“É fogo no boné do guarda/Ripa na chulipa/ Pimba na Gorduchinha/Tiruli, tirulilá/Eee queee goooool!”.
Que bonito é /as bandeiras tremulando /a torcida delirando/ vendo a rede balançar! A campanha para que a bola da Copa do Mundo de 2014 receba o carinhoso nome de Gorduchinha é “uma jogada do do do peru” do ataque formado por amigos e fãs do locutor Osmar Santos (veja as páginas da campanha Gorduchinha 2014 no Twitter e no Face). Aproveito o aniversário de Osmar Santos, o “pai da matéria”, 63 anos neste 28 de julho, para dar meu total apoio à essa campanha. Que tal eleições Diretas Já para escolher o nome da bola da Copa, hein? Alias, Diretas Já para presidente do São Paulo também!
Adoro rádio. Gosto muito de inúmeros locutores. Mas na minha opinião, Osmar Santos foi, é e sempre será o maior locutor esportivo de todos os tempos. O cara revolucionou o rádio esportivo brasileiro, nos anos 70, com transmissões cheias de humor, vinhetas e música. A escalação do trio de arbitragem, por exemplo, vinha depois de uma vinheta com um trecho de “Camisa Molhada”, clássico do tricolor Carlinhos Vergueiro e do corintiano Toquinho sobre o futebol de várzea. E os apelidos que Osmar dava? Edmundo, o “animal”. Serginho Chulapa, o “tamanduá-bandeira do futebol brasileiro”. Jorge Mendonça era o “Jojô Beleza” (há uma narração de gol do palmeirense numa das salas do Museu do Futebol’.
Sua narração “discoteque”, “livre, leve e solta” exerce influência até hoje – os que eu mais gosto de ouvir são locutores que seguem claramente a escola Osmar Santos. Vejo que o site Gorduchinha 2014 disponibiliza algumas narrações clássicas do pai da matéria para baixar no celular (confira aqui).
Na voz de Osmar, os 90 minutos eram como um gol. E o gol, então, era uma festa. Que me lembra a vinheta usada durante muitos anos pela rádio em que explodiu, a jovem rádio Jovem Pan de São Paulo.
“É gol, que felicidade! É gol, o meu time é alegria da cidade”” – “Replay”, sucesso do Trio Esperança, depois regravada pelo Trio Mocotó.
“Osmar Santos – O Milagre da Vida” é a biografia muito bem escrita por Paulo Matiussi, tema de post anterior.
By the way, o Troféu Osmar Santos (dado pelo jornal “Lance” ao melhor do 1º turno) desse ano parece que tem um favorito: o Atlético Mineiro. Bela campanha do Galo.
Um locutor que me lembrou a originalidade de Osmar Santos foi a de um xará meu português, o João Ricardo Pateiro. Dá uma olhada só no post anterior, “Golo do rádio esportivo português”.