
Está certo que partidas entre a maioria das seleções – ainda mais de países amigos – não têm assim aquela rivalidade de jogos entre clubes. É um clima mais “ecumênico”, o futebol pelo futebol, sem revanchismos. No caminho do local da goleada argentina sobre a Vino Tinto, peguei um ônibus que misturava venezuelanos e argentinos, daqueles tipos que capricham na produção e são mostrados pelas câmeras de TV. Um hincha argentino estava de gaúcho, com camisa 10 em homenagem a Gardel e uma réplica da Copa do Mundo na mão. Outro levava uma perna de pau do Independiente. Perdão, conterrâneos de Hugo Chávez, a seleção é fraquinha. Mas esta camisa grená certamente seria uma das mais bonitas da Copa do Mundo. Dentro do estádio, apenas uma pequena parte reservada aos visitantes. Mas havia venezuelanos de camisa e tudo no setor que fiquei, no meio do estádio. Na boa. Na paz.
O estádio Antonio Vespucio Liberti, mais conhecido como Monumental de Nuñez fica bem longe da região dos hotéis portenhos. Mas dá para ir de metrô e/ou ônibus até o bairro onde fica o River Plate, cheio de casas muito bonitas. Falaram-me da linha 29 de busão. Mas no hotel me aconselharam a pegar a linha B do metrô de Buenos Aires (subte) até a estação N.Alem, perto do ginásio Luna Park. De lá, o ônibus da línea 130, que parou perto do estádio, numa zona já isolada pela Polícia Federal da Argentina para a peleja. O metrô é muito barato lá: 1 peso e 10 centavos, isso dá um pouco menos de um real. O bus é cobrado de acordo com o percurso que o passageiro faz. De Alem a Nuñez, custa 1 peso e 25 centavos. Leve moedas!

O estádio do River, principal palco do polêmico Mundial de 1978, ainda me parece bem adequado para receber jogos de Copa do Mundo, como já são na verdade as partidas das Eliminatórias. Dividido em muitos setores, com vários portões de acesso. No final do jogo, foi fácil sair do estádio. Só achei ruins os alambrados com arame farpado lá em cima, nas arquibancadas populares, dividindo setores onde ficam torcidas organizadas. Tem pista de atletismo em volta do campo, ao contrário da atual tendência de estádios de futebol em formato de arena, mas as arquibancadas começam logo depois da pista, dá pra ver bem o jogo e a acústica é legal. Certamente, diferente da atmosfera que deve cercar um jogo na Bombonera, mas isso é assunto para outro post – e outra viagem.
Para quem quiser se arriscar a conhecer a Bombonera em dia de Boca x River, o próximo superclássico – válido pelo Clausura 2009 – será em 19 de abril…
Sei que existem agências de viagem que trabalham com idas a jogos. Lá no hotel onde fiquei, me falaram de uma agência -o preço para ver o jogo da Argentina era de 300 pesos, incluindo ingresso e traslado. Acredito que um superclássico deve custar por aí também.
Se eu tive-se emprego e dinhero ,eu iria mais por enquanto fico só acompanhando pela sportv .