O goleiro Edgar Badia no cartaz do jogo Reus x Mirandés inspirado pelo discaço do Nirvana (terminou 1×1)Não, o Albert Benito não vai fazer show cover do Bruce Springsteen, não. Ele joga no Reus, que fez este poster pra partida contra o Lugo.
Yeah, Reus! Arrasadoras estas capas, digo, cartazes inspirados em discos clássicos do rock and roll, bem bolados pra promover as partidas em casa do CF Reus Deportiu(clube catalão da cidade em que o Gaudí nasceu), que hoje disputa LaLiga 1|2|3, a segundona espanhola (está em segundo lugar)! Poster é tradição do futebol de lá. Os jogadores da #avellanamecanica como Edgar Badia, Albert Benito, Edgar Hernández participam dos cartazes. O poster do jogo contra o Rayo tinha mesmo que reverenciar Bowie. Dica @botoesclassicos. Boa!!!
Não é de hoje, com todo o conforto do Allianz Parque, que a praça de esportes mais antiga da capital paulista abre as portas para os shows. Em suas últimas três décadas, o Parque Antarctica – o simpático Palestra Itália – também recebeu muitos roqueiros e sambistas. Aproveito a segunda passagem dos americanos do Aerosmith pelo estádio do Palmeiras, a primeira na ‘era Allianz’, para uma relação (certamente não completa – correções são bem vindas) dos shows neste Parque do rock! Este post não seria possível sem a colaboração de Bruno Alexandre, que foi historiador do Palmeiras, e Fábio Finelli, da assessoria de imprensa Press FC. Grazie!
FEAR OF THE DARK: Bruce Dickinson ainda com cabelão no primeiro show do Iron Maiden no estádio do Palmeiras, em 1992. Foto de SERGIO CAFFÉ, especial para o fanzine HEADLINE | acervo do blog FutPopClube.
Não, Aladdin Sane não era do River Plate ou do Rayo Vallecano. O genial David Bowie (1947-2016) não estava nem aí para o futebol e não torcia pra nenhum time, como o Lemmy (líder do Motörhead, que nos deixou no finalzinho de 2015). Sem grilos. O planeta bola – que hoje premiou os melhores de 2015, como o extraterrestre Lionel Messi – não deixou de prestar sua homenagens a David Robert Jones, londrino do Brixton.
Como a bela imagem que ilustra este post, arte do blog argentino La Casaca, que em 2015 adaptou a capa do LP “Aladdin Sane” para uma camisa de futebol. Dica do Futebol no País da Música, novo blog do jornalista Beto Xavier.
Quem sabe se ele tivesse nascido mais ao norte, perto do Arsenal do Nick Hornby ou do Tottenham do pai da Amy, ou a leste de Londres, casa do West Ham United, de tantos roqueiros, do metal ao punk.
Por sinal, o eterno técnico do Arsenal, o francês Arsene Wenger, foi perguntado sobre a morte de Bowie numa das tradicionais coletivas que os profissionais de futebol estão acostumados a dar. E falou bonito.
Sou fã da música de Bowie, claro. A mensagem que ele deu pra minha geração foi importante, depois da segunda Guerra Mundial. Seja forte o bastante para ser você mesmo”.
Depois dessa, Wenger inspirou até ilustração com a maquiagem do Aladdin Sane.
O estádio Antonio Vespucio Liberti, o Monumental de Nuñez, foi inaugurado em 26 de maio de 1938 (La Máquina, como era chamado o River de Bernabé Ferreyra, Moreno e Pedernera, bateu o Peñarol por 3×1). Nos 70, chegou a receber perto de 100 mil. Hoje comporta 61.321 torcedores. A cancha do River também é a casa preferida da Seleção Argentina. Foi o principal palco da estranha Copa do Mundo de 1978 – com o tempo aprendi que aquele Mundial não foi vencido apenas por ídolos (meus, inclusive) como o 10 Kempes, o goleiro Fillol e o técnico Menotti; mas também pelo ditador Jorge Videla. No Mundial 78, o Monumental recebeu nove jogos, incluindo a abertura, a decisão do 3º lugar (Brasil 2×1 Itália, golaço de Nelinho) e a grande final, em que a dona da casa derrotou a Holanda na prorrogação.
Em 2013, o River Plate teve média de 49.400por jogo – segundo a Pluri Consultoria, a maior das Américas e 14ª do mundo. 73% de ocupação do Monumental.
É um dos orgulhos dos Millonarios, apelido mais família dos hinchas do River.
