Começou com o grande documentário sobre João Saldanha a segunda edição da Mostra CINEfoot, no Canal Brasil. Até o fim de novembro, toda quinta-feira, às 19h, tem longas, médias e curtas selecionados por Antônio Leal, do CINEfoot – com reapresentação às terças-feiras, 13h30.
Um belo esquenta para a edição 2017 do festival CINEfoot nos cinemas! No Rio, de 23 a 28 de novembro. Em SP, deve ser no começo de dezembro.
Completa esta primeira sessão, hoje, às 13h30, o curta “Três no Tri”.
Dentro do post, as sinopses dos filmes de acordo com o site do Canal Brasil.
O três de julho marca o centenário de nascimento de João Saldanha, “o comentarista que o Brasil consagrou”, técnico do Botafogo (campeão carioca de 1957) e da Seleção nas Eliminatórias da Copa de 1970. A editora Lacre quer relançar o livro“Os Subterrâneos do Futebol” (1963). O projeto é de Sônia Saldanha (filha) e de Thereza Bulhões (terceira esposa). Para isso, está rolando uma campanha de crowdfunding, financiamento coletivo neste link aqui.
O livro, o único escrito pelo João Sem Medo, traz crônicas que envolvem Garrincha, Nilton Santos, Zagallo e outros craques, em estilo coloquial, como numa conversa de botequim, como eram as crônicas de Saldanha nos jornais, no rádio, na TV. Continuar lendo “João Saldanha | Os Subterrâneos do Futebol”→
“Campo de Jogo”, de Eryk Rocha, passa na mostra em 28 de outubro. 22h.
“Boleiros – Era Uma Vez o Futebol”, o primeiro de 2 filmes de Ugo Giorgetti, passa em 21 de outubro, às 22h. Canal Brasil
“O Dia do Galo”: 4 de novembro, às 22h, Canal Brasil. facebook.com/odiadogalo
“Fla x Flu – 40 Minutos antes do Nada”. Dez da noite em ponto de 11 de novembro.
Nova chance para ver “Garrincha, Alegria do Povo”, de Joaquim Pedro de Andrade: 18/11, às 22h. Canal Brasil.
Cartaz original do documentário “Maracanã _ O Filme”, de Sebastián Bednarik e Andrés Varela. Na mostra Cinefoot do Canal Brasil, passa em 25 de janeiro. Dez da noite!
“O Futebol”, de Sergio Oksman, passa em 9 de dezembro, 22h. Canal Brasil.
“Meninos de Kichute”, 23/12, às 22h, Canal Brasil. FOTO : meninosdekichute.com.br/
Cartaz do filme “Geraldinos”:
“Paysandú – 100 Anos de Payxão” passa na sexta 07/10, às 22h, no Canal Brasil
“Bahêa, Minha Vida – O Filme”. Canal Brasil, 14/10, às 22h.
Pela galeria de cartazes acima, já dá para ter uma bela noção da abrangência da Mostra Cinefoot, um festival de filmes brasileiros (e uma coprodução com o Uruguai) sobre futebol, que o Canal Brasil exibe às sextas-feiras, de 7 de outubro a 30 de dezembro, sempre às 22h – reprises às terças, 13h30. A curadoria é do festival Cinefoot e a apresentação, do Raí. Está muito boa a seleção: do clássico “Garrincha, Alegria do Povo”, de Joaquim Pedro de Andrade, aos documentários mais recentes sobre torcedores e conquistas do Galo… do Paysandu… do Bahia… e os premiados “Geraldinos” e “O Futebol”. O Maracanã está presente nos docs “Fla x Flu – 40 Minutos Antes do Nada”, “Mario Filho – O Criador das Multidões” e um sobre o Maracanazo, “Maracaná – La Película”. Já “Campo de Jogo” (de Eryk Rocha, filho de Glauber Rocha) é sobre o oposto do novo Maraca: o futebol amador, dos campinhos de terra, das favelas. Tem ficção e da boa também: o primeiro dos “Boleiros” de Ugo Giorgetti e uma chance para ver o interessante “Meninos de Kichute”, que infelizmente passou meio batido por aí. Outro filme raro é o doc “Passe de Livre”, de Oswaldo Caldeira. O Canal Brasil está é o 150 da Net, 650 da Net HD, 55 da SKY, 67 da Claro, 66 da Oi e Via Cabo, canal 103 da GVT , 806 da Vivo TV DTH e canal 656 da Vivo IPTV.
