Galeria de ídolos aurinegros, na frente do estádio Campeón del Siglo.

Galeria de ídolos aurinegros, na frente do estádio Campeón del Siglo.

O respeito à memória de um clube é algo a ser admirado. Outro exemplo que vem do exterior.

Do lado de fora da cancha do Peñarol, inaugurada em 2016, há um espaço com totens informativos sobre ídolos aurinegros. Alguns heróis da conquista da Copa do Mundo de 1950: o goleiro Máspoli, o capitão Obdulio Varela, Schiaffino, que marcou o gol de empate contra o Brasil, e Ghigghia – como alguns outros, existem pegadas do atacante, que definiu o Mundial de 1950, no Maracanã.

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Surpresa no Etihad Stadium: Manchester City 1×2 Basel.

Surpresa no Etihad Stadium: Manchester City 1×2 Basel.

Rolê do Fut Pop Clube 2018, matchday #4! Champions! Aliás, o tema da competição da Uefa foi vaiado aqui em Manchester.

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O Manchester City passou para as quartas de final da Champions (pela segunda vez na história dos citizens), ao lado do Liverpool, Real Madrid e da Juve, que virou o mata-mata diante do Tottenham Hotspur, em pleno Wembley, depois de um primeiro tempo em que Buffon só não impediu o gol – mais um! – do habilidoso e veloz sul-coreano Son (veja post anterior). No quarto #matchday desta turnê do Fut Pop Clube pelas canchas da gringa, fui ao Etihad Stadium, em Manchester, para ver o City de Josep Guardiola jogar. E vi foi uma atuação guerreira do FC Basel, para honrar a linda camisa azul e vermelha do campeão suíço depois do 0x4 na Basileia. Claro, há que levar em consideração que Pep poupou meio time, do goleiro Ederson ao artilheiro Agüero, incluindo o cérebro do time, o belga De Bruyne.

Como em muitas das experiências anteriores em partidas de futebol no exterior, a gente fica com um olho no gramado e outro na arquibancada. E nesse quesito quem deu show também foi a torcida suíça. Espetáculo pirotécnico e 90 minutos cantando sem parar, mesmo quando o dono da casa abriu o placar.

Gol do brasileiro Gabriel Jesus – que lutou (e apanhou) 90 minutos.

Goleada à vista? Não foi isso que vimos. Vimos o campeão suíço jogando direitinho, com muita raça, e uma atuação decepcionante do líder do campeonato inglês. Empatou no primeiro tempo (Mohamed Elyounoussi, livre livre na área, quase um pênalti) e virou o segundo (Michael Lang, cara a cara com o portero chileno Bravo).

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Virada emocionante do Manchester United, em noite de casa cheia no estádio ‘raiz’ do Crystal Palace.

Virada emocionante do Manchester United, em noite de casa cheia no estádio ‘raiz’ do Crystal Palace.

Reportagens de TV, transmissões e, especialmente, uma crônica do Arthur Dapieve no Segundo Caderno do jornal O Globo já tinham chamado a atenção para a atmosfera ‘futbolera’ de Selhurst Park, o estádio do Crystal Palace, “o número 1 do Sul de Londres” para a torcida red and blue.  Ele tem jeito de estádio antigo  e hoje comporta umas 26 mil pessoas, grudadinhas ao gramado.

No fechamento da rodada #29 da Premier League 2017-18, o torcedor do Manchester United cantou por último no ninho dos “eagles” londrinos. Mas o torcedor do Crystal Palace, se ficou com gosto que tomaram o doce da mão dele, não pode reclamar que não houve luta do seu elenco – muito mais humilde do que o do clube de futebol mais rico do mundo.

O Crystal Palace (também conhecido pelas iniciais, CPFC, pelo apelido “eagles”, pelas cores, red and blue) saiu na frente no primeiro tempo, com um golaço de Townsend, sem chance de defesa para De Gea. E o primeiro tempo foi isso: Pogba tentando, tentando, tentando…

No segundo, a partida pegou fogo. Mourinho começou a usar seu poderoso banco, primeiro Rashford, que já melhorou muito o visitante. Mas num contra-ataque, o Palace marcou o segundo, com o holandês Patrick van Aanholt.

O United diminuiu logo depois, Smailing. Mais qualidade no time de Manchester, Juan Mata no lugar de Ashley Young (que não teve paz com a torcida do Palace). Luke Shaw no de Valencia. Pressão total. Muito jogador bom. Pogba, Mata, Alexis Sánchez, Lukaky, Rashford… Num bololô na área, o tanque belga Lukaku empatou o jogo.

Aí foi a vez de David De Gea provar que está no Top 5 da posição, seguramente. Impediu o terceiro gol do time azul e vermelho.

