Começou com o grande documentário sobre João Saldanha a segunda edição da Mostra CINEfoot, no Canal Brasil. Até o fim de novembro, toda quinta-feira, às 19h, tem longas, médias e curtas selecionados por Antônio Leal, do CINEfoot – com reapresentação às terças-feiras, 13h30.
Um belo esquenta para a edição 2017 do festival CINEfoot nos cinemas! No Rio, de 23 a 28 de novembro. Em SP, deve ser no começo de dezembro.
Completa esta primeira sessão, hoje, às 13h30, o curta “Três no Tri”.
Dentro do post, as sinopses dos filmes de acordo com o site do Canal Brasil.
Flâmula do Juventus, disponível na loja oficial do clube, Grená e Branco.
Neste domingo, o Clube Atlético Juventuscompleta 90 anos. O Moleque Travesso foi fundado em 20 de abril de 1924 como Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube – resultado da fusão do Extra São Paulo FC e do Cavalheiro Crespi FC, clube dos trabalhadores da empresa de Rodolfo Crespi, que entrou com a sede social. As cores eram as do Extra São Paulo: vermelho, branco e preto. O terreno da rua Javari foi doado por Rodolfo Crespi um ano e quatro dias depois da fundação. Só em 19 de fevereiro de 1930 o clube adotou seu atual nome. Clube Atlético Juventus – homenagem ao time de coração de Rodolfo Crespi na Itália.
A Vecchia Signora emprestou seu nome ao Moleque Travesso.
Já as cores… como havia muitos alvinegros na liga paulista (Corinthians, Santos, Ypiranga), o #bianconero da Juve original da Itália foi trocado no clube paulistano pelo grená e branco do outro grande de Turim: o Torino. O apelido Moleque Travesso surgiu em setembro de 1930, cortesia do jornalista Tomaz Mazzoni. São explicações que estão em painéis na entrada social do clube, na Mooca, tradicional bairro paulistano.
Nos anos 80, o Moleque Travesso da Mooca conquistou um título nacional. A Taça de Prata, de 1983, equivalente a uma segunda divisão.
Nos 2000, papou a segundona – mas a estadual, em 2005. Depois do título da Copa Paulista, em 2007, que valeu vaga na Copa do Brasil, o Juventus começou uma fase de queda. Da série A-1 do estadual paulista para a A-2 (sem eufemismos, a segundona), para a A-3, sobe para a segunda divisão,cai de novo para a terceirona. O time da zona leste da capital já terminou sua participação no estadual 2014. Ficou em 13º lugar,entre 20 clubes. Ou seja, disputará a terceira divisão paulista novamente em 2015. Jogo do Juventus na Javari, agora, só no segundo semestre, na Copa Paulista. Quem sabe, hein?
Gostaria de recomendar neste aniversário um documentário de média-metragem, “Paixão Grená“, trabalho de conclusão de curso das jornalistas Carolina Garcia e Isabela Labate. O doc trata da relação do Juventus com a Mooca. Entrevista ex-jogadores (o ex-atacante Wilson Buzzone), funcionários (Elias Pássaro, massagista do clube há décadas), jornalistas (Fernando Galuppo, coautor do livro “Glórias de um Moleque Travesso”, o pessoal da Web Rádio Mooca) e torcedores: professor Pasquale, Hamilton Kuniochi, colecionador de camisas do clube e autor do blog Manto Juventino, pessoal das torcidas Ju-Jovem e Setor 2. Dá pra ver o documentário de cerca de 40 minutos neste link.
O goleiro Beto (Lucas Alexandre), em “Meninos de Kichute”
(x) Gol de placa
( ) Gol bonito
( ) Bateu na trave
( ) Bola murcha
O espectador do festival CINEfoot recebe na entrada das sessões um cupom com essas opções para marcar em cada um dos filmes da mostra competitiva. E bola pro mato que o jogo é de campeonato e vale a Taça CINEfoot. “Meninos de Kichute”, longa-metragem de Luca Amberg que fechou a rodada dupla da penúltima jornada do festival em São Paulo, ganha fácil a cotação (x) Gol de placa.
O filme inspirado no livro de mesmo nome de Márcio Américo se passa nos anos do “Eu te amo meu Brasil” e parece até feito nos anos 70, de tão cuidada a reconstituição de época. Quem está na faixa dos 40 anos vai se lembrar dos tempos de aulas de Moral e Cívica, álbuns de figurinhas, revistas de mulher pelada, Magiclik, carros Brasília, Kharman Ghia, Dodge Dart, futebol, Canal 100, sonorizado com a versão instrumental de”Na Cadência do Samba (Que Bonito É)”, e claro, a chuteira Kichute do título – e antes que alguém identifique a primeira música do trailer e do filme com o ufanismo do “Brasil gigante”, noto que é possível identificar no papel do pai o Estado violento, repressor e mentiroso. Mesmo para uma criança criada em apartamento como este que vos bloga, é impossível não se identificar com as desventuras desses “guris”. Ótimos diálogos, factíveis, ótimas atuações (especialmente de Werner Schünemann, Vivianne Pasmanter, Arlete Salles e o protagonista Lucas Alexandre, bem dirigido como todo o elenco “juvenil), boa trilha sonora da época, a cargo de Netinho, dos Incríveis. É certamente um dos nossos melhores filmes sobre futebol – e sobre amizade e descobertas. Referências fora do Brasil: “Conta Comigo”, clássica sessão da tarde, e a nostalgia de “Adeus Lênin”.
