Estreou neste 21 de abril nos cinemas o belo filme de Sergio Oksman, vencedor dos prêmios de Melhor Longa e o da Crítica no recente festival É Tudo Verdade, só de documentários.
Cartaz do filme “O Futebol”, de Sergio Oksman
Pena que o título “O Futebol” vá espantar aquela parte do público que torce o nariz pra futebol na TV, no rádio, quanto mais nos cinemas.
Porque não é um filme sobre futebol ou sobre o Mundial de 2014, no Brasil. O futebol é um pano de fundo importante, na distante relação entre Sergio, que mora na Espanha, e o pai, Simão, no Brasil. Um alviverde daqueles capazes de lembrar a escalação de parte do Palmeiras de 1979. De quem fez os gols da vitória num dérbi, e como.
É tetra! Pela primeira vez a Alemanha unificada é campeã. A grande campeã da melhor Copa de nossa geração. Uma Alemanha multicultural,de futebol bem jogado, de toque de bola (o tiki-taka não morreu!?!), simpatia, bom humor, sangue de poloneses, ganeses, turcos e tunisianos.
Eis a campanha da Alemanha, primeira seleção europeia a vencer um Mundial nas Américas:
Alemanha 4×0 Portugal, Fonte Nova
Alemanha 2×2 Gana – Castelão
Alemanha 1×0 Estados Unidos. Arena Pernambuco.
Alemanha 2×1 Argélia – Beira-Rio (depois do 1×1 no tempo normal)
Mineirão, Belo Horizonte, 8 de julho de 2014. Nesta tarde/noite de semifinal da melhor Copa dos últimos anos – uma Copa cheia de surpresas- o futebol brasileiro que já vinha dando sinais de agonia há muito tempo, morreu um pouco. Ele precisa ser refundado, precisa ser completamente reformulado. Das categorias de base dos clubes ao comando maior da CBF, passando pelos bancos dos treinadores e cartolas dos clubes.
Perdemos para uma máquina de jogar futebol, que tem um elenco espetacular. #Alemáquina, já batizaram. #SuperDeutschland.
Perdemos para o verdadeiro país do futebol. Onde os estádios estão quase sempre 100% cheios, da primeira à 34ª rodada da Bundesliga. Em alguns casos, até na segunda divisão, a 2.Bundesliga. Um país onde o povo ainda tem lugar nas “arenas”. E não joga a bandeira no chão ou pisa na camisa ao primeiro revés. Onde os torcedores gostam de seus times como gostam de bandas de rock, ou seja, não tem disco ruim.
Que o Brasil aprenda algo com a Alemanha e reencontre seu futebol. Se for o caso, que seja com um técnico estrangeiro, que nos ensine a fazer o que deixamos de fazer. Jogar.
Construímos tantos belos estádios para o Mundial, esquecemos de construir uma seleção. Claro, mais uma vez iludidos pelo resultado da Copa das Confederações. Definimos os 11 titulares e seus reservas com um ano de antecedência, sem levar em consideração o momento.
Mas não adianta procurar culpados entre os jogadores. Do fundo do meu coração boleiro, dilacerado pela maior humilhação da Seleção em 100 anos de história, espero que esses jovens jogadores consigam a volta por cima e voltem a brilhar.
Pra quem é maluco por futebol, como você que me lê, resta continuar curtindo esta Copa sensacional. Não é porque o Brasil caiu que o Mundial deixa de ser maravilhoso. E no meio da semana que vem, recomeça o Brasileirão – dividido ao meio por um calendário absurdo, é verdade. Mas não vamos desistir de gostar do nosso futebol.
Sessenta anos e um dia depois do Milagre de Berna, a vitória da Alemanha contra a Hungria favoritaça, no Mundial de 1964, na Suíça, por muito pouco não tivemos um Milagre de Salvador. A brava Costa Rica defendida por Navas resistiu 120 minutos à Laranja Mecânica de Robben, Van Persie, Sneijder e… Van Gaal! No finalzinho da prorrogação, o técnico Van Gaal substitui um goleiro por outro, só para a cobrança de pênaltis. Krul (goleiro do Newcastle), que já estava se aquecendo há um bom tempo, acertou os cantos e defendeu dois pênaltis. Van Gênio! Cillessen, goleiro do Ajax, parecia abatido. Mas saiu correndo para festejar quando a Costa Rica desperdiçou o pênalti decisivo.
Congratulations to #NUFC goalkeeper @TimKrul, who played a vital role in seeing #NED through to the #WorldCup2014 semi-finals tonight! #NUFC
Brasil x Alemanha, terça-feira, às 17h, no Mineirão. Um RT da final de 2002? Neymar fora. Mas, sim, nós podemos.