Nos acréscimos, do meio da rua, Matic marcou um golaço e decretou a virada. Manchester United volta ao segundo posto. E aí, tome “Glory glory, Man United…”

Palace está em décimo-oitavo, na briga contra o rebaixamento. Continuar lendo “Virada emocionante do Manchester United, em noite de casa cheia no estádio ‘raiz’ do Crystal Palace.”

Old Trafford, o teatro dos sonhos.

Old Trafford, o teatro dos sonhos.
  • Old Trafford.
  • Dono: Manchester United
  • Inauguração: 19 de fevereiro de 1910
  • Primeiro jogo: United 3×4 Liverpool
  • Transporte: Old Trafford está perto de quatro estações da Metrolink,a rede de tram, moderno bonde de Manchester: Exchange Quays, Old Trafford, Trafford Bar e Mediacity UK. Para quem sai do centro de Manchester, pode pegar o Metrolink no sentido Altrincham.
  • Capacidade atual: 75.653 pessoas
  • 55 mil torcedores têm season tickets, ou seja, acesso garantido a todos os jogos.


No dia seguinte ao tour pelo museu do Manchester United (post anterior), um dos pontos altos destes anos todos indo a estádios de futebol. Conhecer Old Trafford, uma das catedrais da bola, o teatro dos sonhos para os torcedores red devils. Melhor ainda, durante um jogo, em que o United recebeu o Bournemouth, pela rodada #27 da Premier Leaguer 2016-17, que seria conquistada pelo Chelsea. 

Rooney na batida…

Um rápido histórico do estádio. Inaugurado em 1910, num clássico contra o Liverpool (que terminou 3×4…), Old Trafford já recebeu decisão da Copa da Inglaterra no ano seguinte. Foi devastado durante ataques aéreos alemães em 1940 e 41 (o United teve que jogar no estádio do City na época, Maine Road). Também sediou três partidas do grupo do Brasil no Mundial de 1966 (mas não do então escrete bicampeão), foi todo reformado nos anos 90 depois das grandes tragédias nos estádios ingleses e em 2003 recebeu uma final italiana da Champions, em que o Milan superou a Juve nos pênaltis. É o maior estádio de um clube na Inglaterra, com 76 mil lugares.

Teatro dos sonhos

Na partida contra o Bournemouth, em março de 2017, o United jogou com as feras quase todas. De Gea, Valencia, Phil Jones, Shawm , Carrick, Pogba, Mata, Martial, Rooney, Ibrahimovic, que perdeu um pênalti quando o jogo já estava 1×1, Fellaini, Lingard e Rashford entraram no decorrer da partida. Marcos Rojo marcou o gol do time da casa. Joshua King empatou.

Preste atenção neste homem: ele vai perder o pênalti.

O visitante jogou ‘na dele’ e conseguiu levar um pontinho para o sul da Inglaterra. Estádio quase completo, imagine 75 mil pessoas gritando, atmosfera vibrante, sim, mas o que me chamou muito a atenção foi a participação pra lá de ativa da torcida do Bournemouth. Os gritos de United! United! cresceram no segundo tempo, para empurrar os diabos vermelhos em busca de uma vitória, que no fim não rolou.

Placar final na “estreia” do blog Fut Pop Clube em Old Trafford, 4 de março de 2017.

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Museu do Chelsea: cultura de futebol e música pop.

Museu do Chelsea: cultura de futebol e música pop.

Publicado em 12 de maio de 2017 e atualizado em 2019

Tours por estádios e museus de times são um clássico para o torcedor/simpatizante de algum time e para o fã de futebol de modo geral. Fiz a visita ao Chelsea Football Club em março de 2017 e este post aqui é sobre a parte do museu dos #blues neste tour, que pode incluir uma visita (guiada) pelo interior do estádio Stamford Bridge, com acesso ao vestiários, setor de imprensa e beirinha do gramado. Adultos pagavam 19 libras pela tour que junta estádio e museu (mais recomendando para quem não conhece Stamford Bridge). Metrô: Fulham Broadway. O ponto de encontro da tour fica ao lado da Matthew Harding Standing, uma das tribunas do estádio.

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Um bom espaço é dedicado ao elenco que conquistou título europeu, a Champions League 2011-12. Na Europa, o Chelsea também tem duas Recopas, uma Supercopa e agora duas Ligas Europa.

Com a conquista da Premier League 2016-17, o Chelsea tem seis títulos ingleses de primeira divisão. O primeiro foi o da temporada 1954-55, quando a Football League Division I era a elite. De 2004-05 para cá, foram cinco ligas. Na época da visita, eram quatro as taças da Premier League no museu.

A Premier League de 2016-17 já já se junta a estas quatro copas.

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Bom programa!

