Olha só, os “Geraldinos” foram parar em Bilbao! Quer dizer, depois de passar nos festivais Offside de Barcelona e 11mm de Berlim, o documentário sobre antiga geral do Maracanã vai passar nesta terça-feira, na quarta edição do Thinking Football Film Festival, promovido pela fundação do Athletic Club. A mostra bilbaína começa nesta segunda, dia 4 de abril, e vai até 19 de abril, com sessões sempre às segundas e terças. Pedro Asbeg, diretor de “Geraldinos” com Renato Martins, ganhou o prêmio do público ano passado com “Democracia em Preto e Branco”.
Jogos na Copa do Mundo de 1982: 3, na primeira fase, todos da Inglaterra (foi decisivo o papel de conterrâneos dos inventores da bola na criação do Athletic, em 1898!)
A catedral de San Mamés, o estádio do Athletic Club, o rojiblanco de Bilbao (Vizcaya, País Basco) que inspirou os xarás rojiblancos da capital Madrid, completará seu centenário no ano em que deve ser demolido, para dar lugar ao novo estádio do Atleti: San Mamés Barria. A nova arena – no caso, catedral – terá capacidade para 53.332 torcedores e está sendo construída ao lado da atual cancha dos “leones”. Os trabalhos estão adiantados. Quando as obras completarem três quartos, será derrubado o atual campo -marcado por um gigantesco arco (veja abaixo nas fotos do World Stadiums).
Maneiríssimo uniforme nº 2 doAthletic Club de Bilbao, com as cores da bandeira basca. O ofensivo Athletic do técnico Marcelo “El Loco” Bielsa” aprontou ontem em Old Trafford: 3 x 2 pra cima do Manchester United, na Liga Europa, fase oitavas de final. “Eurociclón”, berra a capa do madrilenho e madridista “Marca”. Os bascos levam vantagem para o jogo de volta, na sua “catedral” de San Mamés.
Bom lembrar que os comandados de Loco Bielsa já estão na finalíssima da Copa do Rei contra o Barcelona campeão de tudo – marcada para 25 de maio no estádio Vicente Calderón, em Madri, depois de longa e chatíssima novela sobre o local dessa decisão. O senso comum indicaria o maior estádio neutro, o Santiago Bernabéu, mas o Real não liberou de jeito nenhum. Então, ficou assim: Athletic de Bilbao x Barcelona, jogo pra ver. 25 de maio. Local neutro, Vicente Calderón, Madri. Curioso é que o dono da casa, o Atlético de Madrid, foi fundado por fãs do xará de Bilbao. O Barça tem 25 Copas do Rei. Os bascos, 23. São os maiores vencedores dessa competição mata-mata. E Athletic e Barça fizeram um dos melhores jogos da atual temporada espanhola, segundo Pep Guardiola.
Publicado em 28/09/2011 Fut Pop Clube pediu para um dos autores do livro “Os Distintivos de Futebol Mais Curiosos do Mundo” um Top 10 dos escudinhos mais curiosos do futebol internacional. José Renato Santiago escolheu os seguintes emblemas:
Capa do MARCA, de MadriDa Espanha ao céu – manchete do AS.Na Argentina, o OLÉ pediu que os campeões sigam tocando a bola.
¡Campeones! Casillas (Real Madrid) – capitão, eleito “O” goleiro da Copa. Sérgio Ramos (Real Madrid). Puyol e Piqué (Barcelona). Capdevilla (Villarreal). Xabi Alonso (Real Madrid). Busquets e Xavi (Barcelona). Villa (ex-Valencia, já apresentado pelo Barça). Pedro (Barcelona). Navas (Sevilla). Torres (Liverpool). Fàbregas (Arsenal). Albiol e Arbeloa (Real), Marchena, Mata e David Silva (Valencia), Valdés (Barça), Llorente e Martinez (Athletic Bilbao), Reina (Liverpool) e, claro, Iniesta (Barcelona) e o bonachão Vicente Del Bosque são os legítimos campeões do mundo em 2010, depois de faturar também a Euro 2008.
Andrés Iniesta, nascido em Fuentealbilla, na província de Albacete, na comunidade de Castilla-La Mancha, ídolo do Barcelona, autor do único gol da nervosa decisão contra a Holanda, já no 2º tempo da prorrogação, foi eleito o melhor em campo. A segunda final europeia seguida em Copas foi amarrada, pegada, violenta demais. Ganhou quem jogou mais. A Espanha, que abusou um pouco do direito de perder chances. Nas duas maiores oportunidades holandesas, Robben esbarrou em Casillas, gigante.
E essa Holanda, hein? Só mesmo o excesso de nervosismo, talvez uma mistura de já-ganhou com revanchismo e vocês-vão-ter-que-me-engolir antes da hora pode explicar a derrota de uma seleção brasileira com uma defesa considerada excelente e jogadores como Kaká e Robinho para esse time laranja, que dá saudade dos tempos de Gullit, Van Basten e Rikjaard e da Laranja Mecânica de 78, para não falar do Carrossel Holandês de Cruyff. Bate demais da conta essa Holanda. Ainda bem que a Espanha ficou com a taça.
Flâmula do “Jabuca” fabricada por AMW, em Santos
Inspirado por uma reportagem de André Argolo na ESPN Brasil, também publico a maneiríssima flâmula do Jabaquara Atlético Clube, o Jabuca, que nasceu Hespanha Foot Ball Club em 15/11/1914 – foi um dos fundadores da Federação Paulista de Futebol. Durante a Segunda Guerra, o Hespanha passou a se chamar Jabaquara, nome do bairro de Santos onde o clube foi criado. E o estádio do Jabuca chama-se Espanha até hoje.
Réplica da camisa usada na final, disponível na loja do Barça
Interessante assistir a uma grande final, de cadeira, sem paixões clubísticas definitivas, apenas simpatias e vontade ver bom futebol. De um lado, um time poderoso, rico, cheio de craques globais, que joga um futebol-arte totalmente ofensivo, com sede numa grande cidade que arrebata o visitante à 1ª vista, dono de 24 copas nacionais. Do outro, um time com menos recursos finaceiros, mas um grande princípio: lá não jogam estrangeiros, e por estrangeiros eles entendem até quem nasceu em outras regiões da Espanha, vencedor de 23 copas. Cenário da finalíssima da Copa do Rei (na Espanha, o correspondente à Copa do Brasil, só que valorizada pela presença de quem entra na competição europeia, como o Barça). Jogo único disputado nesta quarta-feira no caldeirão que é o estádio Mestalla, do Valencia – campo neutro, portanto, para Barcelona e Athletic Bilbao. No começo, o Athletic assustou o adversário poderoso, com um gol de bola parada. Toquero. O Barça empatou o jogaço, digno de final, num belo chute de Yaya Touré. No segundo tempo, só deu azul e grená. Jogada de linha de fundo -gosto de ressaltar isso- e finalização de Messi, com raiva. 2×1. Contra-ataque em velocidade do Barça. De São Paulo, via satélite, gritei pro Bojan: “toca, toca”. Ele não tocou pro companheiro. Tocou foi pro gol! Golaço! 3×1. Falta dura em Messi. Xavi, grande Xavi, bateu com perfeição, como que com as mãos. 4×1. Barcelona, ataque de 150 gols na temporada, informa na TV o enciclopédico PVC. Por enquanto.