Se um livro sobre futebol já desperta o meu, o seu, o nosso interesse, um sobre Sócrates e Casagrande então… e o “Resenha” com Casagrande
sacramentou o desejo de comprar esse livro. Fiz isso na primeira hora da tarde de segunda-feira. E logo no primeiro capítulo, uma surpresa. Não sabia que os dois amigos de Democracia Corintiana se afastaram tanto ao longo dos anos. “Sócrates & Casagrande – Uma História de Amor” (GloboLivros, R$ 39,90) foi escrito a quatro mãos pelo hoje comentarista Walter Casagrande Júnior e pelo jornalista Gilvan Ribeiro. Os dois autografam o livro nesta terça-feira, 12 de julho, a partir das 19h, na Fnac da avenida Paulista! Imagine a fila!
Leitura que prende. Se começa com as tentativas de reaproximação e depois conta como essa história de amor começou, o livro termina com um Papo de Louco, um imaginário encontrou entre o Big (Casagrande) e Magrão nos dias de hoje.
No sábado, dia 16, Casagrande e Gilvan Ribeiro lançam o livro na sede do Corinthians, no Parque São Jorge. A partir de 11 horas. Nas próximas semanas, haverá ainda sessões de autógrafos no Rio e em Ribeirão Preto.
Não foi desta vez que consegui ver um jogo do Porto em sua casa, mas tive o prazer de fazer o tour pelo estádio do Dragão, que é de 2003, e pelo museu do clube.
O visitante é recebido por uma estátua de José Mourinho, que no Dragão foi campeão de quase tudo. Bicampeão português, vencedor da Liga dos Campeões 2003-04, Taça da Uefa (hoje Liga Europa), Taça de Portugal e Supertaça. E deixou o Porto classificado pro Mundial de Clubes (Taça Intercontinental) de 2004, conquistado contra o Once Caldas. Também há uma de Béla Guttmann, húngaro campeão português de 1958-59 pelo Porto, depois de treinar o São Paulo e antes do arquirrival Benfica (onde acabaria rogando uma maldição).
Mou, o Special One, nos recebe.
Fundado em 1893 como Foot-ball Club do Porto, em 1922 o time azul e branco passou a usar o brasão da cidade. O museu explica em detalhes a evolução do escudo portista. Hoje o distintivo contém o brasão da cidade, o segundo escudo do clube (uma bola azul com as iniciais FCP), o escudo nacional português com 5 quinas e 7 castelos, um dragão, a inscrição “Invicta” (atribuída à cidade por resistir a um cerco em 1832-33) e a coroa do duque do Porto. Sensacional.
A Primeira Liga a gente nunca esquece
Tem muita taça, como a da edição inicial do campeonato nacional português (Primeira Liga), em 1934-35…
A gigantesca taça Arsenal, de 1948…
250 quilos! 130 são de prata maciça.
E um destaque especial para as taças internacionais, 2 Taças/Ligas do Campeões, duas taças da Uefa ou Liga Europa, uma Supertaça europeia e 2 Mundiais (ou Intercontinentais, de acordo com o gosto do cliente).
Tem #galhardetes (flâmulas) de #equipas adversárias…
Insira uma legenda
… os campos e estádios onde o Porto jogou, como o Campo da Rainha, o da Constituição, o estádio das Antas (entre 1952 e 2003), até chegar ao do Dragão…
Maquete do estádio das Antas
e #camisolas históricas.
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No hall da fama, são lembrados jogadores e treinadores brasileiros, como Yustrich, Otto Glória, Carlos Alberto Silva.
No melhor onze, estão brasileiros como Branco e Hulk.
Mas tem um detalhe que não pode deixar de ser notado na visita ao museu do FC Porto. Uma espécie de culto à personalidade do presidente portista, Jorge Nuno Pinto da Costa (no cargo desde 1982!). Tem biografia, frases marcantes e uma linha do tempo, listando as conquistas. Sob a direção de Pinto da Costa, o Porto ganhou 20 de seus 27 campeonatos portugueses (Primeira Liga) e seus dois principais títulos europeus. A Taça dos Clubes Campeões Europeus (1986-87) e sua sucessora, ainda mais rica, a Champions (com Mourinho, 2003-04).
Hum… este compacto na minha coleção…
O hino do Porto pode ser ouvido no museu em várias versões – a tradicional, na voz de Maria Amélia Canossa; uma versão clássica com a Orquestra Sinfônica de Londres; também em formato rock com a mesma orquestra e uma versão à capela com Nuno Norte. É uma marcha de Antonio Figueiredo Melo com letra de Heitor de Campos Monteiro.
Em fevereiro, a Fundación Athletic Club e a Sala BBK promovem, lá na bela Bilbao, a terceira edição do Thinking Football Film Festivale tem até filme brasileiro. O festival de cine boleiro bilbaíno começa com “Os Rebeldes do Futebol 2″ (tema do post anterior), a continuação do ótimo “Les Rebelles du Foot”. Eric Cantona e Gilles Pérez, enolvidos na série dos boleiros rebeldes, também vão encerrar o festival com “Foot et immigration, 100 ans d’histoire commune” (“Fútbol e inmigración, cien años de historia común”), documentário sobre o papel da imigração no futebol francês, na seleção dos Bleus desde 1930 e na sociedade francesa – um tema bem do presente.
Entre as 10 películas escaladas, está o documentário brasileiro “Democracia em Preto e Branco”, que fala muito (mas não só) da democracia corintiana, e também da luta pela abertura e eleições diretas no país e o despertar do Rock Brasil, no começo dos anos 80. Não à toa, a “madrinha” Rita Lee (que é corintiana) narra o filme de Pedro Asbeg, que já foi exibido e premiado em festivais nacionais como o CINEfoot – na virada do ano, passou direto na ESPN Brasil e ainda pode ser visto no canal Now, da Net, e na internet, no Watch ESPN. Recomendo!
O filme brasileiro sobre futebol, política e rock and roll – que tem Sócrates, Casagrande e Wladimir como personagens centrais – passa em 10 de fevereiro, depois do documentário alemão “Wie im falschen Film”(“Estamos en la película equivocada”), onde o diretor Timiam Hopf trata de racismo, preconceitos e homofobia nas arquibancadas. Depoimentos de atletas como Jérôme e Kevin-Prince Boateng e Gerald Asamoah,
“Sons of Ben” fala de uma década de luta dos fãs de soccer na Filadélfia, para a cidade ter um time na MLS! Goal! Eles conseguiram: o Philadelphia Union!
Depois de passar em alguns cinemas, chega à ESPN, quinta-feira, 23/10/14, às 20h), o doc “Democracia em Preto e Branco”, filme da TV Zero já exibido em festivais (É Tudo Verdade. Venceu a Taça CINEfoot de melhor longa 2014 – e no Rio). O documentário conta a história da democracia corintiana, no começo dos 80, em meio ainda a uma ditadura no Brasil, com muito futebol, política e rock and roll. O diretor Pedro Asbeg, que nasceu em Londres e morou muito tempo no Rio, já filmou futebol (Raça Filmes) e finaliza “Geraldinos”.
“Democracia em Preto e Branco“, o longa-metragem de Pedro Asbeg sobre o curto mas marcante período da democracia corintiana, vai passar no festival de documentários É Tudo Verdade.
Quinta, 10 de abril, 21h, cine Livraria Cultura (Conjunto Nacional, metrô: Paulista / Consolação)