“Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.

“Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.

8 de novembro de 2018

A história do São Paulo virou filme: “Onde a Moeda Cai em Pé”. Estreia nesta quinta, 8 de novembro, na rede Cinemark. No roteiro, os grandes títulos (no futebol e em outros esportes), a construção do Morumbi, os anos de ‘vacas magras’, os ídolos, os torcedores famosos. Direção de Alexandre Boechat, André Plihal e Pedro Jorge. Produção: Canal Azul (que já fez uma série de documentários sobre feitos de outros grandes clubes paulistas), Tocha Filmes e ESPN.


O título é uma referência a uma expressão dos anos 40. O São Paulo só seria campeão paulista se a moeda caísse em pé. Não acreditaram no Leônidas, né?

De acordo com o site oficial do clube, “Onde a Moeda Cai em Pé” vai passar em 20 cinemas de 19 cidades, sempre às sete da noite. Torcedor, é bom ficar esperto e correr pra bilheteria logo se quiser ver o doc na tela do cinema. Confira as salas que exibem o filme na semana da estreia: Continuar lendo ““Onde a Moeda Cai em Pé – A História do São Paulo Futebol Clube”.”

Livro: “Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal”

IMAGEM 2K13-MAR -00001

Pela revista espanhola Mediapunta (ver post anterior), fiquei sabendo do livro do jornalista colombiano Wilmar Cabrera: Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal (lançado em castelhano pela Editorial Milenio, da Catalunha, em junho 2012). É uma elaborada mistura de ficção e realidade, memória e fatos, bolada pelo jornalista colombiano radicado em Barcelona há 5 anos. E como o nome sugere, o futebol brasileiro é um dos personagens principais, já que a derrota da seleção de Telê Santana para a Itália de Bearzot, Zoff, Gentile e Rossi (três vezes Paolo Rossi…) no Mundial de 1982 está em todo o livro. É o que chamamos aqui de a “tragédia do Sarrià” – para Wilmar Cabrera, guardadas as proporções o “11 de setembro do futebol brasileiro”.  Sarrià é o nome do bairro de classe média alta de Barcelona, que emprestou seu nome para o estádio do RCD Espanyol, entre 1923 e 1997. Em 21 de junho daquele ano, o Espanyol jogou sua última partida no Sarrià, Dá para imaginar a dor dos torcedores blaquiazules ao testemunhar a demolição de seu estádio. Comparável talvez à dor do torcedor brasileiro, depois da derrota para a Squadra Azzurra. Torcer para a Seleção Brasileira nunca mais foi a mesma coisa. O que o brasileiro precisa entender é que a Itália também tinha um timaço – e contava com a preferência – surpresa!- do autor, Wilmar Cabrera, por razões sentimentais. Na Colômbia, ele é torcedor dos Millonarios. No álbum da Copa de 78, escolheu uma seleção com as cores do seu time de coração. Deu Itália. Preferência mantida em 1982. Se o Brasil de Telê jogava por samba – como o “Voa Canarinho” cantado por Júnior -, para Wilmar Cabrera a Itália era uma orquestra de jazz.
Alguma editora tem a manha de lançar Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal no Brasil?
Continuar lendo “Livro: “Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal””

Sarrià, 5 de julho de 1982

Poster do Mundial de 1982

Há 30 anos, o Brasil enfrentou a Itália no estádio Sarrià, que era o campo do RCD Espanyol de Barcelona. A seleção Canarinho treinada pelo mestre Telê Santana poderia empatar, para garantir a vaga na semifinal. Mas acabou voltando para casa. A Itália de Enzo Bearzot não ficou atrás no placar. O bambino Paolo Rossi abriu o marcador aos 5. Sócrates empatou sete minutos depois.  Paolo Rossi desempatou aos 25. No segundo tempo, o Brasil empatou novamente com um golaço de Falcão. O resultado classificaria o Brasil. Mas o camisa 20 da Squadra Azzura marcou seu terceiro gol a 11 minutos do apito final.

