Johan Cruyff. Camisa #14 do time dos sonhos de todos os tempos.

Johan Cruyff. Camisa #14 do time dos sonhos de todos os tempos.

Imagem destacada (acima): https://www.worldofjohancruyff.com/

Morreu Johan Cruyff, 68 anos de rebeldia e revolução. O franzino “El Flaco” tinha forte personalidade, a ponto de tirar uma das listras das mangas do belo uniforme cor de laranja porque o seu patrocinador não era o mesmo da seleção holandesa, que liderou na campanha do vice-campeonato mundial, em 1974, na Alemanha. Eram os tempos do Futebol Total – sua Laranja Mecânica, o Carrossel Holandês, deu um banho nas maiores seleções sul-americanas naquele Mundial.  No Ajax, já tinha sido campeão de tudo – seis vezes campeão holandês, quatro da Copa da Holanda, tricampeão europeu, campeão do mundo (Copa Intercontinental, em 1972).  No Barça, virou o holandês voador por causa deste gol aqui. contra o Atlético de Madrid, e o gigante azul e grená voltou a ser campeão espanhol depois de 14 anos! Jogou também nos EUA (LA Aztecs, Washington Diplomats), no Levante, de Valência, pertinho da Catalunha, e voltou a ser campeão holandês no Ajax e no rival Feyenoord. Retornou ao Camp Nou como técnico, tetracampeão espanhol, e pela primeira vez o Barça foi campeão europeu com o Dream Team treinado por Cruyff. Seu estilo de jogo está no DNA do Barça pra sempre. 

Pra sempre, Cruyff vai ser o camisa 14, titular do time dos sonhos de todos os tempos.

A trajetória de “El Flaco” é brilhantemente contada numa animação do canal Campeones, na série Draw My Life.

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#DerBomber70. Força, Gerd Müller!

O maior artilheiro da história do Bayern e de toda a Bundesliga completou 70 anos neste 3 de novembro. Os números de Müller – Gerd Müller – são impressionantes, como mostra o infográfico abaixo, publicado pelo Bayern nas redes sociais. Pelo Bayern, são 365 gols em 427 jogos de Bundesliga, entre 1964 e 1979- 40 só na temporada 71/72. Mais 66 gols em 74 partidas de Copa da Europa (Champions) Ganhou quatro vezes a Bundesliga, três vezes a Copa/Liga dos Campeões, um Mundial Interclubes (Copa Intercontinental 1976, sobre o Cruzeiro campeão da Libertadores; marcou um gol), mais 1 Recopa (Copa das Copas), 4 Copas da Alemanha… Pela seleção alemã, Müller marcou 68 vezes (em 62 jogos) – 10 tentos no México 70, artilheiro daquele fantástico Mundial – e seus gols ajudaram a Nationalmannschaft a conquistar a Euro 72 (decisivo: marcou os 2 gols na semifinal contra a Bélgica e mais 2 na final contra a URSS) e o Mundial 74, contra o Carrossel Holandês (fez o da virada). Der Bomber foi sete vezes artilheiro do campeonato alemão. Não. Der Bomber nasceu artilheiro. Seu negócio era a grande área.

facebook.com/.fcbayernen
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Kaiser Franz Beckenbauer: 70 anos e contando.

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Na sexta-feira, o Kaiser completou 70 anos. Franz Beckenbauer escreveu seu nome em qualquer encilcopédia de futebol como um dos maiores jogadores de todos os tempos, campeão do Mundial 74 como jogador e da Copa 90 como treinador. Na Alemanha, a Adidas Originals lançou uma coleção de moda casual inspirada no capitão. Esperamos que algo chegue por aqui, especialmente estas camisas da Alemanha campeã de 90.

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capa_rivellino_imprensaMais um! Mais um! O jornalista Maurício Noriega (Sportv, Blog do Nori) lança novo livro em 28 de agosto. Um perfil de Rivellino.
O garoto do parque merecia mesmo livro, e também música, filme… risos! A noite de autógrafos do “Rivellino” de Nori em São Paulo é em 28 de agosto, 18h30, na livraria Cultura do Conjunto Nacional, na av. Paulista (Metrô: Paulista/Consolação).

