Desde 1976, o 26 de abril é o dia do goleiro no Brasil. Data de nascimento em 1937 do goleiro da foto abaixo, Haílton Corrêa Arruda, o Manga. Manguita Fenômeno. Que entre meados dos anos 50 e 1982 fechou o gol de seis clubes brasileiros, do Nacional de Montevidéu e do Barcelona de Guayaquil. Na seleção, foi à Copa de 1966. O Sport, o Botafogo e o Inter se lembraram do ídolo nas redes sociais neste Dia do Goleiro, 80º aniversário de Manga.
Foto: arquivo do Sport Recife (SportRecife.com.br)
Ele foi um dos maiores… numa das maiores seleções de todos os tempos. Brilhou com a camisa celeste 5 estrelas (e também com a branca) do Cruzeiro. Não teve muito tempo no Vasco. Teve que parar. Estudou medicina. Virou doutor. Doutor Eduardo. Voltou ao futebol, como comentarista de TV e depois colunista, parada obrigatória para os olhos. Tostão é o tema do novo programa Casual Football, apresentado pelos parceiros Pedro Tattoo e Clayton Fagundes. Direção de Tattoo e Felipe Duarte. Pauta: Júlio César. Clique abaixo para ver.
Era uma vez um futebol que tinha Pelé, Garrincha, Tostão, Gerson, Jairzinho, Carlos Alberto Torres, Félix, Coutinho etc etc etc.
E ainda era filmado (e editado) com uma classe…
As câmeras do Canal 100 são o tema de um livro de arte – de futebol-arte. “Canal 100: Uma Câmera Lúdica, Explosiva e Dramática” (Dois Um Produções), organizado por Carla Niemeyer (filha de Carlos Niemeyer, criador da produtora) e Cláudia Pinheiro, tem umas 300 imagens de clássicos do futebol brasileiro, que levavam ao deleite o torcedor brasileiro que ia ao cinema entre as décadas de 60 e 80. E mais recentemente, em algumas sessões de festivais como o CINEfoot.
Este livraço, que saiu durante a Copa, custa 45 reais e inclui um DVD, com uns 40 minutos de gols do Canal 100. Olha só o que tem neste extra:
Fla-Flu de 1960, onde os rubro-negros quebraram a invencibilidade dos tricolores (de uniforme branco) no campeonato carioca, que seria o último conquistado pelo América.
Depois de uma reportagem do Canal 100 sobre o ‘Carnaval quatrocentão’, o DVD tem outro Fla-Flu, em Maracanã lotado. O que decidiu o título carioca de 1969. Tempos em que os uniformes clássicos (Fla de rubro-negro e Flu novamente de branco) não tinham marcas de patrocinadores. E que o goleiro também era chamado de “keeper”. Félix era o “keeper” do Flu. Rodriguez, o do Fla, dá um pique “a 100 km por hora” para reclamar do segundo gol tricolor. No final, o Flu ganhou por 3×2 e deu a volta olímpica. O técnico? Um mestre Telê Santana começando sua gloriosa carreira de treinador.
Depois do cinejornal sobre a visita da musa Claudia Cardinale ao Rio, para filmar “Uma Rosa para Todos” (no papel de uma mulata!), tem o clássico Botafogo x Santos no Torneio Rio São Paulo de 1964, já no começo de 1965. Do lado do glorioso, tinha Manga, Gerson, Jairznho, Garrincha… Do lado do alvinegro praiano, Gylmar, Pelé, Coutinho… E o Canal 100 ainda usava a versão instrumental de “Na Cadência do Samba”, a melô do “Que Bonito É”… Covardia…
A seguir, uma reportagem sobre o surf, “a nova moda das praias cariocas”, e outra toda sobre a estreia da Seleção Brasileira na Copa de 1966, contra a Bulgária, no estádio do Everton, Goodison Park. Pelé e Garrincha (com a 16), garantiram a vitória, ambos em belíssimas cobranças de falta. Pelé vibrou muito com o gol de Mané – foi o último do anjo das pernas tortas com a amarelinha.
Tem também um curta sobre o GP do Brasil de F1, num autódromo de Interlagos ensolarado e tomado por “150 mil pessoas” em 1973. O então campeão mundial Emerson Fittipaldi venceu de ponta a ponta, com a Lotus 72 D, aquela flecha negra, o carro mais bonito da história da Fórmula 1. Mas o segundo no pódio em Interlagos, Jackie Stewart, se recuperaria e adiaria o bi de Fittipaldi.