Paysandú – 100 Anos de Payxão (2015) (92’) . A mostra Cinefoot no Canal Brasil começa muito bem, na sexta 7 de outubro, com “Paysandu, 100 Anos de Payxão“. O filme de Gustavo Godinho e Marco André encerrou a seleção paulista do CINEfoot 2015, fora de concurso. Foi uma festa incrível da torcida bicolor no saguão do Espaço Itaú de Cinema. Durante a sessão, os gols de ídolos como Vélber, Robgol e Iarley foram comemorados quase que como se a galera estivesse na Curuzú ou no Mangueirão. Os clássicos, as decisões, as partidas mais emocionantes, a conquista da Copa dos Campeões contra o Cruzeiro, em 2002 e a bela campanha na Libertadores 2003 são alguns dos destaques do doc que prova a força do futebol no Brasil fora do Sudeste, Sul e Nordeste.
Bahêa Minha Vida – O Filme (2011) (100’). Direção: Márcio Cavalcanti. É uma ópera-pop sobre a paixão do torcedor de futebol, de modo geral, e em especial, do torcedor do Bahia… Bahêa! É um filme muito musical, e vindo de Salvador não poderia ser diferente. Despertam atenção e emoção os cinematográficos clips – vários – presentes no documentário, do hino oficial do Bahia, da música “O Campeão dos Campeões”, da adaptação do sucesso dos Mamonas Assassinas que outras torcidas cantam, com outras letras, dos gritos de guerra da massa tricolor. Armandinho (de A Cor da Som, do trio elétrico) arrebenta, tocando o hino do Tricolor de Aço na guitarra baiana. É também um filme de imagens impressionantes: arquivo da primeira Taça Brasil (Bahia campeão em cima do Santos), em 1959, o reencontro dos heróis, Fonte Nova com 110 mil pessoas na reta final do Brasileirão de 1988, um Ba-Vi com 97 mil pagantes, a invasão e a tragédia no dia do acesso à Série B, a implosão do estádio para a reforma, os torcedores de mãos dadas rezando Pai-Nosso, depois que um jogador contou a imagem de um sonho. Um filme de torcedores, sobre torcedores, para torcedores. Documentário nacional mais visto em 2011. Prêmio: Taça Cinefoot de melhor longa no júri popular, em 2012. Passa em 14 de outubro de 2016, no Canal Brasil, às 22h.
Boleiros – Era Uma vez o Futebol(1998) (98′). Direção: Ugo Giorgetti. Não tem como não se lembrar do juiz encarnado por Otávio Augusto quando um árbitro da vida real mandar voltar pênalti até o cobrador acertar… Lima Duarte faz técnico linha dura na concentração… parece uma mistura de Telê com Felipão… Giorgetti costura com maestria episódios sobre ex-craque na pior, menino dividido entre futebol e crime, macumba como salvação de joelho de jogador… E o elenco é maravilhoso: além de Otávio Agusto e Lima Duarte, Rogério Cardoso, Cássio Gabus Mendes, Adriano Stuart, Flávio Migliaccio, Marisa Orth, Denise Fraga! Prêmios: melhor direção no Festival Internacional de Amiens (França) e troféu APCA de melhor roteiro. Sexta, 21 de outubro, às 22h. Também pode ser comprado ou alugado no You Tube.