O Museo River, ao lado do estádio (confira aqui o giro do blog por lá)– também bate palmas para os concertos de rock no Monumental. A imensa torcida do rock and roll e da música pop em geral na Argentina pode curtir Paul Mc Cartney (1993 e 2010), Bruce Springsteen (1989), Michael Jackson (1993), Madonna (1993, 2008 e 2012), Kiss (2012), Rolling Stones (1995, 1998 e 2006), AC/DC (1996 e 2009 – tem até CD, DVD/Blu-Ray, “Live at River Plate”), Bob Dylan (1988), David Bowie (1990), Eric Clapton (1990, 2001 e 2011), Shakira (2003), Guns´N Roses (1992, 1993 e 2011), Ramones (1996), The Police (2007 – outro show lançado em CD e DVD), U2 (1998 e 2006 – este passou no cinema, como U2 3D), Red Hot Chili Peppers (2002 e 2011), Metallica (1999 e 2010), Oasis (2009) Coldplay (2010), Iron Maiden (2013), Roger Waters (9 shows da turnê “The Wall Live”, em 2012, para um total de 360 mil espectadores. Mas o recorde de público pertence à saudosa banda argentina Soda Stereo – os 6 shows da turnê “Me Verás Volver”, em 2007, reuniram 390 mil fãs. Essa turnê que reuniu o trio (popularíssimo na Argentina) foi gravada e lançada em 2 CDs e DVD (aqui cabe uma nota triste: o vocal e guitarrista soda stereo Gustavo Cerati morreu em setembro de 2014, depois de anos em coma).
Em 2009, o blog acompanhou o primeiro jogo no Monumental de Maradona como técnico da seleção argentina. Um 4×0 contra a Venezuela. Com Messi e Carlitos Tevez em campo.
O Monumental de Nuñez, bela “cancha” do River Plate
Um filme que tem na trilha sonora David Bowie, Thin Lizzy, Steve Winwood (incluídos no CD) e Slade (“Mama Weer All Crazee Now“, só no cinema) já merece consideração. O Fut Pop Clube e a Coluna de Música pedem um tempo para curtir “Rush – No Limite da Emoção“, sobre a louca temporada da Fórmula 1 em 1976, com o título disputado entre o então campeão mundial Niki Lauda, da Ferrari, e o inglês James Hunt (McLaren). O inglês levava uma vida de rockstar dos anos 70. O austríaco, mais metódico, exímio acertador de carros, sofreu um acidente gravíssimo no GP da Alemanha. E para quem não conhece ou não lembra do desenrolar da temporada é melhor eu não escrever mais nada. Os atores principais mandam bem e as cenas de corrida são de tirar o fôlego – e devo advertir que as da recuperação de Lauda no hospital podem incomodar.
Filmão. Confira o trailer dentro do post. Continuar lendo “Um filme pra quem gosta de velocidade”→
É o festival de cinema que a gente esperava desde a infância: tem filme sobre futebol de botão, kichute… só faltou um sobre pebolim, mas isso o Juan José Campanella está se encarregando de produzir. Também tem papo sério: conflito Israel-Palestina. Neste sábado, 2 de junho, o CINEfoot exibe a partir das 16h, no auditório do Museu do Futebol, o curta “Vai pro Gol” (na trilha sonora, tem música das meninas do Choro das 3, excelente grupo) e o longa “Sobre Futebol e Barreiras” – um olhar sobre o conflito Israel-Palestina em meio à última Copa do Mundo. Confira um teaser no site oficial.
Texto anterior, do primeiro dia de festival em SP:
Fui apresentado ao som do guitarrista texano que deu sangue novo e pegada roqueira ao blues por um saudoso amigo de faculdade, músico fissurado por rock e (futebol) do bom. Ele me emprestou uma fitinha K7 (ahn? era final dos anos 80!) e não me disse qual era o som. Gostei. “Tem influência de Hendrix, mas não só”. Era Stevie Ray Vaughan, com o seu Double Trouble. Comecei a procurar discos, o Live Alive foi um dos primeiros CDs que comprei na vida… Poucos anos depois, já estagiário, recebi via agência internacional a notícia do precoce desaparecimento do bluesman- SRV morreu num acidente de helicóptero junto com o piloto e 3 pessoas da equipe de Eric Clapton, em 27 de agosto de 1990. Apenas 7 anos depois do espetacular disco de estreia: Texas Flood. Que mostrou a levada típica de Stevie, o shuffle, em blues-rocks como Love Struck Baby, ótimas covers como Mary Had a Little Lamb, de Buddy Guy, baladas blues, lancinantes blues, emocionantes blues. A repercussão da estreia foi tão boa que Vaughan abriu mão de seguir tocando com David Bowie, com quem gravou guitarras do disco Let´s Dance. Compre, grave, baixe, jogue Rock Band, dê um google, não importa o jeito, mas ouça Stevie Ray Vaughan. Seus ouvidos merecem. Continuar lendo “SRV”→