Entrou em cartaz um Festival Internacional de Documentários Musicais. O In-Edit.Vai até 5 de julho, em 5 espaços de São Paulo: MIS, Galeria Olido, CineSesc, HSB Belas Artes e Centro Cultural da Juventude. A partir de 9 de julho, o In-Edit chega ao Rio (cine Santa Teresa). A programação é extensa e tem produções brasileiras e importadas, de vários formatos e metragens. Na sexta, 26, 18h, Olido, a primeira das 4 sessões de Ruídos das Minas, sobre a cena metálica de BH (Sepultura, Overdose, Sarcófago etc). O blog do festival tem trailer. No sábado, 27, o cine da galeria Olido passa Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal. Começa às 19h30 e depois do longa, tem show! De graça. Um pouco antes, às 18h, no Belas Artes, Guidable – A verdadeira história dos Ratos de Porão, doc sobre a banda punk do João Gordo. Que terá mais 3 sessões em outros dias e cinemas. O pessoal pede pra chegar cedo. O In-Edit ainda tem filmes sobre Elvis, Nina Simone, Stones, Ramones (The End of the Century) mais punk, hardcore, Johnny Cash, Cantoras do Rádio etc etc etc. Bacana, eclético. E eu que ainda não consegui nem ver o Loki, produção do Canal Brasil sobre o mutante Arnaldo Baptista…
Mês: junho 2009
Michael Jackson
Não dá para não falar da morte do soberano do pop, especialmente nos anos 80. Queria lembrar aqui de um dos 7 singles do disco Thriller. Em Beat It, de 1983, Michael Jackon contou com uma canja do guitarrista Eddie Van Halen, que emprestou um dos seus melhores solos- senão o melhor. É só procurar na rede. P.S. – E não é que nesta sexta-feira, logo cedo, um colega me disse que estava louco para “tocar” Beat It, no Guitar Hero?
Semifinais da Libertadores
Cruzeiro e Estudiantes saíram na frente nas semifinais da 50ª Libertadores. A Raposa leva para o Olímpico de Porto Alegre o 3×1. Aquele golzinho do Souza (golzinho? golão, diria o amigo gremista), de falta, pode fazer diferença. Como o Souza faz uma falta danada pro São Paulo. Em La Plata, o Estudiantes venceu por um a zero e na quarta-feira pode empatar com o Nacional no Centenário.
13 é a camisa dele

A África do Sul de Joel Santana resistiu (e levou p e r i g o !) durante 88 minutos. Mas aquela falta sofrida por Ramires era meio gol para um grande cobrador como Daniel Alves, camisa 13 amarelinha, lateral-direito que acabara de entrar no lugar do lateral-esquerdo André Santos. Bola parada vale. Bola parada decidiu, mais uma vez. E que bola! Brasil na final da Confederations Cup contra os surpreendentes Estados Unidos. Domingo, 15h30. E os surpreendentes sul-africanos disputam o 3º lugar contra a Espanha.
Viva São João!
Viva São João, como disse uma amiga logo cedo. E como não tenho blogado muito sobre música, aí vai um alô sobre uma recente aquisição. Sua Majestade – Rei do Ritmo (EMI,selo Copacabana). Inclui sucessos como a minha predileta do Jackson do Pandeiro: “1×1”, um rojão de Edgar Ferreira. Que agradou a torcedores do Santa, Náutico, Sport e demais tricolores, rubro-negros e alvirrubros do Brasil. Leia outros textos sobre Jackson do Pandeiro aqui.
24 de junho de 1958
Nesta data querida, 51 primaveras atrás, a Seleção Brasileira eliminou a França do artilheiro Just Fontaine e se classificou para a final do Mundial disputado na Suécia.

O doc 1958, o Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil dedica o capítulo 6 (no DVD) à goleada de 5×2 (gols de Vavá, Fontaine, Didi-golaço!, Pelé, Pelé e de novo Pelé e Piantoni). Com direito a chororô dos franceses, que reclamam até hoje da entrada de Vavá no zagueiro Jonquet – capitão da França, que teve fratura do perônio. E como naquele tempo não havia substituição durante jogo, a seleção francesa jogou o finzinho da primeira etapa e todo o segundo tempo com um atleta a menos.
Um doc sobre o mestre Telê Santana!

