100 anos de Fla-Flu

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Fluminense e Flamengo entram hoje em campo no Engenhão para jogar pela oitava rodada do Brasileirão 2012 e comemorar o centenário de Fla-Flu, completado neste sábado. Em 7 de julho de 1912, tricolores e rubro-negros jogaram o primeiro clássico das multidões, num clima de grande rivalidade, porque seis meses antes 9 jogadores trocaram o Flu pelo Fla. E deu Flu: 3×2, no simpático estádio das Laranjeiras. O jogo valeu pelo campeonato da Liga Metropolitana de Sports Athléticos, que foi conquistado pelo Paysandu – o Botafogo venceu outro campeonato, da Associação de Football do Rio de Janeiro.

A história do primeiro Fla-Flu foi contada em forma de ficção, numa minissérie exibida pelo Globo Esporte carioca, no começo de 2012 (confira aqui o vídeo – é show de bola!).
Vale conferir também o especial 100 anos de Fla-Flu, no globoesporte.com. Tem muita informação sobre a história do clássico.

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O frevo do bi (final). Há 50 anos, o “primeiro-ministro” Mauro Ramos erguia a Taça Jules Rimet.

“Não há, em toda a história das Copas, uma equipe tão bicampeã como aquela nossa. Tão gloriosa. E provo o que digo, Porque a Itália, bi em 1934 e 1938, repetiu apenas dois jogadores. Já o Brasil foi praticamente o mesmo”. Didi, bicampeão em 1958 e 1962, no livro “Didi – O Gênio da Folha-Seca”, de Péris Ribeiro.

A seleção brasileira foi bicampeã do mundo em 17 de junho de 1962 com 8 titulares da final de 1958 (“O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil”, belo documentário). As novidades eram: Amarildo, o “Possesso”, que substituiu Pelé a partir da terceira partida, contra a Espanha. Zózimo, reserva do zagueiro Orlando na Suécia. E seu companheiro de zaga, Mauro Ramos, reserva do capitão Bellini quatro anos antes, em 1962 virou titular na marra – e capitão do time.
Capitão, nada, primeiro-ministro, como Carlos Drummond “propôs” na deliciosa crônica “Seleção de Ouro”, publicada no extinto jornal carioca “Correio da Manhã”, em 20 de junho de 1962 (três dias depois do bicampeonato), um dos gols de letra compilados por dois netos do poeta no livro “Quando É Dia de Futebol”, editado em 2002 pela Record. Drummond também “escalou” o “velhinho sabido” Nilton Santos (o craque “enciclopédia do futebol tinha 37 anos em 1962) no ministério da Justiça. Na Fazenda, Gylmar (“defendeu a meta como o Tesouro”, justificou CDA). Carlos Drummond de Andrade definiu Zagallo como “ministro para várias pastas… dada a sua capacidade de estar em todas”. Para Garrincha, Drummond lembrou o ministério da Aeronáutica, “pois com suas fintas, dribles e arrancadas impossíveis, atravessar o mundo campo entupido de adversários é o mesmo que voar em céu desimpedido, qual passarinho”. Gol como os de Pelé, Drummond!

Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia
Estádio Nacional – Santiago,  Chile, 17/06/1962
Público: 69.000 pessoas
Brasil – Gylmar, Djalma Santos, Mauro Ramos, Zózimo e Nilton Santos; Zito, Didi e Zagallo; Garrincha, Vavá e Amarildo.
Tchecoslováquia – Schroiff, Tichy, Popluhar, Pluskal e Novak; Masopust e Pospichal; Scherer, Kvasnak, Kadabra e Jelinek.
Gols: Masopust abriu o placar para os tcheco-eslovacos; Amarildo empatou para o Brasil logo depois; no segundo tempo, o volante Zito subiu, literalmente, e marcou de cabeça; Vavá aproveitou a bobeada de Schroiff para definir a volta olímpica.
Dentro do post, a numeração dos 22 bicampeões do mundo e o clube que defendiam em 1962.  Continuar lendo “O frevo do bi (final). Há 50 anos, o “primeiro-ministro” Mauro Ramos erguia a Taça Jules Rimet.”

Maracanã, 62 anos de “praia”

O post é de 2012.

