O Cosmos, atual campeão da NASL, divisão do “soccer” logo abaixo da MLS, está com nova fornecedora de material esportivo. A Under Armour apresentou os novos uniformes do time de Nova York esta semana.
A nova versão do New York Cosmos conquistou o Soccer Bowl da NASL, a North American Soccer League. Na decisão, o NY Cosmos, melhor do outono, derrotou os campeões da primavera, os Silverbacks, em Atlanta: 1×0, gol de Marcos Senna. Na versão anterior (e mais galática) da NASL, o time de Nova York ganhou a liga em 1972, 77 (com Pelé), 78, 80 e 82.
A principal liga do ‘soccer’, a MLS, já tem o Red Bulls e em 2015 vai ter o NYCFC (parceria dos Yankees do beiselbol com o Manchester City). Como fã do ‘soccer’ do final dos anos 70 e súdito do Rei Pelé, espero que o novo Cosmos tenha oportunidade de chegar lá.
O mítico New York Cosmos (segundo e último time da carreira de Pelé, nos anos 70) está de volta ao futebol profissional, depois de 29 anos de ausência. A liga é a mesma em que o NY Cosmos ganhou cinco títulos entre 1972 e 1982, a NASL, North American Soccer League, embora hoje a Major League Soccer (MLS) seja a principal divisão do “nosso” futebol na terra do Tio Sam. A reestreia é neste sábado, 3 de agosto, 7 da noite na costa leste (8 em BSB), contra os velhos conhecidos do Fort Laurderdale Strikers (vice-campeões em 1980 diante do Cosmos), no James M. Shuart Stadium, estádio da universidade Hofstra, em Hempstead, a leste de Manhattan. Tem capacidade para cerca de 15 mil torcedores. O Cosmos jogou nesse estádio nos anos 70, antes de usar o Giants Stadium.
O Cosmos pretende um dia disputar a Major League Soccer. Mas a criação do New York City FC, joint-venture entre o Manchester City e o time de beisebol New York Yankees, pode dificultar o sonho. O objetivo do NYCFC é entrar na MLS em 2015. Na região de N.York/New Jersey, a MLS já conta com o NY Red Bulls. Continuar lendo “O Cosmos voltou!”→
A carreira do belo filme “Os Rebeldes do Futebol” fez mais uma escala. Depois de Cartagena e do BCN Sports Films, o doc ancorado por Eric Cantona abriu a programação do Thinking Football Film Festival, em Bilbao. O festival que vai até sábado é promovido pelo Athletic Club e pela fundação do clube basco. Temos aqui o querido CINEfoot, mas já imaginou um time brasileiro promovendo um festival de cinema, ainda mais sem um filme sobre o próprio umbigo? Palmas para o Athletic.
Nesta terça-feira, o Thinking Football exibe “Cracks de Nácar”, doc argentino sobre a paixão de dois veteranos jornalistas pelo futebol de botão (confira o texto anterior). E outra produção do Cone Sul: “Manyas – La Película”, sobre a irada torcida do Penãrol (confira meus pitacos). Continuar lendo “Thinking Football”→
A incrível chance de gol perdida pelo vascaíno Diego Souza, na segunda partida das quartas da Libertadores contra o Corinthians, me fez lembrar da maneira como eram decididas as partidas da North American Soccer League(NASL) nos “dancing days” do “soccer” nos Estados Unidos – e não só as finais, como o Soccer Bowl, mas outras partidas que terminavam empatadas. Os “shootouts”. Não eram pênaltis. Mas lances em que o cobrador partia com a bola de uma linha entre a grande área e o meio de campo e tinha cinco segundos para chutar. O goleiro podia não só se mexer como sair. É uma “licença poética”, claro, as situações são diferentes, no lance do Diego Souza a bola estava em jogo, com todo o peso dramático de um mata-mata da Libertadores, essa obsessão brasileira. Mas ver o vídeo abaixo (de uma decisão por “shootouts”) entre o galático NY Cosmos e os Washington Diplomats e analisar a dificuldade enfrentada por craques como o “capita” Carlos Alberto Torres e o paraguaio Romerito (que ainda seria ídolo do Fluminense) pode fazer a gente pensar se os torcedores mais irados do Vasco e demais secadores devem responsabilizar Diego Souza pela eliminação.
