Minha gente, o rádio esportivo brasileiro está mais triste, assim como todo torcedor fissurado nas emocionantes transmissões radiofônicas de futebol, como este que vos bloga.
Morreu Luiz Mendes, o comentarista da palavra fácil.
Mas pode chamar também de Senhor Copa do Mundo. O gaúcho radicado no Rio de Janeiro trabalhou em todos os Mundiais desde o de 1950, no Brasil. Foi o único a transmitir para o Brasil a final da Copa de 1954, na Suíça. Era torcedor do Grêmio e do Botafogo, que decretou luto oficial de três dias. Que carreira! Que bela história a do casamento com Daisy Lúcidi – por quem se interessou quando ela era atriz de rádio, e ele, ouvinte.
A capinha que ilustra o post é a da biografia “Minha Gente – Luiz Mendes – O Mestre da Crônica Esportiva do Brasil”, de Ana Maria Pires (editora 7 Letras/Fuperf). Dica do colecionador Domingos D´Angelo, que listou quatro livros escritos por Luiz Mendes: Continuar lendo “Luiz Mendes, o comentarista da palavra fácil”
Tag: Grêmio
Torcida metal
O momento do futebol mineiro não é bom. Três times ameaçados no Brasileirão. Mas confesso que fiquei impressionado com a quantidade de torcedores / fãs com camisetas do Atlético – Galo Metal – e do Cruzeiro, no dia metal do Rock in Rio. Inclusive o guitarrista Phil Campbell, do Motörhead, usou uma do Gal, certamente presenteada pelo Paulo Xisto, baixista do Clube Atlé…, digo, baixista do Sepultura (tinha o nome de Paulo nas costas).
Também marcaram presença no clássico, ou melhor, no festival, torcedores de Flamengo, Fluminense, Vasco (felizes da vida com a fase turbinada do chamado Trem-Bala da Colina) e Botafogo, claro; de São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Coritiba, Grêmio, Internacional, Bahia, Remo, Paysandu, Santa Cruz, Sport, Náutico (Metal Alvirrubro), CSA etc etc etc… e até do Paraguai!
Agora, eu pergunto: se os torcedores falam a mesma língua, moram na mesma cidade, dividem os mesmos interesses e gostos musicais, seja heavy metal ou samba, por que se agridem, se matam tanto uns aos outros? Hein? Por que não aceitar a diferença e conviver com isso? Qual seria a graça de um campeonato estadual sem o seu maior arquirrival?
Leia meus pitacos sobre o Rock in Rio na Coluna de Música do Fut Pop Clube.
80 anos do eterno mestre Telê
Gostaria de lembrar de um documentário e de um livraço sobre o ponta franzino do Fluminense – daí o apelido “Fio de Esperança” – que virou técnico campeão pelo Flu, Galo, Grêmio, São Paulo campeão de tudo entre 1991 e 94. Onde não levantou título, deu show de bola – Palmeiras 1979, Seleção Brasileira da Copa de 1982 e, em menor grau, do Mundial de 1986.
Já saiu em vídeo pela Imovision o documentário Telê Santana – Meio Século de Futebol-Arte, dirigido pelas jornalistas Ana Carla Portella e Danielle Rosa. Tive o prazer de ver uma exibição em cinema do doc, na mostra CineFoot, no ano passado. Depoimentos de montão: Cafu, de quem Telê pegou muito no pé para aprender a cruzar a bola, Roberto Dinamite, Juvenal Juvêncio, Leonardo, Wanderley Luxemburgo, Marcelinho Carioca, Muller, o pupilo Muricy Ramalho, Palhinha, Raí, Renato Gaúcho, Serginho Chulapa, Sócrates, Zetti, Zico e muitos outros. Confira o site e o Facebook do filme.
A outra dica vai para uma reedição, uma oportuna reedição: Fio de Esperança-Biografia de Telê Santana é o emocionante livro do jornalista André Ribeiro, agora pela editora Cia dos Livros e com nova capa, que você pode ver ao lado. André Ribeiro é o autor de Diamante Negro – Biografia de Leônidas da Silva, também relançado pela Cia dos Livros. Tem 512 páginas e vale cada 59 reais e 90 centavos.
Outros posts sobre o maior técnico de todos os tempos:
Continuar lendo “80 anos do eterno mestre Telê”
Ao mestre Telê Santana, com carinho
21 de abril. 5 anos que Telê Santana nos deixou. Gostaria de lembrar de um documentário e de um livro sobre o ponta franzino do Fluminense – daí o apelido “Fio de Esperança” – que virou técnico campeão pelo Flu, Galo, Grêmio, São Paulo campeão de tudo entre 1991 e 94. Onde não levantou título, deu show de bola – Palmeiras 1979, Seleção Brasileira da Copa de 1982 e, em menor grau, do Mundial de 1986.