Campo de Jogo (2014) (70’). Direção: Eryk Rocha. Poucas vezes a gorduchinha foi tão bem tratada pelas câmeras do cinema como a final de campeonato anual de favelas, entre o Esporte Clube Juventude e o Geração Futebol Clube, neste “Campo de Jogo”. O tratamento a times amadores como Juventude e Geração, seus jogadores, seus técnicos e seus torcedores é semelhante ao que as lentes do Canal 100 davam ao futebol campeão do mundo. “Campo de Jogo” tem 71 minutos sem narração, sem voz em off, sem entrevistas. Só um balé de imagens (preste atenção na cena do juiz cercado), outro show de captação de som ambiente e ótima trilha sonora. Passa em 28 de outubro, às 10 da noite, na mostra do Cinefoot no Canal Brasil.
No sábado, o blogueiro teve o prazer de participar de dois eventos, dentro do estádio do Pacaembu.
Logo cedo, no auditório do Museu do Futebol, a 74ª reunião do pessoal do Memofut, grupo que estuda, preserva e divulga a literatura do futebol. Depois, uma taça Libertadores de futebol de mesa, dos Botões Clássicos, no bar do Pacaembu.
O encontro do Memofut fez com Gustavo Carvalho um apanhado da carreira do mestre Telê Santana, especialmente o técnico Telê. O ano de 2016 marca duas efemérides tristes relativas ao Fio de Esperança. Dez anos da morte e vinte anos da última partida como treinador. O Memofut falou (via Sergio Miranda Paz) também de futebol nas novelas. E Domingos D’Angelo, que tem uma coleção gigantesca de livros de futebol, fez uma apresentação sobre grandes cronistas que escreveram sobre futebol no Brasil. Entre eles, Mário Filho.
Do outro lado, no bar O Torcedor, começava uma Libertadores de botão – coisa do Luciano Araújo, dos Botões Clássicos, com 36 times, pré-Libertadores e tudo. Regra paulista: no máximo, 3 toques por jogador, 12 coletivos. Continuar lendo “Rodada dupla”→
Meus amigos… começaria João Saldanha, o comentarista que o Brasil inteiro consagrou…
… como seria um gol transmitido por diferentes gerações da equipe de esportes da rádio Globodo Rio?
O saudoso Jorge Curi poderia narrar, com seu vozeirão, bem de família.
Anotem… tempo e placar no maior do mundooooo!
Seu colega Waldir Amaral anunciaria um bordão clássico.
Bololô na área…
… enquanto o garotinho José Carlos Araújo poderia acrescentar
Preparou, apontou, entrou! Golão, golão, golão!
Mário Vianna, sempre com dois “N”, aprovaria.
Goool legal!
Voltaria Waldir…
Tem peixe na rede do … Indivíduo competente…
Minha homenagem às grandes equipes esportivas da Rádio Globo, que comemorou 70 anos.
E muitos áudios históricos, como a final do Mundial de Clubes de 1981, que o Flamengo faturou em cima do Liverpool, e narrações do pai da matéria, Osmar Santos, da Rádio Globo São Paulo. Clique aqui para ouvir tudo isso. Continuar lendo “Este era mesmo um Escrete do Rádio”→
O jornalista Paulo Vinicius Coelho está lançando um novo livro. “Tática Mente – A História das Copas Explicada pelas Cabeças e Pranchetas dos Treinadores” fala das táticas de grandes seleções, como a Hungria de 54, o Brasil de 70, a Holanda de 74 e a Espanha de 2010.
Lançamento da Panda Books. Venda exclusiva na Saraiva. Continuar lendo “Da prancheta do PVC para as livrarias: “Tática Mente”.”→
Manoel Fernandes Loureiro, Loureiro Neto, o português mais carioca do rádio (FOTO: DIVULGAÇÃO Rádio Globo)
Duas grandes perdas nesta quarta-feira.
Na música espanhola e mundial, Paco de Lucia (mais na Coluna).
No rádio brasileiro, o comunicador Loureiro Neto. Português de Palmeira, Manoel Fernandes Loureiro – nome de batismo – chegou com 5 anos ao Brasil. Trabalhou no programa “Resenha Esportiva” da TV Rio, foi repórter da Rádio Vera Cruz, do grupo Bloch. No Sistema Globo de Rádio, estreou no programa “Globo Esportivo”.
