Meus filmes favoritos sobre futebol

Publicado em 8/7/2010

À Procura de Eric/Looking for Eric (Sixteen Films/californiafilmes.com.br)

Os filmes sobre futebol são um dos assuntos preferidos do Fut Pop Clube. Lamentavelmente essas produções não conseguem fazer grande sucesso de bilheteria no Brasil. Bom, depois da mostra Cinema e Futebol, que rolou em fevereiro, no cinema da USP, mais recentemente do CineFoot, Festival de Cinema de Futebol, no Rio, SP e POA, que teve até taças, e da extensa programação especial do Canal Brasil, também chamada Mostra Cinema e Futebol, depois da Coleção Copa, da Abril, chegou a vez de o Fut Pop Clube lançar sua “Copa de Filmes”. Uma série de posts, com indicações de bom cinema boleiro. Convidei algumas pessoas para dar dicas de documentários e  ficções, nacionais ou estrangeiros, longas ou curtas – mas sempre sobre futebol! Eu começo!
Documentário nacional: “João”, doc de André Iki Siqueira e Beto Macedo sobre João Saldanha, “o comentarista que o Brasil consagrou”, que nunca escondeu que era comunista, mas mesmo assim foi escolhido pela CBD técnico da Seleção Brasileira durante a ditadura. Classificou o Brasil para a Copa de 70, mas foi trocado por Zagallo antes do Mundial. Vi “Joao” na sessão de abertura do CineFoot e achei espetacular. Informativo, divertido e muito bem editado.

Já saiu em DVD o filme sobre a 1ª Copa do Mundo que a Seleção conquistou
"1958 - O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil"

Também gostaria de citar nessa categoria de documentários nacionais “1958 – O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil”, filme de José Carlos Asbeg sobre a a nossa primeira taça do mundo. Passa neste sábado, 10 de julho, véspera da final da Copa do Mundo 2010, na sessão É tudo Verdade do Canal Brasil. “1958…” saiu em DVD e já foi assunto do blog.

  • Ainda gostaria de mencionar a excelente minissérie “Futebol”, de Arthur Fontes e João Moreira Salles, que passou anos atrás no canal GNT, em coprodução com Videofilmes. Em três programas com qualidade de cinema, “Futebol” acompanhava meninos que sonhavam com a bola, as dificuldades de jogadores então em começo de carreira como Lúcio e Iranildo e um dia na vida de um ex-craque, Paulo César Caju, figura. Uma pena que não esteja em circulação em DVD ou na TV, pelo menos não que eu saiba.
  • Mais recentemente, “Um Artilheiro no Meu Coração”, sobre Ademir Menezes.

Documentário internacional: maradona-por-kusturica1Excelente opção poderia ser o “Maradona” de Kusturica, recentemente lançado em DVD pela Europa Filmes. Mas voto em “Comunismo e Futebol” (“Communism and Football”, produção da rede de TV BBC que vi em 2008/2009 no Sportv). Fala de Streltsov, jogador que poderia ser o “Pelé russo”, em 1958, mas foi mandado para campos de trabalho forçado, Grocsis, e do estranho jogo entre Alemanha Ocidental x Alemanha Oriental). E outra produção semelhante da BBC, “Football and Fascism“:”Fascismo e Futebol”, também, exibido tempos atrás pelo Sportv, mostra como Mussolini, Hitler e Franco usavam o esporte.
ano-em-que-meus-pais-poster011Ficção nacional: são excelentes as opções. A minha preferida é “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburger, que se passa na época da Copa de 70. Ditadura, descobertas infantis, futebol tricampeão, de rua, de várzea e de botão são panos de fundo para uma história sobre amizades. Entre um pequeno aprendiz de goleiro (o filme quase se chamou “Vida de Goleiro”) e o homem que o acolhe, a vizinha espevitada, o jovem que foge da polícia. Quase que o equivalente ao oscarizado “O Segredo dos Seus Olhos” no cinema brasileiro. Atuações nota 10.
Outro filme em que o elenco dá banho de bola é “Linha de Passe”, de Walter Salles Jr e Daniella Thomas. Uma mãe batalhadora, corintiana praticante, vai junto com a Fiel e tudo, e as peripécias de seus quatro filhos por São Paulo. Por outro lado, tem algo de linguagem de documentário e cenas de futebol espetacularmente filmadas. Um jogo real, um clássico Majestoso: São Paulo 0x1 Corinthians. Campeonato Brasileiro de 2008.

Também gosto muito dos dois “Boleiros”, de Ugo Giorgetti. Especialmente o primeiro, com o subtítulo “Era uma vez o Futebol“.

