“Geraldinos”, filme vencedor da Taça Cinefoot 2015 nas seleções carioca e paulista do festival de cinema de futebol, encerra a mostra Cinefoot, no Canal Brasil. Nesta sexta-feira, 22h, com reprise na terça-feira, 13h30. Vale a pena ver ou rever o doc, que também está disponível para aluguel no Now.
O horário é um só. 18h10. A sala 4 do Caixa Belas Artes não é assim um Maracanã dos cinemas. Mas os torcedores dos times cariocas que moram em São Paulo e todos os ‘futboleros’ interessados nas melhores décadas do futebol brasileiro precisam ver “Geraldinos”. Os diretores Pedro Asbeg e Renato Martins (que já tinham sido premiados por “Democracia em Preto e Branco”) levantaram a taça de melhor longa tanto na edição carioca como na paulista do festival CINEfoot, em 2015, com estes 73 minutos de barulho em homenagem ao Maraca das antigas e seus ricos personagens, os geraldinos.
A equipe do filme registrou os dez últimos jogos do velho Maraca com a geral, em 2005. Uma década depois, reencontrou no estádio lipoaspirado alguns geraldinos como o “Mister M”, “Índio”, Vovó Tricolor e Edgar, um tricolor que invadiu o gramado do Maracanã num Fla-Flu de 1982 em que o time de seu coração perdia por 3×0 e foi pedir pro Zico não marcar gol. Dois anos depois, Edgar batizaria seu filho com o nome do herói tricolor num Fla-Flu decisivo: Assis.
Emoção não falta no documentário “Geraldinos”. Sem falar no riquíssimo material de arquivo, cenas de outros filmes feitos, editados num ritmo brilhante – o som do grupo Bixiga 70 está na trilha sonora. Os depoimentos são muito bons, e o apolinho Washington Rodrigues, comentarista de rádio no Rio, dá a letra: “nem eu sei quem é o dono do Maracanã. Sei que não é meu”.
Neste post, vamos ver a repercussão da morte de Johan Cruyff. “El Flaco”, o Holandês Voador, morreu nesta quinta-feira, 24 de março de 2016, aos 68 anos, de câncer de pulmão. A começar pelas capas de alguns jornais esportivos que vão para as bancas nesta sexta-feira.
Tive o privilégio de tê-lo como treinador quando joguei pelo Barcelona.
Ele foi, sem dúvida, o melhor treinador que tive, seus ensinamentos serão eternos na minha vida.
Costumo dizer que ele me desafiava muito como jogador e eu buscava ganhar sempre! Até porque seu objetivo era colher bons resultados para a equipe.
Ele sabia como poucos valorizar e explorar o que cada membro da sua equipe tinha de melhor e ele sabia que minha habilidade era fazer gols.
Ele também era uma pessoa justa. Lembro que eu sofria um pouco pela distância de casa. Naquela época, eu era o único jogador do Barcelona de fora da Europa. Ele, então, me concedia alguns dias a mais de folga para que eu pudesse descansar em casa.
Ele se foi precocemente, mas seu legado para o esporte fica. Hoje o futebol perde um de seus maiores ícones e eu perco um amigo.
Descanse em paz, mestre Cruyff.”
O saudoso Jorge Curi poderia arrancar do peito o refrão.
Anotem… tempo e placar em Baririiii !!!!!
Curi, já são decorridos 100 anos de Olaria Atlético Clube. O azulão da Bariri completou o centenário em 1º de julho. Comemorou neste fim de semana com Romário e tudo. O #baixinho começou no time azul-celeste da rua Bariri. E como a gente lembrou no post anterior, o hino do Olaria é um dos 11 compostos por Lamartine Babo para times que disputavam o campeonato carioca lá pela segunda metade dos anos 40. Ouça o hino e confira a letra de Lamartine dentro do post.
