Vamos falar de arte, da arte relacionada ao futebol? A sétima edição carioca do festival CINEfoot já tem data: 19 a 24 de maio, com uma prorrogação entre 31 de maio e 4 de junho.
Identidade visual do 7˚ CINEfoot, concebida por Daniela Fernandes e Laura Barreto: http://www.cinefoot.org/
A identidade visual do 7˚ CINEfoot foi concebida pela diretora de arte e criação Daniela Fernandes e pela ilustradora e designer Laura Barreto.
O camisa 7 é o centro das ações do CINEfoot na sua sétima edição, para muitos um número tão mítico no futebol mundial quanto o mágico “10”. Em todos os tempos na história do futebol há um momento marcante envolvendo a camisa 7 para contar e celebrar.”
Uma passada para conhecer a sede do Instituto Moreira Salles, numa bela casa projetada por Olavo Redig de Campos e que tem jardins de Burle Marx, na Gávea, na zona sul do Rio, acabou virando uma espécie de rolê do Fut Pop Clube. Tive o prazer de visitar no comecinho de 2016 uma exposição que começou em agosto de 2015, quando a Cidade Maravilhosa fez 450 anos. “Rio, Papel e Lápis” traz o traço do caricaturista Cássio Loredano – que é torcedor do Vasco (na época da final do Brasileirão de 1974, um dos “únicos cruzmaltinos da Zona Sul”). Da sacada de um apartamento em Santa Teresa, viu o Maracanã lotado no dia da final entre Vasco e Cruzeiro (deu Vascão). “Deixamos uma vizinha Vila Isabel comemorando feérica e encontramos no Leblon um silêncio de cemitério”.
É uma exposição recomendada pra quem gosta da arquitetura do Rio – de prédios históricos que foram preservados, no meio dos espigões. São 61 desenhos, feitos por Cássio Loredano entre 2014 e 15 a partir de fotografias, e agora incorporados ao acervo do IMS (veja alguns desenhos aqui). Loredano caprichou nas fachadas das sedes do Fluminense, na rua Álvaro Chaves, do Botafogo (General Severiano), lado da avenida Venceslau Brás, e um tanto mais na do seu Vasco, em São Januário.
Também desenhou a fábrica de tecidos que deu origem ao Bangu Atlético Clube.
O caricaturista lembra que o alvirrubro chegou a usar a mesma marca da fábrica Bangu estampada no peito da camisa. Um pioneiro dos patrocínios nos uniformes.
A exposição foi prorrogada até abril. Vale conhecer!
O lançamento da nova camiseta de La Roja, a seleção da Espanha (veja post anterior), é um bom gancho para falar do livro de contos do jornalista Arthur Dapieve, “Maracanazo – E Outras Histórias” (Alfaguara, também disponível como e-book).
A camisa vermelha da Fúria – bem como a camisa também vermelha da seleção chilena, também conhecida como La Roja – são importantes no quinto e último conto, “Maracanazo”, que dá nome ao livro de Dapieve. Ele não trata da final da Copa de 50, fatídica para os brasileiros e heroica para os uruguaios. Mas de um jogo que foi de vida ou morte para a seleção espanhola na Copa de 2014, contra o Chile, logo depois daquela derrota de goleada para a Holanda, na Fonte Nova, a partir daquele gol espetacular do RVP, o Van Persie. O narrador do conto, Victor, um torcedor espanhol (e do Real Madrid, que nem pronuncia o nome do Barça e não quer nem saber de independência catalã), um sujeito católico e bem de direita, conhece na arquibancada agora colorida do new Maraca uma gatinha com a camisa – vermelha – do Chile. Só que no espectro político, a garota está do lado totalmente oposto ao de Victor.
Em meio a muitas referências aos fatos que antecederam o Mundial de 2014, como os protestos da época da Copa das Confederações – quem já esqueceu o “não vai ter Copa!”? – a ficção de Dapieve é cheia de referências a política, futebol e música, como uma espécie de Nick Hornby dos trópicos, com cenas tórridas. E um final violento e chocante. Alta fidelidade, alta voltagem.
Em outros contos, Dapieve fala de pegar “jacaré” em Copacabana (dá pra ler um trecho aqui); de nazismo e música clássica, em Viena, 1939, antes da anexação da Áustria; e do finzinho da era Syd Barrett no Pink Floyd, 1968. Antes das crônicas semanais no Globo e dos contos, Dapieve se destacou como um dos melhores críticos de música do Brasil. Continuar lendo “Lançamento: “Maracanazo. E Outras Histórias.””→
Mosaico com o cartaz da turnê latino-americana. na conta dos Stones no Instagram.
Em fevereiro… em fevereiro, tem Carnaval… e vai terRolling Stonestambém. A banda de Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts confirmou hoje a volta à América Latina em 2016, 10 anos depois do megashow na praia de Copacabana. Aleluia! Vai ser uma turnê quase toda em estádios de futebol – com exceção da Cidade do México – para Copa Libertadores nenhuma botar defeito. E em algumas cidades, os cinquentones vão tocar pela primeira vez. Como Porto Alegre, Montevidéu, Lima e Bogotá.
Confira as datas da Olé Tour 2016:
Chile – 3 de fevereiro de 2016 – Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos
Argentina – 7 de fevereiro – Estádio Único Ciudad de La Plata
Argentina – 10 de fevereiro – Estádio Único Ciudad de La Plata
Argentina – 13 de fevereiro – Estádio Único Ciudad de La Plata
Uruguai – 16 de fevereiro – Estádio Centenario
Rio de Janeiro – 20 de fevereiro, um sábado – Maracanã
São Paulo – 24 de fevereiro, uma quarta-feira – Morumbi
São Paulo – 27 de fevereiro, um sábado – Morumbi
Porto Alegre – 2 de março, uma quarta-feira – Beira-Rio
O blog Fut Pop Clube saúda o título da segundona do futebol do Rio, conquistado pelo Mecão (o acesso à elite do futebol carioca já estava garantido) com a dica de uma leitura divertidíssima: “Tijucamérica”, do jornalista José Trajano, que como qualquer pessoa que já tenha assistido à ESPN no Brasil tá careca de saber, é americano fanático.
