“Bola no barbante” e um CD inteiro sobre o São Paulo

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Ê São Paulo! Ê São Paulo! O mais querido da terra bandeirante.
Ê São Paulo! Ê São Paulo! Com o tricolor é bola no barbante.
Entramos em campo confiantes. Nossa defesa joga com valor.
Vão pra frente os avantes. Aumentar o placar do tricolor
Grita a torcida delirante. Com o tricolor é BOLA NO BARBANTE (Oswaldo Molles / Sylvio Mazzuca)

25 de janeiro – aniversário da cidade de São Paulo – é também a data magna do tricolor paulista. Nesse dia, em 1930, boleiros insatisfeitos com o fim do futebol no Club Athletico Paulistano (alvirrubro) e na AA das Palmeiras (alvinegra) fundaram o primeiro São Paulo Futebol Clube, campeão paulista já em 1931. O clube ficou conhecido como  São Paulo da Floresta por causa do estádio que herdou da AA das Palmeiras – a Chácara da Floresta, Zona Norte, que chegou a ser o maior estádio da cidade. O time tinha escudo e uniforme iguais aos do tricolor de hoje (fundado em dezembro de 1935), que se considera “preservador das glórias e tradições do São Paulo Futebol Clube, da Floresta”.

Parte da curta história do São Paulo da Floresta e do tricolor renascido em 1935 está num disco lançado em 2009, de olho nos filhos, sobrinhos e netos dos são-paulinos: o CD ‘Coração de 5 Pontas’. O músico Hélio Ziskind (autor da trilha do Cocoricó, entre outros programas infantis) compôs e gravou o disco, idealizado por Rui Branquinho, desde o final de 2012 o diretor de marketing do São Paulo. É como um disco conceitual, que conta uma história, que lida com bom humor tempos de crise financeira e jejum (“de faquir”), e atinge seus melhores momentos nos refrões e nas recriações de canções, como essa que abre o texto, “Bola no Barbante”, popular na torcida tricolor nos anos 40 (!) e duas versões do hino oficial do São Paulo.
Sim, tem o hino tradicional do São Paulo, mas numa doce versão em marchinha, e em outra, instrumental. Também uma porção de músicas inéditas que contam para a criançada a história do tricolor paulista, desde o São Paulo da Floresta, as dificuldades, a refundação do clube em 1935, os tempos em que os treinos eram no Canindé (vendido por um clube alemão), a velha história que o tricolor só seria campeão se a moeda caísse em pé, o domínio do Paulistão na década de 40, os anos de jejum durante a construção do Morumbi (“São Paulo era um calhambeque/ e os outros passando a 120”, canta Ziskind), a inauguração do estádio do Morumbi, os grandes títulos – nacionais, continentais e mundiais – e os ídolos, desde o mulato com nome de alemão, Friedenreich, passando por Leônidas e a famosa linha média Rui-Bauer-Noronha, Serginho Chulapa, Waldir (“sempre a sorrir”), Darío Pereyra, Oscar, Careca, Raí, até Rogério Ceni.

Ilustração de Gustavo Duarte para o encarte do CD

O São Paulo da Floresta é tema de 3 músicas no comecinho do CD do Hélio Ziskind. Viajando pelo Tempo lembra do Paulistano, “pai do tricolor” e do craque Friedenreich. Em Era Uma vez um Lugar, Hélio Ziskind descreve o campo da Floresta, “na beira do rio Tietê… uma arquibancada de madeira/e uma cerca branca ao redor” e o título paulista de 1931 (tema da ilustração acima, do Gustavo Duarte, presente no encarte do CD). A taça do Paulistão de 1931 está lá, no Memorial do São Paulo Futebol Clube, no Morumbi.

O CD ainda pode ser encontrado em algumas lojas, como a Nobel do estádio do Morumbi, e no site da gravadora MCD (dá para ouvir trechos).

  1. Rolê do Fut Pop Clube pelo Memoria do São Paulo/ hoje parte do Morumbi Tour
  2. Livros sobre o São Paulo
  3. Álbum Oficial Histórico

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