Deu La Roja. Na Copa América.

Chile 2016 (Nike)
Chile 2016 (Nike)

La Roja é a bicampeã da Copa América. É o apelido da seleção do Chile, adotado até no Twitter oficial. A albiceleste Argentina pode ter o melhor do mundo, que mandou no rio Hudson sua cobrança de pênalti, mas La Roja tem a melhor seleção do continente, e comprovou isso com o bicampeonato, na Copa América Centenário, disputada na terra onde o “nosso” futebol é soccer. É o melhor Chile da história, que começa com um grande goleiro, decisivo no Metlife Stadium. Bravo! Que campanha!

Já a La Roja da Europa, a seleção da Espanha (outrora também conhecida como Fúria) caiu nas oitavas de final da Euro 2016, dando adeus ao sonho do terceiro título seguido. Não dá pra reclamar de juiz, como em outras competições (como o Mundial de 2002). A Espanha vacilou diante da Croácia, pegou logo no primeiro mata-mata a sempre perigosa Itália. No primeiro tempo, só deu Itália, diante de uma Espanha irreconhecível. No segundo, Del Bosque mexeu, a Espanha martelou, martelou… até o Piqué virou atacante de referência (talvez pelo fato de Del Bosque não ter levado outros além de Aduriz), La Roja europeia só não marcou porque do outro lado estava a melhor defesa do mundo, capitaneada por um “GIGIgante”: Gigi Buffon.

Atacou, atacou, não fez e acabou levando o segundo, óbvio, num contra-ataque letal ao melhor estilo Azzurra.

Que jogão vai ser Alemanha e Itália! Sairá desse clássico de quartas de final (sábado, em Bordeaux) o campeão europeu de 2016? Voto que sim. Continuar lendo “Deu La Roja. Na Copa América.”

Novo distintivo: US Soccer

A federação americana de “soccer” tem um novo escudo.
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O designer Tal Leming criou o tipo 90Minutes especialmente pro novo distintivo das seleções americanas. Gostei do jeito retrô.

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Os Estados Unidos vão sediar a Copa América Centenário, em junho. Continuar lendo “Novo distintivo: US Soccer”

Discutindo a relação: a Seleção Brasileira e o Morumbi. Veja a lista dos jogos.

10464313_588986841222679_4006644258918849428_nA Seleção Brasileira e o público paulistano parecem viver uma eterna “D.R.” quando se encontram no Morumbi, pelo menos dos anos 70 ou 80 pra cá. Se o gol demora, pode ter certeza, lá vem vaia. Nos últimos anos, goleiros e centroavantes ouviram gritos de “Rogério! Rogério” e “L u í s F a b i a n o !”. Técnicos não foram poupados. Parreira ouviu “Olê, olê, olê, Telê, antes da Copa de 1994″. Mano Menezes ouviu um grito de adeus no feriado de 7 de setembro de 2012, na ‘goleada de um a zero’ sobre a África do Sul.. Por mais de uma vez, o rigoroso público paulistano não perdoou nem um símbolo como a bandeira nacional.
Mas às vezes basta a Seleção marcar um gol para rolar aquele chatinho”eu  / sou brasileiro/  com muito orgulho / com muito amor”.
O certo é que em 28 jogos, desde 1963 (o Morumbi foi inaugurado em 1960 e ampliado em 1970), marcaram gols pela Seleção no estádio nomes como Pelé (bem no dia da despedida do escrete canarinho, em 1971) Pepe, Jairzinho, Leivinha, Roberto Dinamite, Reinaldo, Rivellino, Sócrates, Zico, Tita, Careca, Bebeto, Romário, Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Luís Fabiano e, agora, Fred. Ao todo, foram 18 vitórias, 9 empates e apenas uma derrota, na primeira partida.
Vamos à lista! Para este post, contei com a preciosa ajuda de Michael Serra, do arquivo histórico do São Paulo FC, a quem agradeço por mais uma gentileza.

