Minuto de silêncio para Waldir Peres

23 de julho de 2017

O goleiro que se notabilizou pelas conquistas na decisão por pênaltis, não defendeu nenhuma cobrança no seu maior título. Mesmo assim, Waldir Peres foi o herói do São Paulo na decisão do Brasileirão de 1977, já em março de 1978, ao usar toda sua experiência e catimba para enervar ainda mais os jogadores do Galo, dono da casa e favorito ao título. Três atleticanos desperdiçaram suas cobranças. Antes de Diego Alves, ótima contratação do Flamengo 2017, de São Victor, de São Marcos, antes de Dida e Taffarel, Waldir Peres ficou famoso por históricas defesas de pênaltis. Na final do Paulistão de 1975, contra a Portuguesa, não sem muita manha, defendeu os chutes de Dicá e de Tatá (Wilsinho mandou para fora). E numa excursão da seleção brasileira à Europa, em 1981, pegou duas vezes o pênalti chutado pelo alemão Breitner (o juiz mandou voltar porque o brasileiro avançou; Waldir defendeu de novo). Boas atuações como a desse amistoso carimbaram o passaporte de Waldir Peres Arruda para a Espanha’82, como titular daquela espetacular seleção de Telê. O moço nascido em Garça, interior de S.Paulo, em 1951, calvície avançando ainda na faixa dos 20, também foi às Copas de 1974 e 1978, como reserva. A única derrota, por 3 a 2 para a Itália, a chamada tragédia do Sarrià (antigo estádio do Espanyol de Barcelona), quando o Brasil poderia empatar,  foi a última das 39 partidas de Waldir com a camisa da Seleção.

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Na rede: “Som das Torcidas”, primeira temporada.

O que Tim Maia (torcedor do América-Rio), o vascaíno Martinho da Vila, o flamenguista Ary Barroso, o Jack White do White Stripes e um sucesso de Bonnie Tyler têm a ver com os times da cidade de São Paulo? Músicas de artistas como esses (mais Luiz Gonzaga, Adoniran e até fado etc etc etc) foram adaptadas por torcidas paulistanas. A relação entre música popular e futebol, os hinos, os cantos,os mantras, as batidas das torcidas são assunto da série Som das Torcidas que depois de 70 podcasts chegou ao vídeo. bannermenor_SDT_estreia-730x360Cinco curtas sobre as torcidas de times paulistanos estão na primeira temporada do Som das Torcidas, que teve uma pré-estreia no CINEfoot e desde 1º de dezembro pode ser vista na íntegra no site do programa. O pessoal da Central3 começou a série visitando estádios e conversando com torcedores de Corinthians, Juventus, Palmeiras, Portuguesa e São Paulo para tratar da história, da origem e das referências das músicas cantadas nas arquibancadas. Bem legal o trabalho de pesquisa feito para os curtas por Leando Iamin, Matias Pinto e Paulo Júnior (Leandro e Paulo apresentam a versão em vídeo do Som das Torcidas). A direção dos 5 curtas é de Pedro Asbeg (premiado diretor de “Geraldinos”, “Democracia em Preto e Branco”). Que venham outras temporadas, em outras cidades, estados e, quem sabe, países!


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Rodada paulista do CINEfoot 2015

geraldinos2Saiu a programação completa da edição paulista do CINEfoot – festival de cinema 11036802_866215093413957_5276178551288061191_nde futebol, que vai de 26 de novembro a 1˚de dezembro, primeiro no auditório do Museu do Futebol (quinta a sábado) e depois no Espaço Itaú de Cinema (rua Augusta, sábado à terça) – entrada grátis em todas as sessões. Um pouco antes, no dia 26, o CINEfoot chega a Vitória (confira a programação capixaba aqui).

Chance para ver ou rever um monte de filmes bacanas sobre a história de times, de jogadores, de torcedores – como Geraldinos, vencedor da Taça CINEfoot de longa metragem na edição carioca do festival. Concorre de novo em Sampa: é um dos 15 longas e curtas brasileiros e internacionais que disputam a Taça CINEoot 2015 (veja post anterior).

Nas sessões especiais, tem estreia brasileira do documentário do Décio Lopes sobre o Orlando City e da série “Som das Torcidas”, produção da Central3 com direção de Pedro Asberg (“Democracia em Preto e Branco”; “Geraldinos”) e homenagens à diretora Lina Chamie e aos ex-jogadores Afonsinho e Ivair e ao XV de Piracicaba.

Confira a programação completa do sexto CINEfoot em Sampa dentro do post.

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País do futebol?

Não vou falar aqui sobre o estapafúrdio regulamento do Campeonato Paulista, que permite que um time precise de um arquirrival para se classificar. Ok, também pode acontecer com o Brasileirão. Mas nos pontos corridos, um time com pontuação menor que outro não pode se dar melhor.

Não vou me estender muito sobre os públicos ridículos dos estaduais, mas … o Flamengo voltou a jogar para menos de mil pessoas? Fala sério! A última pesquisa da Pluri Consultoria mostrou que o futebol brasileiro teve média de apenas 4.721 espectadores em 2013. Eis os números, em ordem crescente de importância.

