Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. “8 é o número da camisa dele”, diria Osmar Santos, o locutor que não só narrou no rádio os gols mais importantes do Doutor Sócrates, como foi companheiro do “Magrão” nos comícios da campanha pelas Diretas Já.
Quis o destino que Sócrates deixasse o planeta bola no domingo em que o Corinthians se sagrou campeão, pentacampeão brasileiro, num campeonato pra lá de emocionante.
Com o doutor, morre um pedaço da história do final dos anos 70 e dos 80, não só do futebol brasileiro, como da vida do país em geral e das Copas do Mundo.
Não dá para não se emocionar com a perda dessa figura desengonçada, que fez o improvável, brilhar em competições de ponta sem ser um atleta padrão – aliás, um jogador que lutava pelos seus direitos e os dos outros também.
Um craque singular. Como não se faz mais. Valeu, doutor, por ter vivido os seus 57 anos.

• Artilheiro do Campeonato Paulista de 1976 (15 gols) e campeão da Taça Cidade de São Paulo (1ª turno do Paulistão 77) pelo Botafogo de Ribeirão Preto (veja post anterior). Foi o clube de Ribeirão Preto que revelou Sócrates. O estudante de Medicina que considerava o futebol um hobby. Queria pagar a gasolina … e a cervejinha, claro.
• Campeão paulista em 1979 e bicampeão paulista em 1982-83 pelo Corinthians.

Sócrates e a democracia corintiana, aliás, são tema de dois documentários novos:

• “Democracia em Preto e Branco – Futebol, Política e Rock´n´Roll” e
• “Ser Campeão é Detalhe – Democracia Corinthiana“.

“Ser Campeão é Detalhe – Democracia Corinthiana” será exibido nesta quinta-feira, 8 de dezembro, no Museu do Futebol, em três sessões: às 19h, 19h30 e 21h. De graça. Mas é bom chegar antes para pegar uma senha – a distribuição começa uma hora antes de cada sessão. O Museu vai fazer uma homenagem a Sócrates.

• Brilhou na Copa de 82
• e um pouco menos, no Mundial de 86

O doutor também jogou na Fiorentina; na volta, jogou no Flamengo – participou da campanha dos títulos da Taça Rio e Estadual de 1986 – e ainda defendeu o Santos e, de novo, o Botafogo de Ribeirão.

A repercussão sobre a morte em sites da Europa:

• Gazzetta dello Sport, da Itália
• Guardian, da Inglaterra
• Disse El País, da Espanha: “Muere Sócrates, el demócrata del fútbol”
• Sport, de Barcelona