Cinco Graças

12191165_1651423431771884_1377116185820543650_oForçando um pouco a barra, dá pra dizer que teve futebol no Oscar. Num dos filmes que concorreram ao Oscar de melhor filme estrangeiro, uma personagem é apaixonada por futebol. Estou falando do filme “Cinco Graças” (Mustang), produção francesa falada em turco, comandada por uma diretora turca. Deniz Gamze Ergüven e a roteirista francesa Alice Winocour contam a história de cinco irmãs de uma vila turca, criadas pela avó e pelo tio. E criação rigorosa é apelido para o tratamento dado às meninas. A certa altura do filme, descobrimos que a mais nova, Lale, se amarra em futebol. Quer ir a um estádio ver um jogo importante da Copa da Turquia. A chance é quando Lale fica sabendo de uma daquelas punições dadas aos clubes por causa da violência das torcidas. Em vez de jogo com portões fechados, uma plateia só de crianças e mulheres. Isso aconteceu na vida real, pelo menos uma vez, num Fenerbahçe x Manisaspor – aqui, é um fictício Trabzonspor x Galatasaray. Lale e as irmãs bolam um jeito de fugir da marcação cerrada do tio e da avó para ir ao estádio, numa das cenas mais engraçadas deste belo filme sobre opressão – em cartaz nos cinemas nestes tempos de Oscar 2016.
Veja a cena da fuga.


Dentro do post, o trailer.
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City pintou de azul a Copa da Liga Inglesa 2016

Saiu o primeiro campeão da temporada 2015-16 do futebol inglês.
A festa que começou com uma linda versão à capela de “God Save the Queen” terminou ao som de “Blue Moon” (um hino para os torcedores do Man City).

https://www.facebook.com/mcfcofficial
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Foi com esta camisa da foto aí de cima que o Manchester City, ainda treinado pelo ingeniero Manuel Pellegrini, conquistou sua quarta Copa da Liga Inglesa (Football League Cup, hoje Capital One Cup por causa do patrocínio). O City saiu na frente (Fernandinho) e poderia ter resolvido a questão nos 90 minutos, não fossem as defesas de Mignolet – e o gol de empate do Liverpool (Philippe Coutinho), do técnico Jürgen Klopp, no finalzinho do tempo normal. Nada de gols na prorrogação.

E se não fosse este goleiro argentino da foto abaixo, a festa em Wembley poderia ser ao som de “You’ll Never Walk Alone”. Willy Caballero, reserva de Hart no campeonato inglês, catou três pênaltis dos reds. Na última temporada no comando do City, que já contratou Pep Guardiola, Pellegrini já levanta um troféu.

Willy Caballero, o herói da decisão. https://www.facebook.com/mcfcofficial
Willy Caballero, o herói da decisão. https://www.facebook.com/mcfcofficial

Dentro do post, a lista de todas as finais da Copa da Liga Inglesa, desde a temporada 1960-61, começando pelas edições com o nome do atual patrocinador. Continuar lendo “City pintou de azul a Copa da Liga Inglesa 2016”

Uma Copa esquecida e um século de seleção brasileira, no 75º encontro do Memofut.

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No sábado que vem, o Memofut (grupo de literatura e memória do futebol) se reúne mais uma vez no auditório do Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu. No encontro – aberto ao público-, a partir de 9h30, o Max Gehringer vai falar da chamada copa esquecida, o Mundial de 1954. Às 11h15, o pesquisador Ivan Soter bate um papo sobre um de seus livros: “Enciclopédia da Seleção – 100 Anos de Seleção Brasileira de Futebol – 1914 – 2014”.

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De camarote

27 de fevereiro de 2016

Podemos dizer que o Barça assiste de camarote ao dérbi madrilenho que vai ser disputado neste sábado, no Bernabéu. O líder de La Liga tem 8 pontos de vantagem sobre o Atleti e 9 sobre o Real Madrid. Se der empate no clássico de Madri, no domingo o Barça pode ampliar para 11 e 12 pontos a vantagem. Basta vencer no Camp Nou o perigoso Sevilla, 5º colocado no campeonato. Nesse caso, se a partida entre blancos e rojiblancos tiver vencedor, o perdedor dá praticamente “adiós” ao sonho de impedir mais uma taça do time de Luis Enrique. Por isso, o diário catalão (e blaugrana por linha editorial) fez esta capa, muito boa por sinal.

http://www.sport.es/es/noticias/barca/consulta-portada-sport-de-hoy-4932241
http://www.sport.es/es/noticias/barca/consulta-portada-sport-de-hoy-4932241

Situação diferente de um, dois anos atrás (lembro que Real e Atleti decidiram a Champions num derbi madrileño lisboeta).  Mas  como já disseram, clássico é clássico e vice-versa! E o de Madri rende horas de debates apaixonados nos balcões de bares… e não só! Em qualquer lugar da capital.

