Aprendi no livro “Os 11 Maiores Centroavantes do Futebol Brasileiro” – de Milton Leite (locutor do canal campeão), editora Contexto – que o brasileiro Altafini, “o nosso Mazzola”, é o maior artilheiro, recordista de gols, numa só edição da Copa dos Campeões, a atual Champions League. José João Altafini – o Mazzola camisa 18 do Brasil na conquista da Copa do Mundo de 1958 – mudou para o “calcio”, se naturalizou italiano, jogou a Copa de 1962 pela Azzurra… Pois bem. Altafini (como é conhecido na Itália) marcou 14 gols na Copa dos Clubes Campeões da Europa 1962/63. Justamente pelo Milan, contra quem Lionel Messi igualou hoje o recorde. Só Altafini e Messi marcaram 14 gols numa só Copa/Liga dos Campeões.
Bom, José Altafini (no Brasil chamado Mazzola pela semelhança com um craque italiano dos anos 40, Valentino Mazzola) é um dos 11 centroavantes selecionados pelo livro de Milton Leite, na boa companhia de Leônidas da Silva, Ademir Menezes, Vavá, Coutinho, Tostão, Roberto Dinamite, Reinaldo, Careca, Romário e Ronaldo. Só feras!
Como é de praxe nos livros dessa coleção, há um perfil de cada um dos “11 eleitos”. E uma entrevista sobre cada um dos craques lembrados.
- Milton Leite entrevistou o comentarista Luiz Mendes sobre Leônidas
- … o jornalista Teixeira Heizer sobre Ademir Marques de Menezes
- … Zagallo sobre Vavá, Peito de Aço, Leão da Copa de 58
- … o treinador Mário Travaglini sobre Mazzola, digo, Altafini
- … Pepe, o Canhão da Vila, sobre o colega Coutinho
- … o craque cruzeirense Dirceu Lopes sobre seu colega Tostão, a Fera de Ouro
- … o meio-campo Toninho Cerezzo sobre Reinaldo, seu colega no Galo e na seleção
- … Zico sobre Roberto Dinamite
- …Muller sobre Careca, companheiro de São Paulo e seleção
- … Mauro Silva sobre Romário
- … e Carlos Alberto Parreira sobre o fenômeno Ronaldo
Vale a pena. Bastante informação, num só volume.
PS. Atualizando em 19 de maio de 2012. Lionel Messi não superou Altafini / Mazzola: ficou nos 14 gols. Mas o argentino se tornou o primeiro goleador a se tornar artilheiro de quatro edições seguidas da Champions.
Lista muito acurada. Não faltou ninguém, exceto o Arthur Friedenreich.
Acho que ele poderia ter entrado no lugar do Tostão, que apesar de já ter jogado de centro-avante (Copa de 70), era muito mais um meia-atacante ou segundo-atacante do que propriamente um típico centro-avante camisa 9, como foram os outros.