Um dream team da Argentina

Fillol, Zanetti, Perfumo, Passarella, Tarantini, Brindisi, Redondo, Maradona, Messi, Batistuta, Kempes. O site da Asociación del Fútbol Argentino, a AFA, apresentou este timaço como a seleção albiceleste de todos os tempos.
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O “colégio eleitoral” pode não ter sido muito grande, e o foco é dos anos 60 pra cá. Mas sem dúvida trata-se de um espetacular time de sonhos de qualquer fã da camisa albiceleste.
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Valencia CF 2015-16

Valencia CF 2015-16

Atualizado em 25 de agosto

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Danilo Barbosa, mais um brasileira em Mestalla

O Valencia vai ser um dos cinco espanhóis na fase de grupos da Champions. No último mata-mata antes do sorteio, eliminou o Monaco graças ao saldo de gols3 a 1 no Mestalla e 1-2 em Mônaco.

Especial-Senyera

  • Chegadas> Danilo Barbosa (meio-campo brasileiro, emprestado pelo Braga), Bakkali (meia belga, ex-PSV), Santi Mina (atacante, ex-Celta), Mathew Ryan (goleiro australiano, ex-Club Brugge), Yoel Rodriguez (goleiro, ex-Celta), João Cancelo (lateral, ex-Benfica), Aderllan Santos (zagueiro brasileiro, estava no Braga), Aymen Abdennour (zagueiro, ex-Monaco).
  • Principais saídas< : Nicolás Otamendi (Manchester City), Guardado (PSV)
  • Estrelas da companhia: o goleiro brasileiro Diego Alves (machucado), Paco Alcácer (adorado pela torcida), Alvaro Negredo (negociado de vez pelo City), Feghouli, Enzo Pérez, Dani Parejo, Rodrigo De Paul, Rodrigo Moreno (brasileiro naturalizado espanhol, comprado de vez do Benfica, assim como André Gomes).
  • Treinador:  o português Nuno Espírito Santo chegou há uma temporada e fica até 2018.

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Catedrais da bola: Monumental de Nuñez

http://www.cariverplate.com.ar/estadio-monumental/
http://www.cariverplate.com.ar/estadio-monumental/

O estádio Antonio Vespucio Liberti, o Monumental de Nuñez, foi inaugurado em 26 de maio de 1938 (La Máquina, como era chamado o River de Bernabé Ferreyra, Moreno e Pedernera, bateu o Peñarol por 3×1). Nos 70, chegou a receber perto de 100 mil.  Hoje comporta 61.321  torcedores. A cancha do River também é a casa preferida da Seleção Argentina. Foi o principal palco da estranha Copa do Mundo de 1978 – com o tempo aprendi que aquele Mundial não foi vencido apenas por ídolos (meus, inclusive) como o 10 Kempes, o goleiro Fillol e o técnico Menotti; mas também pelo ditador Jorge Videla. No Mundial 78, o Monumental recebeu nove jogos, incluindo a abertura, a decisão do 3º lugar (Brasil 2×1 Itália, golaço de Nelinho) e a grande final, em que a dona da casa derrotou a Holanda na prorrogação.

Em 2013, o River Plate teve média de 49.400 por jogo – segundo a Pluri Consultoria, a maior das Américas e 14ª do mundo. 73% de ocupação do Monumental.

É um dos orgulhos dos Millonarios, apelido mais família dos hinchas do River.

