Publicado em junho de 2009

No doc, sem narração, projetado em 2 telas simultaneamente, ao menos uma delas sempre documenta os passos de Zidane. Dá para ouvir qualquer respiro, fungada e até som de cuspidas do carequinha que vestia a camisa 5 branca. Um show de técnica, que faz você se sentir na primeira fila do Santiago Bernabeu. Dá até vontade de fazer aquela batida típica dos torcedores do Real e gritar como eles: MADRID! MADRID! MADRID! E olha que no Campeonato Espanhol sou claramente um simpatizante do Barça.
O Villarreal tinha Riquelme, Forlán, Sorín, Marcos Senna…e saiu na frente. Riquelme, aliás, Roman. O Real empatou… Jogadaça de Zidane pela esquerda, para quem marcar? Ronaldo! Nesse retrato de Zidane, o gol e o resultado não importam tanto… mas o Real virou… 2×1, placar final. Só que o personagem principal perde a cabeça num lance besta e acaba recebendo cartão da mesma cor que levou na finalíssima da Copa do Mundo 2006. O que será que dava na cabeça de Zidane, no fim da genial carreira, quando todas as câmeras do mundo apontavam pra ele, hein?
Uma pena que eu tenha pego a projeção de Zidane, um Retrato do Século 21 (veja trailers) por acaso, no último dia da exposição sobre videoarte francesa, no Santiago Berna… opa, no MIS, o Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Mostra “Entre-Temps” (coleção do Museu de Arte Moderna de Paris) que faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil. Mas vale ficar de olho: se passar na sua cidade, ou se você for a Paris, não perca a chance de ver esta obra de arte: videoarte, futebol-arte, sétima arte.