  • Estaduais: 2.526 torcedores/jogo.
  • Nacionais (Brasileirão séries A, B, C e D, mais Copa do Brasil: 7.936 espectadores/jogo. Isoladamente, a Série A do Brasileirão teve média de 14.951.
  • Regional (Copa do Nordeste): 8.886 torcedores/jogo.
  • Internacionais: 25.315 “hinchas/partido”, considerando  apenas os jogos em casa dos brasileiros na Libertadores, Sul-americana e Recopa em 2013.

Clique aqui para ver o Balanço de Público e Renda do Futebol Brasileiro em 2013, relatório consolidado da Pluri.

País do futebol? Com médias assim, não dá para competir com grandes ligas, nem ligas em crescimento, como a chinesa. O futebol brasileiro não consegue segurar jogadores como o raçudo Aloísio, “boi bandido”.
E olha só que curioso. A Lusa Tour, agência de viagens da Portuguesa de Desportos, vende um pacote turístico para ver “O Clássico” português, Porto x Benfica, na última rodada do campeonato da terrinha. Deve ser em 11 de maio (data e horário a confirmar). no estádio do Dragão, com possível festa dos #encarnados de Lisboa. E olha, é tentador.

Difícil imaginar que uma agência de viagens ligada ao Futebol Clube do Porto ou ao seu rival Sport Lisboa e Benfica venda pacotes para o #adepto ver uma partida entre as #equipas do Vasco e da Portuguesa, ou mesmo um Fla-Flu, um Dérbi paulistano, um Majestoso, um Choque-Rei…

http://www.lusatour.com.br/
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Saiu: “Os Sem-Copa”.

Oberdan Cattani, Heleno de Freitas, Tesourinha, Evaristo de Macedo, Roberto Batata, Dener, Canhoteiro, Alex, Friedenreich. “Craques que encantaram o Brasil e nunca participaram de um Mundial”. É o subtítulo de “Os Sem-Copa” (Maquinária Editora), o novo livro da jornalista Clara Albuquerque (autora de “A Linha da Bola“).

http://www.maquinariaeditora.com.br/
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Boa dica da coluna de Mauro Beting no “Lance!” de hoje. Continuar lendo “Saiu: “Os Sem-Copa”.”

O nome dele era Enéas

https://www.facebook.com/portuguesaoficial
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Ao contrário do xará da política, que falava rapidinho, seu futebol era mais cadenciado.

Enéas Camargo, camisa 8 eterno da Portuguesa, foi lembrado pela Lusa com o lançamento de um modelo retrô, no clássico contra o Santos.  Aliás, o primeiro lote já está esgotado. Informações na página oficial da Portuguesa no Facebook.

Clássico que decidiu o campeonato paulista de 1973. Santos e Lusa dividiram o título porque o juiz Armando Marques errou na conta da decisão por pênaltis, que o Peixe ia vencendo.

Ídolos da Portuguesa forte dos anos 70, que era um time de chegada, como Dicá, Wilsinho, o capitão Badeco e Xaxá participaram da homenagem ao rei Enéas.

Devo confessar que vários desses jogadores estavam num time de futebol de botão, de plástico que eu tive.

A foto do jogador (colorida) era colocada entre um disco parecido com uma palheta e o botão propriamente dito, transparente. Dava para trocar facilmente e montar vários times, recortando fotos dos jornais ou da “Placar”, Continuar lendo “O nome dele era Enéas”

Mantos sagrados. E centenários.

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Os uniformes dos centenários de clubes do Brasil e do exterior foram o tema do 10º Encontro de Colecionadores de Camisas de Futebol, no foyer do Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu. Várias dessas camisas ficaram penduradas nos varais – as fotos estão no slideshow acima.
Camisas comemorativas dos primeiros 100 anos de clubes brasileiros são o forte da coleção de Luiz Domingos Romano. Como a do Guarany de Bagé, que seu Luiz mostra, na foto abaixo.

Luiz Domingos Romano e a camisa do Guarany de Bagé. A primeira do vara, à esquerda, é a do XV de Campo Bom.
Luiz Domingos Romano (vestido com camisa do Real Bétis) e o uniforme do centenário do Guarany de Bagé. A primeira do varal, à esquerda, é a do XV de Campo Bom.

Outra coleção de respeito é a de Hamilton Kuniochi, que publica o Manto Juventino, “o blog da camisa do Juventus” – que já foi personagem de um post do blog Futebol de Campo. Ele levou parte das dezenas de camisas do simpático clube grená da Mooca para o encontro. No varal, uma das preferidas de Hamilton é a camiseta 5, de 1972, usada e autografada pelo volante Brida. Sensacional.


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Djalma Eterno

Divulgação | http://www.palmeiras.com.br/
Divulgação | http://www.palmeiras.com.br/

Muito bacana a homenagem do Palmeiras para o ídolo Djalma Santos, lateral direito bicampeão do mundo pela seleção em 1958 (ainda era da Lusa) e 62 (já no Palmeiras). O alviverde não só entrou em campo como jogou a partida deste sábado contra o Guaratinguetá com esta camiseta branca, com o rosto do bicampeão e a inscrição “Obrigado, Djalma”. Nas costas, o nome do jogador, que esta semana entrou para a seleção do Céu.

A Portuguesa também entrou em campo na rodada de sábado com homenagem ao seu campeão, com a hashtag #DjalmaEterno na camisa.

https://www.facebook.com/portuguesaoficial
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