Foi com grande satisfação que pude ler o segundo número da “Corner“, ótima revista brasileira de futebol, viabilizada pelo sistema de crowdfunding. Tem muita coisa boa pra ler – e como não tem anúncios, o preço de capa é um pouco alto para uma revista (R$ 29,90). Mas vale a pena conhecer. Principalmente se você se interessar pelo futebol argentino, principal tema deste número 2. Tem entrevista com o Sorín, com o Federico Peretti, diretor do filme Otro Fútbol e da série Outro Futebol, Menotti x Bilardo, a polêmica do Fútbol para todos, campeonato de 30 times, os infográficos do Paladar Negro etc. “Corner” #2 também fala de rádio, especialmente rádio esportivo carioca – eles conversaram com o garotinho José Carlos Araújo. E mais: merece destaque especial outra entrevista, com o jornalista Tim Vickery, que mora no Brasil.
A fase não é boa. O clube que revelou Diego Armando Maradona para o planeta bola luta contra o rebaixamento, no complicado promédio do futebol argentino. Nesse contexto, um documentário de 75 minutos sobre a história do Argentinos Juniors está na mostra competitiva do festival CINEfoot, no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Bichos Criollos”, dirigido por Diego Lombardi e produzido por Victor Tujschneider, vai passar na mostra competitiva do festival CINEfoot 2013 tanto no Rio (segunda-feira, 27 de maio, às 19h, no Espaço Itaú de Cinema -Praia de Botafogo) como em São Paulo (domingo, 9 de junho, sessão das 21h30, Espaço Itaú de Cinema, na rua Augusta). Entrada: grátis.
Um bairro. Um clube de futebol. Uma identidade.
O bairro é La Paternal, na região central de Buenos Aires. O clube, a Asociación Atlética Argentinos Juniors, que revelou o genial Diego Maradona (“Los Cebollitas” era o apelido do time formado pelo treinador Francisco Cornejo) e outros craques como Juan Román Riquelme, Fernando Redondo, Esteban Cambiasso e Juan Pablo Sorín. Curioso é que as maiores glórias do Argentinos surgiram depois da venda de Maradona para o Boca: o torneio Metropolitano portenho de 1984, o Nacional argentino de 1985, a Libertadores de 1985, a Interamericana de 1986… a quinta estrela veio no Clausura 2010, na linda cancha do Huracán. “Bichos Criollos” fala tanto dessas grandes conquistas como da derrota no Japão para a forte Juve de Platini e cia (Mundial de Clubes 1985), das lutas para voltar à elite do futebol argentino (os jogos da primeira divisão eram aos domingos), das dificuldades, dos jogos mandados longe de Buenos Aires. Longe de La Paternal. A identidade do Argentino Juniors.
Cartaz do filme “Bichos Criollos”, sobre o Argentinos Juniors
Diego Armando Maradona hoje dá nome ao estádio do clube. E “el diez” é um dos entrevistados, ao lado de Sorín, Cambiasso, Redondo etc.
O título da “peli” reúne dois dos apelidos do Argentinos: Bichos (mais recente) e Criollos (do começo do século XX). Sorte ao filme na Taça CINEfoot e sorte ao Bicho. Continuar lendo ““Bichos Criollos”: Argentinos Juniors e La Paternal no CINEfoot”→
Cartaz do filme “Bichos Criollos”, sobre o Argentinos Juniors
O bairro é La Paternal, na região central de Buenos Aires. O clube, a Associación Atlética Argentinos Juniors, que revelou o genial Diego Maradona (“Los Cebollitas” era o apelido do time formado pelo treinador Francisco Cornejo) e outros craques como Juan Román Riquelme, Fernando Redondo, Esteban Cambiasso e Juan Pablo Sorín. Foi graças a um comentário de Sorín, durante transmissão de jogo do River Plate, na ESPN Brasil que fiquei sabendo do filme “Bichos Criollos”, um documentário de 75 minutos sobre o Argentinos Juniors, dirigido por Diego Lombardi. Na mesma semana em que dois campeões estaduais do futebol verde e amarelo, os fortes Fluminense e Santos, perderam nos alçapões do Boca e do Vélez, o doc “Bichos Criollos” estreou em dois cinemas de Buenos Aires. O produtor Victor Tujschinaider comentou aqui no Fut Pop Clube que tinha interesse em mostrar o filme aqui no Brasil, em cinemas ou na TV. E a boa nova: “Bichos Criollos” vai passar na mostra competitiva do festival CINEfoot 2013 tanto no Rio (23-28 de maio, no Espaço Itaú de Cinema -Praia de Botafogo e CCJF) como em São Paulo (6-11 de junho, Museu do Futebol e/ou Espaço Itaú de Cinema Augusta).