A chamada ‘tragédia do Sarrià’ foi retratada numa foto de Reginaldo Manente, que captou o choro de um menino com a camisa amarelinha, nas arquibancadas do estádio do Espanyol. A foto ocupou quase toda a primeira página do Jornal da Tarde, do grupo Estadão, no “day after” – o dia seguinte da tragédia. Uma capa histórica (veja aqui).

Sarriá-82 – O Que Faltou ao Futebol-Arte?” é o nome de um livro lançado esta semana pela Maquinária Editora, em que Gustavo Roman e Renato Zanata Arnos tentam explicar o que aconteceu com o escrete que encantou o mundo. Continuar lendo “Sarrià, 5 de julho de 1982”

Voa Canarinho. Saiu o livro “Sarriá-82 – O que Faltou ao Futebol-Arte?”.

27 de maio de 2012
Waldir Peres (depois Paulo Sérgio), Leandro, Oscar, Luizinho (Edinho) e Júnior; Falcão, Sócrates, Zico e Paulo Isidoro (Toninho Cerezo); Careca (Serginho Chulapa) e Éder (Dirceu). Com esse time, a Seleção Brasileira treinada por Telê Santana goleou o Eire (República da Irlanda) por 7 a 0, há exatos 30 anos, em 27 de maio de 1982, no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Marcaram: Falcão, Sócrates (duas vezes), Serginho (também 2 gols), Luizinho e Zico!
A seleção se despedia do seu povo feliz, diante de 72.733 pagantes, para tentar buscar o tetra. Foi o último amistoso antes do voo do escrete canarinho para disputar a Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Você viu aí o nome do Careca na escalação. Infelizmente, o goleador do Guarani se machucou pouco antes do Mundial. Serginho Chulapa, “o artilheiro indomável”, polêmico dentro e fora do campo, ficou com a 9. O Brasil chegou como favorito, encantou o mundo com seu quadrado mágico formado por Falcão, Cerezo, Sócrates e Zico. Deu show na primeira fase. No grupo com Argentina e Itália que decidia uma vaga na final, venceu bem os hermanos, num jogo em que Maradona perdeu a cabeça: 3×1.  Contra a Itália, poderia empatar,saiu atrás, nunca esteve na frente do placar, e perdeu. 3×2. 5 de julho de 1982. O sonho do tetra foi adiado, logo com a melhor seleção que nosso futebol montou desde o tri no México 70. A falada “tragédia do Sarrià”, nome do estádio do Real Club Deportivo Espanyol de Barcelona na época (foi demolido 15 anos depois; o Espanyol usou por anos o Olímpico de Montjuic e hoje joga num moderno estádio entre Cornellà e El Prat).
A tragédia do Sarrià é o tema do livro de Gustavo Roman, futuro jornalista, colecionador de jogos de futebol (isso mesmo, ele coleciona partidas inteiras em vídeo: 5.350 partidas, de 1950 em diante!) e Renato Zanata Arnos, professor de História, pesquisador do futebol argentino (coautor do blog Futebol Argentino). “Sarriá 82 – O Que Faltou ao Futebol-Arte?”, que está para ser lançado pela Maquinária Editora. O livro já está em fase de revisão e a capa você pode ver abaixo.


Renato Zanata e Gustavo Roman assistiram, analisaram, esmiuçaram 25 dos 38 jogos (29 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas) disputados pela Seleção de Telê, na primeira passagem do mestre pelo escrete canarinho. Mais os vídeos de 21 partidas da Seleção com o antecessor, Cláudio Coutinho. Total: 46 VTs. Alguns vistos e revistos.

Os autores entrevistaram Zico, os laterais Júnior e Leandro,o zagueiro Oscar, os meio-campistas Batista, Paulo Isidoro e Adílio e os jornalistas Mauro Beting, Mário Marra, André Rocha e Ariel Judas (argentino).