O Museo River, ao lado do estádio (confira aqui o giro do blog por lá)– também bate palmas para os concertos de rock no Monumental. A imensa torcida do rock and roll e da música pop em geral na Argentina pode curtir Paul Mc Cartney (1993 e 2010), Bruce Springsteen (1989), Michael Jackson (1993), Madonna (1993, 2008 e 2012), Kiss (2012), Rolling Stones (1995, 1998 e 2006), ACDC_RIVERPLATE_COVERAC/DC (1996 e 2009 – tem até CD, DVD/Blu-Ray, “Live at River Plate”), Bob Dylan (1988), David Bowie (1990), Eric Clapton (1990, 2001 e 2011), Shakira  (2003), Guns´N Roses (1992, 1993 e 2011), Ramones (1996), The Police (2007 – outro show lançado em CD e DVD), U2  (1998 e 2006 – este passou no cinema, como U2 3D), Red Hot Chili Peppers (2002 e 2011), Metallica (1999 e 2010), Oasis (2009)  Coldplay (2010), Iron Maiden (2013), Roger Waters (9 shows da turnê “The Wall Live”, em 2012, para um total de 360 mil espectadores. Mas o recorde de público pertence à saudosa banda argentina Soda Stereo – os 6 shows da turnê “Me Verás Volver”, em 2007, reuniram 390 mil fãs. Essa turnê que reuniu o trio (popularíssimo na Argentina) foi gravada e lançada em 2 CDs e DVD (aqui cabe uma nota triste: o vocal e guitarrista soda stereo Gustavo Cerati morreu em setembro de 2014, depois de anos em coma).

Em 2009, o blog acompanhou o primeiro jogo no Monumental de Maradona como técnico da seleção argentina. Um 4×0 contra a Venezuela. Com Messi e Carlitos Tevez em campo.JR LIMA JUNHO - 00002

O Monumental de Nuñez, bela
O Monumental de Nuñez, bela “cancha” do River Plate

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Camp de Mestalla, o estádio do Valencia.

Camp de Mestalla, o estádio do Valencia.
http://www.valenciacf.com/
http://www.valenciacf.com/

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  • Estádio Mestalla
  • Proprietário: Valencia
  • Capacidade: 55 mil torcedores.
  • Inauguração: 20 de maio de 1923. O Valencia enfrentou o Levante, também da cidade.
  • Com a demolição do velho San Mamés, que era de 1913, o Mestalla passou a ser o estádio mais antigo da Espanha.
  • Na Copa de 1982, recebeu os 3 jogos da Espanha na primeira fase.
  • Finais da Copa do Rei: 10, incluindo a decisão entre Barcelona e Real Madrid, 16 de abril de 2014.
  • Em 2011, outro #ElClásico em Mestalla decidiu #LaCopa. E deu Real Madrid.
O visual inaugurado na temporada 2013/2014 : http://www.valenciacf.com/
O visual inaugurado na temporada 2013/2014 : http://www.valenciacf.com/

Confira a galeria de fotos da visita que o Fut Pop Clube fez ao campo de Mestalla em março de 2013, antes do atual visual, em que predominam as cores laranja e branca – além de um morcego gigante pintado nas arquibancadas.DSC01478 Continuar lendo “Camp de Mestalla, o estádio do Valencia.”

O 3º uniforme do Valencia. Uma camiseta com história!

http://vcfshop.com/index.php/vestuario/

Alguns posts atrás o Fut Pop Clube falou sobre a possível segunda camisa do Barça na temporada 2013-14, antecipada pelo diário “Sport”, que deve ter as cores da “senyera”, a bandeira da Catalunha e da Coroa de Aragão – um dos quatro reinos que deram origem à Espanha.
IMG_20130315_212050A atual 3ª camisa do Valencia tem as mesmas cores, em listras vermelhas e amarelas, da “senyera” (também o nome da bandeira da Comunidade Valenciana – que tem sua língua própria, parecida com o catalão). Foi com esta camisa com a “senyera” que o Valencia entrou em campo contra o Bayern, na primeira rodada da fase de grupos da Champions.
E é uma camiseta com muita história, lembra o site do Valencia. Quem acompanha futebol internacional há pelo menos 30 anos ou pesquisa a história do esporte pode se lembrar da imagem do artilheiro argentino Mario Alberto Kempes (hoje comentarista da ESPN lá fora) com a camisa listrada em vermelho e amarelo do Valencia. Com ela, o Valencia de Kempes faturou a Copa do Rei de 78/79 contra o Real Madrid no Vicente Calderón, em Madrid. 2×0, 2 gols de Kempes. Deu sorte: com a “senyera”, ganhou Recopa europeia 79/80, Supercopa da Uefa 80/81 e 2004/2005.