"Eric", o carteiro, com Eric, o Cantona. www.californiafilmes.com.br
"Eric" e Eric. http://www.californiafilmes.com.br

Ficção internacional: agora não tem para ninguém. Ken Loach e Eric Cantona, o bad boy do futebol francês e do Manchester United, na cabeça. O engraçadíssimo “À Procura de Eric” abriu a Mostra de Cinema de São Paulo em 2009 – e não é que o Cantona não se sai mal, no papel dele mesmo? Uma pena que não ficou muito tempo em cartaz. Também é muito interessante e bem feito “O Milagre de Berna”, que reconta a final da Copa de 1954.

Curta-metragem nacional/ficção: “Barbosa”, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado, baseado no livro Anatomia de uma Derrota, de Paulo Perdigão. O personagem de Antônio Fagundes volta na tempo até o Maracanazo da Copa de 50. Veja ou reveja Barbosa no site Porta Curtas.
Curta-metragem nacional/documentário: atualmente o meu favorito é o curta “Juventus Rumo a Tóquio”. Guardo ainda na memória a emoção da primeira sessão, numa sala de cinema que parecia quase a rua Javari.

Nos próximos dias, os favoritos dos convidados do blog… Continuar lendo “Meus filmes favoritos sobre futebol”

Sábado à noite no cinema. No CineFoot.

Félix "Papel", apelido lembrado no cartaz ali atrás, recebe a placa do jornalista Paulo Guilherme. FOTO Manu Justo/CineFoot
Félix, o goleiro do tri, e a taça CineFoot, que será entregue ao melhor filme. FOTO Manu Justo/CineFoot

Momento “coluna social” do Fut Pop Clube.
O goleiro da seleção tricampeão no México, em 70, Félix, é o boleiro homenageado da 1ª edição do CineFoot, Festival de Cinema de Futebol, que vai até amanhã, no Rio – depois, a mostra embarca para São Paulo (Museu do Futebol, 4 de junho). No sábado, antes da sessão dos filmes “Um Artilheiro no Meu Coração” e “Telê Santana: Meio Século de Futebol-Arte“, Félix recebeu a homenagem “Gol de Placa” da organização do festival, das mãos do jornalista Paulo Guilherme, autor do livro “Goleiros: Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1” (e também de “Os 11 Maiores Laterais do Futebol Brasileiro“). Figuraça, o Félix. Ele brincou com o gol que tomou do Uruguai, mas lembrou de uma grande defesa em seguida nesse jogo, e de outra defesaça, contra a Inglaterra. Quem também receberá uma placa do CineFoot é o cineasta Maurice Capovilla, diretor de “Subterrâneos do Futebol”, cartaz de uma sessão especial nesta terça-feira, último dia do festival no Rio, às 19h, no Unibanco Arteplex. Bacana!

Parte da Embaixada São-Paulina no Rio compareceu – uniformizada e tudo – à sessão, no cine Unibanco Arteplex, em Botafogo, para prestigiar o documentário de Ana Carla Portella e Danielle Rosa sobre Telê Santana. Dona Ivonete, viúva do grande técnico da Seleção de 82 e 86, e Renê Santana, o filho que chegou a ser treinador, também estavam na sala. Assim como a viúva de Ademir Marques de Menezes, o personagem do doc “Um Artilheiro no Meu Coração (leia mais detalhes sobre a sessão).

São-Paulinos no Rio. FOTO: Manu Justo/CineFoot
E isto é uma sala de cinema! FOTO Manu Justo/CineFoot

P.S. ATUALIZANDO EM 2 DE JUNHO: E um filme que fala muito aos gremistas, “Inacreditável: A Batalha dos Aflitos”, de Beto Souza, levantou a 1ª Taça CineFoot, no voto do público, categoria longa.

Na categoria curta-metragem, a taça ficou com “Mauro Shampoo: Jogador, Cabeleireiro e Homem”, de Leonardo Cunha Lima e Paulo Henrique Fontenelle.

Mestre Telê. Ademir Menezes. E o 13/10/1977. No cinema.