Reprodução de parte da capa do livro de João Máximo: “Maracanã, Meio Século de Paixão”, que saiu em 2000, pela editora DBA

Principal cenário do Mundial de 1950, local da decisão da Copa 2014, o Maracanã abriu as portas em 16 de junho de 1950. Dias antes da Copa 50, a primeira partida: Seleção Carioca x Seleção Paulista. Você consegue imaginar o frisson que esse jogo deve ter provocado? Gol inaugural de Didi, o gênio da folha-seca. Mas os paulistas ganharam por 3×1, de virada. O resto é história. História do futebol do Rio, do Brasil e do mundo.
O Maracanazo. A conquista da Copa Rio de 1951 pelo Palmeiras. A visita do mágico time do Honved, de Puskas. Santos campeão mundial de clubes. O recorde de público em 1969, na vitória suada contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, que classificou a Seleção para o Mundial, o do tri, em 70. Romário 2×0 Uruguai, outra classificação sofrida para Copa, a do tetra, em 94. Tantos Fla-Flus, Clássicos dos Milhões, Clássicos da Paz, Clássicos Vovôs. As despedidas de Pelé e de Garrincha da Seleção são momentos lembrados pelo excelente livro do jornalista João Máximo, “Maracanã, Meio Século de Paixão“, editado 12 anos atrás pela DBA. Continuar lendo “Maracanã, 62 anos de “praia””

Luz, câmera… gol! É o CINEfoot em Sampa.


É o festival de cinema que a gente esperava desde a infância: tem filme sobre futebol de botão, kichute… só faltou um sobre pebolim, mas isso o Juan José Campanella está se encarregando de produzir. Também tem papo sério: conflito Israel-Palestina. Neste sábado, 2 de junho, o CINEfoot exibe a partir das 16h, no auditório do Museu do Futebol, o curta “Vai pro Gol” (na trilha sonora, tem música das meninas do Choro das 3, excelente grupo) e o longa “Sobre Futebol e Barreiras” – um olhar sobre o conflito Israel-Palestina em meio à última Copa do Mundo. Confira um teaser no site oficial.

  • Texto anterior, do primeiro dia de festival em SP:

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Voa Canarinho. Saiu o livro “Sarriá-82 – O que Faltou ao Futebol-Arte?”.

27 de maio de 2012
Waldir Peres (depois Paulo Sérgio), Leandro, Oscar, Luizinho (Edinho) e Júnior; Falcão, Sócrates, Zico e Paulo Isidoro (Toninho Cerezo); Careca (Serginho Chulapa) e Éder (Dirceu). Com esse time, a Seleção Brasileira treinada por Telê Santana goleou o Eire (República da Irlanda) por 7 a 0, há exatos 30 anos, em 27 de maio de 1982, no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Marcaram: Falcão, Sócrates (duas vezes), Serginho (também 2 gols), Luizinho e Zico!
A seleção se despedia do seu povo feliz, diante de 72.733 pagantes, para tentar buscar o tetra. Foi o último amistoso antes do voo do escrete canarinho para disputar a Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Você viu aí o nome do Careca na escalação. Infelizmente, o goleador do Guarani se machucou pouco antes do Mundial. Serginho Chulapa, “o artilheiro indomável”, polêmico dentro e fora do campo, ficou com a 9. O Brasil chegou como favorito, encantou o mundo com seu quadrado mágico formado por Falcão, Cerezo, Sócrates e Zico. Deu show na primeira fase. No grupo com Argentina e Itália que decidia uma vaga na final, venceu bem os hermanos, num jogo em que Maradona perdeu a cabeça: 3×1.  Contra a Itália, poderia empatar,saiu atrás, nunca esteve na frente do placar, e perdeu. 3×2. 5 de julho de 1982. O sonho do tetra foi adiado, logo com a melhor seleção que nosso futebol montou desde o tri no México 70. A falada “tragédia do Sarrià”, nome do estádio do Real Club Deportivo Espanyol de Barcelona na época (foi demolido 15 anos depois; o Espanyol usou por anos o Olímpico de Montjuic e hoje joga num moderno estádio entre Cornellà e El Prat).
A tragédia do Sarrià é o tema do livro de Gustavo Roman, futuro jornalista, colecionador de jogos de futebol (isso mesmo, ele coleciona partidas inteiras em vídeo: 5.350 partidas, de 1950 em diante!) e Renato Zanata Arnos, professor de História, pesquisador do futebol argentino (coautor do blog Futebol Argentino). “Sarriá 82 – O Que Faltou ao Futebol-Arte?”, que está para ser lançado pela Maquinária Editora. O livro já está em fase de revisão e a capa você pode ver abaixo.


