O post é de 2012.

Principal cenário do Mundial de 1950, local da decisão da Copa 2014, o Maracanã abriu as portas em 16 de junho de 1950. Dias antes da Copa 50, a primeira partida: Seleção Carioca x Seleção Paulista. Você consegue imaginar o frisson que esse jogo deve ter provocado? Gol inaugural de Didi, o gênio da folha-seca. Mas os paulistas ganharam por 3×1, de virada. O resto é história. História do futebol do Rio, do Brasil e do mundo.
O Maracanazo. A conquista da Copa Rio de 1951 pelo Palmeiras. A visita do mágico time do Honved, de Puskas. Santos campeão mundial de clubes. O recorde de público em 1969, na vitória suada contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, que classificou a Seleção para o Mundial, o do tri, em 70. Romário 2×0 Uruguai, outra classificação sofrida para Copa, a do tetra, em 94. Tantos Fla-Flus, Clássicos dos Milhões, Clássicos da Paz, Clássicos Vovôs. As despedidas de Pelé e de Garrincha da Seleção são momentos lembrados pelo excelente livro do jornalista João Máximo, “Maracanã, Meio Século de Paixão“, editado 12 anos atrás pela DBA.
João Máximo também dedica 3 capítulos a perfis dos craques que desfilaram futebol-arte pelo Maraca. Ele montou dois times de craques daqui: Um com Castilho, Djalma Santos, Bellini, Nílton Santos, Zito, Danilo Alvim, Garrincha, Zizinho, Ademir Menezes, Pelé, Tostão. Outro com mais Barbosa, Carlos Alberto, Mauro Ramos, Bauer (em 50, “o monstro do Maracanã”), Didi, Júnior, Julinho Botelho, Zico, Gérson, Roberto Dinamite e Rivellino.
E um de craques de fora: Sinforiano Garcia, goleiro paraguaio do Flamengo no tri carioca 53/54/55; Beckenbauer, Bobby Moore, Rodriguez Andrade (lateral uruguaio no Maracanazo), Platini, Obdulio Varela, Di Stéfano (disputou um amistoso Real Madrid x Vasco, em 1961), Ghiggia, Maradona, Puskas e Schiaffino.
Vale a pena procurar por aí esse livraço “Maracanã, Meio Século de Paixão”. Formato de livro de arte. E trata de futebol-arte.
Há algum tempo fiquei sabendo via Estadão que o produtor Diogo Dahl e o diretor Felipe Lacerda preparavam um documentário sobre o estádio, pela produtora Coqueirão. Dá para ver uma “palhinha” deste documentário num vídeo no You Tube com o título “Maracanã Promo”. Outro vídeo aqui mostra um pouco da desmontagem do Maracanã como conhecemos para a grande reforma.
E que o Maracanã volte a ser a casa da Seleção Brasileira.
- A maior “casa de shows” do mundo
O Maracanã também recebeu muitos megashows, como
- Frank Sinatra, 1980
- Kiss, última turnê da primeira fase mascarada da banda, do disco Creatures of the Night, em 1983
- Tina Turner, 1988
- Paul McCartney, 1990
- Rock in Rio II, em janeiro de 1991, com Judas Priest, Sepultura, Guns, Faith No More, Megadeth, Billy Idol, Prince, Santana etc etc etc
- Madonna, turnê The Girlie Show, 1993
- Rolling Stones, turnê Voodoo Lounge, dentro do Hollywood Rock de 1995, com Spin Doctors, Rita Lee e Barão Vermelho.
- Rush, turnê Vapor Trails, 2002, virou o DVD Rush in Rio
- The Police, The Reunion, 8 de dezembro de 2007
- PS – mais recentemente, o Maraca recebeu turnês como a do Pearl Jam, em 2015, e a Olé dos Stones, em 2016, sem falar nos shows de encerramento das Olimpíadas e Paraolimpíadas, com muita música.
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