No final dos anos 70, Loureiro Neto – nome artístico – fez parte de uma formação histórica do rádio esportivo brasileiro (até porque a rádio Globo do Rio era e é ouvida em todo o país): ao lado dos dos clássicos locutores Jorge Cury (um dos favoritos do blogueiro), Waldir Amaral (“bololô na área”), João Saldanha (“o comentarista que o Brasil inteiro consagrou”) e o ex-juiz Mario Vianna (“com dois “Ns”). Os repórteres de campo eram Kléber Leite e Loureiro Neto.
Anúncio publicado em 1978
Que equipe! Uma seleção! Uma espécie de Real Madrid do rádio esportivo brasileiro.
Kléber Leite depois virou empresário e foi presidente do Flamengo. Como bom português radicado no Rio, Loureiro era Vasco. Continuar lendo “Loureeeiro Neeeto!”→
Em janeiro fez 31 anos que o Uruguai organizou a Copa de Ouro, mais conhecida como Mundialito. A Copa de Oro reuniu em 1981, no estádio Centenário de Montevidéu, as seleções até então campeãs mundiais de futebol. A Celeste, dona da casa, a Alemanha, a Argentina, o Brasil, a Itália e no lugar da Inglaterra, a Holanda. O Mundialito foi organizado pelo governo militar uruguaio para promover o regime, num período de plebiscito. Está num dos quatro episódios da excelente série de Lúcio de Castro, “Memórias do Chumbo – O Futebol nos Tempos do Condor”, que a ESPN Brasil estreou no final de 2012. E foi selecionado para a mostra competitiva do festival CINEfoot, no Rio e São Paulo.
E o episódio sobre o Uruguai é um dos melhores da série. Falando em bom português, o escritor uruguaio Eduardo Galeano – que é apaixonado por futebol – diz que, ao organizar o Mundialito com fins políticos, o governo uruguaio viu o tiro sair pela culatra. Durante a final (Uruguai 2×1, sobre o Brasil de Telê), no Centenário, o povo vaiou bandas militares e gritou o refrão:
“Se va a acabar, se va a acabar, la dictadura militar”
O episódio que mostra o uso do futebol pelo poder político-militar no Uruguai ainda tem depoimentos como os de
Lilian Ceriberti, sequestrada pela Operação Condor, orquestração repressiva coordenada pelas ditaduras de países como Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. Entre os torturadores de Lilian, estava (pasmem!) um ex-jogador de futebol brasileiro (Didi Pedalada);
Gerardo Caetano, historiador, ex-jogador do Defensor Sporting, que conta como os jogos do Defensor viraram uma espécie de catalisadores dos protestos políticos, incluindo até volta olímpica pela esquerda. Parênteses: no mínimo curioso e digno de aplauso que um país tenha entre seus intelectuais um ex-jogador como Gerardo Caetano e um fã, como Eduardo Galeano!
O episódio sobre o Brasil fala, por exemplo, da derrocada de João Saldanha do comando da seleção brasileira. O da Argentina, dos gritos dos torturados na ESMA enquanto a torcida vibrava com as vitórias da seleção alviceleste no Monumental de Nuñez, na Copa de 78. E o do Chile, do centro de prisão e tortura que virou o estádio Nacional e da coragem do jogador Carlos Caszely, que se recusou a apertar a mão do ditador Pinochet. E muito mais, como a omissão de cartolas dos mais poderosos do mundo do futebol.
Saiu em vídeo o excelente documentário “João Saldanha”, de André Iki Siqueira e Beto Macedo sobre “o comentarista que o Brasil inteiro consagrou”. Na revisão, chamaram minha atenção alguns depoimentos sobre a participações de Saldanha no rádio. José Carlos Araújo conta que João costumava escolher um ou outro “geraldino” na (hoje extinta) geral do Maracanã, para fazer seu comentário no rádio, como que batendo um papo imaginário com os torcedores.
Outro jornalista, Pedro Costa, conta que tinha técnico que fazia substituição com base nos comentários de Saldanha. O DVD tem o selo Coleção Canal Brasil.