Renato Zanata e Gustavo Roman assistiram, analisaram, esmiuçaram 25 dos 38 jogos (29 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas) disputados pela Seleção de Telê, na primeira passagem do mestre pelo escrete canarinho. Mais os vídeos de 21 partidas da Seleção com o antecessor, Cláudio Coutinho. Total: 46 VTs. Alguns vistos e revistos.

Os autores entrevistaram Zico, os laterais Júnior e Leandro,o zagueiro Oscar, os meio-campistas Batista, Paulo Isidoro e Adílio e os jornalistas Mauro Beting, Mário Marra, André Rocha e Ariel Judas (argentino).

Parece leitura obrigatória para todos nós que sonhamos  junto com os “Pachecos” em 1982 e nunca mais choramos por derrotas de nenhuma Seleção Brasileira. Por aquela, valia a pena chorar. Como o garoto da capa (inesquecível foto, histórica primeira página) do “Jornal da Tarde”, de 6 de julho de 1982.


Sessão de abertura do CINEfoot, o Festival de Cinema de Futebol, no Rio

http://www.imdb.com

Um curta sobre o São Cristóvão de Futebol e Regatas e uma longa russo de ficção que tem como personagem um goleiro do Dínamo de Kiev  abrem amanhã a seleção carioca do terceiro CINEfoot – Festival de Cinema de Futebol. A sessão começa às 20h30, com “Meu Glorioso São Cristóvão“, um doc de Ney Costa Santos de 1978 sobre o simpático São Cri-Cri, campeão carioca de 1926, clube onde começou o Fenômeno. Em seguida, o CINEfoot exibe o filme russo “Match”. O diretor Andrei Malyukov conta a relação atribulada entre o goleiro do Dínamo e uma grande paixão. A Segunda Guerra interfere no romance e o destino de muitas pessoas depende de uma partida de futebol. A sinopse me deixou com muita vontade de ver (abaixo, publico o trailer; a produção parece bacana). Então, “Meu Glorioso São Cristóvão” e “Match” abrem o CINEfoot no Rio, nesta quinta-feira, 24 de maio, a partir de 20h30, no Espaço Itaú de Cinema – praia de Botafogo, 316. A entrada é grátis, e por isso mesmo, é bom chegar um tempo antes para garantir um lugar.


Bem que poderia passar na seleção paulista do festival… Ou entrar logo em cartaz!
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D de domingo. D de dérbis. D de decisão.

Na reta finalíssima dos estaduais brasileiros e dos nacionais na Europa, um domingo de muitos clássicos decisivos. No Rio de Janeiro, Clássico Vovô, repetindo a polêmica decisão do Campeonato Carioca de 1971, tema de livro de Eduardo Coelho: “Carioca de 1971 – a verdadeira história da vitória do Fluminense sobre a Selefogo alvinegra” (Maquinária Editora).
Em Minas Gerais, tem Clássico das Multidões.
Mesmo apelido do duelo que decide o Campeonato Pernambucano.
No Ceará, domingo de Clássico Rei.
Saiba o que significam esses e outros apelidos de clássicos estaduais no post anterior. Ah, sim, na Bahia, tem Ba-Vi, e no Paraná, o Atle-Tiba. Mas esses dois são mais fáceis de descobrir…
Na Itália, olha só, um dos maiores clássicos do mundo pode decidir o campeonato – e um dos participantes não tem chances de título. Se o Milan vence o Derby della Madonnina, deixa a decisão pra última rodada. Se a Inter ganha, pode dar o título à Juve, líder invicta, que visita o Cagliari.
Aqui em São Paulo, conseguirá o Guarani segurar o Santos de Neymar?
Será um domingo de muitas emoções, em muitos estados, na Itália… e na Inglaterra, onde City e United travam um autêntico derby de Manchester pelo título, sem se enfrentarem mais.  Continuar lendo “D de domingo. D de dérbis. D de decisão.”