Santos foi a de um xará meu português, o João Ricardo Pateiro. Dá uma olhada só no post anterior, “Golo do rádio esportivo português”.