Sábado de rodada dupla no campeonato, digo, Festival de Cinema de Futebol, o CineFoot (afinal, vale taça pros melhores filmes!), no Rio. Na preliminar, a partir de 18h30, sessão de autógrafos do livro “Goleiros – Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1”, do jornalista Paulo Guilherme. A partir de 19h, os curtas “Loucos de Futebol”, centrado na torcida do Fortaleza, e a animação “O Artilheiro”; mais o filme “23 Anos em 7 Segundos: o Fim do Jejum Corinthiano”, sobre a conquista do Paulistão de 1977 (o alvinegro de Parque São Jorge não ganhava o estadual desde 1954). Ninguém dormiu direito em São Paulo naquela noite de 13 de outubro, depois do gol de Basílio…
No jogo de fundo, digo, na sessão das 21h, o CineFoot faz uma homenagem a Félix, goleiro do tri no México. Em seguida, passa os filmes “Um Artilheiro no Meu Coração” (sobre o goleador Ademir “Queixada” Marques de Menezes, ídolo de Sport, Vasco, Flu e Seleção) e “Telê Santana, Meio Século de Futebol-Arte”!

O documentário sobre o Mestre Telê foi dirigido pelas jornalistas Ana Carla Portella e Danielle Rosa. Elas ouviram um time de craques como Raí, Zico, Marcelinho Carioca, Renato Gaúcho, Sócrates, Zetti, Muller, Palhinha, Ricardo Rocha, Leonardo, Careca, outros treinadores, jornalistas e até músicos (os são-paulinos Nando Reis e Dinho Ouro Preto). No site oficial de “Telê Santana: Meio Século de Futebol-Arte“, dá para ver trailers do doc.

No Rio, o CineFoot rola no Unibanco Arteplex, em Botafogo. Grátis, mas é bom chegar com antecedência para garantir senha. Confira a programação completa no site do CineFoot. Abaixo, publico novamente meu texto sobre “Um Artilheiro no Meu Coração”, emocionante doc a respeito de Ademir Menezes, goleador de Sport, Vasco, Flu e Seleção nos anos 40 e 50.

Poster do documentário sobre Ademir Menezes

“Deem-me Ademir que eu lhes darei o campeonato”. A frase é do treinador Gentil Cardoso, que ao acertar com o Fluminense, pediu a contratação de Ademir Marques de Menezes (1922-1996), o Ademir Menezes, ou simplesmente Ademir, o “Queixada”, jogador do Vasco, o Expresso da Vitória nos anos 40. A frase de Gentil Cardoso é propositalmente repetida no documentário Um Artilheiro no Meu Coração, de Diego Trajano, Lucas Fitipaldi e Mellyna Reis. É um curta-metragem sobre Ademir Menezes, artilheiro isolado da Copa de 50, com 9 gols (num Mundial só, recorde não superado nem por Jairzinho ou Ronaldo). Voltando à frase de Gentil Cardoso sobre Ademir, contada no filme pelo comentarista Luiz Mendes: o ponta de lança (termo criado pelo mesmo Luiz Mendes) foi contratado, sim, pelo Fluminense. A peso de ouro. E sagrou-se campeão carioca em 1946 (um “supercampeonato” contra Fla, Bota e Mecão). Aliás, Ademir, foi campeão por onde passou. Tri pernambucano pelo Sport. Pela seleção carioca, 3 vezes brasileiro de seleções. 3 vezes campeão carioca , campeão sul-americano de clubes em 1948 pelo Vasco, para onde retornou depois da vitoriosa passagem pelo tricolor das Laranjeiras. Ademir também foi campeão pela Seleção Brasileira: em 49, Sul-Americano; em 52, Pan-Americano (há uma foto, do arquivo do jornal Última Hora/Folha Imagem, que mostra Ademir e Getúlio Vargas, com a taça desse Pan de 1952 – vi no jornal Valor, caderno Eu&, 15/01/2010). Só não foi campeão do mundo. E o rótulo de vice em 1950 magoava o artilheiro, como mostra o documentário.Um Artilheiro no Meu Coração fala ainda do clube de bairro que revelou Ademir Menezes para o Sport Recife: o Centro Esportivo de Pina. Traz depoimentos de jornalistas pernambucanos, cariocas, Evaristo Macedo, Roberto Dinamite…

O trio de diretores festeja o prêmio Cristina Tavares

Uma linda crônica de Armando Nogueira, publicada em O Globo, em 1987, emprestou o nome ao documentário, vencedor do prêmio Cristina Tavares na categoria documentário, em 2008, e do prêmio especial do Júri Oficial do Cine PE, em 2009, na categoria vídeo digital. O documentário – que nesta primeira versão tem 24 minutos – inclui entrevistas em dias de jogo na Ilha do Retiro e São Januário. E a conclusão lamentável: hoje em dia, o nome de Ademir Menezes (ou seu apelido Queixada) não é conhecido por torcedores de Vasco e Sport – pelo menos entre os entrevistados que aparecem no vídeo. Ficou interessado no documentário Um Artilheiro no Meu Coração? Os interessados podem escrever para um dos diretores, Diego Trajano. E-mail: dtrajano@hotmail.com
Galeria de fotos no Flickr.