Está para sair em vídeo pela Imovision o documentário Telê Santana – Meio Século de Futebol-Arte, dirigido pelas jornalistas Ana Carla Portella e Danielle Rosa. Tive o prazer de ver uma exibição em cinema do doc, na mostra CineFoot, no ano passado. Depoimentos de montão: Cafu, de quem Telê pegou muito no pé para aprender a cruzar a bola, Roberto Dinamite, Juvenal Juvêncio, Leonardo, Wanderley Luxemburgo, Marcelinho Carioca, Muller, o pupilo Muricy Ramalho, Palhinha, Raí, Renato Gaúcho, Serginho Chulapa, Sócrates, Zetti, Zico e muitos outros. Confira o site e o Facebook do filme: Continuar lendo “Ao mestre Telê Santana, com carinho”
E a Taça Piratini vai para o …
…Grêmio, com emoção, nos pênaltis, depois do empate nos acréscimos. A flâmula é uma cortesia do amigo Beto Xavier, autor do livro Futebol no País da Música.
Rei de Copas

Flâmula do Clube Atlético Independiente, de Avellaneda. El Rey de Copas – dono de 7 Libertadores, dois mundiais de clubes, duas Supercopas da Libertadores, uma Recopa etc – ficou com a Copa Sul-Americana de 2010 – e vaga na Libertadores 2011-, batendo o Goiás nos pênaltis. Quem festejou também foi o Grêmio. Depois de tanto disse-me-disse aqui no Brasil sobre G3, G4, no fim das contas o quarto colocado se deu bem. Mérito do Grêmio, que fez uma arrancada espetacular, com a melhor campanha do returno. Quem desanimou, dançou.
Hat-trick: Zé Eduardo e Jonas
O santista Zé Eduardo fez 3 no chocolate sobre o líder Fluminense no Engenhão.
Jonas fez 3 dos 4 do Grêmio contra o Prudente. Artillheiro isolado do Brasileiro. 17 tentos, contra 11 de Bruno César.
Tag hat-trick pra eles.
Aliás, que arrancada gremista com Renato Gaúcho! Na virada do 1º pro 2º turno, o Grêmio estava em 16º lugar, era o último antes da zona de rebaixamento, com apenas 20 pontos. Nove rodadas depois, o tricolor gaúcho já é o 8º, com 42 pontos – a 6 da zona Libertadores (considerando G3). O campeonato voa.
Os 23 de Mano – sem Neymar.
(Atualizado em 27/9) O técnico Mano Menezes convocou 23 jogadores para a Seleção Brasileira que vai fazer amistosos contra o Irã, em 7 de outubro, nos Emirados Árabes Unidos, e contra Ucrânia, em 11/10, em Derby, na Inglaterra. A maior notícia do dia é que Neymar ficou de fora. Quer saber? Mano está pra lá de certo. E é pro bem do garoto. Jogador de futebol, por melhor que seja, não pode se sentir o dono do mundo, acima da lei etc etc etc. Você concorda? Boas novas: Elias (tá jogando muito) e Giuliano.
Os 23 de Mano para outubro:
Continuar lendo “Os 23 de Mano – sem Neymar.”
Copa de Filmes: as escolhas de Ricardo Drago, do site “Meu Time de Botão”.

Trila o apito o árbrito. “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo, torcida brasileira” [(C) Fiori Gigliotti]. Terceira jornada desta copa virtual de cinema. Agora, quem dá a bola -digo, as dicas de filmes de futebol- é o são-paulino Ricardo Drago, do democrático site Meu Time de Botão. No site Canelada, escreve sobre Futebol Europeu.

Documentário nacional: “Inacreditável -A Batalha dos Aflitos e Pelé Eterno, de Anibal Massaini Neto”.
[N da R: em Inacreditável – A Batalha dos Aflitos, o diretor Beto Souza mostra a trajetória do Grêmio na série B do Brasileirão 2005, que culminou com o célebre jogo contra o Náutico, nos Aflitos. Dá pra ver o trailer aqui também.]
Documentário estrangeiro: “Argentina e sua Fábrica de Futebol, de Sergio Iglesias” [dá para ver um trailerzinho aqui. Numa pesquisada no You Tube, percebo que os hermanos fazem muitos “documentales” sobre “fútbol”].