Argentina x Holanda, quarta-feira, às 17h, na Arena Corinthians. Revanche da final do polêmico Mundial de 1978? A Argentina não deve ter Di María, mas tem Messi, Higuaín (que fez uma partidaça hoje em Brasília), o papa Francisco e uma invasão azul e branca ao estádio alvinegro. E a Holanda terá o apoio da massa brasileira e o louco do Van Gaal no banco. Hoje ele ganhou.
A Alemanha já decidiu tanto contra a Holanda (1974) como contra a Argentina (1990, a pior de todas as Copas).
Tanto Brasil x Holanda como Brasil x Argentina seriam finais inéditas.
Gramde finais.
Por Neymar, vamos lá, vamos lá.
Um sol para cada um dos 74.240 pagantes que viram o euroclássico França x Alemanha, no estádio do Maracanã. Exatos sessenta anos depois do primeiro dos três títulos mundiais da Alemanha, na Copa de 1954 na Suíça. “O Milagre de Berna”.
O zagueiro Mat Hummels (Borussia Dortmund) fez o único gol da partida, para alegria da torcida alemã, que se concentrou mais atrás do gol que o ótimo e arrojado Neuer defendeu no primeiro tempo, mas também marcou sua discreta e educada presença em outros setores. A Alemanha está nas semifinais. Vai pegar o Brasil. Confesso que esperava mais do jogo. Mas se o calor já incomodava quem estava debaixo da nova cobertura do Maraca, imagine para os atletas. Que absurdo jogar 13h no Rio de Janeiro!
A França está eliminada, para tristeza da torcedora da foto abaixo, dica do Rodrigo Dias. Continuar lendo “Maracanã em tarde de Alemanha 1 x 0 França.”→
A partir desta quinta-feira, 12 de junho, vamos saber que copa será essa.
Não concordo com os gastos bilionários em “arenas”, acho que dava para ter feito um Mundial muito mais barato, que ficasse pronto antes. Apenas 16 anos atrás, em 1998, na França, não tinha tantos estádios novos (na verdade, só havia um), mas tinha trem (e dos mais rápidos) entre as cidades, tinha metrô para tudo quanto é lado na capital. O patamar mudou em 2002 e 2006, para azar dos países eternamente em desenvolvimento.
Vou torcer pelo direito de se manifestar.
Também vou torcer pelo direito de ir e vir.
Vou torcer, sim, pela Copa 2014. Mesmo que, no/na final, ela não seja nossa.
A ovelha em homenagem à Croácia, primeira adversária da seleção brasileira no Mundial, é a 32ª mascotinha criada pela artista plástica Lais Sobral para esta série aqui do blog Fut Pop Clube.
A série começou em junho do ano passado, com uma homenagem aoJapão, o primeiro país a se classificar para o Mundial 2014 pelas Eliminatórias (o Brasil já estava garantido, como dono desta bagunçada casa…). Essas artes também ilustram os posts com as tabelas dos grupos da primeira fase. E um mosaico com algumas das mascotinhas estilizadas à la Lais Sobral está no fundo da home page do Fut Pop Clube até o final da Copa. Abaixo, conheça todas as ilustrações de Lais pra série da Copa: Continuar lendo “Uma mascote para Croácia, criada pela artista plástica Lais Sobral.”→
Taí a nova música dessa dupla de Osnabrück. O Kunstrasen faz algumas músicas sobre futebol, com clips divertidos, e como prometido na entrevista de fevereiro aqui no blog, acabam de lançar um rap para o Mundial de 2014. Pra quem nunca estudou alemão, dá para entender pouco mais que “Ipanema” e “Alemanha” (em português, mesmo). Mas o som é bom e tem balanço. Continuar lendo “Kunstrasen: rap alemão para a Copa”→
Estamos a um mês do Mundial! Chegamos a 30 mascotinhos em homenagem aos países participantes da Copa. A artista plástica Lais Sobral mandou muito bem neste antílope aí de cima, em homenagem à Argélia. Maior capricho.
O Equador está no Grupo E da Copa, com Suíça, França e Honduras. La Tricolor fica concentrada em Viamão (RS). Estreia contra os suíços em Brasília, depois tem que ganhar de Honduras em Curitiba se quiser sonhar com a classificação e na terceira rodada tem um jogo dificílimo: França, no Maracanã. Em homenagem ao Equador, a artista plástica Lais Sobral se inspirou em Galápagos e desenhou uma iguana bem colorida e camaleônica.