O ponta-direita Julinho Botelho (*29/07/1929; + 11/01/2003) está entre Os Dez Mais do Palmeiras – segundo enquete feita para o livro do Mauro Beting para a Coleção Ídolos Imortais da Maquinária. Também foi eleito para o Time dos Sonhos do Palmeiras pela revista Placar em 1982, 1994 e 2007. Continuar lendo “Julinho Botelho”
Dia: 11 de janeiro, 2010
25 anos do Rock in Rio I

Em 11 de janeiro de 1985, mais ou menos a essa hora, começava o Rock in Rio. Primeiras atrações: Ney Matogrosso, o tremendão Erasmo Carlos e Baby Consuelo+Pepeu Gomes (algo deslocados na programação da tarde/noite/madruga). O Brasil entrou de vez no circuito internacional do show bizz quando soou o hard rock do Whitesnake, com talvez sua melhor formação. O vozeirão de David Coverdale, a guitarra envenenada, cheia de efeitos, do John Sykes (ex-Thin Lizzy), o baixo do Neil Murray e a batida pesadaça do Cozy Powell. Showzão! Com destaque para Gulty of Love, Love Ain´t No Stranger e Slow and Easy, que tocaram até furar nas rádios brasileiras.O Whitesnake ainda participaria de mais uma noite do festival, mas a atração seguinte, não. Iron Maiden! Veio, arrebentou e voou de volta para os EUA (leia também o texto anterior). Depois, Queen, pela segunda vez no Brasil (existia um vídeo VHS Live in Rio, correto?). 300 mil espectadores, fãs de Iron, de Freddie Mercury, Brian May e cia, ou apenas gente jovem em busca de diversão. Era o primeiro de dez dias seguidos de festival!

Que não era só de rock, apesar do nome. Tudo bem. Os roqueiros brasileiros tiveram a primeira oportunidade para ver AC/DC (ouvido a alguns quilômetros da Cidade do Rock!), Scorpions (no auge, um show eletrizante), Ozzy Osbourne (com o excelente guitarrista Jake E.Lee brilhando no emprego que foi do Randy Rhoads) ou o Yes (veteranos do progressivo). Havia espaço para música mais pop (Rod Stewart, James Taylor), MPB (Moraes, Alceu) e para bandas então emergentes do Rock Brasil, como Barão Vermelho (com Cazuza) e Paralamas do Sucesso (voltaremos ao assunto esta semana).
Em 2008, a Scortecci publicou o livro Metendo o Pé na Lama – Os Bastidores do Rock in Rio de 1985, do diretor de arte Cid Castro, que trabalhava na Artplan e criou a marca do festival (e os óculos, como o do marcador de livros ao lado). Num tom bem pessoal, linguagem franca e direta, Cid faz praticamente um diário da saga que foi a realização do Rock in Rio I. O livro será relançado em 27 de janeiro, na livraria Travessa do Leblon, pela editora Tinta Negra.
Eu fui. Ao Rock in Rio I, II (em 1991, no Maracanã) e III (2001, de volta a Jacarepaguá). E você? A qual edição? Conte suas lembranças no espaço de comentários.
Iron Maiden, Rock in Rio, 11/1/1985
No meio da insana World Slavery Tour, a excursão promocional do discão Powerslave, o Iron Maiden fez um bate e volta rapidez para o primeiro Rock in Rio. Saiu dos EUA no inverno, tocou em pleno verão na Cidade Maravilhosa em 11 de janeiro de 1985 e voltou para os EUA em seguida. Entre o Whitesnake e o Queen, headliner da primeira noite do festival, a Donzela de Ferro fez um espetáculo para ficar na memória dos fãs sul-americanos presentes. Cerca de 50 minutos do showzão histórico fazem parte do DVD Live After Death, que o grupo lançou oficialmente com vários bônus, para combater a pirataria. 300 mil pessoas viram o grupo no auge, após uma pá de grandes discos. No documentário History of Iron Maiden – Part 2, um desses bônus, Steve Harris confirma que foi o maior público que já viu a banda. No DVD, estão presentes Aces High, 2 Minutes to Midnight, The Trooper, Revelations (com a cena em que Bruce Dickinson aparece com o rosto sangrando, após se chocar com a guitarra de Dave Murray, lembra o empresário do então quinteto, no documentário), o imortal riff de Powerslave, que acaba servindo de mote para um solo de guitarra de Murray), Iron Maiden (e a aparição da mascote Eddie, em versão mumificada – a banda havia dado um fim ao “monstro” na turnê anterior… tem essa lógica, hahaha!), Run to the Hills (Bruce grita em português: “quero-todo-mundo-louco-esta-noite”) e Running Free.