Uma vez campeão de La Liga (1999-2000). Duas vezes vencedor da Copa do Rei (1995 e 2002). Três vezes supercampeão espanhol (1995, 2000 e 2002). O Real Club Deportivo de La Coruña completou 110 anos de história nesta semana.
Confira o giro do blog pelo belo estádio Riazor, em maio deste ano 110 do Super Dépor
Há poucos dias, o Dépor divulgou os mais votados no concurso O Balón das Nosas Lendas, sobre os mitos do clube galego. Com orgulho informamos que entraram no Top 10 deportivista os brasileiros Mauro Silva, Bebeto, Djalminha, mais o Donato (naturalizado espanhol), os canário Valerón e Manuel Pablo, o atacante holandês Roy Makaay, e os galegos Acuña, Fran e o primeiro Luis Suárez, também atacante, que saiu do Deportivo pro Barça.
Em 2016, o Deportivo La Coruña comemora 110 anos e até 14 de novembro está escolhendo 10 jogadores históricos do clube, em votação na internet. O Balón das Nosas Lendas é o nome (em galego) da campanha.
Stade de France, local da abertura e da final, no xoxo Holanda x Bélgica
Em 10 de junho de 1998, o Brasil (então o último campeão) e a Escócia abriram a Copa do Mundo, a segunda disputada na França. A seleção Canarinho de Zagallo venceu por 2×1. E quem acha que bagunça é só no Brasil saiba que no chamado Velho Mundo também há muita sacanagem. Milhares de torcedores compraram pacotes turísticos para o Mundial de 98 e já na França descobriram que tinham caído numa roubada. Estava num grupo de brasileiros em Paris e comecei a ouvir um zum zum zum de que não receberíamos as entradas para o jogo de abertura. E não recebemos mesmo. Fomos para a porta do Stade de France no dia da partida. Um outro teve coragem de comprar ingresso de cambista, por pequenas fortunas. Acabamos vendo Brasil x Escócia num telão, numa área de “fan fest” montada pelos organizadores da Copa, ao lado do estádio, no meio de um multidão de escoceses. Tudo bem, clima de confraternização, até que uma brasileira provocou um escocês (pelo que me lembro, com um cuspe…). Achei melhor pegar o metrô e ver o segundo tempo no hotel.
Memorabilia: Itália 2×2 Chile
No dia seguinte, peguei um TGV até Bordeaux e consegui ver Itália x Chile no Stade Lescure. Uma joinha de estádio, tribunas bem perto do campo. Lembrou-me um pouco do velho Parque Antarctica. O Lescure foi usado na Copa de 38 também. Mas claro que passou por uma cuidadosa reforma para o Mundial de 98, sem detonar o projeto original – o primeiro estádio do mundo a ter uma marquise sem vigas. Fiquei emocionado por ver pela primeira vez in loco uma partida de Copa do Mundo. Jogo bom, heio de alternativas. Vieri abriu o placar. Marcelo Salas empatou e virou. No fim, pênalti para a Itália. Desta vez, Baggio não errou. 2×2. Confesso que a quantidade de torcedores chilenos me surpreendeu. No mínimo, fizeram tanto barulho que pareciam em maior número do que os italianos, vizinhos da França. Chi Chi Chi, Le Le Le”. Foi a minha ‘estreia’ em Copas do Mundo. Inesquecível. Não ficaria para a segunda fase. Tinha que conhecer o Stade de France. Resolvi ver Holanda x Bélgica. Jogo chaaaatooooo! 0x0.
Memorabilia: Holanda 0x0 Bélgica
Depois de muitas reclamações e cobertura da mídia, a muito custo a empresa de turismo picareta conseguiu ingressos para a segunda e terceira partidas do Brasil. Toca a excursão (de ônibus) para Nantes.
@FutPopClube
No estádio La Beaujoire, o Brasil venceu o Marrocos por 3×0. Aos 9 minutos, o primeiro gol de Ronaldo Fenômeno na história das Copas (ele fez 15 ao todo). Rivaldo – o melhor do Brasil em 98- ampliou. E no segundo tempo, Bebeto fechou a goleada.