Ficção nacional: “Boleiros – Era Uma Vez o Futebol, de Ugo Giorgetti” [que elenco! Otávio Agusto, no hilário papel de juiz ladrão, Lima Duarte, o técnico linha dura, Rogério Cardoso, Cássio Gabus Mendes, Adriano Stuart, Flávio Migliaccio, Marisa Orth, Denise Fraga. Disponível em DVD da Paris Filmes. Há uma edição que inclui Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos]
Ficção estrangeira: “A Copa, de Khyentse Norbu” [boa lembrança, Ricardo. É uma produção do Butão. O diretor, um lama budista, conta o esforço de um jovem monge fanático por futebol para ver a Copa do Mundo de 1998. Passou nos cinemas, saiu em vídeo, DVD, mas não sei se está em catálogo.]
Curta-metragem nacional/ficção: “Uma História de Futebol, de Paulo Machline [Antonio Fagundes é o narrador, o menino Zuza, companheiro de pelada do rei do futebol, que lembra as façanhas do menino Pelé (então Dico, como é chamado até hoje em família) nos campos de terra de Bauru. Sensível roteiro de José Roberto Torero, Paulo Machline e Maurício Arruda. Bela fotografia de Lito Mendes da Rocha. Veja Uma História de Futebol e a lista de prêmios no site Porta Curtas]
Curta-metragem nacional/documentário: “Loucos de Futebol, de Halder Gomes” [documentário sobre futebol cearense, com ênfase nas torcidas e na rivalidade entre Leão e Vovô, Fortaleza e Ceará, que fazem o Clássico Rei].
Taí a excelente lista de filmes de futebol preferidos do Ricardo Drago, do site Meu Time de Botão.
Ainda hoje, as dicas cinematográficas/boleiras de Sérgio Duarte, do programa Rock Flu. No fim de semana, os favoritos de Mário Marra, comentarista da rádio CBN, do Blog do Marra.
Confira nos posts anteriores as escolhas do crítico Luiz Zanin, do Estadão, e as dicas do Fut Pop Clube. Bola na Tela é aqui!
Música e futebol, um caso de amor.
Um dos assuntos mais procurados aqui no Fut Pop Clube são as músicas sobre futebol.
Qual é a sua preferida? “A Taça do Mundo é Nossa”? “Pra Frente Brasil”, mais patriótica? “Camisa 10”, “Voa Canarinho”? Todas são legais, marcaram Copas importantes – não saem do meu tocador de MP3!-mas o namoro entre bola e violão tem muitos filhotes mais – centenas. Que o digam as pesquisas feitas por dois jornalistas, Assis Ângelo e Beto Xavier.
O gremista Beto Xavier lançou em 2009 “Futebol no País da Música” (Panda Books). Fonte da série “Som da Copa”, exibida pelo jornal Hoje no aquecimento da Copa de 2006, Beto Xavier já foi entrevistado aqui no Fut Pop Clube. Na segunda parte da entrevista, Beto deu 11 dicas de músicas, cada uma de um estilo, numa série de “posts” com a “tag” Futebol em 11 Ritmos: tem samba, choro, marcha, bossa nova, frevo, baião, samba-rock, música instrumental, rock, balada e rap. Confira aqui!
E o livro do jornalista Assis Ângelo, outro apaixonado por música, cultura e futebol do Brasil, “A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira“, com prefácio do tricolor Ives Gandra Martins, tem um CD encartado, com duas músicas.

LEIA TAMBÉM:
- Curiosas Canções com Narrações de Gols: “Pelé” segundo a dupla Palavra Cantada, “Canhoteiro”, “Umbarauma”, “Replay (O Meu Time é a Alegria da Cidade”), hinos, “Anoiteceu em Porto Alegre”…
- É CAMISA 10 da Seleção…
- CD “Coração de 5 Pontas”
- O Futebol Musical Brasileiro de Pedro Lima
- Maradona by Manu Chao
- Rivaldo Maravilha
- Jorge Ben, ou Benjor.
- “Meio de campo”
- Samba Social Clube Ao Vivo Volume 4.
- Música sobre Serginho Chulapa!
- “Amor em Branco e Preto“
- “Cadê o Pênalti?”
- “Garrincha”
- “Um a zero“.
- “Deixa Falar“
- LP da Copa do Mundo de 58: “Brasil Campeão do Mundo”
- LP chileno da Copa de 62
- CD Play Brazil
- Blog do Assis Ângelo
- “Futebol no País da Música” no site da Panda.
- Site O Gol de Letra – “o jogo faz parte do nosso show“
- Futebol em 11 Ritmos