  1. Brasil 2×3 Argentina, Copa Roca, 13/04/1963. Pepe marcou os dois gols da Seleção
  2. Brasil 4×0 Peru, amistoso, 4 de junho de 1966. Duas vezes Lima, Paraná e Pelé.
  3. Brasil 5×0 Chile, amistoso, 22 de março de 1970. Duas vezes Pelé, 2 vezes Roberto Miranda e Gérson.
  4. Brasil 0x0 Bulgária, amistoso, 26/04/1970.
  5. Brasil 1×1 Áustria, amistoso, 11/07/1971. Pelé marcou, num de seus jogos de despedida da Seleção.
  6. Brasil 3×0 Iugoslávia, Minicopa, 02/07/1972. Marcaram Leivinha (duas vezes) e Jairizinho.
  7.  Brasil 2×0 Romênia, amistoso, 17/04¹974. Edu e Leivinha.
  8. Brasil 0x0 Áustria, amistoso, 1º de maio de 1974.
  9. Brasil 1×0 Bulgária, amistoso, 23/01/1977. Roberto Dinamite.
  10. Brasil 2×0 Seleção Paulista, amistoso, 25 de janeiro de 1977 (*). Gil e Palhinha marcaram.
  11. Brasil 1×1 Seleção Paulista, amistoso, 16 de junho de 1977 (*). PC Caju marcou pro Brasil.
  12. Brasil 3×1 Polônia, amistoso, 19/06/1977. Paulo Isidoro, Reinaldo e Rivellino.
  13. Brasil 5×0 Ajax, amistoso, 21/06/1979 (*). Duas vezes Sócrates, 2 vezes Zico, Toninho.
  14.  Brasil 2×0 Bolívia, Copa América, 16/08/1979. Tita e Zico.
  15. Brasil 1×1 Polônia, amistoso, 29/06/1980. Zico.
  16. Brasil 1×1 Tchecoslováquia, amistoso, 03/03/1982. Gol de Zico.
  17. Brasil 0x0 Argentina, amistoso, 17/06/1984.
  18. Brasil 1×1 Bolívia, Eliminatórias 30/06/1985. Gol de Careca.
  19. Brasil 6×0 Venezuela, Eliminatórias, 20/08/1989. Marcaram: Careca (4), Silas e Acosta contra.
  20. Brasil 2×0 Equador, Eliminatórias, 22/08/1993. Bebeto e Dunga.
  21. Brasil 3×2 Equador, Eliminatórias, 26/06/2000. Rivaldo (2 vezes), Antônio Carlos.
  22. Brasil 3×1 Argentina, Eliminatórias, 26/07/2000. Gols: Alex e Vampeta (2).
  23. Brasil 1×0 Colômbia, Eliminatórias, 15/11/2000. Gol: Roque Júnior.
  24. Brasil 1×1 Peru, Eliminatórias, 25/04/2001. Gol do Brasil: Romário.
  25. Brasil 3×1 Bolívia, Eliminatórias, 05/09/2004. Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Adriano marcaram para o Brasil.
  26. Brasil 2×1 Uruguai, Eliminatórias, 21/11/2007. Duas vezes Luís Fabiano.
  27. Brasil 1×0 África do Sul, amistoso, no 7 de setembro de 2012. Gol de Hulk.
  28. Brasil 1×0 Sérvia, amistoso – o último antes da Copa, 06/06/2014. Gol: Fred.

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Álbum: “Brasil de Todas as Copas”.

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c002587RCABREstá nas bancas um álbum de figurinhas que conta a história da Seleção Brasileira desde o primeiro jogo até os prováveis convocados da nova família Scolari para o Mundial. Brasil de Todas as Copas: 1919 – 2014″ (Panini). Como o título sugere, o álbum destaca as taças (Sul-Americano, Copa América, Jules Rimet, a Copa das Confederações…), a evolução do uniforme e do distintivo, a derrota de 1950, a conquista de 1958, o bi em 1962, a última partida de Pelé e Garrincha juntos, o tri no México, as campanhas de 74 e 78, a era Telê Santana, e em contraposição, a era Lazaroni, o tetra em 1994, o apagão na final de 1998, o penta em 2002, a queda em 2006 e 2010. Há uma página sobre o Rei do Futebol, outra para Zagallo e uma dedicada aos monstros sagrados como Domingos da Guia e Garrincha. Continuar lendo “Álbum: “Brasil de Todas as Copas”.”

Há 94 anos, Friedenreich marcou um gol que virou clássico – da música.

Dica do Facebook do Museu do Futebol

FutPopClube.com
FutPopClube.com

Estádio das Laranjeiras, 29 de maio de 1919. Decisão do Sul-Americano. Brasil x Uruguai.

Numa jogada emocionante, o nosso time venceu por um a zero e a torcida vibrou.

O gol de Friedenreich, que 7 décadas depois inspirou a linda letra de Nelson Angelo para “1×0”, o chorinho já clássico de Pixinguinha e Benedito Lacerda, saiu na 3ª prorrogação. 122 minutos de clássico. O Sul-Americano de 1919 é tido como o primeiro grande título da Seleção – que ainda não era Canarinho. Usava camisas brancas, só abandonadas após o vice na Copa de 1950, diante do mesmo Uruguai.
Aproveito a efeméride para recomendar algumas versões de “Um a Zero”: a do próprio Nelson Angelo, a do grupo vocal Arranco de Varsóvia, a de Pedro Lima e a instrumental do grupo Choro das 3.
E livros. “Friedenreich – A Saga de um Craque nos Primeiros Tempos do Futebol Brasileiro”, recém-lançado,  “Sul-Americano de 1919 – Quando o Brasil descobriu o Futebol”, de Roberto Sander. “Futebol no País da Música”, de Beto Xavier”. de “A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira”, de Assis Angelo.
Para saber mais sobre a história do estádio das Laranjeiras, a primeira casa da Seleção, vale a pena dar um rolê pela Sala de Troféus do Fluminense. É um museu sensacional, muito interativo.

