“Geraldinos”, filme vencedor da Taça Cinefoot 2015 nas seleções carioca e paulista do festival de cinema de futebol, encerra a mostra Cinefoot, no Canal Brasil. Nesta sexta-feira, 22h, com reprise na terça-feira, 13h30. Vale a pena ver ou rever o doc, que também está disponível para aluguel no Now.
Gre-Nal 410. Gre-Nal das onze. Gre-Nal do almoço – ou do café da manhã, dependendo do horário que o torcedor está acostumado a acordar num domingo. No caso deste que vos bloga, Gre-Nal das bodas de ouro de tios queridos, data que me levou a Porto Alegre. Mas para o bem ou para mal, dependendo do lado, o grande dérbi gaúcho e brasileiro da ensolarada manhã deste domingo de inverno vai é ficar conhecido mesmo como o “Gre-Nal do trator”. Os colorados mais supersticiosos não devem ter gostado nada do teor do áudio que vazou, do técnico Argel, falando em passar um trator sobre o Grêmio. Eita comentário perigoso na véspera de um clássico… Serviu pra apimentar ainda mais um dos dérbis de maior rivalidade do mundo. Duvido que o técnico Roger não tenha usado a declaração para motivar seus atletas. Se é que Gre-Nal com os dois rivais brigando lá em cima precisa de motivação…
Pois logo aos 19 minutos do primeiro tempo, foi o ataque gremista que veio como um trator sobre os donos da casa. Rebatida de Muriel, Douglas mandou a bola pro fundo das redes).
E se o Grêmio esteve muito bem no primeiro tempo, depois do intervalo o Inter voltou com tudo, empurrado também pela torcida, que cantou mais forte no segundo tempo. Pressão total. O colorado teve um bom número de chances pra empatar, mas o trator colorado não conseguiu entrar na fazenda gremista.
Foi muito legal ver alguns gremistas chegando e saindo junto com colorados, de boa, na paz; e saber que existe um setor de torcida mista. Claro, não faltam gozações, como os “memes” de internet em cima da questão do trator.
Curiosidade: no fim do jogo, enquanto a torcida do Grêmio esperava a hora de sair da casa do rival, o pessoal do Beira-Rio colocou o hino do Inter no talo, pra tentar abafar os cantos dos visitantes.
Isso é Gre-Nal! E esse foi o Gre-Nal 410, o “Gre-Nal do trator”.
O horário é um só. 18h10. A sala 4 do Caixa Belas Artes não é assim um Maracanã dos cinemas. Mas os torcedores dos times cariocas que moram em São Paulo e todos os ‘futboleros’ interessados nas melhores décadas do futebol brasileiro precisam ver “Geraldinos”. Os diretores Pedro Asbeg e Renato Martins (que já tinham sido premiados por “Democracia em Preto e Branco”) levantaram a taça de melhor longa tanto na edição carioca como na paulista do festival CINEfoot, em 2015, com estes 73 minutos de barulho em homenagem ao Maraca das antigas e seus ricos personagens, os geraldinos.
A equipe do filme registrou os dez últimos jogos do velho Maraca com a geral, em 2005. Uma década depois, reencontrou no estádio lipoaspirado alguns geraldinos como o “Mister M”, “Índio”, Vovó Tricolor e Edgar, um tricolor que invadiu o gramado do Maracanã num Fla-Flu de 1982 em que o time de seu coração perdia por 3×0 e foi pedir pro Zico não marcar gol. Dois anos depois, Edgar batizaria seu filho com o nome do herói tricolor num Fla-Flu decisivo: Assis.
Emoção não falta no documentário “Geraldinos”. Sem falar no riquíssimo material de arquivo, cenas de outros filmes feitos, editados num ritmo brilhante – o som do grupo Bixiga 70 está na trilha sonora. Os depoimentos são muito bons, e o apolinho Washington Rodrigues, comentarista de rádio no Rio, dá a letra: “nem eu sei quem é o dono do Maracanã. Sei que não é meu”.
Post inspirado pelo Futebol de Campo, blog parceiro, que ainda deu a maior força na divulgação.
Fila pra entrar na Fonte Nova: 37.393 presentes.
A galera do Flamengo em todo o Nordeste foi em excelente número à Arena Fonte Nova. Deu o ar de sua graça rubro-negra em Salvador durante todo o fim de semana.
P… que p…., é a maior torcida do Brasil” – gritavam os flamenguistas, já dentro da Fonte Nova. Clique em qualquer foto da galeria para ver num tamanho maior.
Torcida Flaresta, de Floresta (PE), a postos já na véspera do jogo.