Deu no blog do Marcello Lima, repórter da rádio Jovem Pan: as jornalistas Ana Carla Portella e Danielle Rosa e o administrador de empresas Carlos Hamaoka preparam um documentário sobre o maior técnico da história do São Paulo Futebol Clube, ídolo também da torcida do Fluminense, do Galo e dos fãs da seleção de 1982. O trio abriu um endereço virtual para trocar informações com os admiradores do Mestre: Documentário Telê Santana. Lá, já existem vídeos com trailers do doc. Vi trechos de depoimentos de Raí, claro, Sócrates, Zico, Muricy, Leonardo, Careca, Ricardo Rocha, Palhinha, Moraci Sant´anna, Mauro Beting, Luciano do Valle, Márcio Braga e -supresa!- Eurico Miranda. Parabéns pela iniciativa e boa sorte!
O dia em que o SOCCER eliminou o FÚTBOL

“Ih, olha eu aí. Zeeebra…” Quem passou de 30 anos tem motivos para se lembrar da zebrinha da loteria esportiva no Fantástico, o Show da Vida. Soccer 2, Fútbol zero. Digo, os Estados Unidos acabam de vencer a Espanha por 2×0, na semifinal da Copa das Confederações. A Fúria, campeã da Euro 2008, favorita para esta Confederations Cup e para a própria Copa do Mundo 2010, caiu do touro. Os americanos acabaram com invencibilidade de 35 jogos e série de 15 vitórias seguidas da Espanha. Eles tiveram um paredão que se chama Howard, que não joga na liga americana (MLS), não, joga no Everton, da Inglaterra. Outros titulares atuam nas ligas britânicas. Dempsey é do Fulham. E sabe a quem pertence o Altidore, autor do primeiro gol? Villareal, da Espanha. Ok, dizem que “não tem mais bobo no futebol”, mas peraí. A Espanha tem uma liga com Barça, Real, Valencia… em campo tinha Casillas, Puyol, Xavi, Fernando Torres, Villa e …tinha Sérgio Ramos, que pisou na bola no gol que decretou a pá de cal.
Dunga, te cuida, que a zebra está solta na África do Sul…
Tri ou tetracampeão?
Nesta quarta, começam as semifinais da Libertadores. O Cruzeiro recebe o Grêmio no Mineirão. Na quinta, em La Plata, jogam Estudiantes e Nacional. Um brasileiro tentará o tricampeonato contra argentinos ou uruguaios – que podem chegar ao tetra. O Estudiantes foi tricampeão genuíno: 68, 69 e 70. Perdeu a Libertadores de 71 justamente para o Nacional – numa revanche da decisão de 1969. Os tricolores do bolsillo ainda seriam campeões em 1980 e 88 – última vez que um time uruguaio chegou à final.
Na quinta-feira, tem Recopa, sabe o que é? Continuar lendo “Tri ou tetracampeão?”
Alemanha versus Alemanha
35 anos de um dos jogos mais estranhos da história das Copas. Em 22 de junho de 1974, no Volksparkstadion de Hamburgo, jogaram Alemanha contra Alemanha, digo a Ocidental, dona da casa (e da Copa) e a Oriental. Na Alemanha Ocidental, Maier, Vogts, Beckenbauer, Breitner, Overath, Gerd Muller e outros jogadores que seriam campeões do mundo em 7 de julho. E não é que a irmã do lado de lá do muro, a Alemanha Oriental, com aquela linda camisa azul escura da DDR, venceu a partida? E com um golaço! Sparwasser, o nome da fera. A partida, da última rodada do grupo 1 da primeira fase do Mundial disputado na Alemanha, aparece em 39º lugar na lista de Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo, livro do jornalista Paulo Vinicius Coelho, o PVC. Que lembra: “Se vencesse, a Alemanha Ocidental terminaria em primeiro lugar e cairia no grupo de Brasil, Holanda e Argentina”. Tudo que eles queriam evitar, escreve PVC no livro da Panda Books. O time de Helmut Schöen perdeu e ficou num grupo com a Iugoslávia, a Polônia do artilheiro Lato e a Suécia. A estranha partida e o uso do futebol pelas mãos de ferro do governo da DDR é um dos temas abordados no documentário Comunismo e Futebol, da BBC, que o Sportv passou no final de 2008.
Para saber mais sobre a queda do muro de Berlim (1989) e a vida dos alemães orientais no fim do comunismo, indico um excelente livro: Stasilândia-Como Funcionava a Polícia Secreta Alemã, da australiana Anna Funder.