Maurício Noriega já publicou livros sobre grandes técnicos brasileiros, mais recentemente um só sobre o mestre Osvaldo Brandão (Libertador Corintiano, Herói Palmeirense) e também sobre os atacantes Kléber, o gladiador, e sobre o Marques- O Messias.

Boa sorte e que venha o próximo, Nori!

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“Futebol Total”. O CINEfoot mostrou a Copa de 1974 nas lentes do Canal 100.

Leão, Nelinho (Zé Maria), Luís Pereira, Marinho Peres e Marinho Chagas; Piazza (Carpegiani), Rivellino e Paulo César Caju; Valdomiro, Jairzinho e Leivinha (Mirandinha ou ainda Dirceu). No papel, está muito longe de ser um time ruim. Todos eram craques que deram muitas alegrias aos torcedores de seus clubes (e olha o desperdício: do banco, Ademir da Guia só saiu para disputar o 3º lugar, contra a Polônia – Pelé só aparece nas tribunas e numa visita à concentração). Mas o “Futebol Total” do título se refere ao Carrossel Holandês, a Laranja Mecânica de Cruyff e cia, que deu um baile de bola na Copa do Mundo disputada na Alemanha Ocidental, em 1974. As câmeras do Canal 100 esperavam registrar o tetra do Brasil, 4 anos depois do tri no México. Acabaram registrando um pouco da “revolução holandesa”. E muitos motivos do fiasco brasileiro. A arrogância e o desprezo perderam feio.
É interessantíssimo ver o documentário do Canal 100 sobre o Mundial de 74 pouco antes da abertura da Copa de 2014. Futebol muito bem filmado, e ainda por cima, com um uso do slow motion, o efeito de “câmera lenta”, que transforma o jogo de bola num balé de imagens.

Por coincidência, a sessão que eu vi, no encerramento do festival CINEfoot no Espaço Itaú de Cinema, foi poucos dias depois da morte do lateral-esquerdo Marinho Chagas. O camisa 6 da seleção naquela Copa era mesmo uma das opções de ataque do escrete de Zagallo. O zagueiro Luís Pereira também.

“Futebol Total”  foi dirigido por Carlos Leonan e Oswaldo Caldeira, com texto de Sergio Noronha e narração de Cid Moreira. Na trilha, rola Jimi, rola Ben, rola Milton. A montagem, inteligente, comenta com as imagens os depoimentos. Tem muitas entrevistas com torcedores e a certa altura João Saldanha (a quem Zagallo sucedeu em 1969) bate papo com Aymoré Moreira e Gerson. Preguinho, Leônidas, Domingos da Guia, Zizinho, Garrincha, Gylmar, Nilton Santos e o ‘canhotinha de ouro’ falam sobre a participação do Brasil nos mundiais de 1930 a 70. Somos brindados com muitos lances do tri.
Enfim, que bonito é… futebol filmado e editado pelo Canal 100. Valeu, CINEfoot!

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Mazurkiewicz (1945-2013)

2013 começou com uma grande perda para o futebol uruguaio, sul-americano e mundial.
Em 2 de janeiro, morreu Ladislao Mazurkiewicz, goleiro do Uruguai em três Copas do Mundo. Sim, o goleiro que não tomou aquele gol do Pelé, no drible de corpo gingado na semifinal da Copa de 70, que o escrete canarinho ganhou de virada por 3 a 1 (Cubilla abriu o placar; Clodoaldo, Jairzinho e Rivellino marcaram para o Brasil). “Mazurka” começou no gol do Racing de Montevidéu, mas se consagrou entre 1965 e 71 no Peñarol, clube em que encerraria a carreira depois de guardar a meta de Atlético Mineiro, Granada, Peñarol de novo, Cobreloa e América de Cáli.

Segundo o texto de César Groba no site do Peñarol, “Chiquito” tem o recorde de minutos sem tomar gol no futebol uruguaio: 987!

O jornalista e radialista Beto Xavier, autor do livro Futebol no País da Música, me informa: “Era um goleiro muito elegante. Jogava adiantado, olhava o jogo da marca do pênalti. No Atlético Mineiro, vestia uma camisa preta, mas por baixo, uma outra, de gola amarela, à mostra, para lembrar o Peñarol”.

