Roberto Perfumo, ‘El Mariscal’ (1942-2016)

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Cruzeiro, Racing Club, seleção argentina e River Plate manifestaram luto pela morte do seu ex-zagueiro Roberto Perfumo – os millonarios jogaram com tarja preta na manga da camisa no empate (1-1) contra o São Paulo, no Monumental de Nuñez. O Mariscal morreu hoje, aos 73, depois de cair de uma escada, num restaurante de Puerto Madero!

Quando chegou ao Cruzeiro, em 1971, Perfumo já tinha sido campeão de tudo pelo Racing, como lembrou o jornalista Mauro Cezar. Campeão argentino (1966), da Libertadores 67 e do primeiro mundial do futebol argentino. É o terceiro da esquerda pra direita entre os da Academia campeã do mundo na foto abaixo.

Os campeões mundiais de 1967 IMAGEM Página do Racing Club no Facebook

Na Raposa, jogou ao lado de gente como Raul, Nelinho, Procópio, Wilson Piazza, Darci Menezes, Zé Carlos, Eduardo, Roberto Batata, Dirceu Lopes, Palhinha, Joãozinho. Foi tricampeão mineiro (72, 73 e 74). Antes de pendurar as chuteiras, em 1978, Perfumo também foi tri pelo River (Metropolitano 1975, Nacional 75 e Metropolitano 77). Vestiu a camisa albiceleste da Argentina 37 vezes, atuando em duas Copas del Mundo (1966 e 1974). Nas finais da Libertadores de 1976, contra seu ex-time (Cruzeiro 4×1, 1×2 e 3×2 River), o zagueiro argentino usou de toda a sua malícia pra tirar o furacão Jairzinho do 3º e decisivo jogo. Perfumo já não ia jogar mesmo em Santiago, por causa de uma lesão. Na malandragem, provocou o furacão da Copa de 70 e conseguiu a expulsão do cruzeirense. Mas no fim das 3 partidas aquele Cruzeiro espetacular levou a melhor…
O marechal também foi técnico e comentarista. O arquirrival do Racing, o Independiente, também rendeu homenagem ao Mariscal Perfumo. Continuar lendo “Roberto Perfumo, ‘El Mariscal’ (1942-2016)”

Catedrais da bola: Monumental de Nuñez

http://www.cariverplate.com.ar/estadio-monumental/
http://www.cariverplate.com.ar/estadio-monumental/

O estádio Antonio Vespucio Liberti, o Monumental de Nuñez, foi inaugurado em 26 de maio de 1938 (La Máquina, como era chamado o River de Bernabé Ferreyra, Moreno e Pedernera, bateu o Peñarol por 3×1). Nos 70, chegou a receber perto de 100 mil.  Hoje comporta 61.321  torcedores. A cancha do River também é a casa preferida da Seleção Argentina. Foi o principal palco da estranha Copa do Mundo de 1978 – com o tempo aprendi que aquele Mundial não foi vencido apenas por ídolos (meus, inclusive) como o 10 Kempes, o goleiro Fillol e o técnico Menotti; mas também pelo ditador Jorge Videla. No Mundial 78, o Monumental recebeu nove jogos, incluindo a abertura, a decisão do 3º lugar (Brasil 2×1 Itália, golaço de Nelinho) e a grande final, em que a dona da casa derrotou a Holanda na prorrogação.

Em 2013, o River Plate teve média de 49.400 por jogo – segundo a Pluri Consultoria, a maior das Américas e 14ª do mundo. 73% de ocupação do Monumental.

É um dos orgulhos dos Millonarios, apelido mais família dos hinchas do River.