Ainda vou procurar uma edição da “El Gráfico” que tem reportagem de capa sobre Maradona, no tempo dos “cebollitas”. E atualizo o blog.
“91 anos de páginas heroicas imortais”, comemorou o site oficial da Raposa, que neste 2 de janeiro de 2012 publicou a evolução dos distintivos do clube celeste, fundado como Societá Sportiva Palestra Itália. Que virou Sociedade Sportiva Palestra Itália, depois Palestra Mineiro, Ypiranga por uma partida e, finalmente Cruzeiro Esporte Clube – campeão da Taça Brasil de 1966 (hoje equiparada ao Brasileirão), campeão da Libertadores em 1976 e em 1997, bicampeão da Supercopa dos Campeões da Libertadores da América em 1991/92, campeão de tudo que disputou de importante em 2003 (Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro – a tríplice coroa do atual escudo), vencedor da Copa do Brasil também em 1993, 1996 e 2000. Sem falar no bi da Sul-Minas (2001/02) e em 36 títulos mineiros. Alguns dos responsáveis por tantas taças estão no livro que o jornalista Cláudio Arreguy lançou em maio/2010: “Os Dez Mais do Cruzeiro”, o oitavo da coleção Ídolos Imortais, da Maquinária Editora.
Arreguy escreveu os perfis dos 10 craques azuis escolhidos por um júri de especialistas em Cruzeiro.
Os eleitos: os atacantes Niginho, Tostão, o meia Dirceu Lopes, o meio-campo Piazza, o goleiro Raul, o atacante Natal, o lateral direito Nelinho, de famosa bomba no pé, o ponta-esquerda Joãozinho, o ala Sorín e o meia Alex. Continuar lendo “De Palestra Itália a Cruzeiro”→
O blog Fut Pop Clube perguntou aos mesmos convidados do texto acima: “quais são os cinco estrangeiros que jogaram mais bola no futebol brasileiro entre 2000 e 2009?”. E os cinco mais votados foram:
O sérvio Petkovic, o argentino Carlitos Tévez (ambos com 12 votos), o também hermano Sorín (9 votos), o uruguaio Lugano (8) e o chileno Valdívia (5).
2009: Sorín se despediu em grande festa
Também foram bem lembrados: o paraguaio Gamarra e os hermanos Guiñazu e Conca, todos com 4 votos. Rincón, Maldonado e Aristizábal foram mencionados duas vezes. O lateral Arce, o volante Mascherano e o zagueiro Schiavi foram citados uma vez.
Títulos, bom futebol, raça, carisma e identificação com a camisa de um time. O ala argentino Sorín alcançou tudo isso em suas passagens pelo Cruzeiro. Por isso, a Raposa dá exemplo e vai fazer uma bela festa para a despedida do ídolo dos gramados. Quarta-feira que vem, 4 de novembro, o Mineirão recebe um amistoso entre Cruzeiro e Argentinos Juniors (primeiro clube/time de coração de Juampi), mais show do Skank e pelada entre artistas e celebridades. Continuar lendo “Juan Pablo Sorín”→
Um filme em que Sorín, Verón, Batistuta e outros astros da seleção argentina que disputou a Copa de 2002 são coadjuvantes, importantes coadjuvantes. Vila 21 (Villa), produção argentina de 2008 dirigida por Ezio Massa, entrou em cartaz semana passada em S.Paulo (veja horários). Conta a história de três rapazes de uma villa (favela) na periferia de Buenos Aires, sem uma boa TV no barraco para ver aquela Copa, disputada na Ásia. O futebol é o pano de fundo (com muitas cenas de Argentina x Nigéria nas TVs dos cenários) para um filme sobre a barra-pesada dos três jovens excluídos da sociedade. Trilha agitada, câmera nervosa… Cidade de Deus, o filme, parece ser grande influência. Continuar lendo “Hermanos”→
Zidane, Ronaldo, Figo, Roberto Carlos, Beckham, Casillas, Raúl, Guti… Não faz tanto tempo que todas essas feras jogavam no Real Madrid. Em 23 de abril de 2005, os galáticos receberam o Villarreal. Jogo escolhido pela produção do filme Zidane, Um Retrato do Século XXIpara um documentário hi-tech sobre o cracaço de bola. Nada menos que 17 câmeras foram usadas pelo escocês Douglas Gordon e pelo Philppe Parreno, argelino radicado em Paris. Continuar lendo “Futebol-arte: “Zidane – Um Retrato do Século XXI””→