Rolê do blog pelo Museo del Fútbol, no estádio Centenario.

http://www.auf.org.uy/ Asociación Uruguaya de Fútbol
Linda vista aérea do mítico estádio, em foto que está no Museo del Fútbol e no site  da Asociación Uruguaya de Fútbol: http://www.auf.org.uy/
Obra de Carlos Páez Vilaró, no Museo del Fútbol, em Montevidéu

Com este belo mural do artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró, no Museo del Fútbol do estádio Centenario, Fut Pop Clube começa o passeio pelo cenário da primeira Copa do Mundo, a de 1930 – e seu interessantíssimo museu, inaugurado em 1975. O ingresso não custa caro, não. Cerca de 10 reais. Nós brasileiros podemos pagar na nossa moeda, mesmo. Aliás, leve reais, dólares ou pesos uruguayos de sobra, porque a lojinha do museu é tentadora! O senhor que me recebeu, um “carbonero” (torcedor do Peñarol) foi super simpático, mostrou não só interesse como muito conhecimento sobre o futebol brasileiro. Falou com opinião sobre a seleção de 1982, de Telê, falou do goleiro Leão, Libertadores… Enfim, tem história para contar e muito interesse pelo futebol brasileiro, como outros torcedores uruguaios. Continuar lendo “Rolê do blog pelo Museo del Fútbol, no estádio Centenario.”

#OrgulloCeleste: Uruguai, rei da Copa América

Perdão, Messi, melhor jogador do mundo. Perdão, Brasil, pentacampeão mundial. Hoje a melhor seleção do continente é a do Uruguai, quarto colocado no Mundial 2010 e agora, campeão da Copa América 2011 – de novo ficando na frente dos dois arquirrivais históricos, a Argentina albiceleste e o Brasil canarinho. Raça, muita raça – com os 11 da Celeste não tem bola perdida – e excelente futebol traduzem hoje o futebol charrúa.  Continuar lendo “#OrgulloCeleste: Uruguai, rei da Copa América”

Celeste x Albirroja na final da Copa América!

O Uruguai está na final de uma Copa América depois de 12 anos! A Celeste Olímpica disputou com o Brasil (e perdeu) a final de 1999. A última copa levantada pela Celeste foi a de 1995. Contra a amarelinha.

(Atualizando em 21/07) Na quarta-feira, o Paraguai superou La Vino Tinto (Venezuela) nos pênaltis.A última vez que a Albirroja foi à final: 1979. Faturou.

Uruguai que se cuide com o tal de Justo Villar.

Partidazo!

Foi uma partidaça. 120 minutos de luta, raça, expulsões, emoção, boas jogadas, sim, e decisão nos pênaltis – a cara que o técnico argentino fez quando acabou a prorrogação… O Uruguai, que ficou com 10 em campo cedo, se segurou e também ameaçou, com grandes atuações de Forlán, Suárez, Lugano e, especialmente, Muslera. O jovem goleiro catou até pensamento no tempo normal, na prorrogação e, nos pênaltis, defendeu a cobrança de Tévez. E num 16 de julho como o de 1950, quando silenciou o Maracanã, a Celeste calou o estádio que os argentinos chamam de Cemitério de Elefantes. Terminou em Santa Fé o sonho argentino de ganhar a Copa América 2011 na sua casa. Continuar lendo “Partidazo!”

Alviceleste x Celeste Olímpica

Los Cafeteros (Colômbia) x La Blanquirroja (Peru). La Albiceleste (alviceste, Argentina) contra a Celeste Olímpica. Começam as quartas de final da Copa América. Olhos do mundo do futebol, pelo menos do continente, mais voltados para Santa Fé, onde argentinos e uruguaios disputam uma vaga nas semifinais. Grande clássico, pena que tão cedo, mas pelo menos é garantia de emoção. Cada seleção venceu catorze vezes a competição.. Só uma permanecerá na luta para erguer a copa no Monumental de Nuñez. Por curiosidade, num 16 de julho. Data em que os uruguaios lembram os 61 anos do Maracanazo – a virada sobre o Brasil na final de outra Copa, a do Mundo, em 1950. Dentro do post, dica de um livro sobre o episódio, lançado no ano passado. Continuar lendo “Alviceleste x Celeste Olímpica”