“Club de Cuervos”, primeira temporada.

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No começo deste mês em que a bola voltou a rolar nos principais campeonatos da Europa, entrou em campo Club de Cuervos, de Gary Alazraki, a primeira série latina da Netflix. Na primeira temporada, 13 episódios contam a sucessão do fictício time mexicano Cuervos de Nuevo Toledo, depois da morte do dono e presidente, Salvador Iglesias. O filho baladeiro e marqueteiro, Salvador Iglesias Junior, o Chava (Luis Gerardo Méndez, bem na fita), vence a briga com a irmã Isabel (Mariana Treviño) pela cadeira de presidente. O objetivo de Chava Iglesias é transformar o Cuervos no “Real Madrid da América Latina” e encurta o prazo do plano de gestão oito anos para apenas um. Redesenha o uniforme tradicional (aliás, feito pela Under Armour), nem aí pros patrocinadores, faz contratação galática, não obedece conselhos do cartola mais experiente, atrapalha o velho treinador e briga, briga muito com a irmã, filha de casamento anterior do patrono dos Cuervos de Nuevo Toledo.

Time e cidade são de mentirinha, mas o Cuervos enfrenta times mexicanos reais, como Pachuca e Atlante. A série cresce no decorrer dessa primeira temporada, que já está toda no Netflix, e pode ser vista de uma sentada só. É uma comédia, e toca em questões de bastidores como a corrupção, o ambiente dos vestiários, o estrelismo, e, sobretudo, a divisão interna entre cartolas.

Não posso deixar de lembrar de uma ótima série brasileira da HBO sobre a vida de um juiz de futebol, (fdp), recomendada aqui no blog três temporadas atrás. Também era uma comédia, em 13 capítulos. Talvez estivesse um ou mais furos acima de Cuervos, mas essa primeira empreitada da Netflix no mercado latino e “futbolero” também tem seu valor. Diverte, pode arrancar risos à medida em que os capítulos evoluem e você mergulha no universo dos Cuervos, e aborda problemas reais do futebol latino-americano. Vale procurar assistir, sim, nem que seja num mês em que você teste a assinatura de Netflix.

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“82 – Uma Copa – Quinze Histórias”

Dica da coluna do Tostão.

http://82umacopa15historias.blogspot.com.br/
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Dos 5 clássicos entre Canarinho e Azzurra nas Copas, ganhamos as duas finais (tema do post seguinte) e vencemos também a decisão do 3º lugar em 1978 (golaço do Nelinho!). E a Itália triunfou em duas autênticas “decisões”: semifinal de 1938 e em 5 de julho de 1982.Só no ano passado, o Brasil 2×3 Itália do velho estádio do Espanyol e a seleção de Telê foram tema de três livros brasileiros, mais o do colombiano Wilmar Cabrera, “Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal“, lançado na Espanha. E agora “82 – Uma Copa – 15 Histórias reúne 15 contos de ficção em torno da chamada “tragédia do Sarrià”. Ele fala de uma seleção que não ganhou a Copa, mas conquistou o mundo, como diz o título de outro livro, o de Falcão. O Brasil de Telê poderia empatar, mas perdeu da grande Itália de Zoff, Rossi e Bearzot e saiu fora de um emocionante Mundial.82 - DIVULGAÇÃO (1)
Dentro do post, o convite para a próxima noite de lançamento do livro organizado por Mayrant Gallo em Salvador, que tem na capa a premiada foto de Reginaldo Manente, primeira página do saudoso “Jornal da Tarde” no dia seguinte da “tragédia“. Continuar lendo ““82 – Uma Copa – Quinze Histórias””

O 4º festival CINEfoot começa com o lema “Futebol é mais que um jogo”.