Livro: “Os 11 Maiores Goleiros do Futebol Brasileiro”

Publicado em 18 de março de 2010
Dizem que onde eles jogam não nasce nem grama. Sim, eles jogam com a camisa 1. Um deles foi inscrito com a 3 na Copa do Mundo de 1958. Outro, que costuma ser comparado a santo, atua com a 12, que o consagrou. E um contemporâneo desse santo goleiro, de tanto fazer gols na linha de frente, adotou o número 01 nas costas. Sim, vem aí Os 11 Maiores Goleiros do Futebol Brasileiro. Texto de Luís Augusto Símon, o Menon, repórter da Revista ESPN  que já lançouTricolor Celeste e Nascido para Vencer!. Menon convocou Barbosa, Castilho, Gylmar, Raul, Leão, Taffarel, Zetti, Rogério Ceni, Marcos, Júlio César e Dida. Muito boas as escolhas. Continuar lendo “Livro: “Os 11 Maiores Goleiros do Futebol Brasileiro””

Clássico imaginário:Brasil´94 x Argentina´86

Nesta terça-feira, os jornalistas Milton Leite e Mauro Beting lançam livros sobre as melhores seleções de todos os tempos. Milton Leite pesquisou os escretes brasileiros. Mauro Beting estudou as seleções gringas. Os dois livros, da editora Contexto, terão noite de autógrafos a partir das 18h30, na Saraiva do Eldorado, em SP. Vamos a mais um desafio virtual, entre uma seleção do novo livro de Beting e outra, do volume de Milton Leite. Quem ganharia? O Brasil tetra de 94 ou a Argentina bi de 1986? Os dois experts imaginam…

Milton Leite: Argentina 2×1 Brasil
“Romário e Maradona no auge.

Os dois carregaram seleções que nem eram tão brilhantes. Acho que daria Argentina, 2 a 1.”
Mauro Beting: 0x0 e Brasil vence nos pênaltis
“0 x 0 no tempo normal, com ligeiro predomínio brasileiro, 0 x 0 na prorrogação, com a Argentina mandando bola na trave com Valdano, e um jogo muito amarrado e chato. Nos pênaltis, Romário e Dunga perderam seus chutes. Valdano, Burruchaga e Maradona também. 3 x 2 Brasil. Taffarel catou os três. O gol do título foi de Bebeto. Duas equipes muito boas taticamente, mas que poderiam ser melhores. Maradona fez uma boa partida,mas abaixo do muito que sabia.”

Tabelinha MemoFut-Museu do Futebol

Tive a oportunidade de acompanhar a segunda palestra da série Brasil nas Copas, sobre os Mundiais de 50, 54, Complexo de Vira-Lata e, especialmente, o Maracanazzo. Um dos palestrantes, o jornalista Roberto Muylaert, foi um dos 200 mil torcedores que superlotaram o Maracanã naquele 16 de julho de 1950. O outro, o jornalista Geneton Moraes Neto, coletou depoimentos dos titulares da Seleção que disputou o IV Campeonato Mundial de Futebol.

Dossiê 50-Os Onze Jogadores Revelam os Segredos da Maior Tragédia do Futebol Brasileiro é o livro de Geneton (esgotado no site da editora Objetiva; com sorte e ajuda de são google pode ser encontrado em sebos virtuais). Geneton relatou histórias engraçadas, curiosas e tristes, a partir dos depoimentos dos 11 que perderam a partida para o Uruguai. Como Friaça, que fez o gol brasileiro na 1ª final de uma copa disputada no Maraca e, depois da virada da Celeste Olímpica, foi parar não sabe como em Porciúncula.

O último livro de Roberto Muylaert sobre o tema chama-se Barbosa, Um Gol Faz Cinquenta Anos (RMC Editora, 2000). Foi o jornalista quem ouviu do goleiro Barbosa que ganhou as traves usadas no Maracanã na final de 50 e usou para fazer um churrasco. Muylaert também escreveu, com Armando Nogueira e Jô Soares, A Copa que Ninguéu Viu e a Que Não Queremos Lembrar (Companhia das Letras). Muylaert pediu para rodar um áudio raro: o som do Maracanão lotado cantando o hino nacional, antes da fatídica partida (da rádio Nacional). Foram lembrados o livro de Paulo Perdigão (Anatomia de uma Derrota) e o filme em curta-metragem Barbosa – em que um torcedor tão obcecado com a derrota volta no tempo a 16 de julho de 1950, com câmera VHS e tudo, invade o gramado do Maracanã, para tentar impedir o gol de Gigghia, que deu a vitória e Taça do Mundo ao Uruguai, do capitão Obdulio Varela. Acaba desviando a atenção de Barbosa e… Continuar lendo “Tabelinha MemoFut-Museu do Futebol”