Os goleiros quase sempre levavam a melhor, pelos vídeos que pesquisei. Era super difícil converter o “shootout”! Não deixa de ser uma maneira interessante de decidir uma final empatada, apesar do baixo score. Curioso, porque pra as plateias americanas, mais acostumadas com basquete, NFL, beisebol, certamente um placar elevado seria mais atraente. Mas os estádios lotavam.
Que estilo do Romerito para bater, hein? Nem isso adiantou. E que catimbeiro o goleiro Irwin, dos Diplomats, hein? Waldir Perez perde… Continuar lendo “Quase um pênalti”→
Quem tem idade para acompanhar pelas transmissões da antiga TV Tupi o final da campeoníssima carreira de Pelé, com as belas camisas do NY Cosmos, deve se lembrar do camisa 9 daquele galático time de “soccer”, o centroavante italiano Giorgio Chinaglia. Marcava gols à beça! Foi o maior artilheiro da história do Cosmos. O que só descobri recentemente, vendo o documentário “O Mundo a Seus Pés – A Extraordinária História do New York Cosmos“, é que o brasileiro e o italiano não se davam exatamente bem. Mas hoje é dia de saber um pouco mais sobre Chinaglia, que morreu neste domingo, de ataque cardíaco, na Flórida. Continuar lendo “Giorgio Chinaglia, artilheiro da Lazio e do NY Cosmos”→
Esse dia, eternizado na música “Love, Love, Love”, de Caetano Veloso (disco “Muito”, 1978, capinha ao lado), foi também um dia em que Pelé jogou contra o seu Santos. Meio jogo, é verdade. 1º de outubro de 1977. NY Cosmos x Santos. Giants Stadium lotado por 75 mil pessoas. Pelé (então com 37 anos) atuou o 1º tempo com a camisa verde do time de NY, como esta, do colecionador Paulo Gini. Fez um gol. No segundo tempo, vestiu a clássica camisa branca do Peixe. Placar: Cosmos 2 x1 Santos.
Ticket do jogo de despedida do Rei, encarte do livro "Pelé - Minha Vida em Imagens" (editora Cosac Naify))
O amistoso de despedida do Rei do soocer é um dos assuntos abordados na autobiografia muito bem ilustrada Pelé – Minha Vida em Imagens, lançada pela editora Cosac Naify. Além do texto de Pelé, muitas fotos e lista dos 1.283 gols, o livraço vem com encartes, como o ingresso (veja ao lado) desse jogo entre Cosmos e Santos. O Peixe contava com Clodoaldo, Aílton Lira, Juary e João Paulo, mix de veteranos e jovens de uma das muitas gerações do que se convencionou chamar Meninos da Vila. O time da Warner Communications contava ainda com Beckenbauer, Carlos Alberto Torres e Chinaglia – atacante italiano que não se dava exatamente bem com o Rei, aprendi no documentário O Mundo A Seus Pés – A Extraordinária História do NewYork Cosmos. Hoje o Museu do Futebol tem uma tarde reservada a filmes sobre Pelé. A partir de 15h, os curtas Uma História de Futebol, bela ficção sobre a infância do Rei, mais Pelé 70 e 1.284 – O Último Gol de Pelé, que circula na web. Às 16h30, o doc Isto É Pelé. Leia mais sobre o filme do Cosmos neste link, ou dentro do post.