O Museo River, ao lado do estádio (confira aqui o giro do blog por lá)– também bate palmas para os concertos de rock no Monumental. A imensa torcida do rock and roll e da música pop em geral na Argentina pode curtir Paul Mc Cartney (1993 e 2010), Bruce Springsteen (1989), Michael Jackson (1993), Madonna (1993, 2008 e 2012), Kiss (2012), Rolling Stones (1995, 1998 e 2006), ACDC_RIVERPLATE_COVERAC/DC (1996 e 2009 – tem até CD, DVD/Blu-Ray, “Live at River Plate”), Bob Dylan (1988), David Bowie (1990), Eric Clapton (1990, 2001 e 2011), Shakira  (2003), Guns´N Roses (1992, 1993 e 2011), Ramones (1996), The Police (2007 – outro show lançado em CD e DVD), U2  (1998 e 2006 – este passou no cinema, como U2 3D), Red Hot Chili Peppers (2002 e 2011), Metallica (1999 e 2010), Oasis (2009)  Coldplay (2010), Iron Maiden (2013), Roger Waters (9 shows da turnê “The Wall Live”, em 2012, para um total de 360 mil espectadores. Mas o recorde de público pertence à saudosa banda argentina Soda Stereo – os 6 shows da turnê “Me Verás Volver”, em 2007, reuniram 390 mil fãs. Essa turnê que reuniu o trio (popularíssimo na Argentina) foi gravada e lançada em 2 CDs e DVD (aqui cabe uma nota triste: o vocal e guitarrista soda stereo Gustavo Cerati morreu em setembro de 2014, depois de anos em coma).

Em 2009, o blog acompanhou o primeiro jogo no Monumental de Maradona como técnico da seleção argentina. Um 4×0 contra a Venezuela. Com Messi e Carlitos Tevez em campo.JR LIMA JUNHO - 00002

O Monumental de Nuñez, bela
O Monumental de Nuñez, bela “cancha” do River Plate

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Nova camiseta alternativa do River Plate

Os fabricantes gostam de inovar, pra vender mais… ficou diferente… e pelos comentários nas redes sociais, alguns torcedores do River Plater torceram o nariz, mas a maioria parece ter curtido o novo uniforme alternativo do clube da “banda roja”.

Confira o Tweet de @CARPoficial: https://twitter.com/CARPoficial/status/532367237764890625?s=09

Confira os detalhes. Continuar lendo “Nova camiseta alternativa do River Plate”

River 2014-15

River Plate e Boca Juniors encomendaram camisetas especiais, com menção ao #SuperClásico de outubro de 2014, no Monumental de Nuñez.10514604_558088831004542_8543033850314411921_n
Aliás, há algumas semanas a fornecedora de uniformes do River,a Adidas, lançou a camiseta para este segundo semestre, que faz uma homenagem ao time dos #millonários que ganhou sua segunda Libertadores, em 1996, com três listras nas mangas.

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112 anos de River Plate. 75 do Monumental de Nuñez.

http://www.cariverplate.com.ar/estadio-monumental/
http://www.cariverplate.com.ar/estadio-monumental/

O Club Atlético River Plate comemora neste 25 de maio de 2013 o 112º aniversário de fundação do clube (no bairro La Boca, perto de onde hoje é a cancha do maior rival) e os 75 anos do estádio Antonio Vespucio Liberti, o Monumental de Nuñez.

Se bem que a primeira partida foi em 26 de maio de 1938. O Club Atlético River Plate – com peças do time conhecido como La Máquina: Bernabé Ferreyra, Moreno e Pedernera– derrotou o Peñarol por 3 a 1. Hoje, o Monumental comporta 61.321 hinchas.

FOTO Prensa River
FOTO Prensa River

Ao lado do estádio, fica o sensacional Museo River, que neste sábado exibe uma coleção de 80 camisas históricas. Curioso é que para comemorar os dois aniversários, o clube da faixa vermelha entra em campo amanhã contra o Atlético de Rafaela com uma camisa especial, escura. Parece bonita. Mas mexe com a história. E como sempre, isso divide opiniões dos torcedores.

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https://www.facebook.com/riverplateoficial

Mas se a estratégia é chamar atenção, mesmo que contrarie muita gente, certamente terá êxito. Gosto mais da camiseta toda vermelha.

