O ponta-direita Julinho Botelho (*29/07/1929; + 11/01/2003) está entre Os Dez Mais do Palmeiras – segundo enquete feita para o livro do Mauro Beting para a Coleção Ídolos Imortais da Maquinária. Também foi eleito para o Time dos Sonhos do Palmeiras pela revista Placar em 1982, 1994 e 2007. O livro do Mauro Beting conta que o ponteiro direito revelado por times de várzea chegou a passar pelo Parque São Jorge, mas começou a jogar em times de cima no Juventus, da rua Javari. Em pouco tempo, foi contratado pela Portuguesa, campeã do Torneio Rio-São Paulo de 1952 e 55 com ele. Depois, bateu asas para a Fiorentina (foi campeão italiano!). Repatriado pelo Palmeiras, o camisa 7 participou da primeira Academia. E ganhou mais títulos (abaixo da foto).

Foi campeão paulista em 1959 e 63, do Rio-São Paulo de 65 e da Taça Brasil de 1960. Marcou 81 gols em 269 jogos com a camisa alviverde.
Também teve uma história com a amarelinha. Na volta da Itália, já no Palmeiras, foi convocado por Vicente Feola para um amistoso, em 1959. Brasil x Inglaterra. Maracanã lotado, louco para ver Mané Garrincha, campeão do mundo na Suécia em 58. Feola escalou Julinho, que tomou uma vaia do tamanho do Maracnã. Só que o ponta-direita paulista arrebentou. Marcou gol e deu passe para outro. Calou os do contra e foi aclamado.
Durante a passagem pela Fiorentina, Julinho Botelho abriu mão de uma vaga na Seleção de 58, para não tirar lugar de quem atuava no futebol brasileiro! Que coisa! Em 1962, estava machucado. Muito azar.
Em 1965, participou de outro jogo histórico da Seleção, especialmente para o torcedor do Palmeiras. Na inauguração do Mineirão, o time do Palmeiras representou o Brasil contra o Uruguai, de amarelinha e tudo! Leia meu post anterior sobre o amistoso.
Fontes:
- Os Dez Mais do Palmeiras
- Assessoria de Imprensa do Palmeiras.
- Meu Time dos Sonhos, edição especial da revista Placar.