Boa sorte com a “senyera”, Valencia! Continuar lendo “O 3º uniforme do Valencia. Uma camiseta com história!”

Copa 78

A Mostra Cinema e Futebol (do Canal Brasil) e os DVDs da Coleção Copa, de Placar/Abril, me deram a oportunidade de acompanhar duas versões distintas sobre o polêmico Mundial de 78, na Argentina, o último na América do Sul até que a bola role sabe lá em que estádio brasileiro no inverno de 2014. “Copa 78: O Poder do Futebol” passou no começo da semana no Canal Brasil. “Argentina Campeones”, título original do filme oficial da Copa de 78, chegou às bancas na coleção de DVDs da Abril. E o engraçado é que nos créditos alguns nomes coincidem, como o do diretor Maurício Sherman, bem como muitas das imagens são as mesmas. Mas o texto… ah, o texto é bem diferente.
O DVD lançado pela Abril, que é o filme oficial da Copa, mostra o torneio jogo a jogo, começando com um clip de lances … bem violentos! Sim, é mencionado que o Mundial foi disputado num país sob ditadura, junta militar que derrubou Isabelita Perón.
Mas é o documentário “Copa 78: O Poder do Futebol”, exibido no Canal Brasil, que toca mais o dedo na ferida do Mundial disputado durante a ditadura de Jorge Videla. Abre com o depoimento de um dirigente dos Montoneros (grupo guerrilheiro argentino) a um jornalista, falando em trégua no período da competição. Cita os boicotes, as campanhas contra o Mundial na Argentina. E no que diz respeito ao futebol, bola rolando, mesmo, Sherman e o codiretor Victor di Mello assumem uma postura autoral, bem crítica ao esquema tático e “futebolês” próprio do técnico brasileiro Cláudio Coutinho – o texto, narrado pro Sérgio Chapelin, dá umas duas estocadas nos termos “overlapping” (avanço do lateral direito) e “jogador polivalente”, muito usados por Coutinho. A entrevista em que o treinador se diz “campeão moral” é repetida algumas vezes. O técnico argentino César Luís Menotti, homem que teve a marra de barrar o jovem Maradona naquela que poderia ser 1ª Copa de Diego, tem destaque maior no filme. Sempre polêmico.
Também estão no documentário “Copa 78: O Poder do Futebol” a chamada “batalha de Rosário” (o vergonhoso Brasil 0x0 Argentina – Coutinho escalou o volante Chicão, que tinha fama de durão; o clássico foi um festival de pontapés) e a goleada da Argentina sobre o Peru do goleiro Quiroga por 6×0 (os hermanos jogaram depois do Brasil e já sabiam quantos gols precisavam marcar para ir à final).
Pessoalmente, a Copa de 78 foi a primeira que acompanhei de ponta a ponta, na TV. Apesar de nomes como Zico, Rivellino, Dinamite, Reinaldo, Oscar, Leão, Nelinho, Jorge Mendonça, Dirceu e Gil, a seleção brasileira não me encantou especialmente (a primeira fase, então, foi pífia). Não torci contra a Argentina na final, apesar do resultado suspeito contra o Peru. Fui exceção entre os meus colegas de quinta série. Quase todos os outros coleguinhas de sala torceram pela Holanda, certamente não em protesto contra a ditadura argentina, mas para secar o time que eliminou o Brasil. Se eu fosse maiorzinho, teria conhecimento sobre o que acontecia nos quartéis argentinos. Muito provavelmente teria optado pela Holanda (se bem que duvido que não festejasse o tri brasileiro em 1970 porque vivíamos sob uma ditadura – outro filme, o delicioso “O Ano Em que Meus Pais Saíram de Férias”, aborda esse dilema de torcedor/cidadão). Continuar lendo “Copa 78”