DSC00026No Peñarol, Mazurkiewicz foi campeão sul-americano e mundial em 1966. Venceu a Libertadores ao lado de Pablo Forlán, do grande Pedro Rocha, do artilheiro equatoriano Spencer e do peruano Joya, num time treinado por Máspoli – goleiro do Uruguai no Maracanazo, em 1950.  Depois de vencer o River Plate, os carboneros disputaram o Mundial de Clubes contra o Real Madrid. E levaram a Copa Intercontinental para Montevidéu. E é por isso que ilustro o texto com esta flâmula comemorativa do tri da Libertadores.

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Giorgio Chinaglia, artilheiro da Lazio e do NY Cosmos

Chinaglia - http://www.NYCosmos.com

Quem tem idade para acompanhar pelas transmissões da antiga TV Tupi o final da campeoníssima carreira de Pelé, com as belas camisas do NY Cosmos, deve se lembrar do camisa 9 daquele galático time de “soccer”, o centroavante italiano Giorgio Chinaglia. Marcava gols à beça! Foi o maior artilheiro da história do Cosmos. O que só descobri recentemente, vendo o documentário “O Mundo a Seus Pés – A Extraordinária História do New York Cosmos“, é que o brasileiro e o italiano não se davam exatamente bem. Mas hoje é dia de saber um pouco mais sobre Chinaglia, que morreu neste domingo, de ataque cardíaco, na Flórida.  Continuar lendo “Giorgio Chinaglia, artilheiro da Lazio e do NY Cosmos”

Carlos Drummond de Andrade, “Quando É Dia de Futebol”

Atualizado em 24 de fevereiro de 2014

“O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé”.

Carlos Drummond de Andrade, em “Pelé 1.000”, Jornal do Brasil, 28/10/1969

http://www.companhiadasletras.com.br/
companhiadasletras.com.br/

Craques nascidos em outubro  – Garrincha, Pelé e Maradona – são personagens do livro Quando É Dia de Futebol , que reúne poemas, crônicas e até cartas em que o poeta mineiro fala do “esporte bretão” – e agora é relançado pela Companhia das Letras, depois de um tempo fora de catálogo. O livro foi organizado por netos de CDA, Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond. Eles vasculharam os arquivos do avô e bibliotecas para compilar os textos, que revelam um poeta bastante inteirado sobre o dia a dia do futebol. Drummond também era um torcedor apaixonado.
Escolheu o Vasco, porque foi o primeiro grande clube carioca a contratar jogadores negros.  Há textos sobre as Copas de 54, 58, 62, 66 (publicadas no Correio da Manhã). 70, 74, 78, 82 e 86 (publicadas no Jornal do Brasil). Garrincha e Pelé ganham capítulos especiais.  Continuar lendo “Carlos Drummond de Andrade, “Quando É Dia de Futebol””

Brasil nas Copas: “Nos tempos da Ditadura”

Quinta rodada de Brasil nas Copas, tabelinha de primeira da entrosada dupla MemoFut/Museu do Futebol. No papo deste sábado, as Copas de 1974, na Alemanha, e de 1978, na Argentina. “Nos Tempos da Ditadura” é o tema da vez. Os convidados são os jornalistas Valmir Storti, coautor do livro Todos os Jogos do Brasil (editado pela Abril/Placar em 2006), e Rafael Casé,que escreveu O Artilheiro que Não Sorria – Quarentinha, o Maior Goleador da História do Botafogo. Certamente vão falar muito sobre a decepcionante campanha da seleção brasileira, detentora do título, no Mundial de 74, ditadura aqui… Lá, show de bola do carrossel holandês, e vitória da azeitada máquina alemã capitaneada por Beckenbauer. E 1978? Copa disputada num país sob uma ditadura (como em 1934, aliás). Estranha goleada dos hermanos sobre o Peru… Brasil, “campeão moral” – menos, menos, porque não jogamos tanto assim). A verdade é que Kempes deu um show. E a Azzurra se preparava para 1982…
Brasil nas Copas rola no Museu do Futebol, no Pacaembu, sábado, a partir de 10h. É de graça, mas convém chegar uns 30 minutos antes para pegar senha.