Maracanã,25 de junho de 1995. O Clássico das Multidões do futebol carioca decide o campeonato estadual. O placar eletrônico mostra 2×2, resultado que dá o título ao Flamengo. Pra ganhar o título no ano do centenário de fundação do clube, o Mengão trouxe Romário (do Barça) para fazer um ataque de sonhos com Sávio e o técnico Vanderlei Luxemburgo, bicampeão brasileiro pelo Palmeiras. Faltam quatro voltinhas pro ponteiro: 41’15” do 2º tempo. O tricolor Aílton desce pela ponta-direita, faz um fuzuê na área rubro-negra e chuta … ou cruza? De bandana na cabeça, camisa tricolor com menos listras que o normal e um espaço gigante para o patrocinador, Renato Gaúcho põe a barriga na frente e empurra a bola pro gol. 3 a 2. O Fluminense – treinado pelo “papai” Joel Santana – é campeão do Rio depois de dez anos!
Tempos em que o Maracanã poderia receber umas 120 mil pessoas, como naquela tardinha, que teve 109 mil pagantes (por aí dá para ter uma ideia de quantos entraram “de carona”, fato comum no estádio naquela época).
Renato Gaúcho e o título fluminense de 1995 também são lembrados na série de cervejas que a dupla dinâmica do Rock Flu lançou. Diz o rótulo: “feita para quem aprecia gol de barriga”. Risos!
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Na súmula, o juiz indicou gol do Aílton. Até o garotinho José Carlos Araújo (hoje na Super Rádio Tupi) narrou o gol na rádio Globo como sendo do Aílton., como está no CD“30 Gols Históricos do Tricolor”.
É hilária a história que o torcedor tricolor conta no trecho do gol de barriga no filme “Fla x Flu – 40 Minutos Antes do Nada”. Como quase todas desse documentário, que vale conhecer.
Dez anos do fim da geral no Maracanã! O documentário Geraldinos passou no festival É Tudo Verdade e é uma das atrações do CINEfoot. O filme de Pedro Asbeg e Renato Martins ganhou a Taça CINEfoot de longa-metragem na edição carioca e agora tenta a dobradinha na seleção paulista do festival.
Mais de um milhão e meio de pessoas foram em 2014 ao Museu do Barça, mais uma vez o mais visitando da Catalunha, superando os de artistas mundialmente conhecidos: o espetacular Museu de Dalí, na cidade de Figueres (1.297.311 visitantes. Se for à Barcelona e tiver um dia para uma viagem pela Catalunha, eu recomendo), e o Museu Picasso, no bairro gótico de Barcelona (919.814 visitantes). O Museu del Barça está no complexo do Camp Nou, que é o maior estádio da Europa, e a tour Camp Nou Experience inclui os dois. Museu e rolê pelo estádio: vestiários, capela, sala de imprensa, gramado.
Museu e redes sociais do Barça nunca deixam de prestar homenagens à lendas #blaugranas. Como o baixinho Romário, que neste 29 de janeiro fez 49 anos. O Barça bombou um vídeo de 19 minutos com os 30 gols do “Peixe” em 33 partidas com a camisa azul e grená, garantindo o título da liga espanhola de 93-94 pro time comandado pro Cruyff (tetra). Entre eles, os da #manita, goleada de mão cheia sobre o Real Madrid, num Camp Nou elétrico – não tem jogo que a torcida do Barça dê mais festa que num dérbi contra o Madrid (aqui, galeria de fotos). Incorporei o vídeo abaixo com o show de Romário, que usava a 10 do Barça. Fez três gols – triplete, hat-trick, fora o show. Sem dúvida, um dos maiores atacantes da vida do Barça, da seleção brasileira e da história do futebol. Olha só quem dá o passe pro baixinho fazer o primeiro gol. Vamos ver se reconhecem um ex-jogador cria da base do Barça que hoje é um técnico pra lá de vencedor (aqui, uma ficha técnica do dérbi).
E na linha da #ThrowbackThursday, republico fotos de rolês do Fut Pop Clube pelo Museu do Barça e Camp Nou Experience.
Camiseta de José Sastre, campeão da primeira liga espanhola, 1928-29
O que talvez muitos brasileiros não saibam é que o Barcelona foi o primeiro campeão da liga espanhola, na temporada 1928-1929. Um campeonato disputado por 10 equipes (pela ordem de chegada: Barça, Real Madrid, Athletic Club, Real Sociedad, Arenas de Getxo, Atlético de Madrid, Espanyol, Europa (saiba mais aqui sobre esse clube catalão), Real Unión e Racing Santander. Ao lado, a camiseta do meio-campo José Sastre, vice-artilheiro do Barça no primeiro título, com 10 gols. O atacante Parera marcou 11. Josep Samitier, outro mito blaugrana, anotou 7.