“Que belo time/que belo esquadrão. Juventus amigo/do meu coração”, canta a torcida Ju-Jovem do clube grená da Mooca, presente na segunda sessão desta noite. Que belo filme, digo eu, sobre o curta “Juventus Rumo a Tóquio”, que assisti na telona pela segunda vez. E mesmo tendo visto outras vezes na internet, sinto o suspense do documentário, mesmo sabendo o resultado. Muito bom!
Ah, sim: o CINEfoot convidou o Divino camisa 10 Ademir da Guia para receber uma placa em homenagem aos 100 anos de nascimento do pai dele, Domingos da Guia, o Divino Mestre. Bacana!
É o festival de cinema que a gente esperava desde a infância: tem filme sobre futebol de botão, kichute… só faltou um sobre pebolim, mas isso o Juan José Campanella está se encarregando de produzir. Também tem papo sério: conflito Israel-Palestina. Neste sábado, 2 de junho, o CINEfoot exibe a partir das 16h, no auditório do Museu do Futebol, o curta “Vai pro Gol” (na trilha sonora, tem música das meninas do Choro das 3, excelente grupo) e o longa “Sobre Futebol e Barreiras” – um olhar sobre o conflito Israel-Palestina em meio à última Copa do Mundo. Confira um teaser no site oficial.
Texto anterior, do primeiro dia de festival em SP:
O CINEfoot – Festival de Cinema de Futebol – anunciou na sua página os filmes convocados para a copa, digo, para mostra competitiva, no Rio de Janeiro (entre 24 e 29 de maio no Arteplex da praia de Botafogo) e em São Paulo (de 31 de maio a 5 junho no Museu do Futebol e Reserva Cultural). Vale a Taça CINEfoot.
Bola pro mato que o jogo é de campeonato, então. Confira a lista dos longas que participam da mostra competitiva no Rio:
“Rock´N Ball” (de Dmitri Prikhodko, Ucrânia, 2011)
“Santos, 100 Anos de Futebol Arte” (de Lina Chamie, SP, 2012). Veja o trailer.
“Sobre Futebol e Barreiras” (de Arturo Hartmann, Lucas Justiniano, José Menezes, João Carlos Assumpção, SP, 2011). O cotidiano de judeus e palestinos em 2010, durante a Copa do Mundo disputada na África do Sul. Como a linguagem do futebol influencia os moradores da região? Exibido na última Mostra de Cinema de SP. Confira o trailer.
À Procura de Eric/Looking for Eric (Sixteen Films/californiafilmes.com.br)
Os filmes sobre futebol são um dos assuntos preferidos do Fut Pop Clube. Lamentavelmente essas produções não conseguem fazer grande sucesso de bilheteria no Brasil. Bom, depois da mostra Cinema e Futebol, que rolou em fevereiro, no cinema da USP, mais recentemente do CineFoot, Festival de Cinema de Futebol, no Rio, SP e POA, que teve até taças, e da extensa programação especial do Canal Brasil, também chamada Mostra Cinema e Futebol, depois da Coleção Copa, da Abril, chegou a vez de o Fut Pop Clube lançar sua “Copa de Filmes”. Uma série de posts, com indicações de bom cinema boleiro. Convidei algumas pessoas para dar dicas de documentários e ficções, nacionais ou estrangeiros, longas ou curtas – mas sempre sobre futebol! Eu começo! Documentário nacional: “João”, doc de André Iki Siqueira e Beto Macedo sobre João Saldanha, “o comentarista que o Brasil consagrou”, que nunca escondeu que era comunista, mas mesmo assim foi escolhido pela CBD técnico da Seleção Brasileira durante a ditadura. Classificou o Brasil para a Copa de 70, mas foi trocado por Zagallo antes do Mundial. Vi “Joao” na sessão de abertura do CineFoot e achei espetacular. Informativo, divertido e muito bem editado.
"1958 - O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil"
Também gostaria de citar nessa categoria de documentários nacionais “1958 – O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil”, filme de José Carlos Asbeg sobre a a nossa primeira taça do mundo. Passa neste sábado, 10 de julho, véspera da final da Copa do Mundo 2010, na sessão É tudo Verdade do Canal Brasil. “1958…” saiu em DVD e já foi assunto do blog.
Ainda gostaria de mencionar a excelente minissérie “Futebol”, de Arthur Fontes e João Moreira Salles, que passou anos atrás no canal GNT, em coprodução com Videofilmes. Em três programas com qualidade de cinema, “Futebol” acompanhava meninos que sonhavam com a bola, as dificuldades de jogadores então em começo de carreira como Lúcio e Iranildo e um dia na vida de um ex-craque, Paulo César Caju, figura. Uma pena que não esteja em circulação em DVD ou na TV, pelo menos não que eu saiba.
