13 de abril é feriado em Valência, dia de Sant Vicent Ferrer, padroeiro dos valencianos. Cidade vazia, lojas fechadas, algumas procissões em homenagem ao padroeiro e, à noite, um dérbi entre os dois principais clubes de futebol da cidade. O Valencia, brigando ponto a ponto com o Sevilla por uma das quatro vagas espanholas na Champions, e o Levante, brigando lá embaixo, pra não cair.
Os torcedores do Levante chegam escoltados pela polícia, como também pode acontecer no Brasil com torcidas visitantes, e ficam lá no alto do imponente Mestalla, que é como um “prédio” altíssimo, com um campo embaixo. Uma espécie de Bombonera mediterrânea.
Valencianistas e levantinos trocam gozações o tempo todo. E é claro que os granotas, os visitantes, não se intimidam nem com o 2×0 do primeiro tempo, construído em jogadas aéreas.
A #afición do Valencia, uma das mais animadas da Espanha, dá seu show à parte. O jogo todo.
No segundo tempo, o Levante tentou ir pra cima, exigiu umas duas boas defesas do brasileiro Diego Alves.
Mas no finzinho o atacante Negredo (que sempre tem entrado no decorrer do segundo tempo, no lugar de Paco Alcácer) teve tempo para deixar o seu. Um golaço. Valencia 3×0.

Os blanquinegres sobem, os azulgranas podem afundar.A última vez que o Levante venceu o Valencia em Mestalla num jogo oficial (Liga ou Copa) foi em junho de 1937, quando a Copa do Rei se chamava Copa da República: quatro a zero. Nesses 78 anos, só ganhou amistosos na casa do rival. Quando é jogo de campeonato, não vence.
Foi a segunda visita do Fut Pop Clube para jogos em Mestalla, um estádio fantástico. Impressionante atmosfera.