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https://www.facebook.com/riverplateoficial

Argentina x Espanha

Os campeões do mundo vão jogar aqui “pertinho”. A Espanha visita a Argentina em 7 de setembro, no Monumental de Nuñez, cancha do River Plate. “Histórico partido”, anuncia o site oficial da federação argentina. Pensei que Vicente Del Bosque pouparia craques da viagem. Qual o quê? Na quinta-feira, o bonachão treinador chamou 20 dos 23 jogadores da Espanha campeã na África do Sul 2010, como Casillas, Sérgio Ramos, Puyol, Piqué, Capdevilla, Busquets, Xabi Alonso, Xavi, Iniesta, Pedro, Villa, Fernando Torres, Fábregas … (lista completa no Marca). Quem não deve gostar nada são os clubes. A ver quem ele escalará em Buenos Aires, já que 4 dias antes do amistoso há uma partida pelas eliminatórias da Eurocopa 2012 – ok, é contra Liechtenstein – quando La Roja tentará o bi.

A Argentina convocou feras como D´Alessandro, campeão da Libertadores, Javier Zanetti, Cambiasso (3 que não foram levados por Maradona ao Mundial), Mascherano, Di María, Higuaín, Tévez, Aguero, Messi e Milito (aqui, a lista completa da seleção albiceleste convocada pelo técnico Sérgio Batista). 7 de setembro, Argentina x Espanha, em Buenos Aires… Será que ainda dá para se programar?

Linha 130, rumo ao Monumental de Nuñez

Torcedores argentinos e venezuelanos chegaram ao estádio no mesmo ônibus
Torcedores argentinos e venezuelanos chegaram ao estádio no mesmo ônibus

Está certo que partidas entre a maioria das seleções – ainda mais de países amigos – não têm assim aquela rivalidade de jogos entre clubes. É um clima mais “ecumênico”, o futebol pelo futebol, sem revanchismos. No caminho do local da goleada argentina sobre a Vino Tinto, peguei um ônibus que misturava venezuelanos e argentinos, daqueles tipos que capricham na produção e são mostrados pelas câmeras de TV. Um hincha argentino estava  de gaúcho, com camisa 10 em homenagem a Gardel e uma réplica da Copa do Mundo na mão. Outro levava uma perna de pau do Independiente. Perdão, conterrâneos de Hugo Chávez, a seleção é fraquinha. Mas esta camisa grená certamente seria uma das mais bonitas da Copa do Mundo. Dentro do estádio, apenas uma pequena parte reservada aos visitantes. Mas havia venezuelanos de camisa e tudo no setor que fiquei, no meio do estádio. Na boa. Na paz. Continuar lendo “Linha 130, rumo ao Monumental de Nuñez”

Messi Monumental. Argentina 4×0 Venezuela.

Momentos antes da estreia de Maradona: note a aglomeração de fotógrafos no banco da Argentina, à direita.
Momentos antes da estreia de Maradona: note a aglomeração de fotógrafos no banco da Argentina, à direita.

Peço licença para parafrasear o bom título que os dois principais jornais argentinos usaram na cobertura antes do jogo de estreia de Maradona como treinador da seleção alviceleste em Eliminatórias e também jogando em casa. “Maradona monumental”, cravaram o Clarín e o La Nación, na edição impressa de sábado, relembrando grandes momentos de don Diego na “cancha” do River Plate. Que ficou lotada nesta noite de sábado para ver Argentina x Venezuela. Os argentinos saudaram a entrada do treinador que é um ídolo maior que os atuais jogadores ao coro de “olê olê olê, Diego, Diego”. De emocionar a paixão que o povo argentino tem por El Diez. Maradona armou sua equipe num superofensivo 3-4-3. E olha que o Zanetti não joga na defesa faz tempo, que eu saiba. E foi numa jogada individual do jogador da Inter de Milão que Messi abriu o placar. Restante do primeiro tempo: faltou troca de posições entre os 3 atacantes. Os dois delanteros venezuelanos levaram perigo à defesa argentina, que pode ficar exposta demais contra um adversário mais forte. O segundo tempo foi um passeio. Continuar lendo “Messi Monumental. Argentina 4×0 Venezuela.”