Facebook.com/CINEfoot
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A bola vai rolar nas telas do CINEfoot, festival de cinema de futebol, já na quarta edição. A sessão de abertura no Rio, nesta quinta-feira, 23 de maio, 20h30, no Espaço Itaú de Cinema, da Praia de Botafogo, faz uma homenagem a Sócrates. Exibe o filme “Os Rebeldes do Futebol”, ancorado por Eric Cantona, que tem o doutor como um dos cinco personagens (veja post anterior). E ainda tem o elogiado curta de Anna Azevedo sobre o extinto setor mais popular e folclórico do Maracanã: “Geral”. “The Heart of the Stadium”, o título em inglês, ajuda quem nunca ouviu falar em geral, que está sendo banida dos estádios, digo, arenas.
O festival CINEfoot segue no Rio até terça-feira, 28 de maio, no Espaço Itaú, no CCJF (Centro Cultural Justiça Federal), Ponto Cine (em Guadalupe) e no projeto Cinemão, em Manguinhos e na Cidade de Deus (confira aqui a programação carioca, dia a dia, sala por sala, sessão por sessão). Em 6 de junho, começa a seleção paulista do CINEfoot, no Museu do Futebol e no Espaço Itaú de Cinema da rua Augusta. Em Sampa, ai até dia 11 (confira aqui a programação de São Paulo). Durante a Copa das Confederações, rola um CINEfoot extraordinário em Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza.

O “Mundial” de 1942 tem até cartaz oficial, no filme italiano

Tem longa-metragens como o hilário “documentário” [preste atenção nas aspas] A Copa Perdida/Il Mundial Dimenticato, curtas bacanas, trailers de novos filmes, concurso de vídeos sobre clubes objetos de paixão há 100 anos, até cópia restaurada de um clássico do cinema de futebol nacional: “Tostão, a Fera de Ouro” (que teve como trilha sonora o clássico samba “Aqui É o País do Futebol”, de Milton Nascimento e Fernando Brant). Tostão é outro dos homenageados nas noites de futebol no cinema, como os 60 anos de Zico, os centenários do clássico Botafogo x Flamengo, do título carioca de 1913 do América e de clubes como o Bonsucesso, os 80 anos do profissionalismo no futebol, os radialistas esportivos, o capitão Carlos Alberto Torres, o produtor Luiz Carlos Barreto…
Quanto custa a entrada? Nada! É de graça. Você só paga o refri, a pipoca e a camisa do seu time. Bola pro mato que é filme de campeonato. A Taça CINEfoot está em jogo para 13 filmes da Mostra Competitiva de Longa-Metragem (5 brasileiros e 8 internacionais). Participam da Mostra Competitiva de Curta-Metragem 20 filmes: 12 brasileiros e 8 internacionais. Confira os “convocados” dentro do post.
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Um Bom Partido | Playing for Keeps

ImagemFilmes.com.br/
[Classificação: 12 anos ] ImagemFilmes.com.br/

Dica de ficção, vista pela seção Bola Na Tela aos 45 do segundo tempo, ou melhor, na última sessão antes de sair de cartaz no cinema do bairro. Um Bom Partido | Playing for Keeps [classificação: 12 anos, distribuído no Brasil pela Imagem Filmes] é uma comédia romântica dirigida por Gabriele Muccino (com roteiro de Robbie Fox), em que o soccer tem um papel considerável.
Gerald Butler vive George Dryer, um ex-goleador do Celtic com passagem pela Major League Soccer que tenta reconquistar a ex-mulher (Jessica Biel) e sonha com um emprego de apresentador em alguma ESPN. Acaba virando o treinador do time de futebol do filho e arrebata um time de mulheres, interpretadas por La Catherine Zeta-Jones, La Uma Thurman – ambas batendo um bolão – e uma ruivinha atiradíssima… No meio desse triângulo… não, quadrilátero amoroso, há muitas cenas da molecada jogando bola (times mistos, sim; guris e gurias, juntos) e referências a times e jogadores da MLS.
É Hollywood, sim. E é muito bem feito. Confira o trailer, com legendas em português.

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