Vi no GloboEsporte.com a notícia da volta do New York Cosmos, onde Pelé encerrou a carreira em 1977 – o anúncio foi feito neste domingo pelo próprio Rei (presidente de honra do time), ao lado de Carlos Alberto Torres (o capita da seleção de 1970 jogou com o Pelé no galático escrete nova-iorquino, como Beckenbauer). Quem torce pela popularização do soccer, o nosso futebol nos EUA, e quem acompanhou pela TV Tupi a trajetória do Cosmos na era Pelé da NASL (na época,o nome da liga americana de soccer) sempre sonhou com essa volta. Pelo que li, a primeira meta é a formação de jogadores, na Cosmos Academy, em parceria com o BW Gottschee, clube do bairro do Queens. O texto do anúncio deixa claro que, no entanto, o objetivo maior é voltar à divisão principal do soccer – a MLS. A questão é se o Cosmos vai conseguir cavar seu espaço na metrópole que tem o NY Red Bulls, arena novinha, que já trouxe Thierry Henry para atuar com Juan Pablo Angel e acaba de contratar o mexicano Rafa Marquez (do Barcelona), que vai jogar com a camisa 4. Será que tem lugar pra todo mundo? Com certeza, os nomes de Pelé e do Cosmos abrirão portas. Aproveito para lembrar alguns textos sobre o ex-time americano de Pelé no blog. Há um filme bem interessante, O Mundo a Seus Pés, que documenta a Extraordinária História do New York Cosmos. Eu não sabia que o atacante italiano Chinaglia se dava mal com o Rei do Futebol!
A autobiografia ricamente ilustrada de Pelé, Minha Vida em Imagens, tem farto material iconográfico como fotos, flâmulas, jornais, programas, bilhetes etc da passagem do King of Soccer por Nova York. Também faz sucesso de público no blog a foto da camisa da despedida de Pelé, Cosmos x Santos, que pertence ao colecionador Paulo Gini.
Há um canal do Cosmos no You Tube com 4 vídeos (entre eles, o desse jogo do adeus).
Site oficial: www.nycosmos.com
Publicado em 15/06/2010
Gotemburgo, Suécia, 15 de junho de 1958. Estreia em Copas do Mundo de um adolescente que, em família era (ainda é) chamado de Dico. Alguns o chamavam de Gasolina. Outros de Bilé. Para o mundo, Pelé. Era o terceiro jogo do Mundial na Suécia, contra a temida União Soviética (do goleiro Yashin, letra Y da exposição As Copas de A a Z). Pelé, Garrincha (dupla que jamais perdeu) e as feras do Feola começaram barbarizando os russos. Massacre nos primeiros minutos. 2×0 no placar final.
Dias depois, camisa 10 às costas em 1958 por obra do destino, Pelé marcaria o primeiro de 12 gols em quatro Copas. Um gol decisivo, o único das quartas de final contra a País de Gales. Na semifinal, contra a França do artilheiro Just Fontaine, ELE fez o 3º, o 4º e o 5º da goleada por 5×2. Na final contra a Suécia, dona da casa, mais dois – incluindo o que a histórica narração de rádio descreve: “magistral o gol de Pelé”. “Pelé – Minha Vida em Imagens” (editora Cosac Naify) é uma autobiografia fartamente ilustrada desse menino-Rei, filho de dona Celeste e seu João Ramos do Nascimento, o Dondinho, atacante do Atlético de Três Corações. O depoimento de Edson Arantes do Nascimento no livro, em 1ª pessoa, descreve a infância, a mudança para Bauru, os times do Ameriquinha, Baquinho (categoria de base do BAC, Bauru Atlético Clube), Radium, até a chegada ao Santos, pelas mãos de Waldemar de Brito. Pelé também escreve sobre a contusão num amistoso contra o Corinthians (por ironia, seu time de botão na infância) que o deixou fora dos dois primeiros jogos da Copa de 58. A admiração das garotas suecas (mútua). Os casamentos. Nova contusão, durante o Mundial do Chile (“a Copa de 62 foi ganha por ele”, Garrincha). A decepção em 1966. Continuar lendo ““Pelé – Minha Vida em Imagens””→