Bebeto fez o terceiro gol do Brasil contra Marrocos.
Assistimos à partida atrás de um dos gols. Brasileiros e marroquinhos misturados, sem problema nenhum.
Memorabilia: Brasil 3×0 Marrocos
O rolê do futuro autor do blog Fut Pop Clube pela Copa do Mundo da França terminou em outro estádio histórico. O Vélodrome, em Marselha. Também usado no Mundial de 1938 e reformado para 1998 (para a Euro 2016, recebeu uma cobertura espetacular). Até casamento teve, antes de Brasil x Noruega!
@FutPopClube
Dá para imaginar algo assim hoje em dia? Difícil.
@FutPopClubeMemorabilia: Brasil 1 x 2 Noruega
Bebeto abriu o placar. Tore Andre Flo empatou e numa lambança de Júnior Baiano – um pênalti ‘mirim’ -, a Noruega virou, com Rekdal.
Mais uma do Vélodrome
Minhas férias continuaram na Espanha (desci de Fokker 50 em Barcelona – paixão à primeira vista!). E o Brasil seguiu viagem até a final fatídica, até hoje motivo de muita polêmica e teses conspiratórias. A seleção arrasou o Chile, no Parc des Princes: 4×1. Nas quartas, de volta à Nantes, partidaça contra a Dinamarca. 3×2. Rivaldo Maravilha! Semifinal e m o c i o n a n t e contra a Holanda, em Marselha. Ronaldo marcou, Kluivert empatou no finalzinho. Prorrogação. A decisão saiu nos pênaltis. Taffarel! O Brasil de Zagallo, que começou a Copa sem encantar, chegou à final no Stade de France com todos os méritos. Mas aí Ronaldo sofreu aquele apagão… e o Brasil tomou um vareio da França de Zidane. Pô, tomamos gol até do Petit…
O tradicional Deportivo La Coruña – campeão espanhol na temporada 1999/2000- está numa draga danada. Com uma dívida de 99 milhões de euros, perdeu a grana da TV porque devia impostos ao governo e teve que pedir concordata preventiva. No campo, as coisas não estão lá muito boas. O Depor subiu nesta temporada (foi campeão da liga adelante, a segundona espanhola), mas corre o risco de cair de novo. Terminou o turno em penúltimo lugar, 1 pontinho à frente do Osasuna. Continuar lendo “SOS Deportivo La Coruña”→
Um passeio no Museu do Futebol (mais de 820 mil visitantes) é um programa muito interessante para torcedores de todas as idades, bandeiras e estados. Já entrou até nos pacotes de turismo cultural por São Paulo.
O museu está acima de clubismos e bairrismos. Um clube da série C tem ficha do mesmo tamanho dos grandes campeões nacionais. Pode ser lembrado de igual para igual na primeira sala, Na Grande Área – que lembra visual de bar temático. Destaque para os jogos interativos (motivos de alegria da criançada e muita fila), tributos a Pelé, Garrincha e Copas do Mundo. Confira algumas lembranças de minhas muitas visitas. Continuar lendo “Museu do Futebol: 2 anos”→
Romário, Bebeto, Baggio, Stoichkov, Brolin, Bergkamp, Hagi, Taffarel, Preudhomme (considerado o melhor goleiro da Copa), o fanfarrão Ravelli, um jovem Larsson, cabeludo, Maradona (até ser suspenso por causa de exame antidoping). Craques de montão, uniformes “classe” (Brasil vestiu Umbro), estádios grandes e lotados (maior média de público das Copas até hoje!), jogos emocionantes. O filme oficial da Copa 94, “Todos os Corações do Mundo / Two Billion Hearts“, é tão bom assim ou o Mundial disputado nos Estados Unidos foi muito, muito melhor do que o de 90, na Itália? Provavelmente as duas opções. “Todos os Corações do Mundo”, dirigido pelo cineasta Murilo Salles, com muitos outros brasileiros na equipe, é o melhor dos filmes oficiais das Copas. Está no DVD da Coleção Copa do Mundo Fifa, que a Abril distribuiu em bancas, com a capinha tradicional da série (veja trailer aqui).
