Mineirão, Belo Horizonte, 8 de julho de 2014. Nesta tarde/noite de semifinal da melhor Copa dos últimos anos – uma Copa cheia de surpresas- o futebol brasileiro que já vinha dando sinais de agonia há muito tempo, morreu um pouco. Ele precisa ser refundado, precisa ser completamente reformulado. Das categorias de base dos clubes ao comando maior da CBF, passando pelos bancos dos treinadores e cartolas dos clubes.
Perdemos para uma máquina de jogar futebol, que tem um elenco espetacular. #Alemáquina, já batizaram. #SuperDeutschland.
Perdemos para o verdadeiro país do futebol. Onde os estádios estão quase sempre 100% cheios, da primeira à 34ª rodada da Bundesliga. Em alguns casos, até na segunda divisão, a 2.Bundesliga. Um país onde o povo ainda tem lugar nas “arenas”. E não joga a bandeira no chão ou pisa na camisa ao primeiro revés. Onde os torcedores gostam de seus times como gostam de bandas de rock, ou seja, não tem disco ruim.
Que o Brasil aprenda algo com a Alemanha e reencontre seu futebol. Se for o caso, que seja com um técnico estrangeiro, que nos ensine a fazer o que deixamos de fazer. Jogar.
Construímos tantos belos estádios para o Mundial, esquecemos de construir uma seleção. Claro, mais uma vez iludidos pelo resultado da Copa das Confederações. Definimos os 11 titulares e seus reservas com um ano de antecedência, sem levar em consideração o momento.
Mas não adianta procurar culpados entre os jogadores. Do fundo do meu coração boleiro, dilacerado pela maior humilhação da Seleção em 100 anos de história, espero que esses jovens jogadores consigam a volta por cima e voltem a brilhar.
Pra quem é maluco por futebol, como você que me lê, resta continuar curtindo esta Copa sensacional. Não é porque o Brasil caiu que o Mundial deixa de ser maravilhoso. E no meio da semana que vem, recomeça o Brasileirão – dividido ao meio por um calendário absurdo, é verdade. Mas não vamos desistir de gostar do nosso futebol.

Que aulas os alemães deram nessa Copa, que termina no domingo.
De bola. De gentileza. De educação. De vida. Respeitaram. Lamentaram as ausências de Neymar e Thiago Silva. Não tripudiaram nem à medida que iam chovendo gols na rede de Julio César.
- Ilustrações originais do mosaico: Lais Sobral. Confira a série toda aqui: https://www.flickr.com/photos/lais-sobral/
Belo post João. Concordo. O Brasil passou da hora de profissionalizar essa bagaça. Que tal aprender com os EUA que está aprendendo como se faz e montando um time, uma liga, mas ao contrário do Brasil, já com estrutura de fornecimento de mão de obra: as escolas.
Administração séria e profissa. Se prepara que daqui duas copas serão eles nas semis querendo o título. Enquanto isso em terras brasilis… O pedido de desculpas é arrogante!
É muito arrogância.
É muito já ganhou.
Somos os melhores, quando de fato vínhamos ganhando no sufoco.
Que o Davi veja melhores seleções com a camisa canarinho.
Grande abraço
Agora o problema é que temos uma cultura imediatista, temos que ganhar sempre fico pensando se teremos paciência para formar uma nova geração de craques para brilhar daqui uma década como é o caso deste time alemão.
Acho que não teremos essa paciência, Fabiano.
Grande abraço e boa volta ao Brasileirão!