Dentro deste post especial, mais fotos de memorabilia de alguns ídolos históricos do Barça, que podem ser apreciadas numa visita ao Museu do Barça: a Camp Nou Experience. Continuar lendo “O museu mais visitado da Catalunha e a homenagem do Barça ao aniversário do baixinho.”→
A Seleção Brasileira e o público paulistano parecem viver uma eterna “D.R.” quando se encontram no Morumbi, pelo menos dos anos 70 ou 80 pra cá. Se o gol demora, pode ter certeza, lá vem vaia. Nos últimos anos, goleiros e centroavantes ouviram gritos de “Rogério! Rogério” e “L u í s F a b i a n o !”. Técnicos não foram poupados. Parreira ouviu “Olê, olê, olê, Telê, antes da Copa de 1994″. Mano Menezes ouviu um grito de adeus no feriado de 7 de setembro de 2012, na ‘goleada de um a zero’ sobre a África do Sul.. Por mais de uma vez, o rigoroso público paulistano não perdoou nem um símbolo como a bandeira nacional.
Mas às vezes basta a Seleção marcar um gol para rolar aquele chatinho”eu / sou brasileiro/ com muito orgulho / com muito amor”.
O certo é que em 28 jogos, desde 1963 (o Morumbi foi inaugurado em 1960 e ampliado em 1970), marcaram gols pela Seleção no estádio nomes como Pelé (bem no dia da despedida do escrete canarinho, em 1971) Pepe, Jairzinho, Leivinha, Roberto Dinamite, Reinaldo, Rivellino, Sócrates, Zico, Tita, Careca, Bebeto, Romário, Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Luís Fabiano e, agora, Fred. Ao todo, foram 18 vitórias, 9 empates e apenas uma derrota, na primeira partida.
Vamos à lista! Para este post, contei com a preciosa ajuda de Michael Serra, do arquivo histórico do São Paulo FC, a quem agradeço por mais uma gentileza.
Brasil 2×3 Argentina, Copa Roca, 13/04/1963. Pepe marcou os dois gols da Seleção
Brasil 4×0 Peru, amistoso, 4 de junho de 1966. Duas vezes Lima, Paraná e Pelé.
Brasil 5×0 Chile, amistoso, 22 de março de 1970. Duas vezes Pelé, 2 vezes Roberto Miranda e Gérson.
Brasil 0x0 Bulgária, amistoso, 26/04/1970.
Brasil 1×1 Áustria, amistoso, 11/07/1971. Pelé marcou, num de seus jogos de despedida da Seleção.
Brasil 3×0 Iugoslávia, Minicopa, 02/07/1972. Marcaram Leivinha (duas vezes) e Jairizinho.
Brasil 2×0 Romênia, amistoso, 17/04¹974. Edu e Leivinha.
Brasil 0x0 Áustria, amistoso, 1º de maio de 1974.
Brasil 1×0 Bulgária, amistoso, 23/01/1977. Roberto Dinamite.
Brasil 2×0 Seleção Paulista, amistoso, 25 de janeiro de 1977 (*). Gil e Palhinha marcaram.
Brasil 1×1 Seleção Paulista, amistoso, 16 de junho de 1977 (*). PC Caju marcou pro Brasil.
Brasil 3×1 Polônia, amistoso, 19/06/1977. Paulo Isidoro, Reinaldo e Rivellino.
Brasil 5×0 Ajax, amistoso, 21/06/1979 (*). Duas vezes Sócrates, 2 vezes Zico, Toninho.
Brasil 2×0 Bolívia, Copa América, 16/08/1979. Tita e Zico.
Brasil 1×1 Polônia, amistoso, 29/06/1980. Zico.
Brasil 1×1 Tchecoslováquia, amistoso, 03/03/1982. Gol de Zico.
Brasil 0x0 Argentina, amistoso, 17/06/1984.
Brasil 1×1 Bolívia, Eliminatórias 30/06/1985. Gol de Careca.
Brasil 6×0 Venezuela, Eliminatórias, 20/08/1989. Marcaram: Careca (4), Silas e Acosta contra.
Brasil 2×0 Equador, Eliminatórias, 22/08/1993. Bebeto e Dunga.