Em vez de contar a Copa jogo a jogo, o roteiro de “Todos os Corações do Mundo” opta por destacar Seleções e seus craques: Argentina de Maradona, a Romênia de Hagi, a Bélgica de Preudhomme, a Bulgária de Stoichkov, a Itália de Baggio, o Brasil de Romário. Ângulos diferentes, replays, trilha sonora que aumenta a dramaticidade do mata-mata, a festa do torcedor ajudam a fazer do filme da Copa de 94 um grande documentário sobre futebol.
Tem brasileiro que nem gosta de contar esse título, o do “É tetra! É Tetra”. O que chega a ser absurdo. Ok, o estilo da Seleção, num 4-4-2 caretinha, não encantou – e perde em popularidade para o “dream team” de 1982, que não voltou com a taça, infelizmente. Mas para o baixinho dar show, havia um esquema azeitado. Está na hora de valorizar essa conquista como ela merece. De modo geral, o Mundial 94 foi muito melhor do que o da Itália 90. E o resultado final foi bem melhor, não? A CAMPANHA DO TETRAContinuar lendo ““Todos os Corações do Mundo””→
O lateral brasileiro Filipe Luís e o Deportivo La Coruña são temas da edição do programa Expresso da Bola, em cartaz nos canais Sportv. Em meia hora de programa, você conhece o lateral-esquerdo convocado por Dunga para a Seleção, que já foi do Real Madrid “B” e o Brcelona quis comprar do Deportivo. Aprende um pouco mais sobre a vida do “Dépor”, clube que já teve os brasileiros Rivaldo, Djalminha, Mauro Silva e Donato, sobre a maravilhosa A Coruña (nome da cidade em galego), sobre a Galícia, uma das comunidades autônomas da Espanha, e o futebol daquele país. O Super Dépor foi campeão Espanhol em 99/00 e atualmente está em 4º lugar na liga espanhola- logo abaixo do Sevilla, adversário na semana que vem (na Europa, as ligas nacionais param para as Eliminatórias, ao contrário do Brasil…). Há alguns anos, estive rapidamente em A Coruña. Fiquei encantado pela orla bem cuidada, cheia de monumentos de Botero, que podem ser apreciados de uma espécie de bonde que percorre a avenida. Numa ponta a Torre de Hércules. Na outra, o estádio Riazor, bem na frente da praia. Que pena que não deu para ver um jogo do Dépor no estádio, que pela sua aparência já foi comparado (com certo exagero) ao museu Guggenheim de Bilbao.
Há exatos 15 anos, Dunga era capitão da Seleção e ergueu a Copa do Mundo. O Brasil enfim chegava ao tetra, 24 anos após o Mundial do México, na decisão por pênaltis contra a mesma Itália, depois de 120 minutos de um insistente zero a zero.
Onde você estava naquele 17 de julho de 1994? Eu assisti ao jogo nos Estados Unidos, não no Rose Bowl, abarrotado por 94 mil pessoas . Mas em Nova York, com uma turma de estudantes de inglês de vários cantos do mundo. Depois que Baggio mandou a cobrança pelos ares, uma galera festejou na rua dos brasileiros – italianos no meio, clima de confraternização total.
O Mundial na terra do soccer foi um sucesso de público. Uma excelente dica para lembrar da festa dos povos que foi aquela Copa é o excelente documentário oficial, Todos os Corações do Mundo, do brasileiro Murilo Salles, que usou 22 câmeras espalhadas pelos EUA e países participantes. Não espere um filme gol a gol sobre a Copa. Tem gol, mas também tem a alegria do torcedor, a emoção, a tensão do jogador. Tem uma cena clássica que é o olhar que Romário e Baggio (mal) trocam no túnel de acesso ao campo, antes da decisão. Vale a pena procurar.