Documentário internacional: Excelente opção poderia ser o “Maradona” de Kusturica, recentemente lançado em DVD pela Europa Filmes. Mas voto em “Comunismo e Futebol” (“Communism and Football”, produção da rede de TV BBC que vi em 2008/2009 no Sportv). Fala de Streltsov, jogador que poderia ser o “Pelé russo”, em 1958, mas foi mandado para campos de trabalho forçado, Grocsis, e do estranho jogo entre Alemanha Ocidental x Alemanha Oriental). E outra produção semelhante da BBC, “Football and Fascism“:”Fascismo e Futebol”, também, exibido tempos atrás pelo Sportv, mostra como Mussolini, Hitler e Franco usavam o esporte. Ficção nacional: são excelentes as opções. A minha preferida é “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburger, que se passa na época da Copa de 70. Ditadura, descobertas infantis, futebol tricampeão, de rua, de várzea e de botão são panos de fundo para uma história sobre amizades. Entre um pequeno aprendiz de goleiro (o filme quase se chamou “Vida de Goleiro”) e o homem que o acolhe, a vizinha espevitada, o jovem que foge da polícia. Quase que o equivalente ao oscarizado “O Segredo dos Seus Olhos” no cinema brasileiro. Atuações nota 10. Outro filme em que o elenco dá banho de bola é “Linha de Passe”, de Walter Salles Jr e Daniella Thomas. Uma mãe batalhadora, corintiana praticante, vai junto com a Fiel e tudo, e as peripécias de seus quatro filhos por São Paulo. Por outro lado, tem algo de linguagem de documentário e cenas de futebol espetacularmente filmadas. Um jogo real, um clássico Majestoso: São Paulo 0x1 Corinthians. Campeonato Brasileiro de 2008.
A estreia na TV por assinatura do emocionante curta-metragem “Juventus Rumo a Tóquio” abre as cortinas de mais uma semana da Mostra Cinema e Futebol, do Canal Brasil – um vasto panorama de filmes sobre futebol no país. O curta se passa numa manhã decisiva de domingo na Javari. Passa nesta segunda, 21 de junho, às 18h30, com reprise na terça, 22/6, às 12h30.
Na sequência, dois curtas sobre a torcida do América-RJ: “Unido Vencerás” e “Unido Vencerás II – Uma História Diferente”.
E às 19h09 desta segunda, o Canal Brasil exibe “Heróis de uma Nação”, sobre o Flamengo campeão de tudo (estadual, brasileiro, sul-americano e mundial) entre 1978 e 1981. Esse doc tem duração de 50 minutos e conta com depoimento de protagonistas desses anos rubro-negros, como Paulo César Carpegianni (primeiro, jogador; depois técnico campeão do mundo de clubes). Replay: terça, às 13h08, no mesmo bat canal.
Nesta terça, 22 de junho, a partir das 18h30, o Canal Brasil tem mais uma rodada dupla: “Sobrenatural de Almeida”, curta de Paulo Sérgio Almeida. Em seguida, às 18h42, o documentário “Papão de 54”, sobre o time do Renner, que superou tricolores e colorados no campeonato gaúcho daquele ano. Já ouviu falar de Valdir Joaquim de Moraes, senhor goleiro e depois preparador de arqueiros como Zetti? Ênio Andrade? Ênio seria depois um dos “11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro“, como conta o livro do Noriega. Ambos jogaram no Grêmio Esportivo Renner, Papão de 54, que deixou muitos órfaos da arquibancada (título de reportagens sobre times extintos, no Globo Esporte). Reprise na quarta, 23/6, a partir de 12h30. Veja que outros filmes já passaram na Mostra.
Na segunda-feira 21/6, às 18h30, e terça 22/6, às 12h30, o Canal Brasil exibe o emocionante curta-metragem “Juventus Rumo a Tóquio” -um domingo de decisão na rua Javari, casa do simpático Clube Atlético Juventus, o Moleque Travesso. Esse é pra gravar, porque para mim futebol não se resume a Soccer City, arenas maravilhosas e caríssimas, craques midiáticos, bilhões de reais em ação! Por mais que eu goste de Camp Nous e Santiagos Bernabéus, também gosto de estádios pequenos e cheios de história. Leia o que escrevi logo depois de ver a “premiere” do filme sobre o Juventus, no Festival de Curtas de SP: “O dia em que um cinema virou rua Javari”.
Em julho, a sessão “É Tudo Verdade” do mesmo Canal Brasil exibirá “1958 – O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil”, ótimo documentário de José Carlos Asbeg.
Texto integral do post, sobre os filmes que já passaram na Mostra Cinema e Futebol, do Canal Brasil. É BOLA NA TELA! Continuar lendo ““Juve” na Mostra Cinema e Futebol”→