No ano passado, o departamento de turismo da Comunidade de Madri publicou dois anúncios bem legais mostrando visões madridistas e atleticanas da capital espanhola. Diego Simeone Fernando Torres, Raúl Jiménez, Koke,  Griezmann e o então ídolo rojiblanco Arda Turan (hoje no Barça)) mostraram uma outra Madri. Boas dicas!

Pelo lado do Real, o multicampeão Carlo Ancelotti (agora a caminho de Munique) ainda era o técnico merengue na época do vídeo. Astros do futebol (Cristiano Ronaldo, Isco, Bale, Toni Kroos, Benzema, Navas) e do basquete blanco (Nocioni, Sergio Llul, Sergio Rodríguez e Felipe Reyes) participaram do divertido anúncio. Confira dentro do post. E não deixe de conhecer Madri!

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É dele a camisa número 10!

Lembra de ter visto na rede a foto de um garotinho com uma improvisada camisa 10 da Argentina, toda feita à mão, na base da raça? O material? Plástico!
Ele é Murtaza Ahmadi, tem 5 anos e sofre com o conflito no Afeganistão.

https://www.facebook.com/unicef/
https://www.facebook.com/unicef/

Via Unicef, Murtaza acaba de receber uma 10 albiceleste – assinada por Lionel Messi, embaixador da Boa Vontade do Unicef.

© UNICEF Afghanistan/2016/Mahdy Mehraeen #TeamUNICEF
© UNICEF Afghanistan/2016/Mahdy Mehraeen #TeamUNICEF

Eu amo o Messi. E a minha camiseta diz que ele me ama”.

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Stones!

Poster do primeiro show dos Stones no Morumbi - facebook.com/therollingstones. À venda em http://rollingstones.shop.bravadousa.com/product.aspx?pc=BGAPRS159&cp=150_81120
Poster do primeiro show dos Stones no Morumbi – facebook.com/therollingstones

Os Stones estão na área. Os Rolling – que em S.Paulo já tocaram no Pacaembu e no estádio de atletismo do Ibirapuera – estreiam hoje no Morumbi. Sábado tem um segundo show no estádio do tricolor paulista. Bem que os clubes de futebol e donos de estádios poderiam incluir em seus museus e memoriais iconografia e memorabilia dos concertos de rock que por lá passarem… Nas Laranjeiras, o Fluminense abriu este mês a expo Flu Stones, que fala da relação entre banda e clube. Olha o Ron Wood com a bela camisa tricolor na foto promocional da era Black and Blue, que foi usada na capa de algumas versões do compacto “Fool to Cry”.

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A exposição também destaca:

  • Mick Jagger já gravou dois vídeos nas Laranjeiras. Os clips das músicas “Luck in Love” e “Just Another Night“. Jagger assistiu a um treino e ainda torceu pelo Flu na decisão do Carioca 1984 vencida em cima do Flamengo. Pé frio?
  • o guitarrista Mick Taylor, ex-rolling stone, andou pelo Brasil em 1974 com a camisa do Flu.
  • Charlie Watts, em 1976, comprou a camisa do Flu numa loja dias após assistir um Fla-Flu.
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Dentro do post, o setlist do primeiro show da turnê Olé pelo Brasil, no Maracanã.
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Já imaginou uma mesa de pebolim (totó) no formato do seu estádio preferido?

Carlitos Tévez deixou o futebol europeu pra jogar de novo pelo time de coração. Não só voltou pro Boca, como agora tem uma Bombonera em casa. Em formato de metegol, nome do pebolim na Argentina (matraquilhos em Portugal, futbolín na Espanha, onde o jogo foi inventado). A Metegol Superclásico, da Argentina, faz há quatro anos as mesas de pebolim (ou totó, pros cariocas) com o visual das canchas do Independiente, do Huracán e do Boca Juniors- estádio Libertadores de América, Palácio Tomas Adolfo Ducó e La Bombonera, claro.