Revista mensal (“Inside United”) e programa oficial de jogo do ManUtd (“United Review”), março de 2017.

Na gigantesca cultura de futebol na Inglaterra, alguns dos itens altamente colecionáveis são os programas oficiais dos jogos – revistas bacanudas que os clubes mandantes vendem a cada partida, seja de Premier League, de Copa da Inglaterra ou de Champions League. Estatísticas, histórico, tabelas, recados dos torcedores (como aniversários), lista dos jogadores relacionados para a partida em foco, as cores dos uniformes, reportagens – inclusive sobre o time adversário. É de babar para o torcedor de um “país do futebol” que praticamente só publica um jornal esportivo de alcance nacional (“Lance!”) e duas revistas de futebol (“Placar”, “Corner”).

A maioria dos grandes clubes também conta com revistas mensais, como você vê aqui na fotos com publicações do Man United e do Liverpool. Sem falar nas revistinhas independentes, editadas por torcedores, praticamente fanzines.

Revista mensal do Liverpool e programa oficial (“This is Anfield”) do jogão contra o Arsenal – março de 2017.

O Chelsea foi o primeiro clube a produzir um programa oficial consistente para dias de partida, segundo um painel informativo no museu de Stamford Bridge, que o blog visitou em março. Isso, já em setembro de 1905! Chelsea FC Chronicle era o nome do programa, editado por Fred Parker. A revista da partida de Copa da Inglaterra contra o Brentford, em janeiro de 2017, fez uma homenagem ao Chronicle de Fred Parker, com uma capa retrô. Muito legal.

O programa oficial do jogo do Chelsea contra o Brentford pela Copa da Inglaterra teve capa retrô – 28 de janeiro de 2017.

Ainda segundo o museu do Chelsea, na temporada 1912-13 o clube vendeu mais de 341 mil cópias. Em 1948, o programa chegou a 16 páginas. E segundo o Chelsea as vendas na temporada 1972-73 atingiram 99 por cento dos espectadores de Stamford Bridge. E isso o que representa para um clube de futebol? Recurso$$$$$$, claro. Desde 1905! Os clubes brasileiros certamente considerariam apenas uma despesa.

Programa oficial de um jogo de Champions que o torcedor do Arsenal certamente quer esquecer.

Cada programa custa entre 3 e 3,50 libras nas megalojas dos clubes ou em stands na frente dos estádios. E claro, na era da internet é possível baixar versões digitais dos programas, por um preço mais em conta. No fim do post, publico os sites de alguns programas dos clubes mostrados aqui.

Folheando revistas inglesas, a gente descobre sites especializados em revender essas revistinhas. Como escrevi no começo do post, uma memorabilia altamente colecionável. Bela lembrança de um jogaço, de uma grande vitória, de uma campanha campeã.

Programa do jogo do City contra o Huddersfield Town pela Copa da Inglaterra – março de 2017

Alguns links:
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Noite de Derbi del Turia em Mestalla. Valencia x Levante, 2015.

Noite de Derbi del Turia em Mestalla. Valencia x Levante, 2015.

DSC0663713 de abril é feriado em Valência, dia de Sant Vicent Ferrer, padroeiro dos valencianos. Cidade vazia, lojas fechadas, algumas procissões em homenagem ao padroeiro e, à noite, um dérbi entre os dois principais clubes de futebol da cidade. O Valencia, brigando ponto a ponto com o Sevilla por uma das quatro vagas espanholas na Champions, e o Levante, brigando lá embaixo, pra não cair.DSC06638

Os torcedores do Levante chegam escoltados pela polícia, como também pode acontecer no Brasil com torcidas visitantes, e ficam lá no alto do imponente Mestalla, que é como um “prédio” altíssimo, com um campo embaixo.  Uma espécie de Bombonera mediterrânea. DSC06673

Valencianistas e levantinos trocam gozações o tempo todo. E é claro que os granotas, os visitantes, não se intimidam nem com o 2×0 do primeiro tempo, construído em jogadas aéreas.

A #afición do Valencia, uma das mais animadas da Espanha, dá seu show à parte. O jogo todo.
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No segundo tempo, o Levante tentou ir pra cima, exigiu umas duas boas defesas do brasileiro Diego Alves.DSC06651

Mas no finzinho o atacante Negredo (que sempre tem entrado no decorrer do segundo tempo, no lugar de Paco Alcácer) teve tempo para deixar o seu. Um golaço. Valencia 3×0.

Negredo entrou e marcou um golaço.
Negredo entrou e marcou um golaço.

Os blanquinegres sobem, os azulgranas podem afundar.DSC06677 Continuar lendo “Noite de Derbi del Turia em Mestalla. Valencia x Levante, 2015.”