O último filme do DVD é a reportagem sobre o clássico Brasil 1×0 Inglaterra, na Copa de 1970, no México. O jogo da extraordinária defesa de Gordon Banks na cabeçada do Rei Pelé. E da jogadaça de Tostão no gol decisivo, de Jairzinho, o ‘furacão da Copa’.
Nos 20 anos da morte do capitão da seleção inglesa campeã do mundo em 1966, Fut Pop Clube gostaria de fazer uma pequena homenagem a Bobby Moore, capitão do West Ham United na conquista da Copa da Inglaterra 1964 e da Recopa da Uefa, 1964-65. Primeiro, um uniforme retrô da Inglaterra de 1966 (lembrando que o English Team disputou e venceu com sua linda camisa vermelha a final contra a Alemanha).
6 era o número da camisa dele, tanto no English Team, como nos Hammers. Como fica claro nesta flâmula algo retrô do West Ham.
2013 começou com uma grande perda para o futebol uruguaio, sul-americano e mundial.
Em 2 de janeiro, morreu Ladislao Mazurkiewicz, goleiro do Uruguai em três Copas do Mundo. Sim, o goleiro que não tomou aquele gol do Pelé, no drible de corpo gingado na semifinal da Copa de 70, que o escrete canarinho ganhou de virada por 3 a 1 (Cubilla abriu o placar; Clodoaldo, Jairzinho e Rivellino marcaram para o Brasil). “Mazurka” começou no gol do Racing de Montevidéu, mas se consagrou entre 1965 e 71 no Peñarol, clube em que encerraria a carreira depois de guardar a meta de Atlético Mineiro, Granada, Peñarol de novo, Cobreloa e América de Cáli.
O jornalista e radialista Beto Xavier, autor do livro Futebol no País da Música, me informa: “Era um goleiro muito elegante. Jogava adiantado, olhava o jogo da marca do pênalti. No Atlético Mineiro, vestia uma camisa preta, mas por baixo, uma outra, de gola amarela, à mostra, para lembrar o Peñarol”.
No Peñarol, Mazurkiewicz foi campeão sul-americano e mundial em 1966. Venceu a Libertadores ao lado de Pablo Forlán, do grande Pedro Rocha, do artilheiro equatoriano Spencer e do peruano Joya, num time treinado por Máspoli – goleiro do Uruguai no Maracanazo, em 1950. Depois de vencer o River Plate, os carboneros disputaram o Mundial de Clubes contra o Real Madrid. E levaram a Copa Intercontinental para Montevidéu. E é por isso que ilustro o texto com esta flâmula comemorativa do tri da Libertadores.
O São Paulo fez um tributo a um deus da raça antes do clássico Majestoso, neste domingo, no Pacaembu. Todos os jogadores entraram com camisas com o nome do ídolo uruguaio Pedro Rocha e o número 70. El Verdugo completa 70 anos nesta segunda-feira, 3 de dezembro, e luta contra uma doença incurável.
Natural que os jovens torcedores tricolores tenham como ídolos Rogério Ceni, Lucas, Luís Fabiano. Mas também é legal conhecer a importância deste conterrâneo de Lugano.
saopaulofc.net
Rocha chegou ao São Paulo com 28 anos, já campeão de tudo pelo Peñarol (8 títulos uruguaios, 3 Libertadores, 2 Mundiais). Foi comprado por 280 mil dólares (muita grana na época, mas os patamares eram outros, não?) logo depois da Copa de 70 (a terceira das quatro que disputou com a camisa celeste). Estreou em 27 de setembro de 1970 (num São Paulo 0x2 Flamengo, válido pelo Robertão/Taça de Prata, no Morumbi), primeiro com a 8 – o São Paulo já tinha Gerson. Marcava muitos, muitos gols para um meia. De falta, de pênalti, de cabeça, em chutes fortes de fora da área. Foram 119 pelo tricolor, segundo o site do São Paulo. Foi artilheiro do Brasileirão de 72, ao lado de Dadá Maravilha, um centroavante nato, com 19 gols. Com o São Paulo, foi campeão paulista em 1971 e em 1975. no belo time comandado por outro ídolo estrangeiro, o técnico José Poy. Na Libertadores de 1974, bateu na trave. Perdeu a final para o copeiro Independiente.
