Um a zero para as meninas (do Choro das 3)

chorodas3pq1Imagine passar apressado na hora do almoço pela Estação Sé, a mais central do Metrô de São Paulo, e se deparar com um sensacional show de chorinho? É o que acontece nesta segunda, 2 de março, ao meio dia. E o show é do grupo Choro das 3, formado pelas irmãs Corina (flauta), Lia (violão 7 cordas) e Elisa (a caçula, no bandolim, banjo e clarinete), mais o paizão, Eduardo, no pandeiro, e sempre um músico amigo, no cavaco. Na terça-feira, 3 de março, outro show, às 19h, no Sesc-Paulista. No domingo, 8/3, é a vez do Shopping Esplanada, em Sorocaba, às 19h30.

Foi com muito orgulho que anos atrás o quadro Dia de Banda apresentou uma reportagem da Rosangela Santos com as meninas do chorinho, no jornal Hoje, então sob a direção da Marilei Zanini e Guta Nascimento. Special thanks para a Regina Alves, que produziu, e o Cristiano Dombrova, que editou o VT comigo. Em 2008, a Som Livre lançou o primeiro CD oficial do Choro das 3, Meu Brasil Brasileiro, capinha aí em cima, com inéditas escritas pelas meninas e ótimas versões para clássicos do choro como Brejeiro, Odeon, Carinhoso, Tico-Tico no Fubá e Um a Zero, composta por Pixinguinha e Benedito Lacerda em homenagem à Seleção Brasileira que venceu o Uruguai e conquistou o Sul-Americano de 1919, nas Laranjeiras. Um a zero para as meninas do Choro das 3.

O último show do Nirvana

Cris e Dave em show do Nirvana no Brasil. Arquivo do fanzine HEADLINE.
Krist e Dave em show do Nirvana no Brasil. Arquivo do fanzine HEADLINE.

Munique, 1º de março de 1994.  Quatro meses depois do excelente MTV Unplugged, o grupo mais influente dos anos 90 fez seu último show, num lugar chamado Terminal 1. Caramba, lá se vão 15 anos já.  O site Nirvana Live Guide fornece  o set list (que termina com Heart -Shaped Box) e  informa que Kurt Cobain perdia a voz(normalmente já rouca) durante o show, por causa da bronquite. Em abril de 94, o líder do Nirvana seria encontrado morto. No começo de 2009, cansei de falar aqui no blog de discos de estreia. E não via a hora de arrumar uma deixa para falar do segundo disco do trio de Aberdeen, Washington. O maior sucesso do Nirvana, um disco que superou qualquer expectativa da gravadora DGC (Geffen), que contratou o grupo do selo SubPop, de Seattle. Nevermind tem um clássico atrás do outro. Foram quatro singles, com clips muito interessantes: Smells Like Teen Spirit, Come As You Are, Lithium e In Bloom. Mas olha, num cenário mais alternativo, no mínimo a balada Polly, os hardcores Territorial Pissings e Stay Away e a delicada Something in the Way poderiam ser compactos de sucesso perfeitamente. Pra mim é um discão. Curioso é que o próprio Kurt Cobain não curtia muito a produção sonora de Nevermind. Chegou a comparar com a produção do Motley Crue. OK, pode ser um punk rock com banho de loja, mas é muito bom, com todas as suas distorções e berros combinados com melodias. A música pop perfeita para mim. Fórmula que o batera Dave Grohl – guardadas as proporções – levou para o Foo Fighters, onde é cantor e guitarrista. Continuar lendo “O último show do Nirvana”