A terceira edição do CINEfoot terminou em São Paulo com uma sessão em homenagem ao Canal 100, à conquista da Jules Rimet e ao bi mundial do Santos em 1962 e 63 e a premiação aos vencedores do festival (mantendo o mistério neste começo do post, um filme sobre o Bahia, um sobre a democracia corintiana e outro sobre um pequeno time da Catalunha).
A primeira atração foi um curta do clássico acervo do Canal 100 sobre o Santos bicampeão do mundo, com as imagens dos jogões contra o Benfica em 1962, da final da Libertadores de 1963, contra o Boca, em plena Bombonera (os boquenses já comemoravam com avalanche, atrás do gol), e das duas partidas realizadas no Maracanã, contra o Milan em 1963 (o Santos perdeu em Milão, venceu a partida de volta no Maracanã -sem Pelé-e também o jogo-desempate, 48 horas depois). Sempre bom ver e rever os gols geniais de Pelé, em jogadas cheias de força, arte e raça (como ele vibrava, com cada gol, pulando e dando o soco no ar), e todo o timaço do Santos. E dá-lhe “Que Bonito É (Na Cadência do Samba)”. O segundo filme da noite também foi uma produção do Canal 100, o longa “Brasil Bom de Bola”, que conta a história do futebol tricampeão em 70.
Muitas imagens do Maracanã, algumas do Mineirão, Morumbi, Beira-Rio, partidas do futebol nacional (dá a impressão que tudo era realmente melhor no futebol, a começar pelas camisas, clássicas) antecedem um resumo da participação do Brasil nas Copas de 38, 50, 54, 58 e 62. As câmeras do Canal 100 acompanham todas as eliminatórias para a Copa de 70 (Tostão goleador!), a preparação das “feras do Saldanha”, a chegada de Zagallo, a comissão técnica. Num DC-8 da Panair do Brasil, a Seleção embarca para o México. O filme de Carlinhos Niemeyer mostra a campanha do tri, jogo a jogo. Na final, 4×1. É tri! A emoção de Gérson, no gramado. O beijo na taça. E infelizmente, na volta para casa, a visita ao presidente Médici.
Entre um filme e outro, o CINEfoot premiou os melhores da seleção paulista do festival, de acordo com o voto popular – antes, o diretor da animação “Zimbú”, Marcos Strassburger Souza, recebeu o Prêmio Porta-Curtas da edição Rio. Veja aqui.
Na edição paulista do CINEfoot, o vencedor do Prêmio Porta-Curtas foi “Ser Campeão é Detalhe“. Agora, o filme de Gustavo Forti Leitão e Caetano Tola Biasi sobre a democracia corintiana do começo dos 80 pode ser visto online no site Porta-Curtas.
A Taça CINEfoot de melhor curta-metragem vai para a Espanha, mais exatamente, para a sede da El Cangrejo, da Catalunha, produtora do sensacional “O Pequeno Time” / “L´Equip Petit“. Os diretores Roger Gomez e Dani Resines contam com delicadeza e bom humor a saga de um time de menino e meninas em busca do primeiro gol. O legal é que, pelo que li, esse curta sobre o Margatània FC pode dar origem a um longa-metragem. Bom, eu falei que “L´Equip Petit” era sério candidato a ganhar a taça...
E a Taça CINEfoot de melhor longa vai para… “Bahêa Minha Vida“,de Márcio Cavalcante, sobre a paixão da torcida do tricolor de aço. Confira aqui o trailer do documentário nacional mais visto em 2011.
Lembro que na etapa carioca do festival, quem levou a Taça CINEfoot para casa foram os diretores de “Copa União” (categoria longa-metragem) e “Gaúchos Canarinhos” (curta-metragem).
Parabéns a todos! Valeu, http://www.cinefoot.org/! Até 2013!
Bateram com os meus votos, João. O filme do Bahia é realmente espetacular. Fico feliz em saber que ganhou (soube agora, já que ontem não pude ir). Abs
Esse eu perdi, infelizmente, mas tô louco pra ver. Será que sai logo em DVD?
Estava cheia a sessão? Bahia e Corinthians, juntos…
Abraços