Rubro-negros de Aracaju
Num domingo em que o Flamengo foi campeão mundial de basquete, no campo de futebol deu Bahia, 2×1.
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E nas arquibancadas da belíssima Fonte Nova, a torcida do Bahia deu espetáculo. Bandeiras… Show de tambores, no setor leste e no alto do setor norte. E muita música, com o grito de guerra consagrado pelo hino do esquadrão tricolor.
Bahêa! Bahêa! Bahêa!”
Na torcida do Bahia, vi gente com camisa do Galo no ombro (era o adversário do arquirrival Vitória na rodada), do Sergipe e do Ypiranga, time de coração de Jorge Amado. Clique em qualquer foto da galeria para ver num tamanho maior.
Luis, o Blue Man.
Torcedor do Bahia e do Ypiranga, time de coração do escritor Jorge Amado.
O álbum de figurinhas oficial da Copa veio encartado no jornalão no fim de semana. Na segunda-feira, já tinha gente trocando cromos, fazendo listas das figurinhas que tem, das que faltam e até ‘maluco’ completando o álbum.
Que febre! Toda Copa é a mesma coisa.
Taí uma coleção que gente que passa quatro anos nem aí pra futebol fica fissurado para completar. Vai entender…
Um desses maníacos pelo álbum da Copa me deu a dica do aplicativo da editora Panini, que publica o álbum.
Você baixa o Panini Collectors App no celular ou no tablet, passa em cima de cada figurinha obtida, para digitalizar, confirma… E o #app conta as que você já tem, as que faltam, os cromos repetidos. Dá para comaprtilhar e facilitar a troca com os amiguinhos.
O app da Panini Collectors pode ser baixado tanto pelos applemaníacos como pelos adeptos do Android.
E não é que funciona, mesmo?
Embora no meu caso, tenha aparecido a cara do Podolski quando tentei digitalizar o Ozil! E um uruguaio no lugar do Thomas Müller! Hahaha.
O Sport Club Internacional, que comemorou 105 anos ontem, está reinaugurando o seu estádio. Neste domingo, o Inter reabre o Beira-Rio reformado contra o Peñarol, exatamente um dos times participantes do torneio de inauguração do estádio, em 1969.
Os colorados de Gainete, Valdomiro e Claudiomiro deram de 4×0 nos carboneros. E olha que o Peñarol tinha os saudosos Mazurkiewicz e Pedro Rocha, o lateral Pablo Forlán, o artilheiro Spencer e don Elías Figueroa – que depois seria o capitão do timaço do Internacional de Rubens Minelli no meio dos 70. Foi bicampeão brasileiro. Inclusive marcou o gol do título na grande final do Brasileirão 75 contra um Cruzeiro também muito forte, no mesmo bat-estádio, o Beira-Rio. O chamado ‘gol iluminado’. Com a camisa colorada, Don Elías foi hexacampeão gaúcho, entre 71 e 76.
Mixto x Santos, Copa do Brasil 2014. Primeiro jogo na Arena Pantanal. ainda que com meia capacidade. Vendo de longe, pelas fotos e pela TV, lembra um pouco o novo Independência, em BH. O site do Santos listou outros 20 estádios “batizados” pelo Peixe, no Brasil e fora dele. Do estádio do São Cristóvão à Red Bull Arena, em New Jersey. Passando por São Januário, o Palma Travassos (do Comercial de Ribeirão), o Rei Pelé (de Maceió, também conhecido como Trapichão), o Barradão e, claro, a Vila Belmiro, em 22/10/1916. Confira aqui a lista completa.
FOTO Danilo Borges / Portal da Copa / Ministério do Esporte
O elenco do Corinthians posa antes do primeiro treino no novo estádio do alvinegro. Arena Corinthians. Palco da abertura da Copa de 2014. 12 de junho, uma quinta-feira, 17 horas. A Brazuca vai rolar pra Brasil e Croácia.
O jornalista Fernando Galvão, editor de esportes do “Jornal Nacional” em São Paulo, visitou o estádio e gostou do que viu.”Tá lindo, mas tem trabalho ainda”. Confira abaixo as fotos do rolê do Fernando Galvão, que mostram o requinte na decoração interna da nova casa corintiana (clique em qualquer foto pra abrir a galeria).
FOTOS DESTA GALERIA: Fernando Galvão | @fernandogalvaof
FOTOS DESTA GALERIA: Fernando Galvão | @fernandogalvaof
A “estátua do Bellini”, ponto de encontro na frente do Maracanã. Na vida real, o capitão da Copa de 1958 defendeu Vasco, Fluminense,São Paulo e Atlético Paranaense.