Parece leitura obrigatória para todos nós que sonhamos  junto com os “Pachecos” em 1982 e nunca mais choramos por derrotas de nenhuma Seleção Brasileira. Por aquela, valia a pena chorar. Como o garoto da capa (inesquecível foto, histórica primeira página) do “Jornal da Tarde”, de 6 de julho de 1982.


Álbum Oficial Histórico do São Paulo

http://saopaulofc.net/

25 de janeiro de 1930 foi data de fundação do sucessor futebolístico do vermelho e branco Paulistano e da alvinegra AA das Palmeiras, o São Paulo Futebol Clube. Era o chamado São Paulo da Floresta, com as mesmas cores, camisa e escudo do SPFC refundado em 1935, que considera 25 de janeiro sua data-magna (veja no site do tricolor). Depois de amanhã, o São Paulo lança junto com a Panini o seu Álbum Oficial Histórico. Um álbum de figurinhas para contar a história do tricolor paulista. Continuar lendo “Álbum Oficial Histórico do São Paulo”

“O artilheiro indomável – As incríveis histórias de Serginho Chulapa”

Dica do excelente blog “Literatura na Arquibancada”, do jornalista André Ribeiro, autor das emocionantes biografias de Leônidas da Silva e Telê Santana: está saindo um livro sobre o atacante Serginho Chulapa, “o tamanduá-bandeira do futebol brasileiro” [(C)  de copyright: Osmar Santos]

O jornalista Wladimir Miranda escreveu a biografia do centroavante, entitulada “O artilheiro indomável – As incríveis histórias de Serginho Chulapa” (editora Publisher Brasil). A noite de autógrafos é  nesta segunda-feira, 12/12, a partir de 19h, no Artilheiros Bar, em São Paulo. Continuar lendo ““O artilheiro indomável – As incríveis histórias de Serginho Chulapa””

30 anos do Paulistão de 1980… e 4 do Brasileirão 2006

Está no site Calendário Tricolor de hoje, 19 de novembro. Nessa data, em 2006, depois de empatar com Atlético Paranaense no Morumbi, o São Paulo acabou com um jejum de 15 anos sem título do Brasileirão… e partiu pro tri/hexa, tema do filme Soberano-Seis Vezes São Paulo (breve em DVD). E em 1980, o tricolor derrotou duas vezes o Santos por 1×0 e ficou com o título paulista. O timaço campeão contava com Waldir Peres, Getúlio, Oscar, Dario Pereyra, Aírton, Almir, Heriberto e Renato, mais dois excelentes pontas – Paulo César na direita e Zé Sérgio na esquerda – e um polêmico centrovante do tipo rompedor: Serginho Chulapa (às vezes, substituído por Assis). Técnico: Carlos Alberto Silva. Continuar lendo “30 anos do Paulistão de 1980… e 4 do Brasileirão 2006”

“Soberano – Seis Vezes Campeão”

Em 9 de junho de 1991, o São Paulo de Telê Santana conquistou um dos seus títulos mais importantes. O Brasileirão de 91, passaporte para a Libertadores, Mundial de Clubes … Abaixo, o post publicado em 2010, depois da pré-estreia do filme “Soberano -Seis Vezes São Paulo”, que conta a saga do hexa tricolor, já disponível em DVD.

FOTO Rubens Chiri/www.saopaulofc.net

O público do cinema UCI Jardim Sul mais parecia uma torcida, com uniformes e até bandeiras. O hall foi decorado com cartazes gigantes de 6 escretes campeões brasileiros. A pré-estreia da noite contou com a presença de parte do elenco da película. Raí, Sidney, Jorge Wagner, Alex Silva, Rogério Ceni. O músico Nando Reis, que compôs músicas para o filme, também apareceu – todo feliz. Era noite de lançamento de Soberano – Seis Vezes São Paulo, documentário sobre os títulos brasileiros do tricolor (77/86/91/06/07/08) produzido pela G7 Cinema, com direção de Carlos Nader e Maurício Arruda. Estreou em 17 de setembro de 2010, em cinemas de 10 estados. E esta semana ganha mais uma exibição em tela grande na seleção paulista do CineFoot, no Museu do Futebol.