Brasil 3×2 Equador, Eliminatórias, 26/06/2000. Rivaldo (2 vezes), Antônio Carlos.
Brasil 3×1 Argentina, Eliminatórias, 26/07/2000. Gols: Alex e Vampeta (2).
Brasil 1×0 Colômbia, Eliminatórias, 15/11/2000. Gol: Roque Júnior.
Brasil 1×1 Peru, Eliminatórias, 25/04/2001. Gol do Brasil: Romário.
Brasil 3×1 Bolívia, Eliminatórias, 05/09/2004. Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Adriano marcaram para o Brasil.
Brasil 2×1 Uruguai, Eliminatórias, 21/11/2007. Duas vezes Luís Fabiano.
Brasil 1×0 África do Sul, amistoso, no 7 de setembro de 2012. Gol de Hulk.
Brasil 1×0 Sérvia, amistoso – o último antes da Copa, 06/06/2014. Gol: Fred.
Gosta de revistas? Fica a dica da edição especial da ffw mag!, publicada pelo Paulo Borges da semana de moda da aniversariante Sampa (SPFW) no finzinho de 2013, certamente de olho neste 2014 da “Copa das Copas”! Tem editoriais de moda, claro, mas também bastante coisa para ler ótimas fotos, beeeem abertas.
Tem textos de Roberto Damatta, entrevistas com Romário e Paulo André, artigos sobre Lamartine Babo (autor dos hinos de quase tudo quanto é time carioca), sobre o campeonato de peladas do Amazonas (o Peladão), Valderrama e um especial de corte de cabelos, futebol feminino, homossexualismo x intolerância estúpida no futebol, perfil do clube mais rock´n´roll do mundo, o St. Pauli, de Hamburgo, ensaios fotográficos na rua Javari em dia de jogo do Juventus da Mooca, no clássico Butão x Montserrat, em 2002, e com os nosso amigos do Encontro de Colecionadores de Camisas. Afinal, é uma revista fashion. Continuar lendo “Futebol Bossa Nova, tema da revista FFW Mag!”→
Domingo de Fla-Flu no Maracanã. O Clássico das Multidões já recebeu uma grande homenagem nos cinemas. É o “Fla x Flu – 40 Minutos Antes no Nada“. O filme de Renato Terra (codiretor de “Uma Noite em 67”) ganhou o prêmio de melhor documentário segundo o júri popular no Festival do Rio 2013. No mesmo ano, tive a oportunidade de ver a pré-estreia paulistana, que lotou o auditório Armando Nogueira, do Museu do Futebol, em pleno Pacaembu! É um tal de provocação… “Recordar é viver, Assis acabou com você” x hat–trick do Zico… Quase todas brincadeiras sadias, verbais, engraçadas, tiração de sarro como deveriam ser as rivalidades no futebol. Como sou “neutro”, devo dizer que me diverti muito, nos 85 minutos do filme. Que figuraças os entrevistados… de um lado, Sacha Rodrigues (neto rubro-negro do profeta tricolor Nelson Rodrigues), Márvio dos Anjos, Márcio da Fla-Angra, Francisco (a cara do João) Bosco, Arthur Muhlenberg, e por falar em Arthur, Zico, Júnior e Leandro. Do outro lado, Toni Platão, Pedro Bial, notórios tricolores, Heitor D´Alincourt, Márcio Trindade, o folclórico Desiré e… Assis… Assis rouba o filme! Os caras já são engraçados… e a dupla de entrevistadores, formada pelo próprio diretor, Renato Terra (FFC), e Luiz Antônio Ryff (CRF) – soube provocar, para tirar o máximo dos personagens. O objetivo do diretor não era fazer um filme cronológico, do primeiro Fla-Flu, em 1912, ao Fla-Flu do centenário. Onze clássicos considerados históricos são de alguma maneira lembrados. Renato Terra afirma que quis fazer um filme sobre a paixão, a paixão dos torcedores. E conseguiu. Depois da sessão em São Paulo, houve um bate-papo no auditório do Museu do Futebol, E uma senhora comentou que não gosta de futebol, mas se amarrou no filme. Boa sorte para a carreira desse clássico nos cinemas. Que leve multidões. Veja o trailer no post anterior. Continuar lendo ““Fla x Flu – 40 Minutos Antes do Nada”.”→