Iron Maiden, Rock in Rio, 11/1/1985

No meio da insana World Slavery Tour, a excursão promocional do discão Powerslave, o Iron Maiden fez um bate e volta rapidez para o primeiro Rock in Rio. Saiu dos EUA no inverno, tocou em pleno verão na Cidade Maravilhosa em 11 de janeiro de 1985 e voltou para os EUA em seguida. Entre o Whitesnake e o Queen, headliner da primeira noite do festival, a Donzela de Ferro fez um espetáculo para ficar na memória dos fãs sul-americanos presentes. Cerca de 50 minutos do showzão histórico fazem parte  do DVD Live After Death, que o grupo lançou oficialmente com vários bônus, para combater a pirataria. 300 mil pessoas viram o grupo no auge, após uma pá de grandes discos. No documentário History of Iron Maiden – Part 2, um desses bônus, Steve Harris confirma que foi o maior público que já viu a banda. No DVD, estão presentes Aces High, 2 Minutes to Midnight, The Trooper, Revelations (com a cena em que Bruce Dickinson aparece com o rosto sangrando, após se chocar com a guitarra de Dave Murray, lembra o empresário do então quinteto, no documentário), o imortal riff de Powerslave, que acaba servindo de mote para um solo de guitarra de Murray), Iron Maiden (e a aparição da mascote Eddie, em versão mumificada – a banda havia dado um fim ao “monstro” na turnê anterior… tem essa lógica, hahaha!), Run to the Hills (Bruce grita em português: “quero-todo-mundo-louco-esta-noite”) e Running Free.

Só que o show foi muito maior. O set-list de Live After Death propriamente dito, registro dos shows na Long Beach Arena meses despois (4 noites, esgotadas), ajuda a lembrar que também rolaram no Rock in Rio o single Flight of Icarus, a imensa Rime of the Ancient Mariner,  Number of the Beast, é claro, Hallowed Be Thy Name, outro épico, e a sirene infernal de Sanctuary.

A opinião pode ser um pouco suspeita, porque eu estava lá, mas tenho a impressão que se o show Live After Death fosse o do Rio, com seus 300 mil fãs enlouquecidos, e não o de Long Beach – é lógico, SE tivessem sido usados os mesmos equipamentos de captação de áudio e imagem (35 mm) – o resultado seria ainda mais quente, mais espetacular (só o sangue no rosto do Bruce…). É claro, isso é apenas un sonho, um exercício de imaginação, afinal em 1985 o Brasil ainda não estava no circuito do rock internacional. Só entrou depois desse Rock in Rio. Dezesseis anos depois,o Iron resolveu gravar CD/DVD ao vivo, no Rock in Rio III. Tema para outros 500 posts.

Live After Death, o DVD, tem – além do show de Long Beach, o do Rock in Rio e do doc History of Iron Maiden – Part 2 – os clips de Aces High e 2 Minutes To Midnight, um curta-metragem chamado Ello Texas, da turnê anterior, a World Piece Tour,  e o documentário Behind the Iron Curtain (já comentado aqui), com destaque para uma canja da banda num casamento na Polônia: Iron Maiden tocando Smoke on the Water, do Deep Purple!

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