À Procura de Eric/Looking for Eric (Sixteen Films/californiafilmes.com.br)
Os filmes sobre futebol são um dos assuntos preferidos do Fut Pop Clube. Lamentavelmente essas produções não conseguem fazer grande sucesso de bilheteria no Brasil. Bom, depois da mostra Cinema e Futebol, que rolou em fevereiro, no cinema da USP, mais recentemente do CineFoot, Festival de Cinema de Futebol, no Rio, SP e POA, que teve até taças, e da extensa programação especial do Canal Brasil, também chamada Mostra Cinema e Futebol, depois da Coleção Copa, da Abril, chegou a vez de o Fut Pop Clube lançar sua “Copa de Filmes”. Uma série de posts, com indicações de bom cinema boleiro. Convidei algumas pessoas para dar dicas de documentários e ficções, nacionais ou estrangeiros, longas ou curtas – mas sempre sobre futebol! Eu começo! Documentário nacional: “João”, doc de André Iki Siqueira e Beto Macedo sobre João Saldanha, “o comentarista que o Brasil consagrou”, que nunca escondeu que era comunista, mas mesmo assim foi escolhido pela CBD técnico da Seleção Brasileira durante a ditadura. Classificou o Brasil para a Copa de 70, mas foi trocado por Zagallo antes do Mundial. Vi “Joao” na sessão de abertura do CineFoot e achei espetacular. Informativo, divertido e muito bem editado.
"1958 - O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil"
Também gostaria de citar nessa categoria de documentários nacionais “1958 – O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil”, filme de José Carlos Asbeg sobre a a nossa primeira taça do mundo. Passa neste sábado, 10 de julho, véspera da final da Copa do Mundo 2010, na sessão É tudo Verdade do Canal Brasil. “1958…” saiu em DVD e já foi assunto do blog.
Ainda gostaria de mencionar a excelente minissérie “Futebol”, de Arthur Fontes e João Moreira Salles, que passou anos atrás no canal GNT, em coprodução com Videofilmes. Em três programas com qualidade de cinema, “Futebol” acompanhava meninos que sonhavam com a bola, as dificuldades de jogadores então em começo de carreira como Lúcio e Iranildo e um dia na vida de um ex-craque, Paulo César Caju, figura. Uma pena que não esteja em circulação em DVD ou na TV, pelo menos não que eu saiba.
Documentário internacional: Excelente opção poderia ser o “Maradona” de Kusturica, recentemente lançado em DVD pela Europa Filmes. Mas voto em “Comunismo e Futebol” (“Communism and Football”, produção da rede de TV BBC que vi em 2008/2009 no Sportv). Fala de Streltsov, jogador que poderia ser o “Pelé russo”, em 1958, mas foi mandado para campos de trabalho forçado, Grocsis, e do estranho jogo entre Alemanha Ocidental x Alemanha Oriental). E outra produção semelhante da BBC, “Football and Fascism“:”Fascismo e Futebol”, também, exibido tempos atrás pelo Sportv, mostra como Mussolini, Hitler e Franco usavam o esporte. Ficção nacional: são excelentes as opções. A minha preferida é “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburger, que se passa na época da Copa de 70. Ditadura, descobertas infantis, futebol tricampeão, de rua, de várzea e de botão são panos de fundo para uma história sobre amizades. Entre um pequeno aprendiz de goleiro (o filme quase se chamou “Vida de Goleiro”) e o homem que o acolhe, a vizinha espevitada, o jovem que foge da polícia. Quase que o equivalente ao oscarizado “O Segredo dos Seus Olhos” no cinema brasileiro. Atuações nota 10. Outro filme em que o elenco dá banho de bola é “Linha de Passe”, de Walter Salles Jr e Daniella Thomas. Uma mãe batalhadora, corintiana praticante, vai junto com a Fiel e tudo, e as peripécias de seus quatro filhos por São Paulo. Por outro lado, tem algo de linguagem de documentário e cenas de futebol espetacularmente filmadas. Um jogo real, um clássico Majestoso: São Paulo 0x1 Corinthians. Campeonato Brasileiro de 2008.