Renner: “Uma vez Para Sempre”

Mais uma dica do colecionador Domingos D´Angelo, do MemoFut, grupo que discute a memória e literatura do futebol. Saiu  “Uma Vez para Sempre”, novo livro de Francisco Michielin, sobre o extinto Grêmio Esportivo Renner, campeão gaúcho em 1954. O time de Porto Alegre revelou o goleiro Valdir Joaquim de Moraes (mais tarde, da Academia do Palmeiras, grande treinador de goleiros), Ênio Andrade (meio-campo e depois grande treinador) e Breno Mello (artilheiro, participou até de filme). Depois da taça do Renner, em 54, apenas a dupla Ca-Ju andou tirando o Gauchão da hegemonia colorada e tricolor (o Juventude em 98 e o Caxias em 2000). Fut Pop Clube tem imenso interesse e respeito pela história dos clubes extintos ou que fecharam o departamento de futebol. Parabéns ao autor, Michielin, médico e escritor apaixonado por futebol. E obrigado ao pessoal do MemoFut pela dica.

P.S. – Existe um documentário sobre o Renner, “Papão de 54”, filmado pela Estação Elétrica. Dá para ver o trailer no You Tube. Lembro-me também que o Renner e seus ídolos apareceram numa série de reportagens do Tino Marcos para o Globo Esporte, em 2007: “Órfãos da Arquibancada”.

Vida de Goleiro

ano-em-que-meus-pais-poster011O Ano em que Meus País Saíram de Férias faturou os prêmios de melhor filme pelo júri popular na Mostra e no Festival do Rio, em 2006.  Para mim, é um dos mais emocionantes filmes brasileiros recentes. E certamente uma das duas melhores ficções nacionais que abordam futebol, ao lado do primeiro Boleiros, do Giorgetti. O Ano em que Meus Pais quase se chamou Vida de Goleiro.
É que o menino Mauro (Michel Joelsas) jogava de goleiro nas peladas no Bom Retiro, bairro de judeus, italianos e outras comunidades em São Paulo, onde ele é deixado pelos pais, no período mais duro dos anos de chumbo. O ano é 1970. Tempos de Copa do Mundo no México, “Pra Frente Brasil”, “ame-o ou deixe-o”. Seleção = pátria em chuteiras. E que seleção foi aquela!  Vida de Goleiro, ou melhor, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias é altamente recomendado pra quem gosta e pra quem odeia futebol. Destaque para a direção do elenco infanto-juvenil e de Germano Haiut como Shlomo. Continuar lendo “Vida de Goleiro”

O camisa 01 volta a treinar

O capitão do São Paulo, Rogério Ceni, já faz corridinhas em volta do gramado, no centro de treinamento do tricolor.

Foto Divulgação/VIPCOMM (26/06/09)
Foto Divulgação/VIPCOMM (26/06/09)

O goleiro-artilheiro fraturou o tornozelo esquerdo em 13 de abril, foi operado em seguida e o tempo de recuperação é estimado em três, quatro meses. Ou seja, ainda falta pelo menos um mês para a volta do capitão tricolor. Por falar em Rogério, o SPFCpedia (excelente blog de curiosidades tricolores feito pelo Michael Serra) publicou uma lista de pênaltis defendidos por Rogério Ceni. Incompleta, salienta o Michael. A relação considera bola rolando e disputas de pênaltis. O SPFCpedia lista pelo menos 33 defesas, desde uma partida contra o Tenerife pelo torneio de Santiago de Compostela, na Espanha – uma das primeiras de Rogério no time de cima do São Paulo (o titular era Zetti). Continuar lendo “O camisa 01 volta a treinar”

Ídolos imortais do Flu

Marcos Carneiro de Mendonça, Castilho, Félix – goleiros. Pinheiro, zagueiro. Romeu e Telê Santana, pontas. Orlando Pingo de Ouro, Valdo e Assis, atacantes. E o meia Rivellino! 10 mais do FluEsses são os eleitos por jornalistas para o livro Os Dez Mais do Fluminense, escrito por Roberto Sander. Mais um da coleção Ídolos Imortais, da Maquinária Editora. Saiba mais sobre alguns desses ídolos tricolores e outros também no site oficial do Flu. Leia sobre outros títulos da coleção: https://futpopclube.wordpress.com/?s=%C3%8Ddolos+Imortais