Grécia 2004. Portugal 2004. Brasil 2014 (mais Rio 2016!). “Eu sou você… amanhã”?
Sempre que leio as notícias sobre crise econômica na Grécia e em Portugal, não tenho como não me preocupar com o futuro do Brasil… A Grécia gastou os tubos com os Jogos Olímpicos de Atenas 2004. No mesmo ano, Portugal recebeu a Euro 2004. Muitos estádios e outros equipamentos erguidos para essas duas competições andam vazios… ou foram até abandonados. São elefantes brancos. Saca só os custos dos seis estádios usados na Copa das Confederações (para não falar dos outros seis da Copa do Mundo, três deles correndo o risco de serem os novos “Vaziozões”).
Estádio Nacional Mané Garrincha: R$ 1,2 bilhão (US$ 533 milhões)
Maracanã: R$ 1,049 bilhão (US$ 466 milhões)
Fonte Nova: R$ 699 milhões (US$ 310 milhões)
Mineirão: R$ 695 milhões (US$ 309 milhões)
Arena Pernambuco: R$ 532 milhões (US$ 236 milhões)
Castelão: R$ 518 milhões (US$ 230 milhões)
São estádios, ou melhor, “arenas” com padrão Fifa? São, sim senhor. Mas a questão é que nada em volta atende o elevado padrão Fifa. O transporte até os estádios está longe de ser padrão Fifa. Não temos trens interestaduais e escolas sequer no padrão Conmebol. A segurança pública, então, passa longe do padrão Fifa. Se algum torcedor estrangeiro passar mal, poderá ver que há hospitais públicos e particulares sem padrão Fifa também. Aliás, muitas coisas na Europa, onde moram os senhores Blatter e Valcke, também não têm padrão Fifa. Na verdade, acho que eles moram em Marte. Não sabiam que no Brasil quase nada tem padrão Fifa? Que isso leva muito tempo para construir?
É muito maneiro assistir a um jogo perto do campo, sem pista de atletismo. Sem dúvida. Não que não possa ser uma experiência legal também se tiver uma pista na frente. Não vai impedir um time de jogar bem, se tiver talento. Não vai impedir que uma torcida faça uma festa linda – como a do São Paulo já fez tantas vezes no Morumbi, como os times romanos fazem no Olímpico da cidade eterna. Aliás, na Europa há excelentes estádios com pistas de atletismo. A final da Copa de 74 foi num deles, hoje esquecido pelo futebol. Vai me dizer que Alemanha de Beckenbauer x Holanda de Cruyff não fizeram uma grande decisão?
Os três times mais rentáveis do mundo em 2012 (Real Madrid.Barcelona e Manchester United) não têm exatamente estádios novos. Vai me dizer que não poderia ter jogo de Copa do Mundo no Maracanã já bem reformado para o Pan 2007? No Mineirão ou no Castelão de antes das últimas reformas ou no Pacaembu? Com um mínimo de boa vontade, vai me dizer que não poderia ter abertura do Mundial no Morumbi? Não faz tanto tempo assim -Zidane, Ronaldo, Rivaldo jogavam (muita) bola- fui à Copa de 1998 na França (aliás, bem bagunçada no quesito ingressos; e houve muita briga de torcida) e, com exceção do Stade de France, não havia assim nenhuma arena galática. O Velódrome de Marselha, só agora está ganhando cobertura. O estádio Lescure, em Bordeaux, parecia um pouco com um Parque Antarctica – o de antes da reforma. Aliás, o futuro Allianz Parque (construído pela W Torre) não foi sequer considerado para o Mundial. Nada contra o Beira-Rio, vai ficar bonito, mesmo sem ter público assim tão pertinho do campo como no new Maraca, mas por que o estádio colorado foi convocado para a Copa e a Arena do Grêmio não?
Quem vai jogar no Mané Garrincha? Os grandes times do Rio de Janeiro? Pode ser, porque no Maracanã, não há acerto entre os futuros concessionários e o Flamengo, time de maior torcida. Mineirão: o Cruzeiro não tem lotado o estádio apesar de seu forte programa de sócio; o Galo prefere jogar no Independência, mais barato … e um alçapão fatal para o time visitante. O Castelão não lotou na rodada dupla de reinauguração, com partidas dos dois maiores times do Ceará. E a Arena Pernambuco? É bonita, tem uma acústica interessante, mas fica muito longe do centro do Recife (veja post anterior). Sport e Santa não abriram mão de seus estádios. Sobrou para a torcida do Náutico.
Governar não é construir estádios.
E como dizia pelo menos um cartaz no Castelão em Brasil x México, também “queremos hospitais padrão Fifa”.