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As mesas de metegol da Superclásico estão disponíveis em dois tamanhos. A maior tem 165 x 126 cm com 130 cm de altura. O Metegol chico mede 70 x 70 cm com 90 cm de altura. E mais: para jogos noturnos, tem iluminação de led. Tem som: dá pra ouvir as músicas das hinchadas enquanto rola o jogo. Os “jogadores” são estilizados, de alumínio. Contato pelo e-mail martin.setula@gmail.com, pelo Twitter ou Facebook. Veja mais imagens dentro do post.

Craques de alumínio do Huracán
Craques de alumínio do Huracán

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O protesto do minuto 77 contra os ingressos a 77 libras. 430 reais por partida!

A torcida do Liverpool canta “You’ll Never Walk Alone” em todo jogo.
Mas é bom a diretoria dos reds não abusar da paciência e, especialmente, do bolso do torcedor.
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Na semana passada, o Liverpool anunciou o aumento para 77 libras de certos ingressos para uma só partida na nova Main Stand, a estendida arquibancada principal de Anfield, a partir da temporada 2016-17. O estádio vai ter mais 8.500 lugares, chegando a 54 mil torcedores.

Richard Monaghan, que frequenta Anfield há 5 anos, escreveu no ótimo Sportblog do jornal Guardian que a nova política de ingressos do Liverpool pode afastar os torcedores com deficiências. Monaghan escreve que demora muito pra conseguir um “season ticket” (carnê de temporada) para os cadeirantes, e o jeito é comprar partida por partida. Ele conta que o gasto pra ver as 19 partidas em casa vai subir de 640,50  para 1.000 libras (5.614 reais)- um aumento de 56,13 por cento. Leia o artigo completo aqui.

Em outra reportagem do Guardian, o Liverpool argumenta que 45% dos ingressos para só uma partida vão custar menos e que os preços de 64% dos carnês pra toda temporada vão ficar congelados ou diminuir. Um “season-ticket” vai custar entre £685 e £1,029 – de 3.843 a 5.773 reais.

A torcida do Liverpool protestou. Exatamente no minuto 77, numa referência ao novo preço de um lugarzinho na Main Stand.

Você já viu torcedores abandonando o estádio quando um time dá vexame?

No caso, foi bem diferente: o Liverpool vencia por 2 a 0. Dez mil torcedores deixaram o estádio. Dez mil! E por coincidência ou não, depois do protesto do minuto 77, o Sunderland diminui, 2×1, e empatou, 2×2. Continuar lendo “O protesto do minuto 77 contra os ingressos a 77 libras. 430 reais por partida!”

Dica de filme: “United”.

Em 1958, a Copa dos Campeões da Europa (competição que é hoje a Champions League) estava na sua terceira edição – que acabaria sendo a terceira conquista do Real Madrid. O campeão inglês, um jovem time do Manchester United tinha acabado de eliminar o Estrela Vermelha na fase quartas de final (vitória em Old Trafford, empate em Belgrado) e, na volta pra casa, o avião teve que fazer uma escala para reabastecer, em Munique. Duas tentativas para decolar, nada feito. Na terceira, um desastre. Vinte e três pessoas morreram (entre jornalistas, torcedores, o copiloto, uma aeromoça, 8 jogadores e 3 funcionários dos Red Devils).

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A tragédia de Munique, 6 de fevereiro de 1958, é o tema do telefilme “United”, dirigido por James Strong para a BBC em 2011 (aqui pode ser visto no canal Now, da Net, pra quem assina o pacote Claro Vídeo). No roteiro de Chris Chibnall, também estão a formação daquela equipe, que ficou conhecida como Busby Babes, e a reconstrução do Manchester United, que voltou a campo 13 dias depois da tragédia – o programa do jogo contra o Sheffield Wednesday foi impresso com a escalação do time em branco. O artilheiro Bobby Charlton, o goleiro Harry Gregg e Sir Matt Busby foram alguns dos sobreviventes. O assistente de Busby, Jimmy Murphy, que não viajou a Belgrado por outros compromissos, tem papel importante no filme “United” -que também deixa a leitura “nas entrelinhas” que o presidente da liga inglesa foi cruel ao bater o pé na questão do obedecimento ao calendário inglês.
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