Outro blog, o Futebol de Campo, publicou em 21/11 que há uma petição para que São Paulo e Penãrol façam um amistoso para Pedro Rocha(clique aqui para saber como assinar a petição). Nada mais justo (atualizando com a dica do seu Domingos: no programa “Mesa Redonda”, diretor de futebol do tricolor, Adalberto Baptista, disse que os clubes conversam pra acertar o amistoso no começo de 2013, com renda revertida para a família).
“O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé”.
Carlos Drummond de Andrade, em “Pelé 1.000”, Jornal do Brasil, 28/10/1969
companhiadasletras.com.br/
Craques nascidos em outubro – Garrincha, Pelé e Maradona – são personagens do livro Quando É Dia de Futebol , que reúne poemas, crônicas e até cartas em que o poeta mineiro fala do “esporte bretão” – e agora é relançado pela Companhia das Letras, depois de um tempo fora de catálogo. O livro foi organizado por netos de CDA, Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond. Eles vasculharam os arquivos do avô e bibliotecas para compilar os textos, que revelam um poeta bastante inteirado sobre o dia a dia do futebol. Drummond também era um torcedor apaixonado.
Escolheu o Vasco, porque foi o primeiro grande clube carioca a contratar jogadores negros. Há textos sobre as Copas de 54, 58, 62, 66 (publicadas no Correio da Manhã). 70, 74, 78, 82 e 86 (publicadas no Jornal do Brasil). Garrincha e Pelé ganham capítulos especiais. Continuar lendo “Carlos Drummond de Andrade, “Quando É Dia de Futebol””→
Quarto sábado da série Brasil nas Copas, tabelinha entre MemoFut e Museu do Futebol. Amanhã, mais dois autores de livros sobre os Mundiais falam sobre as Copas de 66 e 70, a partir das 10h, no auditório do Museu, que fica no Pacaembu. Os convidados são Ivan Soter, que escreveu Enciclopédia da Seleção – As Seleções Brasileiras de Futebol 1914-2000 (sensacional capinha ao lado),e Geraldo Affonso Muzzi, autor deO Brasil em todas as 19 Copas do Mundo (1930-2010)– capa abaixo, à esquerda.
O bate-bola começa às 10h (é bom chegar meia horinha antes, pra pegar senha, que é de graça) e vai até 12h. Depois da palestra, Geraldo Muzzi autografa seu livro no bar da loja ao lado do museu. E a partir das 14, rolam vídeos sobre a história das Copas, narrados por Max Gehringer. Veja o flyer e a lista dos tricampeões.>>> Continuar lendo “A vez das Copas de 1966 e 1970”→
Entrevista com Mauro Beting, dividida em 3 posts, em junho de 2009, época do lançamento de Os Dez Mais do Palmeiras. Ele falava de favoritos para Copa, Seleção, Dunga, torcidas, sobre alguns desses 10 mais do alviverde, os maiores Palmeiras da história e música!
Como dá para perceber nos posts anteriores, estou lendo o livro “As Melhores Seleções Brasileiras de Todos os Tempos“. Aprendi, no texto do jornalista e narrador Milton Leite, que o zagueiro Orlando Peçanha, titular em todas as seis partidas da seleção campeã do mundo em 1958 na Suécia, não foi ao Mundial do Chile conquistar o bi. O colega de zaga do capitão Bellini na seleção e no Vasco (o niteroiense Orlando atuou em São Januca de 53 a 61) jogava em 1962 pelo Boca Juniors. E explica Marcelo Monteiro na coluna Memória EC, quem atuava fora do país sabia que abria mão da seleção. Em 65, Orlando voltou ao futebol nacional. Para o Santos, que defendeu até 1969. Era do Peixe quando foi convocado para mais uma Copa, a de 66, na Inglaterra. E lá perdeu a única das 7 partidas que disputou em Copas (para Portugal). Ao todo, Orlando Peçanha de Carvalho usou a amarelinha ou o manto azul da seleção em 34 partidas. Venceu 25, empatou 7 e só perdeu aquela, para a seleção de Eusébio e cia. Um campeão do mundo que nos deixou hoje, 10 de fevereiro de 2010, aos 74 anos. Continuar lendo “Orlando Peçanha”→