FOTO Rubens Chiri/www.saopaulofc.net

Se os depoimentos de Minelli (treinador tricampeão brasileiro, em 75 e 76 pelo Inter e 77 pelo São Paulo), Muricy (no elenco de Minelli em 77, técnico vitorioso de 2006 a 2008) e de jogadores como Waldir Perez, Dario Pereyra, Careca, Raí, Rogério Ceni e Hernanes trazem histórias curiosas de bastidores, são as entrevistas com torcedores – escolhidos como personagens – que emocionam mais. Continuar lendo ““Soberano – Seis Vezes Campeão””

35 anos do Paulistão 75

http://spfcpedia.blogspot.com/

Waldir Peres, Nelsinho (depois treinador), Paranhos, Arlindo (Samuel jogou as finais) e Gilberto Sorriso; Chicão e Pedro Rocha; Terto, Muricy Ramalho, Serginho Chulapa e Zé Carlos. Foi com esse time-base que o São Paulo treinado pelo argentino José Poy (ex-goleiro/ídolo do tricolor) conquistou o campeonato paulista de 1975. A grande final, há exatamente 35 anos, foi disputada no Morumbi e decidida nas cobranças de pênaltis. Tricolor campeão invicto do primeiro turno, disputado em pontos corridos.  Portuguesa campeã do segundo turno, depois de um hexagonal decisivo com os cinco grandes e o América de São José do Rio Preto (deu pra ter uma ideia do confuso regulamento, dois em um? era assim, naqueles tempos). A Portuguesa de Otto Glória tinha na decisão Zecão (com sua chamativa camisa amarela), Cardoso, Mendes Calegari e Santos; Badeco, Antonio Carlos, DicáEnéas, Tatá e Wilsinho – nada menos do que  7 jogadores do título paulista de 1973, dividido com o Santos, que também foi (mais ou menos) decidido nos pênaltis. Continuar lendo “35 anos do Paulistão 75”

Livro: “Os Dez Mais do São Paulo”

Publicado em 3/12/2009 e atualizado em 12/12/2012
O Blog do Juca Kfouri noticia a noite de autógrafos do livro do jornalista Arnaldo Ribeiro, da revista Placar. Os Dez Mais do São Paulo será lançado na quarta-feira que vem, 9 de dezembro, a partir das 7 da noite, na Saraiva do MorumbiShopping – pra quem tiver pressa, alguns sites especializados  terão o livro disponível na segunda-feira. É o 7º volume da Coleção Ídolos Imortais, da Maquinária Editora – depois de Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Internacional e Botafogo. Funciona assim. Um júri de convidados vota nos seus favoritos e os 10 escolhidos entram no livro escrito por um jornalista que não necessariamente participou da votação. No caso do São Paulo, como Fut Pop Clube noticiou em agosto, os eleitos foram: o goleiro-artilheiro Rogério Ceni, os zagueiros e volantes Roberto Dias e Darío Pereyra, o meio campo Bauer (da histórica linha média Rui, Bauer e Noronha, nos anos 40), os meias Pedro Rocha e Raí, mais os atacantes Leônidas, Canhoteiro, Serginho Chulapa e Careca. Um timaço. E conhecendo a coleção Ídolos Imortais e o texto de Arnaldo Ribeiro, podemos esperar mais um golaço da Maquinária Editora. O curioso é que 8 desses ídolos tricolores já foram personagens principais de outros livros. Confira aqui. Continuar lendo “Livro: “Os Dez Mais do São Paulo””