Sabe aquelas listas de melhores da história de um time? Pois a “chanchada fantasmagórica” de José Trajano pega o
“dream team” do America e bota o time de zumbis pra disputar de novo o campeonato carioca. Mas os mortos-vivos é que levam susto com o “New Maraca”.
Tudo com muita informação sobre o “Saaangue”, a Tijuca e figuras dos anos dourados do rádio e do Rio. Lamartine Babo incluído.
Esta semana, Trajano autografa seu novo livro no Rio em três eventos. O lançamento é da Paralela.
Terça-feira, 28 de julho, às 19, na Livraria da Travessa em Ipanema: http://on.fb.me/1HYAZZw
Quinta-feira, 30 de julho, às 19h, na Livraria Saraiva do Shopping Tijuca: http://on.fb.me/1JqfPIh
Sábado, 1º de agosto, às 11h, no Bar do Chico (Rua Afonso Pena, 128).
Poucas vezes vi futebol profissional tão bem tratado pelas câmeras do cinema como a final de campeonato anual de favelas, entre o Esporte Clube Juventude e o Geração Futebol Clube, neste “Campo de Jogo”, documentário de Eryk Rocha (filho de Glauber Rocha, diretor de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, “Terra em Transe” etc etct etc).
O Juventude, que tem um escudo semelhante ao xará de Caxias do Sul, é do bairro Sampaio, e recebe no seu campo – não muito distante do Maracanã – o Geração, da comunidade da Matriz. Decisão do campeonato anual de favelas, que reúne 14 times. E mais não posso falar, pra não ser #spoiler.
O tratamento a times amadores como Juventude e Geração, seus jogadores, seus técnicos e seus torcedores é semelhante ao que as lentes do Canal 100 davam ao futebol campeão do mundo, num palco sagrado como o Maracanã, e personagens como os jogadores da seleção (e claro, os “geraldinos”)
Os heróis e vilões aqui são todos anônimos, pelo menos para o grande público. Certamente são ídolos nas comunidades que defemdem. “Campo de Jogo” tem 71 minutos sem narração, sem voz em off, sem entrevistas. Só um balé de imagens (preste atenção na cena do juiz cercado), outro show de captação de som ambiente (com direito a vários #VTNC, #FDP e #PQP de qualquer estádio de futebol) e ótima trilha sonora. O resultado é um filme que daqui a muitos anos certamente será lembrado como um marco. Como um clássico.
Dez anos do fim da geral no Maracanã! O documentário Geraldinos passou no festival É Tudo Verdade e é uma das atrações do CINEfoot. O filme de Pedro Asbeg e Renato Martins ganhou a Taça CINEfoot de longa-metragem na edição carioca e agora tenta a dobradinha na seleção paulista do festival.
O filme de Álex De La Iglesia sobre o craque do Barça e da Argentina é o cartaz da sessão de abertura da 6 edição do CINEfootno Rio, dia 21 de maio, 20h30, Espaço Itaú de Cinema, Praia de Botafogo.
Cena de “Messi” :avalon.me/distribucion/catalogo/messi
O diretor basco fez uma mescla de atores recontando a infância e a chegada de Léo a Barcelona com documentário, com arquivo e depoimentos – destaque para as imagens do Messi molequinho, quando era uma Pulguinha, driblando todo mundo e fazendo cada golaço! Um filme que tem tudo pra agradar aos fãs de Messi, do Barça e, especialmente, do Newell’s Old Boys. Deixa no ar a sensação que Lionel Messi encerra a carreira nos leprosos, como o time rubro-negro rosarino é apelidado. De La Iglesia reúne em mesas de um restaurante amigos de infância, professoras de Messi e celebridades da bola, como Cruyff, Cesar Luis Menotti, Jorge Valdano, Iniesta, Piqué, Mascherano, Alejandro Sabella. Messi adulto fala pouco. “El flaco” Menotti dá um show! Veja o trailer.
O sexto CINEfoot no Rio de Janeiro vai até 26 de maio. Em setembro, o festival passa em São Paulo, Belo Horizonte e Recife (10 a 14/9).
A edição carioca tem 49 produções brasileiras e estrangeiras e recebeu 156 inscrições para as mostras competitivas. Vai ter sessões especiais para filmes de futebol do Chile, em homenagem à sede da Copa América. Outro país homenageado será a República Tcheca, com um filme-tributo ao Dukla Praga F.C.
O CINEfoot lembra também dos 10 anos do fim da geral no Maracanã, com o premiado curta “Geral” (de Anna Azevedo), antes de “Messi”, e “Geraldinos“, na msotra competitiva de longas.
No último dia de festival no Rio, estreia o filme “95”, sobre os 20 anos do título brasileiro do Botafogo. Os santistas não devem querer nem passar perto do Espaço Itaú de Cinema da Praia de Botafogo, em 26 de maio, às 18h…
“95” é um filme oficial do Botafogo sobre o título brasileiro
O Pearl Jam anunciou as datas da sua Latin American Tour, que baixa por aqui em novembro 2015. Os cinco em estádios de futebol – três deles usados no Mundial 2014.
11 de novembro – Porto Alegre – primeiro megashow de rock na Arena do Grêmio.